Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Poncho reapareceu em poucos minutos e sugeriu:

— Você tem estado muito confinada aqui dentro. Que tal dar uma volta antes do jantar?

Como ele tinha consideração! Dar uma volta era uma ótima idéia.

— Eu adoraria. — Ela se levantou, pegou a chave do carro da bolsa e entregou-lhe. — Aonde vamos?

— Apenas um passeio na praia. Podemos chegar lá a tempo de ver o pôr-do-sol.

Alfonso a ajudou a entrar no carro, então deu a volta e sentou-se ao volante. Após ajustar o banco e os espelhos, dirigiu de maneira hábil e bem rápido depois que saíram da cidade. Annie saboreou a sensação de estar na estrada em velocidade. Nunca fora passageira em seu próprio carro.

Eles pegaram a pequena estradinha que descia para a praia e ele estacionou num pátio na beira da areia.

Não havia mais ninguém no local.

Era estranho estar numa praia deserta. Em Los Angeles, sem­pre havia multidões nos verões, e até mesmo no inverno. Parecia algum tipo de luxúria ter uma bela parte da costa somente para eles dois.

Quando desceu do carro, ajudada por Poncho, Annie contemplou a vista por alguns instantes. Tão diferente de Los Angeles... Não havia prédios ali. A areia fininha entrava para a área verde da mata. E a praia em si era selvagem e rochosa. Muito menos civi­lizada, porém linda.

E solitária.

A voz de Alfonso interrompeu-lhe os pensamentos:

— Quer caminhar?

— Claro. — Ela tirou as sandálias e o seguiu para a areia. Quando o caminho ficou um pouco mais rude, ele a pegou pela mão. A sensação da pele quente e calejada contra sua palma era praze­rosa. Quase prazerosa demais. Annie não queria que ele a soltasse.

Caminharam pela beira da água em silêncio. Ondas quebravam na linha do surfe, a água acariciando-lhes os pés. O cheiro de sal preenchia o ar e o grasnar das gaivotas era o único som além das ondas.

Nenhum ruído de tráfego interferia na magnificência da natu­reza, nenhum telefone celular, nenhum rádio alto.

Anahí sentia falta da confusão da civilização com a qual se acos­tumara. Parecia tão isolado ali, tão solitário...

Tentou entender por que Poncho gostava tanto de Ferndale. O céu da tarde estava pintado de tons vibrantes de vermelho e laranja. Um casal de gaivotas curiosas pousou a alguns metros deles.

— Adoro nadar e mergulhar. Surfar também, mas não aqui. — Ele apontou para o sul. — Há praias muito melhores para isso.

Ela assentiu, mas não respondeu. Eles se sentaram em silêncio e assistiram ao sol se pôr no horizonte. Assim que a imensa bola de fogo mergulhou na água, a brisa começou a soprar mais forte e a tarde tornou-se fria.

         Anahí tremeu quando sentiu o vento nos pés descalços. Alfonso pa­recia completamente confortável em sua camiseta de manga curta.

— Pronta para ir embora? — perguntou ele.

— Sim. — A caminhada lhe fizera bem. Sentia-se faminta pela primeira vez desde que caíra da cadeira. Talvez porque não seria obrigada a comer nada que havia numa daquelas travessas.

— Do que você está rindo? — indagou Poncho.