Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

CAPÍTULO XIV

Annie demorou três dias para dar um jeito no jardim e limpar a casa. Estava determinada a fazer aquilo sozinha e ficar exausta no processo, porque só assim conseguiria dormir.

Não funcionou. Mesmo cansada demais, tinha dificuldade em pegar no sono.

Toda vez que ouvia o ruído de um carro passando na frente de sua casa, parava o trabalho na esperança de que Alfonso tivesse vol­tado.

Por que o deixara partir?, Perguntou-se. Por sua culpa, veio a resposta interior.

Poncho a amava e aquilo a apavorava mortalmente. Porque no meio da noite, estava deitada acordada e se dera conta de que o amava também.

Mas não poderia fazer nada a respeito desse amor. Não pagaria o preço outra vez.

Fez as malas, colocou-as no carro e deixou as chaves na imo­biliária.

Quando chegou a Los Angeles, o calor estava insuportável e a poluição a incomodou. Tentou não pensar no ar puro no clima gos­toso de Ferndale.

Levou as coisas para o apartamento e pensou em ir até a piscina se refrescar, então visualizou Alfonso dando braçadas na piscina de seu prédio.

Por que o levara lá? Teria sido muito mais fácil voltar se não houvesse tantas lembranças dele em Los Angeles.

Annie dirigiu até a escola para trabalhar no planejamento para a próxima semana, quando começaria o ano letivo. Dulce Maria que lecionava na classe ao lado, deteve-a no meio do caminho:

— Como foi de férias? — Os olhos de Dulce estreitaram-se quando observou Annie melhor. — Você esteve doente? Não me parece muito bem.

— Não, é apenas cansaço. Vim dirigindo desde o norte da Cali­fórnia. E me desacostumei a esse calor, acho.

Dulce pareceu não acreditar, porém não disse nada. Em vez disso, sugeriu:

— Que tal jantarmos juntas esta noite?

Ambas solteiras, elas costumavam sair juntas às sextas-feiras. Annie não estava com vontade de passear, mas também não queria ficar sozinha.

— Tudo bem. Avise-me quando acabar as suas aulas.

Anahí entrou em sua sala de aula e ficou olhando para os boletins anuais que precisavam ser trocados. Não parecia encontrar energia para pensar no projeto.

Dulce apareceu duas horas depois:

— Pronta para encerrar o expediente?

Annie assentiu.

Elas dirigiram cada uma o próprio carro e se encontraram num restaurante popular a vários quilômetros da escola.

Dulce pediu uma cerveja e Anahí optou por um chá gelado.

— Você ouviu falar sobre o corte de funcionários? — Dulce era representante do sindicato e sempre tinha informações fresquinhas.

— Não. Não encontrei ninguém ainda, exceto você.

— O número de alunos caiu muito este ano e alguns professores podem ser demitidos.

Anahí não se importava com nada naquele momento, mas saben­do como aquilo era importante para Dulce, ouviu com atenção e fez comentários pertinentes.

A amiga perguntou de novo se ela estava bem.

— Você emagreceu — disse em tom de acusação.

— Trabalhei o verão inteiro reformando a casa de minha avó, então devo ter perdido alguns quilos. — Na verdade, ela perdera o apetite desde a discussão com Alfonso.

Elas conversaram a respeito das coisas pendentes da escola e depois foram embora. Quando Annie chegou ao apartamento, en­controu um recado na secretária eletrônica. Num rompante de es­perança, apertou o botão para ouvir a mensagem, esperando ouvir a voz de Poncho. Mas era Steve, o corretor:

— "Tenho dois clientes interessados na sua casa. Voltarei a lhe telefonar quando confirmarem a oferta".

Ele apenas tinha as chaves desde a manhã do dia anterior. Era otimismo demais acreditar que venderia a casa tão rápido. Aquilo só podia ser excesso de autoconfiança de Steve.

Annie foi para a cama e teve outra noite de insônia. Sentia falta de Poncho, sofria miseravelmente.

Cerca de duas horas da manhã, pronunciou as palavras em voz alta, testando-as:

— Eu amo Poncho.

Às quatro da madrugada, concluiu de que estar sem ele doía mais do que perdê-lo.

Sim, meus amores. Está acabando , logo irei fazer outra adaptada.