Fanfic: Lembranças de Você ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso
Ao ver o caixão ser baixado para a sepultura, Annie sentiu uma dolorosa pontada no peito. Lembrou-se do encontro que tivera com ele no sábado anterior ao acidente. Ele fora a seu apartamento, e sua aparência estava horrível. Chorara muito, gritara, dissera coisas terríveis.
Minha vida acabou!, ele se lamentara, e a lembrança da cena fez Annie estremecer. Ela tinha lhe oferecido comida e café, mas ele recusara. Estava atormentado e só conseguia repetir que não se conformava, que não aceitava, numa interminável lamentação. Beijara-a antes de ir embora e lhe sussurrara ao ouvido que ela era a mulher de sua vida.
Pensar nisso agora era doloroso. Charles lutara contra o vício, mas perdera sempre. No entanto, não merecia morrer.
— Quer ir até nossa casa? — Marly perguntou quanto o funeral acabou e as pessoas começaram a ir embora.
Robert permanecia calado, o olhar vitrificado fixo no túmulo recém-selado.
— Não, hoje não. Outra hora, talvez — Annie prometeu à mulher que, um dia, sonhara ser sua sogra.
Era incrível o contraste entre os pais de Charles e os de Alfonso, refletiu Annie com um arrepio. Ruth e Alonso eram frios e egocêntricos, totalmente diferentes de Robert e Marly, tão doces, calorosos...
O fato de Poncho e Charles estarem juntos no avião permanecia um mistério para todos. Os dois não eram amigos; mal se conheciam, na verdade.
Tudo que se sabia até então era que o avião seguia para Portland quando caíra no rio e depois afundara. O resgate fora praticamente imediato, caso contrário Alfonso não teria sobrevivido e o corpo de Charles não teria sido encontrado.
As causas do acidente ainda estavam sendo investigadas, mas não havia dúvida de que era Alfonso quem pilotava a aeronave. Restava descobrir se houvera falha mecânica ou humana.
Depois de se despedir de Robert e Marly e abraçá-los com força, Annie voltou ao táxi que aguardava na entrada do cemitério. Pediu ao motorista que a levasse ao Hospital Rodriguez, depois recostou a cabeça no banco, adormecendo quase imediatamente.
Era o dinheiro que fazia o mundo girar, não o amor, refletiu Annie ao entrar no luxuoso saguão do Hospital Rodriguez. Ele era destinado àqueles que tinham as contas bancárias mais polpudas. E o avô de Alfonso fora um daqueles milionários que gostavam de aparecer tanto fazendo caridade quanto exibindo sua fortuna.
Annie preferiu subir os seis andares a pé, pois isso lhe daria tempo de preparar-se para encarar novamente o homem com quem se casara oito anos antes. Por uma fração de segundo ela se lembrou de como tinha sido bom no começo. Pena que seu casamento tivesse se deteriorado daquela forma...
Das janelas enormes do corredor, ela podia ver o céu cinzento. Cinzento como sua vida fora desde a noite em que tivera aquela terrível discussão com Alfonso e saíra de casa.
Ao virar no corredor onde ficava o quarto dele, Annie vacilou, avistando Ruth e Alonso do lado de fora do quarto. Os dois a viram de imediato e não disfarçaram a contrariedade. Nunca aprovaram o casamento do filho.
Quando Annie se aproximou, eles não a cumprimentaram.
— Como ele está? — Anahí perguntou, mesmo assim.
— Igual — disse Ruth, quase sem mexer os lábios.
— O que houve, afinal? — Alonso praticamente exigiu saber, apoiando-se na bengala que usava havia já algum tempo.
Como o pai de Charles, ele também se abalara tremendamente com o que acontecera e parecia muito mais velho. Era um homem infeliz, amargo, e Annie jamais o entendera, embora simpatizasse com ele pelo simples fato de ter vivido todos aqueles anos com uma mulher insuportável como Ruth.
