Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso
A delicada cumplicidade a tocou.
— Sim. A maior parte. Nas férias é mais difícil. Meu aniversário é o pior, porque me traz lembranças da enorme importância que eles davam a esse dia por me ver crescendo.
Eles se entreolharam em silêncio por alguns instantes.
— Quais são os dias mais difíceis para você? — perguntou Annie, finalmente.
— Todos os dias eu olho, através das janelas, as terras que Jimmy me deixou. E penso que era ele quem deveria estar ali, e não eu.
O coração de Anahí se apertou.
— Você sabe o que me ajudou?
— Não, o quê?
— Ter aprendido a agradecer por cada dia, em vez de sentir que eu não o merecia. — Ela nunca compartilhara seus pensamentos com ninguém antes, mas sentia uma enorme afinidade com Poncho.
— Quanto tempo levou para que aprendesse isso? — A voz dele denotava tanta esperança que Annie sentiu vontade de chorar.
— Ainda estou trabalhando nisso. — Anahí sentiu brotar de seus olhos as lágrimas que estivera contendo.
Poncho se aproximou dela, levantou-a e então puxou-a para seu colo, envolvendo-a nos braços.
Anahí descansou a cabeça no ombro largo e deixou que a força dele a rodeasse, sentindo-se mais reconfortada do que não se sentia desde a morte de seus pais, havia dez anos.
Decidiu não pensar muito sobre isso.
Alfonso subiu na escada portátil para tampar com massa os últimos buracos de prego da parede da sala de jantar.
Anahí estava ajoelhada sobre a lona de proteção, pintando os rodapés. Ele parou e a observou trabalhando. O rabo-de-cavalo pendia sobre um dos ombros, deixando exposta uma das orelhinhas bem-feitas e a linda nuca.
Ele teve vontade de descer da escada e roçar os lábios sobre aquele pedacinho de pele macia.
Mas decidiu não apressar as coisas.
Se confessasse seu amor, poderia assustá-la, e isso era a última coisa que queria fazer. Desde que ela o incentivara a falar sobre Jimmy, ele sentia que as feridas estavam cicatrizando, e devia muito a Anahí por aquele precioso presente.
Tampou mais alguns buracos, considerando seu dilema. Precisava dar a ela tempo para lidar com os próprios fantasmas.
Poncho raspou o excesso de massa e olhou ao redor. Incrível com a sala estava diferente sem aquele revestimento pesado de madeira. A luz do sol banhava o recinto, deixando-o claro e arejado.
Ele riu lembrando-se do motivo pelo qual a avó de Anahí tampara as janelas. Nudistas em Ferndale. A cidade devia ter ficado aterrorizada.
— Qual é a graça? — a voz dela interrompeu-lhe os pensamentos.
— Estava pensando nos seus vizinhos.
Annie riu.
— Não devem ter agüentado as fofocas por muito tempo.
— Suponho que não. — Poncho olhou pela janela. — Está um dia lindo. Quer dar um passeio comigo?
— Para onde?
— Você disse que nunca foi à Costa Perdida. Gostaria de ir até lá no final da tarde? — Ele se esforçou para que a oferta parecesse casual. Mas, na verdade, sentia-se como se sua vida dependesse da resposta dela.
Annie ergueu uma sobrancelha e largou o pincel dentro da lata de tinta.
— Você quer me levar até as suas terras?
— Sim, podemos dar uma parada lá — respondeu ele.
Anahí pareceu considerar o convite por tempo demais. Mas, finalmente, aceitou:
— Tudo bem. Vou trocar de roupa.
Poncho voltou à parede, então sentiu um enorme sorriso cruzar seus lábios.
Ele estacionou perto de sua casa em construção e ajudou Anahí a descer da caminhonete, então a viu observando ao redor.
Tentou se lembrar de como fora a primeira vez que deparara com aquelas terras. As montanhas cobertas pela mata, imensos carvalhos antigos, falcões voando e o oceano Pacífico brilhando a distância.
Analisou o rosto de Annie, cuja expressão era ilegível. Alfonso tinha a sensação apavorante de que seu próprio futuro estava diretamente relacionado ao que ela veria, e não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso.
Annie virou-se para ele e sorriu.
— O que você acha? — perguntou Poncho, tentando esconder a ansiedade.
Ela olhou ao redor novamente.
— É muito... vazio. — Annie riu. — Não estou acostumada a espaços tão amplos ao ar livre.
Ele tentou ignorar a ponta de desconforto no tom dela.
— Sim, é grande. Nem mesmo posso enxergar meus vizinhos.
— Notei isso — murmurou ela. — Mostre-me a casa.
Poncho a pegou pelo braço e guiou-a, ladeando uma pilha de tábuas para a varanda do lado oeste.
— Quando eu me mudar para cá, vou me sentar aqui e admirar o pôr-do-sol.
E quero você ao meu lado.
Annie assentiu e virou-se para a paisagem.
A expressão era prazerosa, mas ele não podia ler o que estava sob a superfície. Teve vontade de sacudi-la e dizer-lhe para olhar mais uma vez, assim veria como aquilo era fantástico.
