Fanfics Brasil - Capítulo sete ANJO GUERREIRO

Fanfic: ANJO GUERREIRO


Capítulo: Capítulo sete

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Capítulo sete O sinal tocou e os negócios finalmente terminaram por aquele dia. Alguns corretores jogaram seus cartões para o alto e xingaram o mundo pela sua má sorte. Outros se mexeram para fechar seus negócios ou resolver disputas. Dulce, como sempre, correu para o banheiro. Não havia intervalos enquanto o mercado estava aberto, sem tempo para comer, nem pausas para ir ao banheiro. Ninguém se atrevia a deixar o pregão enquanto os negócios estivessem correndo, especialmente se estivessem favoráveis, e para Dulce tinha sido um dia muito bom. Satisfeita consigo mesma, ela estava voltando para seu escritório para revisar os negócios do dia e se preparar para o seguinte, quando seu celular tocou.- Oi Dulce – disse a voz abrupta e profissional. – Sou eu, a Alice. O Sr. Gandia gostaria de falar com você no escritório dele depois do fechamento do mercado.- Tudo bem, Alice. Por favor, diga a ele que já estou indo. Obrigada.Desligando o celular, Dulce sentiu um frio no estômago. Ela sabia que algo assim ia acontecer. Um de seus clientes tinha insistido que ela fizesse algumas transações para que ele que acabaram dando muito, muito errado. Ela havia aconselhado contra, mas como sempre o i*diota arrogante pensou que sabia mais do que ela, e agora provavelmente estava jogando toda a culpa pelo prejuízo encima de Dulce. E Gandia ia despedi-la. Ela nunca se considerou indispensável. Tinha uma fila enorme de corretores babando para pegar o lugar dela. Rapazes e moças recém-saídos da faculdade de economia. Grandes corporações como aquela em que ela trabalhava não se preocupação com rotação de empregados, colapsos nervosos, vício em drogas, conflitos pessoais, e outros problemas que afetavam outros tipos de empresas. Todo o que a firma queria saber era lucro.Bem, talvez aquela fosse sua chance, ela pensou, enquanto caminhava pela rua movimentada até o prédio da firma. Talvez aquela fosse a sua oportunidade de dizer “Você não vai me despedir, eu me demito!”. Era mesmo uma grande coincidência que ela tivesse concordado justo na noite passada fazer as transações com o amigo de Javier.Quando entrou no elevador, ela ignorou as pessoas que a cumprimentavam. Nem falou com seus colegas enquanto passava por eles. Começou a imaginar como seria não ir lá para trabalhar todos os dias. Como seria estar por conta própria...Gandia a mandou entrar em seu escritório com um aceno de mão. Ele estava no telefone, conversando com alguém. Ela sentou na ampla cadeira em frente à mesa dele, sentindo-se como se ainda estivesse na escola, esperando o diretor chamar sua mãe porque Dulce tinha batido num colega que derramara suco em seu cabelo. A conversa estava demorando. Gandia deu de ombros e revirou os olhos para ela, indicando que não conseguia se livrar da pessoa do outro lado da linha.Sr Gandia era um homem bem apanhado, alto, magro, sempre bem vestido e com um belo bronzeado, natural no verão, artificial no inverno. Infelizmente, sua personalidade não combinava com sua boa aparência. Gandia era um corretor das antigas, sua única motivação em trabalhar na Bolsa era ganhar dinheiro suficiente para se aposentar jovem e ganhar uma esposa troféu. O problema era que, quanto mais dinheiro ele ganhava, mais ele gastava.Ele e a atual Sra. Gandia (que sabia perfeitamente que ficaria com metade de tudo com o inevitável divórcio, e provavelmente até já tinha separado aquela metade) eram donos de uma bela casa em Lake Forest. Eles compravam carros caros, e faziam viagens de férias bastante dispendiosas. Ele não estava nada mal para um homem na casa dos 40 que ainda tinha todos os cabelos, mas não estava poupando nem um centavo.Como uma pessoa extremamente precavida, Dulce não conseguia entender aquele comportamento. Ele simplesmente nunca via além do próximo carro, da próxima viagem para a Flórida. E nem entendia por que estava sempre quase quebrado. E aquela era a razão porque ele deixara o pregão para se tornar gerente. Ele precisava pagar as contas. Como gerente, seu contracheque não dependia dos humores do mercado, ou de sua incompetência como corretor.Gandia desligou o telefone e fechou a porta do escritório. – Dulce, eu acabei de falar pelo telefone com seu cliente. Ele...Dulce o interrompeu. – Em minha defesa, Sr. Gandia, eu tenho que dizer que ninguém conseguiria um preço melhor naquelas ações. Ele foi completamente imprudente, e se recusou a vender quando eu o aconselhei...Para sua total surpresa, Gandia concordou com ela.