Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

CAPÍTULO I

Alfonso a viu assim que ela entrou na loja de mate­riais de construção. O rabo-de-cavalo feminino agitava-se sobre os ombros nus. O short jeans ajustava-se maravi­lhosamente à cintura fina, e o top curtinho deixava à mostra parte da barriga reta e bronzeada. Pernas longas e bem-feitas completa­vam a figura sexy que ele julgava ter uns vinte e cinco anos.

As conversas foram diminuindo, até que cada homem na loja tivesse virado a cabeça. Kuno, que trabalhava atrás do balcão, pa­receu hipnotizado quando ela se aproximou.

Alfonso estava longe demais para escutar o que ela solicitou, mas pôde ver Kuno corar enquanto apontava para o fundo da loja. A garota se virou e Alfonso se sentiu como se alguém tivesse roubado todo o oxigênio do ambiente. Ela possuía um rosto de anjo, olhos azuis esverdeados e lábios generosos. Uma boca feita para beijar e um corpo construído para a fantasia masculina.

De repente, o fato de que cada homem ali presente estivesse provavelmente pensando a mesma coisa o irritou. Teve uma súbita vontade de dizer a eles que a vira primeiro.

Meneou a cabeça perante a própria tolice. Tinha coisas mais importantes a fazer do que ficar ali, na Materiais de Construção Nilsen, criando fantasias inúteis. Se quisesse terminar de construir a casa em suas terras antes que o frio chegasse e pudesse se mudar de seu pequeno trailer, precisava ir embora dali.

Certo, pensou, arraigado em seu propósito enquanto observava a maneira absolutamente feminina com que a moça andava.

Ela caminhou até a seção de ferramentas elétricas e parou pe­rante as lixadeiras. Poncho engoliu um gemido e dirigiu-se ao balcão para pagar as compras.

— Quem é ela? — perguntou a Kuno, resistindo à vontade de virar-se do balcão e dar mais uma olhada demorada na moça.

Kuno deu de ombros.

— Não sei. É a primeira vez que vem aqui.

Deve ser nova na cidade, pensou Alfonso. Em Ferndale, estranhos nunca passavam despercebidos. Sobretudo uma mulher bonita co­mo aquela.

Quando Kuno gesticulou discretamente, alertando-o de que ela estava se aproximando, Poncho afastou-se um pouco do balcão e fin­giu observar o display de serrotes.

A garota chegou a seu lado carregando uma caixa, e o ar se inundou de uma doce fragrância de flores.

— Esta lixadeira vem com manual de instruções? — Ela pôs a caixa e o cartão de crédito sobre o balcão.

Pncho conteve um suspiro. Mulheres amadoras e ferramentas elétricas não eram uma boa combinação.

Kuno pegou o cartão de crédito e a caixa da lixadeira.

— Sinto muito, moça, não contém manual de instruções. Apenas um impresso com alertas de segurança. — Ele estendeu o compro­vante para que ela o assinasse.

Incapaz de se conter, Poncho se aproximou, rezando para que seus pensamentos eróticos não estivessem estampados em seu rosto.

— Com licença, senhorita. Talvez eu possa ajudar.

Annie virou-se para o homem bonito que ela notara espreitando o display de serrotes. Minha nossa! Não se criavam homens como aquele em Los Angeles! Do chapéu de caubói às botas de couro, ele era um pedaço de mau caminho.

Ela abriu seu melhor sorriso.

— Você pode me ajudar?

Annie gostou do modo como ele enrijeceu o corpo enquanto ela o estudava. Tímido, talvez. E também gostou dos músculos à mostra sob a camiseta branca. Músculos como aqueles eram, com certeza, resultado de trabalho duro ao ar livre, e não de ginástica.

Ele tirou o chapéu, passou a mão pelos cabelos pretos bem curtos, então apontou a caixa.

— A lixadeira, senhorita.

O caubói estava enrubescendo. Annie conteve um sorriso. Seria possível que estivesse apenas sendo amigável, e não flertando?