Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Annie  ponderou suas opções enquanto bebia o café. Poderia di­rigir de volta a Los Angeles ou ficar ali até se restabelecer. Então lembrou-se de que sublocara seu apartamento pelo verão e de que seu carro não tinha câmbio automático. De forma alguma poderia dirigir doze horas até sua casa, mesmo que tivesse uma para ir.

Certo, ficaria em Ferndale.

Afastou as cobertas e com dificuldade, conseguiu colocar-se em pé.

Devia haver coisas que pudesse-ir fazendo na casa com uma só mão, assim as próximas semanas não seriam totalmente perdidas.

Ao terminar o café, lutou contra a faixa e conseguiu vestir a calcinha. O sutiã estava fora de questão, assim como escovar os cabelos e calçar meias. Podia pedir a ajuda de Alfonso com as meias e até mesmo com os cabelos, mas teria de ficar sem sutiã. De jeito nenhum pediria ajuda para isso.

Relembrar a maneira como agira na noite anterior esquentou-lhe as faces. Devia se encontrar fora de si para provocá-lo daquela maneira. Mal o conhecia, Santo Deus! Talvez pudesse culpar o anal­gésico que tomara no hospital por seu comportamento.

Desceu a escada e encontrou Poncho sentado na cozinha, fatiando um bolo de café.

Annie inalou o aroma de canela e noz-moscada, e sua boca en­cheu-se de água.

— Diga-me que você não assou isso hoje.

Ele riu.

— Não. A sra. Smith o deixou aqui.

Anahí não reconheceu o nome.

— Por quê? — Por que alguém levaria um bolo acabado de assar para Poncho, ali na casa dela?

Ele cortou uma fatia do bolo e a pôs na frente de Julie.

— Porque ela soube que você tinha se machucado num acidente.

— Mas nem mesmo sei quem é ela.

— Acho que ela conhecia sua avó. Além do mais, esta é uma cidade pequena.

Alfonso deixara bem claro, no dia anterior, que cidades pequenas eram infinitamente preferíveis às grandes. Na sua opinião, um presente como aquele bolo era uma coisa boa.

Annie abaixou o olhar para o pratinho, pensativa. Em sua opi­nião, aquilo era uma invasão de privacidade. Numa altura daquelas, todos na cidade provavelmente sabiam que ela era desajeitada o bastante para cair de uma cadeira.

O bolo de café tinha um aroma tão gostoso que Anahí decidiu não deixar que a razão a dominasse, tirando-lhe a satisfação de uma fatia. Ajeitou as meias, a escova de cabelos e um elástico na cadeira ao lado da sua e acomodou-se para saborear o bolo caseiro. Desajeitada, espetou um pedaço.

Poncho assistiu aos movimentos sem coordenação e gesticulou a cabeça em aprovação.

— Quanto mais você usar esse braço, menos rígida ficará.

Ela sorriu.

— Obrigada, dr. Alfonso.

Ele cortou uma grande fatia de bolo para si e sentou-se à sua frente. Depois de comer mais da metade de seu pedaço, fez uma pausa e pigarreou.

Annie o olhou, esperando. Obviamente, Alfonso estava prestes a dizer alguma coisa.

— Annie, sei que você quer fazer todo o serviço nesta casa sozi­nha, mas não será capaz de lidar com isso por enquanto. Por que você não me contrata? O dinheiro me seria útil.

Ela ficou tentada. Contratando-o, poderia ter o trabalho termi­nado ainda antes do previsto. Mesmo que não tivesse quebrado a clavícula, não tinha ilusões de que poderia fazer todo o serviço tão bem ou tão rápido quanto alguém com experiência e habilidade.

Contratá-lo resolveria parte de seu problema, porém havia um obstáculo. Detestava admitir, mas seu plano inicial de fazer tudo sozinha era sobretudo por falta de dinheiro.

Ele havia feito uma boa oferta e merecia uma explicação, embora ela não quisesse lhe dar muitas informações pessoais.

— Não tenho condições de pagar você e comprar o material ne­cessário para a reforma. Só recebo dez meses por ano e estou des­falcada.

Alfonso movimentou os ombros largos.

— Sem problemas. Pague-me depois que você vender a casa. Tenho dinheiro economizado como corretor.

— Corretor? Você trabalha no mercado imobiliário? — Ela não podia imaginá-lo comprando e vendendo propriedades.

Alfonso  confuso por um segundo, então riu.

— Não. Corretor de cavalos.

— Ah! — Annie se sentiu uma tola. Então não o apelidara de caubói? Claro que negociava com cavalos.

— Quando eu acabar de construir a minha casa, começarei os currais e os estábulos.

Anahí o estudou por um momento. Um criador de cavalos. Combi­nava com ele.

— Deixe-me pensar sobre isso, certo?

— Claro. — Ele se levantou e levou os pratos para a pia. Ela o observou caminhar pela cozinha, admirando a maneira como o jeans lhe caía bem. O homem realmente tinha um belo corpo.