Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

CAPÍTULO X

Poncho entrou na cozinha quando Anahí, ainda sonolenta, murmurava consigo mesma e secava o bal­cão depois de ter derramado café.

— Tenho que ir a Santa Rosa para comprar alguns materiais. Quer ir comigo?

— E como quero! — Ela necessitava sair um pouco de Ferndale. Santa Rosa não era exatamente uma metrópole, mas infinitamente maior do que Ferndale.

Alfonso sorriu perante o entusiasmo dela.

— Só que precisarei fazer algumas paradas.

— Que tipo de paradas e quantas? — perguntou ele, em tom de brincadeira.

— Quero parar no supermercado. E preciso de alguns artigos de toalete e de uma farmácia grande. Pode ser?

— Sem problemas.

— E almoço — acrescentou Anahí. — Estou morrendo de vontade de uma comida chinesa.

Poncho assentiu.

— Almoço, claro.

— A que horas você quer sair?

— Assim que você estiver pronta. Estou amarrado com o ba­nheiro lá de cima e na minha casa também, assim, hoje é um dia perdido para o trabalho, até que eu compre os materiais que estão faltando. E são três horas até Santa Rosa.

— Sirva-se de café. Estarei pronta em cinco minutos. — Annie apressou-se pela escada e trocou a blusa e o short de trabalho por um vestido de verão florido.

A meteorologia daquela manhã prometera um dia quente, e o ar-condicionado da caminhonete de Alfonso eram as janelas abertas.

Annie passou escova nos cabelos. Apesar da clavícula ter melhorado bem, ainda não conseguia fazer um rabo-de-cavalo decente, então os deixou soltos.

Quando desceu e Poncho se virou da janela da cozinha, ela viu o olhar de admiração dele. Imediatamente, ficou feliz por haver co­locado aquele vestido.

— Estou pronta. Só vou pegar uma garrafa de água. — Ela abriu a geladeira e se inclinou. Quando voltou a olhá-lo, ele estava co­brindo o rosto com as duas mãos. — Você está bem?

Poncho sorriu.

— Sim, estou ótimo.

— Vai querer água? — Ela levantou uma garrafinha.

Sim, pensou Alfonso quando assentiu com um gesto de cabeça. Despeje-a sobre a minha cabeça. Quando ela se abaixou de novo naquele vestido curtinho, ele pensou que poderia desmaiar de desejo.

O tráfego não estava muito intenso e eles fizeram uma viagem bem gostosa para o sul, conversando a respeito de projetos futuros. Quando chegaram aos arredores de Santa Rosa, Annie disse:

— Onde você acha que devo colocar a casa para vender?

Alfonso segurou o volante com mais firmeza. Não queria conversar sobre a venda da casa, porque isso significava que ela retornaria a Los Angeles.

E não a veria mais.

Vinha refletindo muito acerca de um modo de convencer Annie a ficar em Ferndale, mas nada lhe viera à mente.

— Alfonso? Você me ouviu?

Ele respirou fundo.

— Sim. Eu estava apenas pensando. Ainda levará algumas se­manas para arrumar as janelas e o jardim. Você ainda quer fazer o jardim, não quer?

— Apenas dar uma limpada para tirar o mato, não fazer uma obra de paisagismo.

— Se comprarmos sementes de grama e as semearmos, podemos arrancar os arbustos mortos, e pelo menos o verde cresceria no solo. — Ele se sentia um tolo dando idéias para vender a casa, quando precisava que ela ficasse em Ferndale.

Annie assentiu.

— E livre-se daquele varal de ferro.

— Posso usá-lo na minha casa. Trocarei o trabalho pelos varais. Ela riu.

— Você vai usá-los como varal ou para fazer flexões?

— Esteve me observando? — Ele adorou saber disso.

Anahí corou.

— Eu, hã... sim.

O silêncio encheu-se de energia. Se não estivesse dirigindo, teria beijado Annie tolamente. Mas não pôde resistir a provocá-la:

— Você está vermelha.

Ela ergueu a mão até o rosto.

— Não, não estou!

