Fanfics Brasil - capitulo 8 A Lista ayd-finalizada

Fanfic: A Lista ayd-finalizada | Tema: Portiñon


Capítulo: capitulo 8

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Capitulo VIII



.



69.
Por Anahi.



Acordei mais cedo que o normal, com um sorriso estampado no rosto desci
correndo as escadas. Quando tentei abrir a porta, Gabi apareceu, colocando a
cabeça na porta da cozinha me olhando e sorrindo. Retribui o sorriso, e ignorei
totalmente um "bom dia, ou qualquer coisa do tipo. Pedalei o mais rápido
que pude com minha bicicleta. Havia prometido a Dulce que a pegaria em casa,
para irmos juntas para o colégio. Assim que eu estava na sua rua, a vi em pé na
calçada. Assim que me viu, sorriu e se aproximou.



         — Pretende me levar no quadro da
bicicleta? — Perguntou debochada.

         — Na verdade.. — Eu a puxei, e
selei nossos lábios. — Pensei, em deixar a bicicleta na sua casa, para ter a
desculpa de vim buscá-la e ficar mais tempo com você! — Na hora seu rosto
passou de pálido para vermelho, em poucos minutos.





[...]







         — Então vamos! — Ela disse,
enquanto me via colocar a bicicleta no interior da garagem. — O caminho é
longo!

         — Não importa para mim! — Ela
sorriu, e entrelaçou a mão na minha, e fomos conversando enquanto seguimos o
caminho para o colégio.





[...]







Quando avistando o muro do colégio, ela soltou minha mão. Eu a olhei sem
entender aquele gesto. Ela fitou por um tempo o chão, depois subiu o olhar para
mim. Ela sorriu, e eu fechei a cara. Comecei a andar e ela veio logo depois me
chamando, tentando fazer com que a esperasse. Ela me segurou pelo braço me
fazendo virar.



         — O que é agora? — Eu perguntei
de mal humor.



 



70. Por Anahi.



         — Desculpe, não pensava que iria
ficar assim. — Vi seus olhos se encherem de lágrimas, e sua boca tentou forçar
um sorriso em vão. Voltei a segurar suas mãos e disse:

         — Eu te garanto, — Ela me olhou
assustada, com o tom serio da minha voz. — Que teremos dificuldades, eu te
garanto que em algum momento algum de nós, — Eu puxei todo o ar que pude e
continuei: — Ou nós dois, vamos querer pular fora. Mas eu também te garanto que
se não te pedir pra ser minha, vou me arrepender pro resto da minha vida.
Porque sei que no meu coração você é único pra mim. — A puxei e tentei dá um
selinho em vão, ela virou o rosto e depois me olhou.





Antes de eu me apaixonar rápido demais,me beije rápido,

Mas faça durar, para que eu possa ver o quanto vai me doer, quando você me
disser adeus!









         — O que eu quero dizer é que, eu
te quero pra sempre! — Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ela
tentou sair, mas fui mais rápida e a segurei pelo braço. — E agora? O que quer
de mim Dulce?

         — NÃO QUERO QUE GASTE SEU TEMPO
COMIGO! — Foi a última coisa que ela disse, antes de desaparecer entre a multidão
na frente do colégio.



Chutei o vento, o chão, pedrinha, tudo que estava ao meu redor. Era
extremamente revoltante, toda aquela atitude que ela tinha. De repente senti o
peso de um olhar, quando olhei em frente, Maite estava encostada no muro me olhando
sem piscar. Ela provavelmente estava ali a muito tempo, e deve ter presenciado
tudo o que aconteceu.



 



71. Por Anahi.



         — O que foi essa cena que eu
acabei de ver? — Ela disse sorrindo enquanto dava pequenos passos em minha direção.
Não quero que gaste seu tempo comigo! — Ela disse cada palavra que
Dulce havia dito. — Você já sabe?

         — Sei... — Eu afirmei com a cabeça.
— Ela me contou tudo!

         — Esse tudo que você
fala, envolve a lista? — Eu a olhei sem entender, e balancei a cabeça de
forma negativa. — Foi o que eu pensei! — Ela disse se virando e começou a
caminhar em direção ao portão de entrada, eu corri e a segurei pelo braço a
fazendo virar para mim.

