Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

No momento em que Poncho retornou, horas depois, ela estava no quarto da frente, cansada de tanto subir e descer a escada para atender à porta.

— Como está se sentindo? — perguntou ele, carinhosamente.

A pergunta a irritou um pouco. Não sabia direito como se sentia sobre ele ter assumido o cargo de seu guardião.

— Cansada, mas, por outro lado, muito melhor. — Na verdade, atender à porta a deixara exausta.

— Tomou mais algum analgésico?

— Não. — Annie estava tentando evitá-los. Eles a deixavam sonolenta, e se fosse ficar com Alfonso por perto, precisava manter-se alerta.

— Fome?

Ela pensou um instante.

— Sim.

— Vou sair para comprar alguma coisa.

Annie riu.

— Não há necessidade. — Ela gesticulou para que ele a seguisse até a cozinha e abriu a geladeira. Havia cinco pirex lá dentro. — Vou comer atum, macarrão, frango e arroz pelas próximas semanas.

Poncho observou a geladeira e meneou a cabeça.

— Parece aquelas festas de igreja em que cada um leva um prato.

— Sim — Annie confirmou com uma careta. — As pessoas não conseguiram esperar para vir e ver Anahí, crescida e desajeitada.

Alfonso a olhou, mas não disse nada. Começou a erguer o papel alumínio e as tampas dos pirex.

— Este aqui ainda está morno. Quer começar por ele?

Por que Poncho estava sendo tão gentil? Não podia gostar tanto assim de macarrão com atum.

— Tem certeza de que você não tem nada melhor para fazer?

— O quê? E perder um almoço grátis? Não, senhorita. — Ele tirou a travessa de vidro da geladeira.

Anahí sentou-se à mesa e o assistiu servir os pratos genero­samente.

— Uau, caubói! Eu como menos que a metade disso.

— Bem, eu como isso tudo e mais a metade. Ela riu.

— Andei pensando, Alfonso. Vou precisar de ajuda, sim, mas quero me certificar de que você tem tempo. Quero dizer, que não vai se arrepender da sua oferta.

Ele a estudou.

— Eu não teria feito a oferta se não quisesse fazer o trabalho. — Fez uma pausa. — Realmente, preciso trabalhar na minha casa, então, que tal se eu viesse três vezes por semana?

— Tudo bem. Quanto tempo você leva da sua casa até aqui?

— Se não houver neblina e a estrada não estiver alagada, cerca de uma hora e meia.

          Annie ficou boquiaberta.

— Você está brincando? Mora tão longe assim?

— Já esteve na estrada Petrólia que leva à Costa Perdida?

Ela já ouvira falar.

— Não. Minha avó nunca permitiu que eu fosse. Achava que lá havia adolescentes drogados e desajustados. — Além disso, fora tão solitária no colegial que só recebera convite para ir lá uma única vez.

Poncho riu.

— Ela estava certa. Numa ocasião, tive que perseguir garotos nas minhas terras.

Ele se aproximou e ajudou-a a levantar-se quando Annie fez men­ção de empurrar a cadeira. Então levou os pratos para a pia.