Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

O garçom veio e anotou o pedido. Enquanto esperavam a comida,

Alfonso contou-lhe sobre Hong Kong. Ele e Jimmy tinham ficado lá por quase uma semana antes de voltar aos Estados Unidos.

Ela falou sobre todos os lugares que tinha vontade de conhecer.

Depois do almoço, foram a mais duas lojas de materiais de cons­trução e a uma drogaria.

Quando eles saíram da farmácia, Anahí apontou para uma livra­ria do outro lado da rua.

— Como estamos de tempo?

Poncho guardou a sacola na carroceria.

— Por quê?

— Gostaria de dar uma passadinha na livraria.

— Temos tempo.

Ela foi diretamente à seção de livros infantis e passou os olhos pelos títulos. Sempre checava as novidades, procurando por livros similares aos que pretendia escrever. Puxou alguns da prateleira, verificou as editoras e decorou as informações. Quando seus ma­nuscritos estivessem prontos, saberia a quem enviá-los.

Um display com livros de Harry Potter chamou-lhe a atenção. Ela se virou e estudou Alfonso.

Um homem como ele estaria disposto a ler um livro infantil?

— Você já ouviu falar de Harry Potter? — Annie pegou o primeiro livro da série.

Ele lhe deu uma olhada zombeteira.

— Annie, todo mundo já ouviu falar de Harry Potter. Eu moro em Ferndale, não na Lua.

Ela riu.

— Eu ainda não os li, mas preciso. A autora tem como alvo a mesma geração que eu. — Anahí hesitou. Será que o insultara? — Você gostaria de lê-lo para mim?

— Claro. — Poncho soava esperançoso. — Estou curioso a respeito desses livros, com todo o sucesso que estão fazendo.

Ela levou o livro para o caixa e pagou.

Fizeram uma última parada no supermercado e então começa­ram o caminho de volta para Ferndale.

Divertira-se, pensou Anahí. Eles não tinham feito nada de espe­cial e nada excitante acontecera, mas o dia fora maravilhoso. Ado­rava estar com Alfonso. Qualquer um que os visse teria pensado que eram um casal.

Pensou em como sentiria a falta dele quando retornasse a Los Angeles.

Deixou a mente vagar. E se Alfonso fosse a Los Angeles e desco­brisse que gostava de lá? Será que daria uma chance à cidade grande? Começou a sonhar acordada sobre as coisas que mostraria a ele e os lugares aonde poderiam ir.

Quando saíram da rodovia para a pequena estrada que levava a Ferndale, ela ficou feliz em ver as luzes da cidade brilhando a distância. Fora um longo dia e se sentia feliz por estar de volta.

O pensamento a assustou e Annie se endireitou no banco e fitou a paisagem.

Devia estar mais cansada do que pensara.

— Tanto trabalho e nenhum lazer fez de Annie uma moça entediada.

Com um rolinho de pintura em mãos, ela riu e virou-se para Alfonso.

— Quem disse que estou entediada?

Ele tirou-lhe o rolinho de pintura e colocou-o de lado. Então pegou-a pela mão e a guiou até a escada.

— Vamos, está um dia lindo e precisamos sair um pouco. Além do mais, você não pode dar uma segunda demão nessa parede até que a primeira camada de tinta esteja seca.

Annie fingiu descontentamento enquanto o seguia. Aquilo fazia parte do jogo.

— Você é pior do que os meus alunos hiperativos.

Porém mais bonito. Oh, muito mais bonito!

— Bem, já ouvi coisas piores. — Poncho parou à porta do quarto dela. — Vista short e camiseta e pegue um moletom. Espero você lá embaixo.

Enquanto trocava de roupa, Annie pensou que o motivo de pare­cer entediada era, na verdade, tristeza por saber que estava che­gando a hora de se separar de Poncho. Mas não queria pensar na­quilo. Talvez um passeio fosse mesmo do que estivesse precisando.

Quando desceu, ele estava enchendo a mochila com comida e água.

— Quantos dias ficaremos fora? — brincou ela.

— Engraçadinha! Não se preocupe. Eu carregarei a mochila.

— Com certeza. E se as coisas ficarem piores, carregará a mim também.

Poncho riu e a olhou de cima a baixo, observando-lhe os pés.

— Esse é o melhor sapato que você tem?

— Não, mas acho que é apropriado para uma caminhada — disse Annie, docemente.

Ele estava de botas. Anahí não tinha botas. Pelo menos, não para caminhadas.

— Aonde vamos?

— Fern Canyon.

Annie observava as samambaias empoeiradas da beira da estra­da, indicando a aproximação do estranho local para onde se diri­giam, Fern Canyon.

Assim que emergiram na costa, entre um penhasco rochoso e o oceano, ela viu um alce pastando na grama que beirava a praia.

— Alfonso, olhe! — Agarrou-lhe o braço e apontou.