         — Ela não me contou sobre essa
parte... O que é isso?

         — É só mais uma das idéias
loucas da Dulce... — Ela se soltou do meu braço e sorriu. — Agora temos que ir,
estamos atrasadas!



Ela começou a me puxar, e eu deixei que meu corpo a seguisse. O sinal havia
tocado, e todos se encaminhavam para suas salas. Nos andamos por todo o
corredor em silencio, nenhuma das duas falou se quiser uma palavra. Assim que
entramos na sala, a professora escrevia algo no quadro e falava ao mesmo tempo.
Girei a minha cabeça e avistei Dulce sentada no seu lugar marcado - na minha
frente. Caminhei rapidamente para o mesmo e me sentei mais perto possível dela,
podendo assim sentir seu perfume.



         — Então é isso, — A professora
disse terminando de escrever no quadro. — Cada um ira escrever, qualquer coisa,
poesia, textos, frases, ou até música para um "amigo anônimo".
— Ela pegou um cartela de papel e saiu distribuindo para toda a sala. — E antes
que comecem a dizer que eu estou louca por esta fazendo isso... Saibam que foi
a coordenação que mandou fazer isso, já que esta havendo muitas brigas aqui,
nessa sala. Não coloquem seu nome, nem o nome da pessoa a quem vocês estão
escrevendo! — Ela andou até sua mesa e sentou. — Pronto podem começar!



 



72. Por Anahi.





Mas hoje eu poderia me deixar cair... Mas você é tão hipnotizante...

Em seu amor é que estou me deixando cair, então por favor, não me segure!







Quase esqueci do meu papel, enquanto observava Dulce escrever, escrever e
escrever no seu. O dela ja passava da metade do papel, imaginei se o que ela
escrevia fosse algo para mim, ou não! Mas com toda a certeza toda palavra
escrita na minha folha seria para ela. Depois de algum tempo a professora
pronunciou que iríamos começar a ler de um por um, seus papeis.



         — Arianny, — A loira a olhou e
se levantou. — Pode começar!

         Os incomodados que se mudem, eu estou
aqui para incomodar!
— Ela terminou de ler, arrancados sorrisos de todos da
sala, realmente aquela garota era problemática, gostava de ver o sofrimento das
pessoas.

         — Oh, — A professora exclamou. —
Estou sem palavras, acho até que isso também foi escrito para mim. — Novamente
todos da sala riam. — Agora vejamos... — Ela deu uma pequena olhada na chamada
e disse: — Anahi é a sua vez agora! — Eu me levantei sorrindo e comecei a ler.

         É tão difícil você perceber
que tudo que eu preciso é você? Não entende que tudo que você fala vai me matando
mais pouco a pouco? Não vê que a cada vez meu desejo sombrio cresce dentro de
mim? Eu tentei esquecer, tentei de todas as formas, mas se torna impossível pra
mim não lembrar de nós dois, mesmo nunca tendo existido. É em você que eu penso
quando estou com qualquer outra pessoa, é em você que eu penso ao ir dormir e
ao acordar. É em você que eu penso, enquanto você pensa no fim. Isso vai me
matando pouco a pouco, e logo não haverá mais nada.
— Assim que eu
terminei, barulho de palmas soou por toda a sala, quando eu olhei em direção a
Dulce, uma lagrima percorria seu rosto.



— Ora, ora! — A professora
disse entra as palmas. — Temos um futuro Shakespeare na sala. Meus parabéns
Anahi! — Eu sorri e voltei para o meu lugar. — Dulce Maria, agora é você!



Dulce ficou sentada rigidamente encostada na cadeira, sem mexer um músculo se
quer. Ela passou a mão em seu rosto e levantou devagar com seu papel, indo em
direção a frente da sala. Todos notaram sua cara de choro e prestaram atenção
enquanto ela começou a falar com a professora.



