Fanfic: DESCOBRINDO O AMOR ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Ele largou a pá, subiu a escada rapidamente, acendeu a luz do corredor e se ajoelhou diante de Annie.

— Você apareceu na hora certa — disse Annie, uma nuança de dor na voz.

Poncho a viu esforçar-se para não chorar, e aquilo o consumiu por dentro.

— O que aconteceu? — Não queria tocá-la até que soubesse onde se machucara.

— Eu estava arrumando o armário e puxei uma caixa cheia de livros sobre a minha cabeça.

— Você caiu? — Ele segurou-lhe a face entre as mãos e observou as contusões no rosto.

— Sim.

— Da escada?

Annie meneou a cabeça.

— De cima de uma cadeira. Poncho acariciou-lhe o rosto.

— Você vai ficar bem.

Annie assentiu e pareceu se reequilibrar.

— Diga-me o que mais está doendo além do seu rosto.

— Dói quando mexo o braço direito.

— Que parte do braço?

— O ombro.

Ela usava uma grande camisa azul clara.

— Vou precisar abrir a sua blusa, tudo bem?

Annie assentiu com um sorriso tímido.

Ele desabotoou-lhe a camisa e escorregou o tecido do ombro, tentando ignorar a alcinha de renda do sutiã.

Então correu os dedos sobre a clavícula, parando num grande calombo. Não havia dúvida de que o osso estava fraturado. O in­chaço já tinha começado.

— Eu estava com medo disso. Ouvi um barulho seco quando bati no chão.

— O que mais?

— Cortei o cotovelo. Acho que bati na quina da cama. — Anahí olhou para a toalha que colocara envolta no braço esquerdo.

— Vou ajudá-la a se levantar e desceremos até a cozinha, assim posso dar uma olhada melhor no seu braço.

— Tudo bem.

— Você pode andar? — Poncho tinha medo de carregá-la e, com isso, machucá-la.

Ela ergueu o queixo.

— Sim.

Ele ajudou-a se levantar e segurou-a pelos quadris para lhe dar apoio. Então conduziu-a à cozinha e a sentou numa cadeira cuida­dosamente. Ajoelhando-se a seu lado, removeu a toalha do braço, notando um corte grande na dobra interna do cotovelo. Como a toalha era escura, não percebera o sangue antes.

— Ainda está sangrando — disse Alfonso. — Preciso manter o corte sob pressão. Onde há um pano limpo?

— Na gaveta ao lado da pia.

Poncho achou panos de prato e fez uma faixa com um deles, en­rolando com bastante pressão sobre o corte. Depois sentou-se ao lado de Annie.

— Isso deve deter o sangue até que possamos dar pontos aí. Anahí ergueu uma sobrancelha e olhou-o demoradamente.

— Você quer fazer isso? A caixa de costura de minha avó está na sala.

Poncho balançou a cabeça, sabendo que ela estava brincando.

— Já dei pontos em cortes antes, mas isso quando não havia nenhum médico por perto. — A linda pele delicada merecia alguém mais experiente do que ele.

Ela o fitou.

— Onde você aprendeu a fazer tudo isso?

— Na Marinha. Passei por um treinamento médico. — Ele a ajudou a ficar em pé, segurando-a pelo cós da calça. A pele das costas era macia e quente. Perguntou-se se a calcinha combinava com o sutiã. Sempre fora admirador daqueles anúncios de lingerie.

Alfonso meneou a cabeça, desgostoso com os próprios pensamentos. Devia estar auxiliando-a, e não tendo fantasias sobre atacá-la a caminho do hospital.

— Próxima parada, pronto-socorro do hospital Redwood City. Desde o acidente e a morte de Jimmy, ele estivera dormente, incapaz de sentir qualquer emoção verdadeira, mas cuidar de Annie naquela tarde mudara isso.

Não tinha certeza se estava pronto.

Ela se virou como pôde e deu-lhe um beijo no rosto.

— Obrigada por ter vindo me socorrer.

O beijo fraterno irradiou-se por todo o corpo de Poncho.

— Não foi nada — disse ele e guiou-a para fora da casa, sabendo que seu comentário era provavelmente a maior mentira que já dissera.

Seus instintos sempre foram bons. Aquela mulher poderia cau­sar-lhe problemas em abundância, do tipo com que nunca lidara antes.

Do tipo que envolvia seu coração.

Calma, Gente, acho que logo ira ter o primeiro beijo. Eu não li esse livro. Estou postando e lendo ao mesmo tempo.

Gracias pelos comentários.