Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Quando levou a escada para dentro da casa, percebeu que con­tara a Annie sobre o acidente, mas não o que lhe custara ter perdido Jimmy. E não ser mais um membro das Forças Especiais. Perder o melhor amigo e sua identidade e não saber por quê.

Talvez fosse hora de revelar a verdade. Precisava ser honesto com ela, mesmo arriscando perder a apreciação de Anahí.

Ela se oferecera para ajudá-lo com a leitura. Poderia aceitar agora. Era uma maneira de passar mais tempo com ela. Após o acidente, ele tivera aulas com pessoas especializadas em danos cerebrais, mas se tornara impaciente com aquilo e mudara-se para Ferndale.

Tirou a roupa e se dirigiu para o chuveiro externo de aqueci­mento solar. Precisava de um plano, uma estratégia. Annie agora seria sua principal missão. Lutaria por ela. E se o treinamento das Forças Especiais tivesse lhe ensinado alguma coisa boa, era a ne­cessidade de um plano bem elaborado.

Quando Poncho parou na frente da casa dela, Annie se encontrava na varanda, de short, terminando de aplicar uma camada de tinta na madeira nova dos degraus.

Era a mulher mais bonita que ele já vira.

Ela ergueu os olhos, levantou-se e deu-lhe um sorriso de boas-vindas que lhe aqueceu o coração. As pernas bronzeadas e longas chamaram-lhe a atenção.

Alfonso olhou para o que Anahí estava fazendo.

— Ei, parece bom. — Ele desceu da cabine, dirigiu-se à carroceria da caminhonete e tirou de lá a base de sua serra elétrica de mesa.

— O que você vai fazer?

— Trocar o piso de madeira que apodreceu com a umidade em­baixo da pia, lá em cima.

Ela fez uma careta.

— É necessário?

— Você precisa trocar ou informar isso ao futuro comprador. Uma coisa a menos para regatearem no preço da casa.

Ele a viu suspirar enquanto carregava o equipamento até a por­ta da frente.

— Eu sei — disse Poncho. — Mas se você consegue um bom preço pela propriedade, cobrirá com sobra o que estou fazendo. E venderá mais rápido, também. — Ele não gostou da forma como Annie se alegrou com o comentário. — E quanto mais rápido eu consertar as coisas, mais rápido você poderá voltar para a poluição e o tráfego de Los Angeles — provocou-a.

Ela tentou jogar um trapo sujo de tinta em Alfonso, mas errou a pontaria. Ele riu.

— Qual o problema com você hoje? — perguntou Anahí. — Por que está de mau humor?

Porque acabei de descobrir que amo você, e isso não vai ter um bom final, ele queria dizer. Em vez disso, deu de ombros e tirou o resto do equipamento da carroceria.

— Vou deixar essas coisas no quintal.

— Você já almoçou? — perguntou ela.

Ele estivera tão ansioso para vê-la que se esquecera de comer. Mau sinal.

— Não. O que você tem para oferecer?

— Fui ao mercado hoje e comprei algumas coisas. Que tal uni sanduíche de rosbife?

Poncho riu.

— Que tal dois? Quer que eu prepare?

— Não. Eu faço isso. Você começa o trabalho. — Annie pegou o trapo do chão e entrou na casa.

Alfonso levou o equipamento até o quintal, encontrou um lugar nivelado embaixo do varal e ajeitou a serra de mesa ali. A cada viagem que fazia até a caminhonete, dava uma olhada através da porta da varanda dos fundos e observava Annie em pé no balcão, preparando os sanduíches.

Quando terminou de descarregar tudo, entrou na cozinha pela porta de trás. Ela estava pondo a mesa.

— Parece ótimo — comentou ele.

Annie sorriu.

— Você é fácil de agradar.

— Não realmente.

— O quê? — Ela ergueu o olhar, confusa.

Poncho meneou a cabeça.

— Nada.

Eles sentaram-se à mesa e comeram em silêncio por alguns mo­mentos. Depois de terminar seu primeiro sanduíche, ele decidiu que a hora era certa para falar.

— Annie...

— Sim? — Ela o encarou.

Poncho hesitou um instante, reunindo coragem. Pedir ajuda era muito difícil para ele.