Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Ele assentiu.

— Esta área é uma reserva toda preservada.

Annie continuou a admirar o magnífico animal enquanto Alfonso estacionava numa pequena área na base de Fern Canyon, perto de um outro veículo. De novo Annie ficou espantada com quão deserto era aquilo.

Ele colocou a mochila nas costas e se dirigiu à trilha que come­çava na base do estacionamento. O chão era nivelado, mas a parte lateral parecia ter mais de trinta metros de altura, com arbustos verdes.

Poncho seguiu num ritmo que fez os músculos das pernas de Annie queimarem depois de meia hora. Realmente precisava voltar para o seu trabalho normal e para a academia.

O caubói não estava nem mesmo ofegante!

O lugar era lindo. Coberto com imensa variedade de plantas e árvores altas que permitiam que poucos raios de sol atingissem o solo. Aquilo deu a Anahí a sensação de estar embaixo da água.

Havia algumas pontes de madeira pequenas e charmosas e, ali e acolá, tinham de pular rochas e árvores caídas. Diminutas que­das d`água rolavam pelas paredes rochosas, como cachoeiras em miniatura.

Com exceção dos mosquitos pretos que pareciam determinados a voar em volta do nariz de Annie, era um lugar extremamente tranqüilo. Não havia ninguém ao redor. Como se a floresta perten­cesse somente a eles.

Após outros vinte minutos andando, Anahí precisava de uma pau­sa. Segurou a tira que pendia da mochila nas costas de Alfonso e deu uma puxadinha. Ele se virou num movimento abrupto, agachou-se, as mãos em posição de defesa, os olhos duros e frios.

Perplexa pela reação repentina, ela deu um passo atrás.

Poncho levantou-se e lhe estendeu a mão, um olhar aflito no rosto.

— Desculpe-me, não tive a intenção de assustá-la.

— Eu não fiquei assustada. — Subitamente, Annie se deu conta de que nunca teria medo de nada quando estivesse com Alfonso. Era o homem mais capaz que já conhecera. Não poderia imaginar uma única situação com a qual ele não pudesse lidar. E sabia também que jamais a machucaria. Anahí sorriu.

— Eu queria um gole de água.

Poncho a estudou por um momento.

— Você quer descansar? Está um pouco vermelha.

O orgulho não a deixaria admitir que se sentia exausta.

— Não, só estou com sede.

Ele tirou a mochila dos ombros e abriu um dos zíperes. Pegou uma garrafinha de água para ela e outra para si.

Annie ficou olhando-o enquanto ele bebeu água no gargalo e de­pois jogou um pouco sobre o rosto e levantou a barra da camiseta para secá-lo. O abdome sólido e bronzeado despertou-lhe um incrí­vel desejo de tocá-lo.

Oh, Senhor! Não queria se sentir assim. Ele estava fora de al­cance e ela não podia se esquecer de que eram apenas bons amigos.

Após beber um pouco de água, Julie devolveu a garrafa à mochila.

— Você tem certeza de que não quer parar um pouco? Não es­tamos com pressa, estamos? — disse Poncho.

Ela tirou o moletom e o amarrou, na cintura.

— Quero terminar a pintura da sala de jantar ainda hoje.

— Tudo bem. — Ele retomou a caminhada.

Annie tentou duramente não ficar observando-o de costas en­quanto o seguia.

Alfonso saiu da trilha principal e pegou outra mais estreita.

— Olhe que vista, Annie. Comeremos assim que chegarmos ao alto. Então podemos voltar.

— Certo. — Ela o seguiu pela nova trilha. Apesar do caminho ser muito mais íngreme, ele não desacelerou o passo. E Anahí se esforçou para subir até que os pulmões estivessem queimando e as pernas, doendo.

Finalmente teve de ceder:

— Alfonso — começou, ofegante —, espere.

Ele se virou e a olhou com ar divertido.

— Estamos quase chegando.

— Estou exausta. Dê-me um minuto. — Ela o olhou fixamente. — E não ria de mim.

Poncho ergueu as duas mãos, anulando qualquer expressão do rosto.

— Não estou rindo.

Annie se abaixou e pousou as mãos sobre os joelhos, respirando fundo.

— Mas está querendo rir.

— Vamos lá, ponha a mochila. — Ele tirou as alças dos ombros. Ela o fitou incrédula.

— Estou aqui morrendo e quer que eu carregue esse peso todo?

Poncho a rodeou e colocou-lhe a mochila nas costas.

— Você carrega isto e eu carrego você.

Annie virou-se para encará-lo.

— Eu estava brincando quando disse isso.

— Então? Acha que não consigo?

— Sou muito pesada. — E a elevação pela qual estavam subindo era íngreme demais.

— Eu carregava pacotes de cinqüenta quilos quando estava a serviço. E estou em melhor forma agora do que antes. — Havia uma ponta de orgulho no tom dele, convidando-a a desafiá-lo.

— Tudo bem. — Ela aceitou o desafio. — Como vai me carregar?

Poncho se virou de costas e se abaixou um pouco.

— Suba. Vou levá-la de cavalinho.

Annie pôs as mãos nos ombros dele e pulou nas costas largas.

Alfonso segurou-a pela parte traseira das coxas e ajeitou-a até que as pernas dela estivessem rodeando sua cintura. Annie se segurou forte nos ombros másculos quando ele retomou a trilha.

Logo, ela se deu conta de que cometera um grande erro. Tanta proximidade com o corpo quente a estava excitando de uma ma­neira enlouquecedora. A folhagem começou a ficar menos densa, e a respiração de Alfonso aumentou de ritmo com o exercício, a nuca estava molhada de suor, produzindo em Anahí um desejo que nunca imaginara ser possível.

Ela engoliu em seco e contou até dez, lutando por controle.

Não funcionou.

Tinha que descer das costas dele naquele momento ou faria algo realmente tolo.

— Alfonso...

— Sim?

— Já posso andar.

— Tem certeza?

— Tenho — ela respondeu com voz rouca.

Ele parou de andar diante de uma imensa cerejeira e abaixou-se um pouco para que ela descesse. Anahí deixou os braços deslizarem pelos ombros dele e respirou fundo, tentando se recompor.

Em vez de se afastar, Poncho se virou e deslizou um braço ao redor da sua cintura, puxando-a contra seu jeans.

Annie achara que era a única afetada ali.

Estivera enganada.

Sem demora, ele entrelaçou os dedos da outra mão nos cabelos longos e puxou-a para um beijo alucinante.

Ela correspondeu ao beijo, circulando-o com os braços e entreabrindo os lábios sedentos.

Então sentiu a mão dele deixando seus cabelos e desatando o moletom amarrado em sua cintura. Poncho afrouxou o suficiente e correu a mão por baixo da camiseta.

Quando deslizou a mão para cima, chegando cada vez mais perto dos seios, Annie gemeu de excitação. Queria-o ali mesmo.

Então tirou a camiseta dele de dentro do cós e deslizou as mãos por aqueles magníficos músculos das costas que estivera observan­do por um mês.

No exato momento que as mãos de Alfonso chegaram aos seus seios, ele enrijeceu e ficou imóvel. Um som de vozes soou em algum lugar perto deles.

Rapidamente, Alfonso se afastou um pouco, murmurando sua frus­tração contra os cabelos dela. Annie sorriu sem graça, ajeitando o moletom na cintura e os cabelos.