Fanfic: Elementares | Tema: Harry Potter
Severus estava furioso, tinha que aceitar aquele lobisomem desgraçado em Hogwarts, dando aulas da DCAT, e ainda por cima Dumbledore o incumbiu de preparar a maldita poção para ele. Depois de tudo o que aconteceu... Nossa! Ele agradeceu por estar só, caso contrario mataria um. Colocou os ingredientes sobre a bancada, quando alguém entrou pela porta; olhou quem era e virou-se, não o queria ser rude com ele, mas estava uma pilha, e aquele período de mês o deixava pior.
- Boa noite! Posso entrar? - Já estar dentro não? – não pude evitar o mal humor.
- Algum problema pai? – a voz doce de Solomon entrou em seus ouvidos.
- Já pedi que me chamasse de Prof.º Snape. Sr. McCloskey. – Severus se virou para ele, sério.
- Quando houvesse alguém por perto, e pelo que posso ver, aqui só estamos eu e você pai. – o rapaz lhe olhou também serio, cruzou os braços sobre o peito e levantou uma das sobrancelhas, em uma postura que o lembrava muito de se mesmo. Ele era Solomon McCloskey, o filho que Severus escondia do mundo...
Gostava de ser chamado Solom, tinha 13 anos, era alto, um pouco mais rosado que o pai, olhos amarelados, lábios finos, cabelos negros, lisos um pouco abaixo do ombro e graças a Merlim nariz bem feito, era uma perfeita mistura deles, Severus suspirou... como amava aquele garoto!
- Desculpe Solom! É que estou com uma poção muito difícil para preparar, não queria brigar com você. – Severus passou a mão no cabelo do filho.
- Eu posso ajudá-lo? – Solomon olhou para a bancada.
- Solom, como eu falei anteriormente, é uma poção extremamente complicada, e preciso de muita paz e atenção para prepará-la. - E como eu perguntei anteriormente, posso agudá-lo? – Solom sempre foi muito persistente. Severus sorriu, só o filho o faze-a sorrir assim, mas Salom olhou mais atentamente para a bancada e reconheceu os ingredientes. – Espere um momento... Essência de beladona, perna de billywig, saliva de cachorro, acônito? Pai isso é para...
- Salom, por favor... – Severus sabia que ele pensava rápido e também conhecia tais ingredientes.
- Não pode ser! Tem um lobisomem em Hogwarts? – Solomon lhe olhou espantado. – Quem é? - Não é da sua conta. Agora vá para o seu quarto. –Severus tentou desencoraja-lo, mas sabia que não conseguiria, Solom era osso-duro-de-roer.
- Não é nenhum dos alunos novos, são muito novos e nenhum deles tem aparência doentia ou abatida. – Solom conversava em voz alta consigo mesmo andando de um lado para o outro sobre o olhar do pai.
- Você sabia que fica ridículo quando faz isso, não é Salom? – Severus o comentou, mas o rapaz não deu importância.
- Mas tem uma pessoa que se enquadra bem nessa descrição. – ele parou em frete ao pai. – O novo professor de DCAT! Ele é o lobisomem!
Não foi uma pergunta. Severus não respondeu, mas também não foi preciso, ele às vezes odiava o senso lógico e raciocínio rápido de Solom.
- Por Merlim Solom! Isso é sigiloso, ninguém pode saber. - Não precisava dizer pai, mas não é perigoso?
- O Diretor acha que não.
- Às vezes acho que meu padrinho esta caducando. - Quase sempre. – Severus balbuciou baixo. – Agora que já sabe, poderia me fazer o imenso favor de se retirar e me deixar trabalhar? - Não. – Solom respondeu serio.
- Solom.
- Prof.º, o Sr. faz idéia de quando eu teria a oportunidade de ver o preparo de uma poção dessa importância em minha vida? Nem na Faculdade de Poção em Lion, na França, encontrarei professores gabaritados para isso. O senhor não pode negar ao seu melhor aluno de poções “que por coincidência do destino é o seu único filho” o direito de saber. Isso é negligência professor. – Solom fez uma cara ofendida muito engraçada que fez Severus gargalhar. – Meu discurso polido conseguiu convence-lo? - Conseguiu Sr.McCloskey. Agora, por favor comece a picar as pernas de billywig sim. - É pra já professor!
Os dois ficaram preparando a poção. Solom era muito atento as explicações do pai, ele amava poções exatamente como Severus, e sim, era uma oportunidade única. Quando a poção estava cozinhando, Solom pegou no sono na cama do pai. Severus não teve coragem de expulsa-lo de lá, sentou-se na cama e acariciou os cabelos do filho. “Se parece tanto com ele, os olhos, o sorriso. Céus! Iria ser difícil disfarçar agora, Solom era esperto logo ele iria descobrir”.
Pela manha quando a poção estava esfriando alguém bateu na porta de Severus, quando abriu teve que se controlar. Remus Lupin estava parado a sua frente com um sorriso de tirar o fôlego no rosto cansado.
- Bom dia Severus! Posso entrar? – Severus lhe deu passagem.
- O que deseja Lupin?
- Bom... Eu queria falar com você para lhe agradecer por estar preparando a poção mata cão para mim. – Lupin se colocou diante dele.
- Não há por que me agradecer Lupin, o Diretor “pediu” que eu a fizesse. – Severus se afastou, não queria correr o risco.
- Mesmo assim você está sendo muito gentil. – a voz de Lupin saiu ainda mais doce.
“Inferno”
- Era só isso? - Não, na verdade eu também gostaria de conversar um pouco.
- Não há nada para conversarmos Lupin, se me de licença... – Severus apontou para a porta.
- Severus, você ainda não me perdoou? – a voz dele agora era triste.
- Você se autovaloriza demais Lupin, em achar que eu ainda me importo com o que aconteceu na Casa dos Gritos. – Severus riu de lado, irônico.
- Não estou falando da Casa dos Gritos, estou fanado de nós. – Lupin se aproximou novamente.
- Nunca houve um nós. – Severus foi para o outro lado da sala, queria ficar longe dele. – O que houve foi você e seus amigos rindo de uma aberração.
- Eu nunca contei para ninguém Severus. – Lupin voltou a se aproximar. – Te falei naquela época que te respeitava, e isso não mudou com o tempo. - O que você quer Lupin? – novamente, Severus se afastou aquele jogo de gato e rato já estava começando a ficar ridículo.
- Eu pensei que já que vamos trabalhar juntos, poderíamos ser mais amigos e...
- Você está me confundindo com alguma mulherzinha patética que fica pelos cantos implorando por uma migalha de sua atenção e que ficaria feliz só pela chance de um olhar seu, pois devo lhe informar que está equivocado ao meu respeito, não sou esse tipinho que você gosta. Sua poção já esta pronta, beba-a se retire de minha sala imediatamente, pois tenho que me preparar para uma aula agora. Sei que já conhece a saída. – Severus entrou no seu dormitório sem esperar a resposta de Lupin, puxando o ar para os pulmões. Solomon que já esta a muito acordado se aproximou dele.
- Agora não Solom, por fa...
- Shiii... Está tudo bem pai. – Solom o abraçou com força, Severus aos poucos retribuiu o abraço do filho. – Vai ficar tudo bem.
Autor(a): Arcenildes
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Com o passar dos dias, Solom começou a observar melhor o Profº Lupin. Ele relembrou que esse nome não lhe era totalmente estranho, e viu que o lobisomem não era tão mau quanto o seu pai falava, mas percebeu que eles tinham algumas coisas em comum. Uma idéia começou a se formar em sua mente, mas achou melhor esperar. ...
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