- Eu sei, Dulce. Você está certa, é claro – ele sorriu para ela. – Felizmente, eu não estava falando sobre esse cliente, mas do Sr. Alanis. Ele está muito satisfeito com você.Dulce sentiu seu rosto ficar vermelho. Ela esperava manter seu relacionamento com Javier fora do escritório. Se Gandia descobrisse, ela não sabia o que poderia acontecer.- Estou contente que ele ache meu trabalho satisfatório – ela disse, cautelosa.O sorriso de Gandia ficou ainda maior. – Satisfatório! Dulce, ele disse que você é a melhor que ele já viu, e que se você não trabalhasse para mim, ele a roubaria para trabalhar com ele. Esse foi um grande elogio, e você sabe que quando recebo uma resposta tão positiva de um cliente, eu gosto de premiar meus funcionários.Oh, não, Dulce gemeu silenciosamente. A idéia de premiação de Gandia sempre envolvia algum tipo de humilhação pública. O que seria dessa vez? Ela teria que fazer um discurso na próxima reunião da diretoria? Ou, pior ainda, uma conversa informal para motivar seus colegas antes da abertura do mercado? Ela já podia ver, todos os corretores rindo dela quando pensassem que Gandia não estava olhando.- Isso realmente não é necessário – ela disse apressadamente. – Eu só estou fazendo meu trabalho...Gandia sorriu para ela. – Relaxe, Dulce. Você não vai ter de fazer um discurso nem nada parecido. Alanis perguntou se você poderia dedicar mais tempo para ele fora do escritório. Ele demonstrou um grande interesse no funcionamento interno do mercado e do pregão. Eu quero que dê a ele a máxima atenção. Ensine a ele mais sobre o quê fazemos por aqui e como trabalhamos. Você me entendeu? - Com certeza – Dulce quase o beijou, de tão aliviada que se sentia. – Vou fazer o melhor para manter o Sr. Alanis satisfeito.Dulce sorriu para si mesma. Javier tinha sido muito esperto. Agora ela poderia ser vista fora do escritório com ele e, se Gandia ficasse sabendo, ia pensar que tinha sido sua própria idéia. Naturalmente, aquilo seria por pouco tempo, somente até ela fazer dinheiro suficiente para sair da firma. Mas, por enquanto, ela não precisava se preocupar.E com isso Gandia se levantou, apertou-lhe a mão e a dispensou.Dulce sentiu uma forte gratidão por Javier, que tinha sido astuto e sensível o suficiente para facilitar as coisas para ela. Ela decidiu que estava completamente errada sobre ele. Então, ele queria dormir com ela e tinha se esforçado consideravelmente para alcançar seu objetivo. Aquilo não era, de certa forma, um elogio?Saindo do escritório, Dulce viu Alice, a secretária de Gandia, olhar feio para ela. Logo começariam a circular boatos que ela estava dormindo com o Gandia para manter o emprego, mas não tinha novidade nenhuma nisso. Se ela realmente tivesse feito sexo com metade dos homens que diziam, Dulce seria uma mulher muito cansada.Enquanto o carro a conduzia em meio ao tráfego da hora do rush, Dulce começou a sonhar com o dia em que teria seu próprio assento na Bolsa, quando não precisaria mais se preocupar com a estupidez de clientes e as tolices de Gandia. Ela até se permitiu pensar em como seria a vida de casada com Javier. Sua mãe ficaria extasiada, e insistiria em organizar tudo, pois nunca poderia confiar em Dulce para cuidar dos detalhes, é claro...“Para mim tudo bem”, Dulce pensou, se recostando no banco de couro e continuando a sonhar.O carro parou na frente de seu prédio. A porta do carro se abriu, e lá estava Christopher, segurando-a para ela.Ele olhou diretamente nos olhos dela, com tanta intensidade que lhe tirou o fôlego. Por um momento, ela não conseguiu falar, nem pensar.Por que ele mexia tanto com ela? Por que a fazia se sentir nervosa, agitada e excitada? Por que sua mão, forte e firme, fazia seu pulso disparar quando segurava a dela para ajudá-la a descer do carro? Ela ia se casar com Javier no Hawaii. Ela não devia estar pensando em como era bom sentir o mão do porteiro tocando a dela.