Fanfics Brasil - 6 Lembranças de Você ( AyA) Adaptada - FINALIZADA

Fanfic: Lembranças de Você ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 6

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Ao ver o caixão ser baixado para a sepultura, Annie sentiu uma dolorosa pontada no peito. Lembrou-se do encontro que tivera com ele no sábado anterior ao acidente. Ele fora a seu apartamento, e sua aparência estava horrível. Chorara muito, gritara, dissera coisas terríveis.


Minha vida acabou!, ele se lamentara, e a lembrança da cena fez Annie estremecer. Ela tinha lhe oferecido comida e café, mas ele re­cusara. Estava atormentado e só conseguia repetir que não se confor­mava, que não aceitava, numa interminável lamentação. Beijara-a antes de ir embora e lhe sussurrara ao ouvido que ela era a mulher de sua vida.


Pensar nisso agora era doloroso. Charles lutara contra o vício, mas perdera sempre. No entanto, não merecia morrer.


— Quer ir até nossa casa? — Marly perguntou quanto o funeral acabou e as pessoas começaram a ir embora.


Robert permanecia calado, o olhar vitrificado fixo no túmulo recém-selado.


— Não, hoje não. Outra hora, talvez — Annie prometeu à mulher que, um dia, sonhara ser sua sogra.


Era incrível o contraste entre os pais de Charles e os de Alfonso, refletiu Annie com um arrepio. Ruth e Alonso eram frios e egocêntricos, totalmente diferentes de Robert e Marly, tão doces, calorosos...


O fato de Poncho e Charles estarem juntos no avião permanecia um mistério para todos. Os dois não eram amigos; mal se conheciam, na verdade.


Tudo que se sabia até então era que o avião seguia para Portland quando caíra no rio e depois afundara. O resgate fora praticamente imediato, caso contrário Alfonso não teria sobrevivido e o corpo de Charles não teria sido encontrado.


As causas do acidente ainda estavam sendo investigadas, mas não havia dúvida de que era Alfonso quem pilotava a aeronave. Restava descobrir se houvera falha mecânica ou humana.


Depois de se despedir de Robert e Marly e abraçá-los com força, Annie voltou ao táxi que aguardava na entrada do cemitério. Pediu ao motorista que a levasse ao Hospital Rodriguez,  depois recostou a cabeça no banco, adormecendo quase imediatamente.


Era o dinheiro que fazia o mundo girar, não o amor, refletiu Annie ao entrar no luxuoso saguão do Hospital Rodriguez. Ele era destinado àqueles que tinham as contas bancárias mais polpudas. E o avô de Alfonso fora um daqueles milionários que gostavam de aparecer tanto fazendo caridade quanto exibindo sua fortuna.


Annie preferiu subir os seis andares a pé, pois isso lhe daria tempo de preparar-se para encarar novamente o homem com quem se casara oito anos antes. Por uma fração de segundo ela se lembrou de como tinha sido bom no começo. Pena que seu casamento tivesse se dete­riorado daquela forma...


Das janelas enormes do corredor, ela podia ver o céu cinzento. Cinzento como sua vida fora desde a noite em que tivera aquela ter­rível discussão com Alfonso e saíra de casa.


Ao virar no corredor onde ficava o quarto dele, Annie vacilou, avistando Ruth e Alonso do lado de fora do quarto. Os dois a viram de imediato e não disfarçaram a contrariedade. Nunca aprova­ram o casamento do filho.


Quando Annie se aproximou, eles não a cumprimentaram.


— Como ele está? — Anahí perguntou, mesmo assim.


— Igual — disse Ruth, quase sem mexer os lábios.


— O que houve, afinal? — Alonso praticamente exigiu saber, apoian­do-se na bengala que usava havia já algum tempo.


Como o pai de Charles, ele também se abalara tremendamente com o que acontecera e parecia muito mais velho. Era um homem infeliz, amargo, e Annie jamais o entendera, embora simpatizasse com ele pelo simples fato de ter vivido todos aqueles anos com uma mulher insuportável como Ruth.