         — Não sei se vou conseguir ler
tudo! — A professora assentiu e fez um sinal para que ela continuasse. — Se
eu morrer antes de você, faça-me um favor: Chore o quanto quiser, mas não
brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não
conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns
amigos contarem algum fato a meu respeito, esqueça e acrescente sua versão. Se
me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se
me quiserem fazer uma santa, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de
santa, mas estava longe de ser a santa que me pintam. Se me quiserem fazer um
demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida
inteira eu tentei ser bom e amigo. Espero estar com Ele o suficiente para
continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever
alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi minha amiga, acreditou
em mim e me quis mais perto de Deus!" ai então derrame uma lágrima. Eu não
estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no
meu lugar. E, vendo-me bem substituída, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê uma espiadela na direção de Deus. Você não me verá,
mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.



E, quando chegar a sua
vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em
Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas?

Ela olhou para mim e depois para Maite, que se encontrava com o rosto coberto
de lagrimas. — Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer
um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se
traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu... "Ser
seu amigo... já é um pedaço dele."



 



Vê este coração? Não vai se acalmar como uma criança correndo com
medo de um palhaço.

Eu tenho medo do que você vai fazer, meu estômago grita só de olhar para você.







Se comigo os aplausos não cessaram, com ela foi diferente. Alguns se levantaram
para aplaudira de pé. De repente o seu rosto passou de pálido, para mais pálido
ainda, seu corpo cambaleou para frente e para atrás, em poucos minutos, Maite já
estava lá para ampará-la e logo em seguida eu também estava. No rosto de cada
pessoa na sala estava estampado um ar de preocupação. Imediatamente, a
professora nos autorizou a levá-la para enfermaria, enquanto ela ligava para
seus pais.



 



73. Por Anahi.





Eu não posso abrir meu coração sem cuidado, mas aqui eu vou,

É o que eu sinto e pela primeira vez na minha vida sei que é real.







Eu a carreguei por todo o corredor, com Maite ao meu lado. Houve uma competição,
não sabia quem estava chorando mais, eu ou a Mai. Eu realmente esperava tudo
daquilo que ela escrevia, mas nada tão forte ao ponto de me fazer chorar tanto.
Mai abriu rapidamente a porta e a enfermeira nos mandou colocá-la em cima da
maca. Sem pensar duas vezes liguei para meu pai.



         — Pai? — Minha voz saiu chorosa,
meus soluços eram quase incontroláveis.

         — Anahi? — Ele perguntou
apreensivo. — O que aconteceu? Você esta chorando? — De repente ele começou a
fazer varias perguntas, que pareciam que não iam ter fim, bufei do outro lado
da linha e respirei fundo, realmente não estava afim de responder todas ela. —
Onde você está?

         — Estou no colégio... A Dulce...
— Antes de terminar a frase meu pai automaticamente ligou as coisas: horário
de aula, eu estava chorando e Dulce
.

         — Estou indo para seu colégio
agora! — Apos ele falar isso só pude ouvir o barulho do telefone sendo
desligado o tun tun tun ecoou dentro do meu ouvido.

         — Ela está gelada! — Maite quase
gritou, e olhou para a enfermeira.   — O
que ela tem? O que houve?

         — Pegue um cobertor! — A
enfermeira falou para mim, tentando ser mais calma possível. — Rápido, ela pode
estar tento hipotermia. Ali, rápido! — Disse ela apontando para uma
prateleira.



 



Se isso é amor, por favor não me machuque!

Estou desistindo, então apenas me segure.







Corri e peguei o cobertor mais felpudo e grosso que achei. Quando voltei Maite
estava com um termômetro colocando entre os braços de Dulce. Fiquei parada
observando assustada quando Dulce começou a tremer, enquanto a enfermeira
colocava um pano, provavelmente quente em sua testa. Voltei, ficando em frente
a ela, e coloquei por cima da mesma o cobertor.



         — Ela está muito gelada! — Eu
disse me virando para a enfermeira.

         — Temos que esperar pelo termômetro
tocar. — Ela me disse ainda calma.

         — O QUE? — Maite explodiu. — ELA
ESTÁ GELADA... ISSO NÃO É NORMAL! COMECE A FAZER ALGUMA COISA RÁPIDO SUA...
SUA... — O nervosismo dela era tão grande, que as palavras escorregavam da sua
boca, sem controle algum. — Desculpe! — Ela disse baixinho, acompanhado de uma
lágrima. Caminhou até a cadeira e desabou lá mesmo.