- Christopher, eu vou sair esta noite – Dulce disse, o recompensando com um sorriso. – Por favor, peça para um táxi me pegar às oito horas, sim?Ela começou a andar na direção da portaria.- Você vai sair com aquele sujeito da limusine de novo? – Christopher perguntou, ríspido.Dulce se virou para encará-lo. – E desde quando isso é da sua conta?- Aonde você vai hoje à noite? – ele perguntou, como se nem a tivesse escutado.Dulce ficou parada, olhando para ele, durante alguns instantes, reconsiderando tudo o que havia pensado de bom sobre ele. Agora, estava até um pouco assustada. Será que ele estava ficando obcecado com ela? Ela virou as costas e continuou andando, se recusando a responder a uma pergunta tão impertinente de um simples porteiro, mesmo sendo um porteiro muito, muito bonito.- Eu preciso saber para informar a companhia de táxi, senhorita Duncan – Christopher disse friamente, enquanto a seguia no lobby. - Oh, é claro – Dulce disse, enrubescendo. Agora ela se sentia uma boba. Boba e paranóica. – Eu vou num restaurante chamado Fuse, no Hotel 71.Ele anotou o nome num bloco de notas. Dulce continuou na direção do elevador, se xingando mentalmente. “Por que eu o deixo me perturbar? Por que meu cérebro parece virar geléia sempre que estou perto dele?”Ela já estava chegando no elevador, quando ouviu os passos dele vindo atrás dela.- Dulce, eu preciso falar com você – ele disse, num tom urgente, enquanto pegava nas mãos dela. – É importante...A porta do elevador abriu, revelando os Ericksons – casal rico, sangue azul, socialites proeminentes – olhando para os dois, de mãos dadas.- Oh, meu Deus – disse a Sra. Erickson. – Espero não estarmos interrompendo nada.- Na verdade, estão – respondeu Christopher olhando feio para eles.Os dois olharam para Dulce, quase chocados.Dulce soltou rapidamente as mãos das de Christopher.- Sr. e Sra. Erickson – ela disse com cortesia, praguejando mentalmente. A Sra. Erickson era a maior fofoqueira do prédio. Em poucas horas todos os moradores iam saber que Dulce estava tendo um caso com o porteiro.- Bela noite, não?Eles concordaram num murmúrio e foram embora. Ela entrou no elevador e por um instante pensou que Christopher ia entrar atrás dela, mas aparentemente ele se lembrou de suas obrigações. Ele foi abrir a porta para os Ericksons, que sorriam maliciosamente um para o outro.Ela apertou o botão do seu andar e suspirou de alívio quando as portas fecharam. E tirou da cabeça a sensação firme e cálida das mãos dele segurando as suas. Christopher não estava na portaria quando ela saiu para entrar no táxi, e ela agradeceu por isso. O porteiro da noite já havia começado seu turno, e Dulce não o conhecia muito bem, o que provavelmente era melhor. Ela ligara para o síndico para fazer uma reclamação sobre o comportamento de Christopher, mas como sempre caiu na secretária eletrônica. Ela deixou uma mensagem curta e desligou.Seu táxi estava no horário. Pelo menos uma coisa Christopher havia feito direito.- Hotel 71, por favor – ela disse ao motorista, e afundou no banco, para ver Chicago passar pela janela.Ela adorava Chicago à noite. Adorava a incrível arquitetura, e as luzes brilhando por todos os lados, e se refletindo nas águas do rio que era o sangue vital da cidade. Era abril, e a primavera estava no ar, apesar de ainda fazer um pouco de frio. Ela se sentia rejuvenescida, não apenas por causa das luzes e da cidade, mas porque ia se encontrar com suas amigas para jantar. Elas não eram amigas do trabalho. Elas eram seu descanso do trabalho.Seria a primeira vez que Javier iria se encontrar com as amigas de Dulce, e ela ainda não estava certa se gostava da idéia, mas as meninas tinham ficado extasiadas. Fazia tempo que queriam conhecer aquele homem fabuloso de quem ela falava tanto. Dulce realmente havia se gabado bastante dele, mas agora desejava não tê-lo feito.E se elas não gostassem dele? E se ele não gostasse delas?Dulce conhecera Anahí, Maytê e Zoraida através de um clube de leitura. O clube em si não tinha funcionado muito bem, porque, apesar das quatro adorarem comentar sobre livros, todas tinham gostos tão diferentes que nunca conseguiam concordar em qual ler em seguida. As quatro começaram a deixar os livros de lado, e simplesmente passaram a falar sobre suas vidas, e assim decidiram formar seu próprio clube social. Elas ainda falavam