Ela fez um movimento negativo com a cabeça; sabia que os pais de Alfonso a culpavam pelo acontecido. Mas ela própria não fazia a menor idéia do motivo que levara Poncho a estar naquele avião com Charles.


Os pais de Alfonso não demonstravam o menor pesar pela morte do rapaz; continuavam egoístas, como sempre. Embora a preocupação com o filho fosse sincera.


— Com licença — Annie murmurou, com intenção de entrar no quarto.


— Você quer se separar, eu sei—acusou Ruth, forçando-a a parar. — Deixou Poncho esperando todos esses anos que voltasse para ele. E agora... veja o que aconteceu!


Annie  tentou desculpar a atitude da sogra pensando nela como uma mãe aflita.


— Ele vai se recuperar.


— Será? Você ficaria feliz se isso não acontecesse, aposto! Seria tão conveniente, não?


— Ruth... —  Annierebateu, magoada.


— Não finja que se importa agora! Meu filho pode não se recuperar, e não me conformo quando penso que você o deixou sozinho e infeliz todos esses anos! Nem um filho você deu a ele! Foi egoísta ao extremo, e agora meu filho está ali, naquela cama...


— Ruth! — Alonso repreendeu a esposa.


Annie notou que ele apoiava todo o peso do corpo na bengala e teve o impulso de adiantar-se para ajudá-lo, porém a presença de Ruth a impedia de tomar qualquer iniciativa.


Com os lábios apertados numa linha fina, Ruth afastou-se em direção ao saguão no final do corredor. Alonso olhou para a nora, meneou a cabeça e foi atrás da esposa, em silêncio.


Annie entrou no quarto e olhou para o rosto ainda escoriado do marido. Mesmo ferido, ele ainda conservava sua beleza máscula, ava­liou. Os olhos verdes, agora fechados, eram emoldurados por cílios escuros e longos. Quantas vezes ela vira refletido neles o brilho do desejo, da paixão...


— Annie?


Ela virou-se com um sobressalto na direção de onde viera a voz. Não percebera que havia mais alguém no quarto. Da poltrona encos­tada a um canto, Theo  se levantava para cumprimentá-la.


Theo era meio irmão de Alfonso, por parte de pai, e passara a usar o sobrenome Rodriguez quando a mãe processara Alonso e o encaixara na casa dos Rodriguez, sem sequer consultá-los previamente.


— Oh, que susto! — Annie levou uma mão ao peito.


— Me desculpe — pediu Theo, consternado. — Meu pai e Ruth acabaram de sair.


— Eu os encontrei lá fora.


Annie olhou para o cunhado. Theo não era tão alto quanto Alfonso, nem tão atraente, mas tinha qualidades que o irmão jamais teria: era afável e amoroso.


— Como está Josi?


— Bem. — Ele era sempre lacônico quando falava da esposa. O casamento de ambos também estava no fim. — Você já falou com Poncho?


— Muito pouco.


— O dr. Alastair disse que ele acordou umas duas vezes.


— Sim, mas ele não se lembra de quase nada.


— Ele não se lembra nem do próprio nome — disse Theo, descon­solado.


— Ainda é muito cedo...


— O médico pareceu preocupado e tanto eu quanto meu pai e Ruth achamos que há algo mais grave. Dulce também pensa assim.


Annie sentiu-se retesar. Não gostava de pensar em Dulce Maria. Dizia-se que ela não só era o braço direito de Alfonso no escritório, mas que o relacionamento de ambos se estendia além do horário de trabalho.


— Dulce esteve aqui? — indagou.



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  — Todos estamos preocupados, você sabe, Annie. Afinal, Alfonso é a alma da empresa. É ele quem sabe de tudo que ocorre por lá. Eu estou sempre com ele, mas sei que há detalhes que ele não compartilha comigo, e com ninguém mais. — Tem razão. — Estou esperando há horas que ele acorde. Que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 173



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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:23

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*

  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:22

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:21

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:21

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:20

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:19

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:18

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:18

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