— Claro que está. Você gostou do que viu.

— Eu... eu...

Poncho riu. As faces de Anahí estavam agora violentamente coradas.

— Eu a deixei sem palavras.

— Você é muito convencido — disse ela.

— Não, apenas tenho grande poder de observação.

A conversa esmaeceu quando ele entrou no estacionamento do depósito de madeira e parou numa vaga perto da entrada.

— Quer ficar na caminhonete?

De repente, percebeu que não a queria dentro de um depósito de madeira naquele vestidinho sexy.

— Não, vou entrar com você.

O vestido subiu pelas coxas e Poncho teve de engolir em seco e desviar os olhos antes de falar:

— Você é quem sabe.

Poncho deu a volta do carro para ajudá-la a descer, mas quando chegou, ela já havia saído.

Ele, então, se posicionou entre Annie e as janelas do depósito e segurou-a com firmeza pelo braço.

Não tinha a menor intenção de deixá-la sozinha.

— Não vamos demorar. Já fiz o pedido por telefone enquanto você estava trocando de roupa.

— Tudo bem — disse ela, sorrindo.

Assim que se aproximaram do balcão, ele notou os olhares de apreciação dos homens que esperavam para ser atendidos. Anahí afastou-se e foi ver alguns livros do tipo "Faça Você Mesma" numa prateleira ali perto. Alfonso conteve-se. Não podia tirá-la dali e im­pedi-la de ver os livros.

Depois de pagar a compra, aproximou-se. Ela estava examinan­do um livro sobre construção de varandas.

Ele tocou-lhe o braço.

— Você está pensando em construir uma varanda?

— Não, mas uma varanda ficaria linda na parte de trás da sua casa.

Poncho estremeceu por Annie estar pensando na casa dele. Visua­lizava-a ali diariamente e queria que ela fizesse o mesmo. Aquilo era um passo na direção certa.

— Pode ser. Estou totalmente aberto a novas idéias.

Anahí assentiu e recolocou o livro no lugar.

— Temos que ir com a caminhonete até os fundos da loja para carregar as tábuas.

Eles deixaram o ar-condicionado da loja e voltaram ao veículo. Poncho dirigiu até o local indicado e ajudou os homens a carregarem a madeira na carroceria, depois voltou ao volante e saiu do esta­cionamento.

— Com fome? — indagou ele.

— Bastante.

— Um dos rapazes do depósito me disse que há um ótimo res­taurante chinês aqui perto.

— Maravilha. Vamos?

Eles encontraram o local e, quando entraram no ambiente meio escuro, Annie inalou o aroma.

— Humm... o cheirinho está delicioso.

Poncho olhou ao redor e notou que a maioria dos fregueses era formada por chineses. Um bom sinal, pensou.

O garçom chegou com os cardápios e um bule de chá.

— O que você está com vontade de comer?

— Não conheço a maioria dos pratos, mas adoro frango xadrez — respondeu Julie.

— Deixe-me escolher para nós. — Ele tinha familiaridade com alguns pratos depois de ter passado um tempo no sul da Ásia. Apontou diversos itens e descreveu o que era cada um.

— Como você sabe disso?

— Passei um tempo em Hong Kong quando estava na Marinha.

— Deve ter sido interessante para um sujeito que detesta cida­des grandes.

— Annie, eu não detesto cidades grandes. Apenas não quero mo­rar em uma.

Ela balançou os ombros nus.

— Você estava de férias?

— Eu tinha férias para tirar e a equipe estava na Indonésia. Alguns de nós decidimos seguir até Hong Kong antes de voltar para casa.

— Eu sempre quis viajar, mas a China não caberá no meu or­çamento por um longo tempo ainda. — Anahí soou melancólica.

Poncho teve vontade de pegar tudo que havia em sua conta ban­cária e comprar passagens para o próximo vôo.

E aquilo o amedrontava porque não tinha idéia de como Anahí se sentia a seu respeito.

Verdade, Ponchito está apaixonado e não quer que ela vá embora.

Capitulo dedicado a todas as leitoras.