Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Antes que pudesse raciocinar sobre o que estava acontecendo, Ponco beijou-a com paixão, fazendo-a derreter em seus braços.

Em poucos instantes, estavam ambos no sofá e ela, sobre o corpo perfeito de Alfonso. Ele deslizou as mãos dos ombros até as coxas de Annie, e ela pensou que fosse explodir de prazer.

— Annie... — Poncho sussurrou o nome como um lamento, então beijou-a de novo, enquanto a puxava mais para cima, encaixando-a em seus quadris.

Continuaram se beijando, os corpos quentes se movimentando em harmonia. Annie estava pensando como o toque dele era mara­vilhoso, quando, de repente, Alfonso tirou a mão de suas pernas e se afastou um pouco.

— Precisamos parar um instante. Quero falar com você.

Ela não queria parar. Queria que ele continuasse a beijá-la. Emitiu um pequeno som de protesto. Poncho roçou a boca na sua.

— Ouça-me.

Com dificuldade, Annie fitou o rosto dele.

— O quê?

— Precisamos conversar.

Ela não queria conversar. Não queria pensar.

— Quero que me beije outra vez.

Poncho gemeu e levou as mãos aos braços dela, gentilmente afas­tando-a de si contra o encosto do sofá.

— Annie, nós somos ótimos juntos. — Ele abaixou os olhos para onde as coxas de Anahí ainda estavam entrelaçadas nas suas.

Não brinque, pensou ela, queimando por dentro. Desejava-o co­mo nunca desejara alguém. 0 pensamento a excitou ainda mais.

— Eu não quero perdê-la. Fique em Ferndale. Podemos decidir onde moraremos.

De repente, o efeito do vinho desapareceu. Annie sabia o que ele ia dizer e o pânico começou a dominá-la.

— Não posso. Eu preciso voltar. Tenho um contrato para lecionar.

— Você ainda quer ir embora? Ainda quer morar em Los Angeles?

— Não. Sim. Não sei. Por que você quer que eu fique?

— Porque amo você. Gosto daqui, mas se você não pode viver fora de Los Angeles, eu me mudarei para lá.

Ela o fitou, boquiaberta.

— Não diga isso!

— Eu poderia sobreviver em Los Angeles.

— Não, não poderia. Além do mais, eu não estava falando sobre a cidade grande. Estava me referindo a você dizer que me ama. Não diga isso.

Poncho a fitou com uma expressão de sofrimento.

— Por que não?

Será que ele não sabia quanto era perigoso se apaixonar? Quan­to poderia sair ferido?

— Porque não quero que você me ame.

Poncho afastou-se ainda mais.

— Esse é o meu sentimento. Eu a amo. Você não tem que cor­responder ao meu amor, mas não me diga para não sentir o que sinto.

— Não é necessário dizer que me ama apenas para fazer sexo comigo. Podemos fazer amor sem declarações.

Por um instante, ela viu violência na expressão de Alfonso, um olhar de guerreiro também. Então, ele visivelmente se controlou e levantou-se tão abruptamente que quase a derrubou do sofá.

— Você acha que eu lhe disse que a amo porque quero levá-la para cama? — perguntou, furioso.

Annie deu boas-vindas à ira de Alfonso. Era mais seguro encarar a raiva dele do que uma declaração de amor.

— Já ouvi isso antes.

— Mas não de mim.

— Poncho, por favor, sente-se.

Como ele não se moveu, ela levantou-se para encará-lo. . Um dos dois tinha que ser racional. Por ele e por si mesma.

— Não posso. Fechei meu coração depois que meus pais morre­ram e não vou mais pensar sobre o amor. Machuca demais. Se não der certo entre nós, não poderei sobreviver.

— E o que a faz pensar que não dará certo? — perguntou ele por entre os dentes.

Por que ele não podia enxergar?

— Porque não dá certo para muitos casais o tempo todo. Você acha que as pessoas se apaixonam pensando que não vai dar certo? Ou que algum deles vai encontrar outra pessoa? — Annie hesitou por um instante e, com um aperto na voz, continuou: — Ou morrer? Todo mundo pensa que o amor é para sempre. Mas não é. Não há nenhuma garantia.

— E isso que você quer? Uma garantia? Você se nega ao direito de ser feliz porque não há nenhuma garantia?

Poncho parecia decepcionado, mas ela não se importava. Ele não sabia como era a dor de perder alguém que se ama. Já fazia mais de dez anos que seus pais haviam falecido e a dor estava ainda muito viva. A ferida profunda nunca cicatrizaria.

Annie sentiu as lágrimas brotarem.

— Você não sabe o que isso significa.

Alfonso fez menção de se aproximar, mas ela deu um passo atrás.

— Eu não poderia amar novamente, Poncho. Não poderia.

Ele suspirou.

— Você quer uma garantia de que sobreviverei para você? Não posso lhe dar isso. Mas posso prometer-lhe que me casarei com você e que a amarei pelo resto da minha vida.

Annie engoliu um soluço.

— Isso não é o bastante.

Poncho pareceu arrasado.

— Então, lamento. Porque não posso prometer o que você ne­cessita ouvir. Ninguém pode.

— Eu sei — sussurrou ela, infeliz.

— É melhor eu ir embora.

Poncho se virou e saiu. A luz fraca da varanda, Annie o observou ir até a caminhonete e partir.

Ela se deitou no sofá ainda quente do corpo dele e chorou até que não tivesse mais lágrimas.

Está terminando , gente.