         — Por favor, dê um calmante para ela! — A
enfermeira assentiu assustada e foi até o armário de medicamentos, enquanto eu
acariciava os cabelos de Dulce rezando para que ela melhorasse logo e todo
aquele tormento terminasse.



Assim que Maite colocou o comprimido alongado na boca, e bebeu a água, o
barulho do termômetro ecoou pela pequena sala. A enfermeira correu em direção
da maca, e tirou rapidamente o aparelho. Ela ficou observando-o por um tempo
com os olhos esbugalhados, quase sem piscar. De repente a porta se abriu e os
pais de Dulce entram acompanhados do meu pai. Ali, naquele momento eu agradeci
pelo menos uma vez na vida, por meu pai estar presente.



         — Ela está com 33º! — A disse,
quase sem acreditar. — É impossível, deve haver algo errado. — Meu pai se
aproximou de Dulce e a tocou.



 



— Meu Deus! — Ele virou-se
para a enfermeira e disse: — Pegue éter ou álcool e um toalha
grande, e molhe bastante ela. — Ele fez um sinal para Maite e pra a mão de
Dulce. — Me ajudem a tirar a roupa dela! — Eu corei na hora, não queria sair de
perto dela, mas também não podia ficar lá. Foi quando eu sentir a mão do pai
dela em mim. — Anahi, saia com Fernando e ligue pra Rose e peça que ela prepare
um quarto na emergência rápido!



E eu o obedeci, assim que a porta se fechou atrás de mim liguei para Rose, a
secretaria do hospital onde meu pai trabalhava. Com o coração na mão me lembrei
que Dulce seria internada novamente, com todos aqueles tubos, seringas,
aparelho... Ela sofria tanto, e eu sofria também. Em poucos minutos, meu pai
saiu com ela enrolada em uma toalha seguido por Danielle e mãe dela. Saímos
correndo em direção do pátio onde o carro dele estava estacionado, e seguimos
mais uma vez para o hospital.



 



74. Por Dr.
Henrique Portilla
.



Quando o relógio deu seis horas da noite, Dulce já estava acomodada no quarto
420. Sua amiga e Anahi dormiam no sofá, quando eu entrei silenciosamente.
Blanca, a mãe de Dulce me olhou forçando um sorriso, que transparecia tristeza
e cansaço. Me aproximei dela, e coloquei minha mão em seu ombro, como uma forma
de lhe passar "consolo", e me aproximei de Dulce, checando sua pulsação.



         — Então... — Eu disse tirando o
estetoscópio do bolso do jaleco. — Como está a nossa garota? — Ouvi um riso
sair da direção de Blanca, e a olhei rindo. — Pulsação ótima, respiração, e
temperatura também!

         — Graças a Deus! — Ela murmurou,
respirando e inspirando com dificuldade.   


         — Eu preciso ter uma conversa séria
com você e seu marido! — Ela deu um pula da cadeira, e veio em minha direção, já
com lágrimas nos olhos.

         — Oh, diga que não é sobre ela!
— Disse apontando para Dulce adormecida em cima da cama. — Eu não sei, porque
isso tudo está acontecendo comigo! Isso não é justo! — Ela estava quase
gritando dentro do quarto, quando por sorte, Fernando o pai de Dulce chegou
trazendo consigo sacolas de papelão da Mc Donalds. Ela correu e foi em direção
ao marido, quase derrubando as coisas no chão. Ele me olhou assustado e eu fui
até eles, os levando para fora.

         — Rose! — Chamei a secretaria enquanto
fechava a porta pelo lado de fora, a moça se aproximou de mim, e eu peguei as
coisas que estavam na mão de Fernando e as entreguei para ela: — Por favor,
chame uma enfermeira pra cuidar do quarto 420 e leve essas coisas para dentro,
em poucos minutos estou de volta!



 



75. Por Dr.Henrique
Portilla
.



Caminhamos entre os corredores do hospital, mais parecidos com labirintos,
facilmente alguém que não conhecia as instalações se perderia. Em todo o
trajeto fui pensando na maneira mais sutil de dizer que Dulce não está nada
bem, me colocava no lugar deles perder alguém não é nada fácil, principalmente
alguém especial foi gerado por você. Uma perda irreparável, e incomparável também.
Assim que chegamos a minha sala, me aproximei sentando em minha cadeira atrás
da mesa de mármore.



