Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

CAPÍTULO III

Anahí acordou depois de uma reconfortante noite de sono. O corpo todo doía. Gemendo, tentou erguer a mão para cocar o queixo, mas esquecera que o braço estava atado ao corpo pela faixa. Tentou então com o outro braço, porém o co­tovelo doeu tanto que não pôde alcançar. Fechou os olhos e lutou contra a frustração, furiosa consigo mesma por ter sido tão desas­trada. Os planos de deixar a casa reformada para venda durante suas férias estaria suspenso por no mínimo algumas semanas, se não mais.

Uma lágrima escorreu por sua face. Estava prestes a dar a si mesma o direito de ser fraca, quando ouviu o rangido da porta.

Antes que tivesse tempo para se assustar, Alfonso pôs a cabeça para dentro do quarto.

Ele riu, parecendo encabulado e inacreditavelmente lindo ao mesmo tempo.

— Não ouvi você acordar.

Rapidamente, Annie virou a cabeça e secou os olhos na fronha. De modo algum o deixaria vê-la como uma mulher fraca. Ele aden­trou o quarto e um aroma de café fresco emergiu da xícara que levava em mãos.

— Oh! — Ela fechou os olhos e inalou profundamente. — Você veio me trazer café. Obrigada. — Usando os pés, conseguiu recostar-se na cabeceira. Então franziu o cenho quando notou que a xícara era uma das de sua avó. — Onde você conseguiu café?

Ele riu de novo.

— Na cafeteira.

Além de ser extremamente lindo, o homem tinha um sorriso de tirar o fôlego. Anahí desejou que Alfonso parasse de usá-lo. Aquele sorriso arruinava-lhe a linha de pensamentos.

— E eu tenho uma cafeteira?

Poncho assentiu.

— No armário embaixo da pia.

Ela realmente não prestara muita atenção na cozinha.

— E o pó de café? Ele deu de ombros.

— Tive que ir à Mercearia Valley para isso.

Annie deu uma olhada para o seu pequeno relógio de viagem ao lado da cama.

— Há quanto tempo você está aqui?

— A noite inteira.

Oh, excelente, pensou, notando pela primeira vez que ele ainda usava a mesma roupa do dia anterior.

Aquilo daria à cidade um bom motivo para fofocar.

Ela o conhecia a menos de dois dias, e o homem já estava dor­mindo ali.

— Pensei que tivéssemos concordado que você iria embora — disse Annie.

— Você poderia ter precisado de alguma coisa no meio da noite.

Vagamente, ela relembrou-se de Alfonso voltando ao quarto para vê-la, mas estivera tão grogue pelos analgésicos que não tinha nem idéia de a que horas aquilo acontecera. E desde quando se impor­tava com o que os vizinhos podiam pensar?

Deu-se conta de que gostou de saber que ele estivera ali, e aquilo fez com que seu temperamento amenizasse. Não esperara que Alfonso ficasse e não pretendia coagi-lo. Podia cuidar de si mesma.

— Bem, foi gentil de sua parte. Mas não quero mantê-lo longe do seu trabalho.

— Sem problemas. Está chovendo e não posso trabalhar na mi­nha casa hoje.

Annie olhou para a janela e só então notou a tempestade.

— Você não tem um emprego fixo?

— Não. Estou construindo uma casa no meu terreno.

Ela queria perguntar como ele conseguia fazer aquilo sem um emprego fixo, mas isso a faria parecer intrometida.

Alfonso ergueu uma sobrancelha, e os cantos da boca curvaram-se num leve sorriso.

— Precisa de ajuda para se vestir?

Obviamente, ele se recobrara do descontrole depois da provoca­ção dela da noite anterior. Foi a vez de Annie corar.

— Ah, acho que posso lidar sozinha com isso.

— O médico disse que você pode ficar sem a faixa durante o dia. Apenas tem que tomar cuidado.

Que bom, pensou ela. Não poderia tirar a camisola com o braço amarrado como estava.

Ele se virou para sair do quarto.

— Se precisar, estou lá embaixo. Basta chamar.