Pegou-a pelo braço novamente e a conduziu até a porta da frente.
— Sei que ainda falta muito para terminar, mas a parte mais difícil está pronta. Terminei o telhado, e a instalação hidráulica já está pronta, como também a tubulação para a fiação elétrica. — Alfonso a levou para a cozinha. Gesticulando o braço, apontou a parede do lado leste. — Os armários ficarão nessa parede e, na oposta, haverá algumas janelas para tirar proveito da paisagem.
Depois apontou para a parede que ficava embaixo das janelas.
— Tudo aqui será pia e balcão para trabalhar com alimentos.
— Você fez o projeto sozinho? — perguntou Annie.
Ele sorriu.
— Sim, com muita ajuda da internet. Encontrei algumas páginas com projetos que me agradaram.
Ela olhou ao redor.
— Você tem eletricidade?
— Não. Estou trabalhando com um gerador até que a companhia estenda as linhas. Está lá fora, perto do meu trailer. — Poncho apontou para os fundos da casa, de onde podia se ver o trailer.
— É lá que você dorme? — perguntou Annie, incrédula.
— Sim. Mas é apenas temporário. E muito melhor que muitos lugares em que já dormi. — Pelo menos lá é seco e relativamente quente.
— O que você quer dizer?
— Quando eu estava nas Forças Especiais, com freqüência dormíamos ao ar livre.
Ela pareceu apavorada.
— E quando chovia?
Ele deu de ombros.
— Nós nos molhávamos. E quando nevava, cavávamos um buraco e dormíamos lá dentro.
Annie estava boquiaberta.
— E você tem saudade disso?
— Não exatamente. Sinto saudade da equipe. E da excitação.
— Entendo. Quanto tempo falta para que você possa se mudar para cá?
— Pretendo estar dentro da casa em outubro.
Ela franziu o cenho.
— Vai dar para fazer isso e ainda trabalhar na minha casa?
— Vou conseguir. — Estava trabalhando ali catorze horas diárias nos dias em que não trabalhava na casa de Annie.
Não havia muito que pudesse fazer agora, porque aguardava um carregamento de mourões, assim poderia começar a cercar a propriedade.
— Estou impressionada. É muito trabalho para uma só pessoa.
— Tenho um amigo que vai chegar dentro de um mês. Será de grande ajuda na hora de cercar as terras.
Eles deixaram a cozinha e seguiram pelo corredor até a ala dos quartos. Anahí parou e apontou para uma série de tubulações ainda aparentes.
— Banheiro?
— Com banheira e ducha. E esses três cômodos serão quartos. — Poncho indicou os próximos três espaços abertos. — A sala de estar é do lado oposto da cozinha, na parede oeste.
— Muito espaço.
Ousaria ele contar-lhe que antes de conhecê-la, também achava que era espaço demais? Mas agora podia visualizá-la ali. Anahí poderia fazer um escritório do quarto que dava para a face leste. Uma vista como aquela inspiraria sua criatividade para que pudesse escrever.
E havia quartos o bastante para filhos. Ele nunca desejara filhos com nenhuma outra mulher.
Mas não disse nada. Ainda era cedo para confessar que queria passar a vida ao lado dela.
Autor(a):
Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Preciso de algumas coisas do trailer. Vou pegá-las agora e colocá-las na caminhonete. Annie assentiu. — Vou dar uma volta por aí. — Então observou Alfonso correr para os fundos da casa. Ele nunca andava, pensou com um sorriso. Ela voltou pelo caminho que eles tinham feito e saiu na ampla varanda. O caubói era impressi ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 218
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:05:43
amei essa web. muito linda. chorei com o final.
-
alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:05:42
amei essa web. muito linda. chorei com o final.
-
alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:05:42
amei essa web. muito linda. chorei com o final.
-
danimap Postado em 24/04/2012 - 10:08:22
acabou mesmo ? =( mesmo assim a web inteira, sem tirar nem por, cada detalhe foi perfeito ! Parabéens ! a web tava PERFEITA !
-
danimap Postado em 16/04/2012 - 04:30:53
MAIS MAIS MAIS por favor ! MAIS MAIS MAIS
-
danimap Postado em 16/04/2012 - 04:30:17
acabou ? Oo. nãaaao podeee =(
-
joannacarolina Postado em 13/04/2012 - 21:46:55
ACABOU??? oO CADE O FIIM ??ué eu pensei q teria o casamento e tal
-
jl Postado em 13/04/2012 - 08:28:03
Pera ai... acabou? '-' Não vi o fim O.o HSAUDAHUSDHUAHDUASHDUHD tão perfeito a annie voltar *-*
-
jl Postado em 13/04/2012 - 08:28:02
Pera ai... acabou? '-' Não vi o fim O.o HSAUDAHUSDHUAHDUASHDUHD tão perfeito a annie voltar *-*
-
jl Postado em 13/04/2012 - 08:28:01
Pera ai... acabou? '-' Não vi o fim O.o HSAUDAHUSDHUAHDUASHDUHD tão perfeito a annie voltar *-*