Fanfics Brasil - 44 DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA

Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 44

709 visualizações Denunciar


A delicada cumplicidade a tocou.


— Sim. A maior parte. Nas férias é mais difícil. Meu aniversário é o pior, porque me traz lembranças da enorme importância que eles davam a esse dia por me ver crescendo.


Eles se entreolharam em silêncio por alguns instantes.


— Quais são os dias mais difíceis para você? — perguntou Annie, finalmente.


— Todos os dias eu olho, através das janelas, as terras que Jimmy me deixou. E penso que era ele quem deveria estar ali, e não eu.


O coração de Anahí se apertou.


— Você sabe o que me ajudou?


— Não, o quê?


— Ter aprendido a agradecer por cada dia, em vez de sentir que eu não o merecia. — Ela nunca compartilhara seus pensamentos com ninguém antes, mas sentia uma enorme afinidade com Poncho.


— Quanto tempo levou para que aprendesse isso? — A voz dele denotava tanta esperança que Annie sentiu vontade de chorar.


— Ainda estou trabalhando nisso. — Anahí sentiu brotar de seus olhos as lágrimas que estivera contendo.


Poncho se aproximou dela, levantou-a e então puxou-a para seu colo, envolvendo-a nos braços.


Anahí descansou a cabeça no ombro largo e deixou que a força dele a rodeasse, sentindo-se mais reconfortada do que não se sentia desde a morte de seus pais, havia dez anos.


Decidiu não pensar muito sobre isso.


Alfonso subiu na escada portátil para tampar com massa os últi­mos buracos de prego da parede da sala de jantar.


Anahí estava ajoelhada sobre a lona de proteção, pintando os rodapés. Ele parou e a observou trabalhando. O rabo-de-cavalo pen­dia sobre um dos ombros, deixando exposta uma das orelhinhas bem-feitas e a linda nuca.


Ele teve vontade de descer da escada e roçar os lábios sobre aquele pedacinho de pele macia.


Mas decidiu não apressar as coisas.


Se confessasse seu amor, poderia assustá-la, e isso era a última coisa que queria fazer. Desde que ela o incentivara a falar sobre Jimmy, ele sentia que as feridas estavam cicatrizando, e devia mui­to a Anahí por aquele precioso presente.


Tampou mais alguns buracos, considerando seu dilema. Preci­sava dar a ela tempo para lidar com os próprios fantasmas.


Poncho raspou o excesso de massa e olhou ao redor. Incrível com a sala estava diferente sem aquele revestimento pesado de madei­ra. A luz do sol banhava o recinto, deixando-o claro e arejado.


Ele riu lembrando-se do motivo pelo qual a avó de Anahí tampara as janelas. Nudistas em Ferndale. A cidade devia ter ficado ater­rorizada.


— Qual é a graça? — a voz dela interrompeu-lhe os pensamentos.


— Estava pensando nos seus vizinhos.


Annie riu.


— Não devem ter agüentado as fofocas por muito tempo.


— Suponho que não. — Poncho olhou pela janela. — Está um dia lindo. Quer dar um passeio comigo?


— Para onde?


— Você disse que nunca foi à Costa Perdida. Gostaria de ir até lá no final da tarde? — Ele se esforçou para que a oferta parecesse casual. Mas, na verdade, sentia-se como se sua vida dependesse da resposta dela.


Annie ergueu uma sobrancelha e largou o pincel dentro da lata de tinta.


— Você quer me levar até as suas terras?


— Sim, podemos dar uma parada lá — respondeu ele.


Anahí pareceu considerar o convite por tempo demais. Mas, fi­nalmente, aceitou:


— Tudo bem. Vou trocar de roupa.


Poncho voltou à parede, então sentiu um enorme sorriso cruzar seus lábios.


Ele estacionou perto de sua casa em construção e ajudou Anahí a descer da caminhonete, então a viu observando ao redor.


Tentou se lembrar de como fora a primeira vez que deparara com aquelas terras. As montanhas cobertas pela mata, imensos carvalhos antigos, falcões voando e o oceano Pacífico brilhando a distância.


Analisou o rosto de Annie, cuja expressão era ilegível. Alfonso tinha a sensação apavorante de que seu próprio futuro estava diretamen­te relacionado ao que ela veria, e não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso.


Annie virou-se para ele e sorriu.


— O que você acha? — perguntou Poncho, tentando esconder a ansiedade.


Ela olhou ao redor novamente.


— É muito... vazio. — Annie riu. — Não estou acostumada a espaços tão amplos ao ar livre.


Ele tentou ignorar a ponta de desconforto no tom dela.


— Sim, é grande. Nem mesmo posso enxergar meus vizinhos.


— Notei isso — murmurou ela. — Mostre-me a casa.


Poncho a pegou pelo braço e guiou-a, ladeando uma pilha de tá­buas para a varanda do lado oeste.


— Quando eu me mudar para cá, vou me sentar aqui e admirar o pôr-do-sol.


E quero você ao meu lado.


Annie assentiu e virou-se para a paisagem.


A expressão era prazerosa, mas ele não podia ler o que estava sob a superfície. Teve vontade de sacudi-la e dizer-lhe para olhar mais uma vez, assim veria como aquilo era fantástico.