sobre livros, contando uma para a outra sobre o que estavam lendo e compartilhando opiniões, mas não se sentiam obrigadas a todas lerem a mesma coisa.Elas todas gostavam muito umas das outra, e levavam vidas tão diferentes, que sempre tinham assuntos interessantes sobre o que conversar. Anahí era uma executiva de uma rede de TV. Bonita e impetuosa, ela nunca levava desaforo para casa e estava sempre defendendo alguma causa. Ela bastante independente, e sempre dava a impressão de ser capaz de lidar com qualquer coisa. Anahí era solteira e realmente gostava de homens. Na verdade, ela trocava de homens como algumas mulheres trocavam de sutiã.Dulce admirava a ousadia de Anahí, que nunca se envergonhava de nada, nem se importava com o que os outros pensavam dela. Dulce achava que deveria ser uma experiência muito libertadora agir como Anahí.Maytê, a irmã mais velha de Anahí, era a única casada do grupo. Ela era prática, inteligente e educada. Ela estava sempre arrumada, e parecia estar com tudo sob controle. Maytê era absolutamente sincera, às vezes até demais. Ela e o marido dirigiam juntos um pequeno negócio extremamente bem sucedido. Normalmente Maytê era a mais discreta do grupo, mas às vezes soltava a franga com as garotas, e quando decidia varar a noite se divertindo, não tinha quem a segurasse.Zoraida era uma engenheira química que trabalhava numa grande empresa farmacêutica. Ela também era esperta, prática, teimosa e bonita, com longos cabelos castanho-escuros. Zoraida era educada, discreta e aparentemente delicada, mas essa aparência era enganosa, e aqueles que cometiam o erro de confiar nela logo se arrependiam disso.Dulce entrou no lobby do Hotel 71, com uma decoração ultramoderna, com plantas saindo do meio de mesas de café e elevadores pintados de preto, e dirigiu-se ao bar restaurante, um dos novos points da cidade, todo aço e cromo, luzes exóticas e jovens profissionais. O lugar estava abarrotado, sem mesas disponíveis, por isso ela sentou no balcão do bar. Javier combinara encontrá-la ali; ele tinha alguns negócios para resolver no escritório, mas no final da noite a levaria para casa.Dulce pensou de novo como era estranho que ele tivesse insistido tanto em conhecer suas amigas. A maioria dos homens com quem ela havia saído nunca se importou com quem ela tinha amizade. Já Javier até pareceu ficar irritado com a relutância de Dulce em apresentá-lo a elas. Ela deveria estar contente; afinal, era um sinal de que ele se interessava nas coisas dela. Mas Dulce não conseguia deixar de achar um pouco estranho.Ela se perguntou se não estaria apenas preocupada em se precipitar no relacionamento deles. Apresentar as amigas era um grande passo, o último antes de apresentar a família. Felizmente a dela ainda estava em alto mar.Ela pediu um Martini ao garçom que foi atendê-la, e relaxou enquanto tomava sua bebida, mas não conseguia parar de pensar em Christopher, e no que ele havia dito: “Dulce, e preciso falar com você. É importante”. Por quê? Sobre o quê? Ela não podia evitar a curiosidade. Ela disse a si mesma que ele era apenas esquisito, mas, na verdade, ele não era. Ele parecia estar genuinamente preocupado com alguma coisa que tinha a ver com ela.Uma mão em seu ombro fez com ela desse um pulo de susto.- Olá, querida – Javier a cumprimentou com um beijo discreto no rosto. – Desculpe se te assustei, mas você estava tão distraída que acho que não me viu.- Não, eu que peço desculpas – ela disse, vermelha. Ela agradeceu que ninguém ainda havia inventado vídeo-pensamentos, senão todos estariam vendo uma enorme imagem do Christopher.- Estava esperando há muito tempo? – ele perguntou educadamente.- Não, acabei de pedir uma bebida.Javier pediu um uísque (o mais caro, é claro) e se sentou no banco ao lado do dela.- Então, onde estão as senhoras?