Fanfic: Um Homem Sem Compaixão *AyA* (Terminada) | Tema: Anahí e Alfonso

Saíram para a viagem logo depois que as crianças foram para a escola, Alfonso teve que seguir a rota mais longa, até Nicósia, pois era tarde demais para que se unissem ao comboio.

-  Primeiro iremos direto ao hotel, depois a levarei à cidade velha. - Os olhos de Alfonso estavam fixos na estrada; Anahí examinou-lhe o perfil quando ele voltou a falar. - Você disse que nunca foi à cidade velha, não é?

- Não.

- Você me odeia, Anahí? - perguntou ele. inesperada­mente, desviando novamente os olhos para a estrada. - No começo você não me odiava, éramos razoavelmente fe­lizes, antes de... antes de...

- Antes que fizesse de mim uma bela conveniência? Sim, Alfonso, entendíamo-nos razoavelmente bem. E poderíamos ter continuado assim para sempre.

-  Você acha? E você, Anahí... você se satisfaz com esse tipo de vida?

-  Você sabe que não tenho intenção de me deixar en­volver emocionalmente. Dei-lhe a entender isso no dia em que lhe falei sobre Gregory e de como o meu relacionamento com ele não foi bom para mim.

-  Você não respondeu à minha pergunta. Os homens são humanos, mas as mulheres também o são.

- As mulheres são diferentes, especialmente as inglesas.

- Isso você nem precisava me dizer - respondeu Alfonso, e completou: - Mas, frias ou não, ainda acho que são hu­manas. Não vai me responder?

- Nunca sonharia em tolerar fazer... fazer amor somente por conveniência.

-  Continua fugindo? Oponho-me à palavra "conveniên­cia," Anahí. Por favor, não torne a usá-la.

- Você está querendo insinuar que eu errei em minhas deduções? Que você não está me usando por pura conve­niência? - Anahí apreciara sua resposta.

- Já lhe disse para não usar essa palavra!

- Você é cheio de surpresas, Alfonso. Não pensaria que você pudesse ter objeções quanto à indelicadeza dessa palavra.

-  Sinto-me aliviado por ouvi-la admitir que a palavra é indelicada. Estava começando a me preocupar com sua grosseria; isto não combina com você, Anahí.

-  Sua lisonja me oprime.

-  O sarcasmo não lhe cai bem, igualmente. Você me obriga a anular o que disse.

- Não tenho nem mesmo liberdade de falar da maneira que desejo? - gritou ela, com o sangue subindo ao rosto.

-  Lógico que tem... desde que isso não signifique um insulto para mim.

Anahí silenciou e nenhuma palavra foi dita até que che­garam ao hotel.