         — Bom, eu acho melhor vocês
sentarem! — Disse apontando para as cadeiras vazias. Blanca logo se agarrou em
Fernando, suas unhas fincaram no braço do marido, mostrando-me que lugar mais
confortável e seguro que tinha no mundo era ali, ao lado dele, e não sentada.

         — Estamos bem em pé Doutor. —
Disse Fernando com a voz mais segura possível.

             — Como quiserem... — Não
sabia como começar, ser médico tinha dois lados: o bom, salvar vidas; e o ruim,
perde-las. Peguei uma caneta, e comecei a brincar com a mesma, tentando relaxar
ao máximo. — Vocês já devem saber que o que eu tenho a dizer, não é bom, certo?
— Eles assentiram com a cabeça. — Então vou dizer dá forma, menos fria e mais
compreensível possível.

         — Por favor Doutor... — Blanca
disse entre soluços. — Só nos diga a verdade, não nos iluda. É tudo o que lhe
peço. — Aquilo realmente estava quebrando meu coração.





No final todos terminam sozinhos, perdendo ela!



 



— Então prestem atenção no
que eu vou lhes dizer. — Eles assentiram novamente. — Vocês sabem que uma das
formas para o tratamento de Dulce é a radioterapia, mas quando esse processo é
interrompido por alguns dias, podem agravar a situação do paciente, isso é
muito raro, mas quando acontece... — O barulho do choro de Blanca já ecoava
pela minha saleta. — É porque o tratamento, não está conseguindo queimar as células
doentes. — Eles me olharam por alguém tempo, meio inertes a o que eu acabei de
falar.

         — E o que isso exatamente quer dizer? —
Fernando arriscou.

         — Não quer dizer exatamente que
ela vai morrer! — Disse tentando acalmá-los, em vão só de ouvir a palavra morrer
Blanca chorava novamente, e Fernando estava com os olhos cheios de lágrimas. —
Mas ela tem menos de 20% de chances. E a radioterapia tem que
rapidamente trocada pela quimioterapia. Mas como esse processo é mais
doloroso e Dulce é menor de idade, eu preciso da autorização de vocês, e dá
assinatura... — Abri a gaveta e retirei de lá um amontoado de papeis. — de vocês
nesses documentos. — Eu os olhei e finalizei: — Preciso saber o que vocês acham
disso... Isso pode ser a ultima chance dela.



 



Não há como saber, por quanto tempo ela estará próxima a mim.



 



76. Por Dulce
Maria
.



Sentia-me um pouco esquisita, todo o meu corpo estava dolorido. Parecia que eu
estava dormindo há dias, tentei esticar os dedos, mexer os pés, mas todos os
meus movimentos eram seguidos de uma dor aguda. Depois de me concentrar apenas
na dor, percebi algo acariciando minha cabeça. Abri meus olhos devagar, a
figura a minha frente estava meio embaçada, forcei um pouco para enxergar a
pessoa que me acariciava. A figura foi tomando forma, até revelar Anahi com os
olhos cheios de lágrimas, que acumulavam e escorriam pelo seu lindo rosto.





Você choraria, se me visse chorando?







Tentei me mexer, mais um gemido de dor saiu da minha garganta. Na mesma hora
ela fez uma pressão entre suas mãos e meu corpo, o impulsionando para baixo, me
impedido de levantar, ou fazer qualquer outro tipo de movimento.

         — Por favor. — Ela implorou
enquanto acariciava meus cabelos novamente. — Não se mexa, não tente se
levantar!

         — O que aconteceu? — Eu a olhava
com sede de resposta, ela me olhou e disse entre sorrisos:

         — Nada com que se preocupar... — Ela fechou
os olhos, e uma lágrima solitária trilhou um caminho até seus lábios. — Eu
fiquei com medo de te perder.





Você salvaria a minha alma hoje a noite?







         — Desculpe... — Disse com a voz
tão baixa, quase impossível de escutar. — Sinto que cada vez mais eu só faço
atrapalhar a sua vida! — Ela abriu seus olhos e me fitou com ardor. — Eu..
Sinto... — Antes de terminar a frase ela colocou seus dedos em meus lábios.