Pegou-a pelo braço novamente e a conduziu até a porta da frente.


— Sei que ainda falta muito para terminar, mas a parte mais difícil está pronta. Terminei o telhado, e a instalação hidráulica já está pronta, como também a tubulação para a fiação elétrica. — Alfonso a levou para a cozinha. Gesticulando o braço, apontou a pa­rede do lado leste. — Os armários ficarão nessa parede e, na oposta, haverá algumas janelas para tirar proveito da paisagem.


Depois apontou para a parede que ficava embaixo das janelas.


— Tudo aqui será pia e balcão para trabalhar com alimentos.


— Você fez o projeto sozinho? — perguntou Annie.


Ele sorriu.


— Sim, com muita ajuda da internet. Encontrei algumas pági­nas com projetos que me agradaram.


Ela olhou ao redor.


— Você tem eletricidade?


— Não. Estou trabalhando com um gerador até que a companhia estenda as linhas. Está lá fora, perto do meu trailer. — Poncho apon­tou para os fundos da casa, de onde podia se ver o trailer.


— É lá que você dorme? — perguntou Annie, incrédula.


— Sim. Mas é apenas temporário. E muito melhor que muitos lugares em que já dormi. — Pelo menos lá é seco e relativamente quente.


— O que você quer dizer?


— Quando eu estava nas Forças Especiais, com freqüência dor­míamos ao ar livre.


Ela pareceu apavorada.


— E quando chovia?


Ele deu de ombros.


— Nós nos molhávamos. E quando nevava, cavávamos um bu­raco e dormíamos lá dentro.


Annie estava boquiaberta.


— E você tem saudade disso?


— Não exatamente. Sinto saudade da equipe. E da excitação.


— Entendo. Quanto tempo falta para que você possa se mudar para cá?


— Pretendo estar dentro da casa em outubro.


Ela franziu o cenho.


— Vai dar para fazer isso e ainda trabalhar na minha casa?


— Vou conseguir. — Estava trabalhando ali catorze horas diá­rias nos dias em que não trabalhava na casa de Annie.


Não havia muito que pudesse fazer agora, porque aguardava um carregamento de mourões, assim poderia começar a cercar a propriedade.


— Estou impressionada. É muito trabalho para uma só pessoa.


— Tenho um amigo que vai chegar dentro de um mês. Será de grande ajuda na hora de cercar as terras.


Eles deixaram a cozinha e seguiram pelo corredor até a ala dos quartos. Anahí parou e apontou para uma série de tubulações ainda aparentes.


— Banheiro?


— Com banheira e ducha. E esses três cômodos serão quartos. — Poncho indicou os próximos três espaços abertos. — A sala de estar é do lado oposto da cozinha, na parede oeste.


— Muito espaço.


Ousaria ele contar-lhe que antes de conhecê-la, também achava que era espaço demais? Mas agora podia visualizá-la ali. Anahí po­deria fazer um escritório do quarto que dava para a face leste. Uma vista como aquela inspiraria sua criatividade para que pudesse escrever.


E havia quartos o bastante para filhos. Ele nunca desejara filhos com nenhuma outra mulher.


Mas não disse nada. Ainda era cedo para confessar que queria passar a vida ao lado dela.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Preciso de algumas coisas do trailer. Vou pegá-las agora e colocá-las na caminhonete. Annie assentiu. — Vou dar uma volta por aí. — Então observou Alfonso correr para os fundos da casa. Ele nunca andava, pensou com um sorriso. Ela voltou pelo caminho que eles tinham feito e saiu na ampla varanda. O caubói era impressi ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 218



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:05:43

    amei essa web. muito linda. chorei com o final.

  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:05:42

    amei essa web. muito linda. chorei com o final.

  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:05:42

    amei essa web. muito linda. chorei com o final.

  • danimap Postado em 24/04/2012 - 10:08:22

    acabou mesmo ? =( mesmo assim a web inteira, sem tirar nem por, cada detalhe foi perfeito ! Parabéens ! a web tava PERFEITA !

  • danimap Postado em 16/04/2012 - 04:30:53

    MAIS MAIS MAIS por favor ! MAIS MAIS MAIS

  • danimap Postado em 16/04/2012 - 04:30:17

    acabou ? Oo. nãaaao podeee =(

  • joannacarolina Postado em 13/04/2012 - 21:46:55

    ACABOU??? oO CADE O FIIM ??ué eu pensei q teria o casamento e tal

  • jl Postado em 13/04/2012 - 08:28:03

    Pera ai... acabou? '-' Não vi o fim O.o HSAUDAHUSDHUAHDUASHDUHD tão perfeito a annie voltar *-*

  • jl Postado em 13/04/2012 - 08:28:02

    Pera ai... acabou? '-' Não vi o fim O.o HSAUDAHUSDHUAHDUASHDUHD tão perfeito a annie voltar *-*

  • jl Postado em 13/04/2012 - 08:28:01

    Pera ai... acabou? '-' Não vi o fim O.o HSAUDAHUSDHUAHDUASHDUHD tão perfeito a annie voltar *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais