Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

— Estamos indo para casa comer e não será macarrão com atum.

Poncho riu enquanto pegava a mão dela para ajudá-la a subir na parte rochosa. Ele parecia tocá-la com tanta naturalidade... O pai de Anahí fora como Alfonso a esse respeito, e ela se deu conta de que sentira saudade da sensação de outra pessoa tocando-a de um jeito simples e carinhoso.

Sentia-se feliz por estar de volta ao carro. Andar por aqueles caminhos acidentados abalara um pouco seu ombro, que começava a doer.

Poncho dirigiu em velocidade pelas das curvas.

— Sorte sua não haver muito policiamento em Ferndale — co­mentou Annie.

Ele a fitou e sorriu.

— Sim. E eu sei a que horas eles patrulham e onde. Ajuda muito, uma vez que raramente observo o limite de velocidade.

Alfonso corria riscos, mas calculava o perigo. Ela supunha que aquilo era parte do desafio. E como sempre fora uma pessoa cui­dadosa, esse aspecto da personalidade dele a fascinava.

Chegaram em casa e Anahí o seguiu até a cozinha.

— Por que não sobe e relaxa um pouco? — sugeriu Poncho. — Eu cuidarei de tudo.

Ela meneou a cabeça.

— Posso no mínimo pôr a mesa e mostrar a você onde estão as coisas.

Ele assentiu.

— Tudo bem, mas eu faço a comida e lavo a louça.

Annie sorriu.

— Certo. Aceita um copo de vinho?

— Não, obrigado. Não sou muito de beber.

— E eu aqui pensando que todos os marinheiros fossem festeiros! Um brilho triste iluminou as feições dele tão rapidamente que ela quase não percebeu. Teve vontade de saber o que causara aque­la emoção, mas era uma pergunta pessoal demais para ser feita. Eles trabalharam juntos em silêncio até Alfonso terminar o preparo da salada e grelhar a carne.

Enquanto comiam, conversaram sobre onde tinham crescido. Ele tinha uma irmã e um irmão. Os pais de Poncho ainda viviam na propriedade onde ele crescera, em Wyoming. Annie tinha apenas lembranças da casa em que morara até seus pais morrerem.

Após o jantar, Alfonso a enviou para descansar enquanto lavava a louça. Ela foi para a salinha que sua avó convertera em sala de tevê e ligou uma antiga televisão preto-e-branco. Podia sintonizar apenas três canais e não encontrou nada que capturasse seu inte­resse, assim voltou ao livro.

Poncho apareceu e anunciou que iria sair para dar uma corrida.

Surpresa, Annie o fitou. Ele trocara o jeans por bermuda cinza surrada. E tinha pernas longas e musculosas.

Ela se esforçou para manter o olhar no rosto de Alfonso.

— De estômago cheio?

 Ele deu de ombros.

— Não vou muito longe.

Poncho a fazia lembrar de alguns de seus alunos que pareciam ter dificuldade em permanecer parados.

Ela leu por quase uma hora, olhando no relógio de dez em dez minutos. Por que estava tão ansiosa sobre o retorno de Alfonso? Ele já era um homem feito e podia cuidar de si mesmo.

Contra a vontade, cinco minutos depois consultou o relógio no­vamente. Se aquilo era o que ele considerava uma corrida curta, esperava que nunca a convidasse para acompanhá-lo.

Finalmente, ouviu-o entrai pela porta dos fundos a aparecer da sala de tevê.

— Cheguei. — Alfonso tinha a camiseta nas mãos e estava brilhando de suor. A boca de Annie secou. Os músculos que ele mos­trara enquanto fazia alongamentos no varal eram ainda melhores de perto. Uma película de pêlos escuros cobria-lhe o peito, e braços esculpidos brilhavam à luz do abajur.

— Acho que vou tomar outro banho, se não se importa.

— Imagine, vá em frente. — Ela apenas ficaria onde estava e tentaria não pensar sobre ele nu, embaixo do chuveiro.

Concluiu que precisava se manter ocupada. Não fora capaz de afastá-lo da mente a noite toda, e com a munição que ele acabara de acrescentar, sabia que a mente viajaria por territórios perigosos, se ficasse sentada ali.

Então decidiu se aprontar para dormir.

— Vou trancar a casa e subir para dormir.

— Boa noite, então.

— Boa noite — respondeu Annie, admirando o lindo traseiro en­quanto ele subia a escada.