 



77. Por Dulce
Maria
.



         — Você não tem porque se
desculpar! — Ela retirou os dedos devagar, depois de contornar meus lábios. —
Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida nos últimos tempos. — Ela
aproximou-se seu rosto do meu. Eu sentia seu hálito quente bater em meu rosto,
fazendo com que eu me arrepiasse da cabeça aos pés. — Só me beije! Deixe as
lamentações para depois!





Você tremeria se eu tocasse seus lábios?







Ela encostou singelamente seus lábios nos meus, iniciando um beijo calmo. Não
que eu tivesse tanta experiência assim em beijos, mas os trocados por mim e por
Anahi eram sem sombra de duvidas "o melhor", em todos os
sentidos, me fazia sentir coisas que eu nunca havia sentido com nenhuma outra
pessoa. Ela colocou sua mão atrás da minha nuca, puxando devagar meus cabelos,
outro gemido de dor saiu entre meus lábios, imediatamente ela parou o beijo e
me olhou.



         — Te machuquei?

         — Não! — Fechei os olhos, a dor
era muito forte. — Anahi? — Eu a chamei, abrindo-os de novo. — Você me ama? —
Ela me sorriu, e escorregou seus dedos no meu rosto. — Não ria! — Eu disse
chorosa. — Você me ama, sim ou não?





Eu posso ser o seu herói, baby.

Eu posso te beijar e a dor ir embora

Eu vou esperar por você para sempre.









         — Amor não é, tudo que sinto! —
Ela disse com os olhos cravados em mim. — E sei também que o amor é a coisa
mais insignificante... — Cerrei os olhos, eu realmente não estava pronta pra
escutar dela, um: Eu não te amo! — Na frente do que sinto por você! Sim,
eu te amo! — Ela finalizou me fazendo sorrir.

         — Eu preciso de você, — Disse levanto
dolorosamente minhas mãos até seu rosto. — Mais do que ninguém e você sabe
disso desde o começo. Então, não quebre meu coração.





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Autor(a): camilasilva321

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Capitulo XIX 78. Por Maite Perroni. As internações de Dulce estavam se tornando cada vez mais constantes. Odiava ver minha amiga sofrendo, aquele câncer estava comendo-a viva. E nada nem ninguém poderia mudar isso. Ela estava a exatamente um mês tomando quimioterapia, ela estava vomitando direto, tonturas... Durante o dia ela ia para o colégio, de tarde ele to ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • amywinchester Postado em 13/04/2012 - 21:23:11

    Ai gente,quase chorei :( (controle-se mulher!) muito linda essa história!Tô de coração partido,nem sei se tenho mais dó da Anahí,da Dulce ou da Maite que foi a ulima a ver a Dulce,e viu a melhor amiga morrer :(

  • diou Postado em 03/04/2012 - 14:28:39

    quee booom.. com certezaa eu voo leeer.. :D

  • portinon Postado em 03/04/2012 - 14:15:54

    ahh já li essa... a história é muito lindaa ! COncerteza vou reler ela =D

  • diou Postado em 03/04/2012 - 14:11:53

    Essa proximaa que tu vai posta vai ser Portinon Tbm??

  • diou Postado em 03/04/2012 - 14:09:24

    girl que fic lindaaa.. supeeer tristee.. to chorando aki..aaaaaii .. :).. linda lindaaaa.. <3 ..

  • portinon Postado em 03/04/2012 - 14:08:53

    AHHHHHHH que desesperoooooooooooooo, chorei todaaaaaaaaaaaaaaaaaa.. GENTEN que que foi issu, UAU.. já pode postar outras web's autora!! u.u

  • diou Postado em 03/04/2012 - 14:02:00

    aaaaaaaai quee lindoo.. quee tristeeeee.. haaaaaaa..

  • portinon Postado em 03/04/2012 - 14:01:02

    Ahhhhhhhhhh que lindo que lindo que lindo que lindo que lindo que lindo que lindooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

  • portinon Postado em 03/04/2012 - 13:19:18

    Aí meu godyyyyyyyyyy posta pelo amorrrrr da Nossa senhora, protetoraaa dos leitores desesperados por mais!!

  • diou Postado em 03/04/2012 - 13:06:01

    ai ai ai.. posta maaaaaaaais


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