- Ah, elas provavelmente vão se atrasar um pouco. Você quer ir para a mesa? – ela perguntou.Ela e Javier se sentaram na mesa, e logo suas amigas foram chegando, Zoraida por último, irritada por causa de algum acidente químico no trabalho. Dulce fez as apresentações, e Zoraida contou a todas as alegrias de passar por uma descontaminação.Javier foi encantador, naturalmente. Dulce sentiu-se tola por sua relutância em apresentá-lo para as amigas. Ele deixou todas muito à vontade, as encorajou a falar, respondeu a todas as suas perguntas não tão sutis com charme e elegância, dizendo nada ao mesmo tempo em que dava a impressão de contar tudo. Dulce o observava, fascinada.O jantar seguia muito bem. Enquanto a entrada era servida, Anahí os regalava com histórias sobre sua última conquista, até Dulce perceber que Javier não estava escutando. Ele estava olhando por sobre o ombro dela a direção do bar. Ela olhou para trás, mas não conseguiu ver o que era tão interessante.Dulce aproveitou-se de uma intensa conversa entre Anahí e Maytê para se inclinar na direção de Javier e cochichar no ouvido dele: - Então, para quem você está olhando com tanto interesse no bar? É para aquela loira com pernas até o queixo? Eu sou do tipo ciumento, sabia?Ele pareceu ficar espantado pela pergunta, como se não tivesse percebido que estava sendo tão óbvio. Então balançou a cabeça. – Na verdade, eu que deveria estar com ciúmes. O novo porteiro do seu prédio está lá no bar, e ele não tira os olhos de você.- O quê?! – ela exclamou, chocada. – Você deve estar enganado!Ela se virou de novo e ai conseguiu vê-lo.Christopher estava sentado no bar, olhando para ela.- O que ele está fazendo aqui?! – Dulce perguntou, perplexa.- Isso é exatamente o que eu quero descobrir – respondeu Javier num tom sombrio.As amigas de Dulce interromperam a conversa para olhar para o bar. Christopher sequer teve a decência de parecer envergonhado por ter sido visto e desviar os olhos. Ele continuou olhando diretamente para ela.- Dulce, quem é o seu novo admirador? – Anahí perguntou, e então deu uma piscada para Javier. – É melhor você tomar cuidado. Ele é um gato!Anahí acreditava na tática de deixar os namorados sempre na corda bamba, provocando ciúmes sempre que possível. Naquele momento, Dulce poderia tê-la estrangulado alegremente.- Não é ninguém, – ela disse envergonhada – só o porteiro do meu prédio.- Dulce, aquele é mesmo o seu porteiro? – perguntou Maytê. – Nossa, ele é lindo!Javier olhava para ela com um ar acusatório, como se aquilo tudo fosse culpa dela. Dulce sentiu-se ficar vermelha como um pimentão.- Eu não sei o que ele está fazendo aqui. Ele é meio estranho, acho que é estrangeiro ou algo assim – ela disse, na esperança que elas deixassem o assunto morrer. Vã esperança.- É mesmo? – perguntou Zoraida, interessada. – Acho que ele parece sueco. Aqueles olhos azuis. Eu tenho parentes na Suécia. Talvez eu devesse ir até lá e me apresentar...- Não! – Dulce agarrou o braço dela. – Não se atreva! Escutem, será que não podemos mudar de assunto? Se nós o ignorarmos, talvez ele vá embora. Nossa, mas a vitela não está deliciosa? – ela disse, bem alto.Javier continuou sentado. Suas amigas, percebendo seu desconforto, ficaram do lado dela. Anahí tomou as rédeas da conversação, perguntando a Javier o que ele achava de Roma, dizendo que ela ia visitar a cidade em breve, e gostaria que ele lhe recomendasse um hotel. Ele falou sobre um lindo hotel que conhecia e os dois logo se perderam em sua conversa. Dulce notou que apesar de dar a aparência de estar completamente entretido na conversa, Javier não desviava sua atenção de Christopher.Christopher, por sua vez, e para desespero de Dulce, não tirava os olhos dela. Nunca em sua vida se sentira tão envergonhada. Quando Maytê lhe deu um sinal de que poderia aproveitar para se recompor, ela pediu licença e foi até o banheiro.

Ela estava parada na frente da pia, pressionando uma toalha úmida em sua face em brasa, estragando sua maquiagem, quando a dor abriu. Ela estava olhando seu reflexo no espelho, e assim pode ver, absolutamente chocada, Christopher invadir o banheiro feminino!



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Autor(a): mal2000

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • nath13 Postado em 09/08/2008 - 22:33:48

    UAUU!!
    que web em!!
    to amando!!

  • nathyneves Postado em 28/08/2007 - 10:43:03

    pooossttaaaaaaaaaaaaaa

  • nathyneves Postado em 27/08/2007 - 20:07:32

    Postaaaaaa

  • nathyneves Postado em 24/08/2007 - 15:03:59

    postaa mais !

  • nathyneves Postado em 21/08/2007 - 23:23:32

    1ª leitooraa
    ebaaaa
    amando ta parecendo muito interessante !
    Postaa mais

    Beijooos


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