Ela fez um movimento negativo com a cabeça; sabia que os pais de Alfonso a culpavam pelo acontecido. Mas ela própria não fazia a menor idéia do motivo que levara Poncho a estar naquele avião com Charles.
Os pais de Alfonso não demonstravam o menor pesar pela morte do rapaz; continuavam egoístas, como sempre. Embora a preocupação com o filho fosse sincera.
— Com licença — Annie murmurou, com intenção de entrar no quarto.
— Você quer se separar, eu sei—acusou Ruth, forçando-a a parar. — Deixou Poncho esperando todos esses anos que voltasse para ele. E agora... veja o que aconteceu!
Annie tentou desculpar a atitude da sogra pensando nela como uma mãe aflita.
— Ele vai se recuperar.
— Será? Você ficaria feliz se isso não acontecesse, aposto! Seria tão conveniente, não?
— Ruth... — Annierebateu, magoada.
— Não finja que se importa agora! Meu filho pode não se recuperar, e não me conformo quando penso que você o deixou sozinho e infeliz todos esses anos! Nem um filho você deu a ele! Foi egoísta ao extremo, e agora meu filho está ali, naquela cama...
— Ruth! — Alonso repreendeu a esposa.
Annie notou que ele apoiava todo o peso do corpo na bengala e teve o impulso de adiantar-se para ajudá-lo, porém a presença de Ruth a impedia de tomar qualquer iniciativa.
Com os lábios apertados numa linha fina, Ruth afastou-se em direção ao saguão no final do corredor. Alonso olhou para a nora, meneou a cabeça e foi atrás da esposa, em silêncio.
Annie entrou no quarto e olhou para o rosto ainda escoriado do marido. Mesmo ferido, ele ainda conservava sua beleza máscula, avaliou. Os olhos verdes, agora fechados, eram emoldurados por cílios escuros e longos. Quantas vezes ela vira refletido neles o brilho do desejo, da paixão...
— Annie?
Ela virou-se com um sobressalto na direção de onde viera a voz. Não percebera que havia mais alguém no quarto. Da poltrona encostada a um canto, Theo se levantava para cumprimentá-la.
Theo era meio irmão de Alfonso, por parte de pai, e passara a usar o sobrenome Rodriguez quando a mãe processara Alonso e o encaixara na casa dos Rodriguez, sem sequer consultá-los previamente.
— Oh, que susto! — Annie levou uma mão ao peito.
— Me desculpe — pediu Theo, consternado. — Meu pai e Ruth acabaram de sair.
— Eu os encontrei lá fora.
Annie olhou para o cunhado. Theo não era tão alto quanto Alfonso, nem tão atraente, mas tinha qualidades que o irmão jamais teria: era afável e amoroso.
— Como está Josi?
— Bem. — Ele era sempre lacônico quando falava da esposa. O casamento de ambos também estava no fim. — Você já falou com Poncho?
— Muito pouco.
— O dr. Alastair disse que ele acordou umas duas vezes.
— Sim, mas ele não se lembra de quase nada.
— Ele não se lembra nem do próprio nome — disse Theo, desconsolado.
— Ainda é muito cedo...
— O médico pareceu preocupado e tanto eu quanto meu pai e Ruth achamos que há algo mais grave. Dulce também pensa assim.
Annie sentiu-se retesar. Não gostava de pensar em Dulce Maria. Dizia-se que ela não só era o braço direito de Alfonso no escritório, mas que o relacionamento de ambos se estendia além do horário de trabalho.
— Dulce esteve aqui? — indagou.
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— Todos estamos preocupados, você sabe, Annie. Afinal, Alfonso é a alma da empresa. É ele quem sabe de tudo que ocorre por lá. Eu estou sempre com ele, mas sei que há detalhes que ele não compartilha comigo, e com ninguém mais. — Tem razão. — Estou esperando há horas que ele acorde. Que ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 173
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:23
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:22
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:21
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:21
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:20
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:20
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:19
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:19
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:18
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*
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jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:18
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