Fanfic: Umbrella | Tema: Darkman 1, 2 e 3
Capítulo 03 –
O porteiro anunciou que o Sr. Westlake estava subindo a uma surpresa Jenny Parker. Ela abriu a porta, agindo o mais naturalmente possível. Piper não notou a tensão no ar, nem tinha ideia do ocorrido no dia anterior.
- Peyton, eu... Eu não sei o que dizer. – Começou Jenny, sem saber o que fazer com as mãos. – Me perdoe pelo modo como agi ontem. Francamente, não esperava vê-lo novamente.
Ele sorriu, com aquele rosto artificial que parecia tão seu... E lhe entregou rosas vermelhas. Em vez de estar bravo, ele lhe trazia um presente.
- Eu é que devo me desculpar. Quebrei sua porta, e ainda a assustei. Se me permite a ousadia, Jenny... Não gostaria de perder o contato com a filha de Angela.
Ela colocou as rosas na mesinha de centro, um pouco irritada e sentou-se ao lado dele no sofá.
- Realmente... Queria que você viesse me ver apenas por mim, e não pelo fato de eu ser filha de minha mãe...
- Entendo. Não pense que não é um prazer vê-la. Eu nunca pensei que algum dia fosse reencontrar algum membro de sua família ou que sua mãe fosse se lembrar de mim...
- Sim. Ela falou muito de você. Espere um pouco.
Jenny se levantou e se dirigiu à estante de livros que Peyton analisara da primeira vez em que lá estivera. De lá, ela tirou uma caixa decorada com adesivos e a depositou no colo dele.
- Abra.
E ele o fez. A caixa continha vários recortes de jornais sobre o tal herói Darkman, pesquisas científicas sobre o desenvolvimento de pele sintética...
- Sua mãe colecionou isso durante todos esses anos?
- Sim. Ela disse que se algum dia eu o encontrasse, eu deveria entregar-lhe essa caixa, inclusive porque contém as matérias sobre as pesquisas, que talvez pudessem ajudar você.
- Meu Deus... E quando sua mãe lhe contou isso?
- Ela estava doente e sabia que morreria... Me contou tudo, e eu jurei que iria encontrá-lo assim que ela morresse e ajudá-lo a concretizar sua pesquisa, pelo menos com o dinheiro. Cancelei todos os meus compromissos e vim para Nova Iorque. E no maior golpe de sorte, você salvou a mim e à Piper. Eu estava aqui há dois dias. Evito vir para cá, sabe, más lembranças e imprensa... Mas acho que por causa do meu cabelo, ninguém me reconheceu. Ademais, acho que fico mesmo melhor loira.
- É, combina com você. Mas voltando ao assunto, Jenny, eu não quero seu dinheiro, mas fico grato pela oferta. Levanto fundos à minha maneira.
- Imagino. Mas tirar grana de bandido pode lhe trazer mais problemas do que ficar preso à uma garota e um cachorro...
Peyton riu da perspicácia de Jenny.
- Eu sou mais cauteloso agora.
O cronômetro começou a apitar. Peyton se levantou imediatamente.
- Não vá. Ao menos, não por minha causa. – disse Jenny, se levantando ao mesmo tempo e segurando-lhe a mão com firmeza.
- Dê-me um tempo, Jenny... Para você e para mim...
Ela chegou o rosto bem perto do dele, e sussurrou em seus lábios:
- Eu ainda vou ajudá-lo, Peyton. Como você me ajudou.
E o beijou, um beijo delicado porém exigente e ele sentiu algo explodir dentro dele como uma mini bomba-atômica.
Peyton tentava dormir, mas parecia que seus sentidos haviam se aguçado ainda mais. Ele ouvia seu gato andando pelo laboratório com suas patinhas acolchoadas. Ouvia gotas pingando ao longe.
E que absurdo... Seu corpo estava todo dormente, quase como se estivesse sendo congelado.
Ele se levantou, perturbado. Resolveu que pesquisaria mais sobre pele, acariciaria seu gato, leria um livro... A lembrança de quando a Dra. Thorne implantou nele um dispositivo só para lhe causar dor lhe veio à mente.
E então, ele pensou em Jenny e se distraiu, batendo o joelho contra um gabinete.
A sensação de dor o inundou, como se lhe invadisse a alma.
Peyton não entendeu, e não sabia se gritava, chorava, destruía tudo em sua euforia... Mas ele finalmente estava sentindo de novo!
Ele pensou que se isso era possível, nada o faria desistir de suas pesquisas. Talvez ele realmente devesse se aliar à Jenny e revolucionar a Ciência com a descoberta de um tipo de pele que poderia ajudar pessoas como ele! E é claro que ela também seria reconhecida.
Não tinha erro. Ele ligaria para Jenny imediatamente.
Jenny atendeu o telefone às duas da manhã, com Peyton balbuciando empolgado. Ele nem se dera conta do horário. Ela esfregava os olhos, bocejava e confusa, olhava para o relógio.
Ela dormiu com um sorriso no rosto, seu subconsciente sabendo que as palavras de Peyton, que ela não estava entendendo devido ao sono, eram boas notícias.
Autor(a): Lonely Loony
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Capítulo 4 – Não era costumeiro para Peyton estar em um McDonald`s, mas Jenny insistira... E lá estavam eles, novamente conversando. Ela, como sempre, radiante. Ele, apenas um homem comum com uma garota acima de seus padrões, segurando-lhe as mãos como se ele fosse fugir. - Peyton, pare de olhar a droga do relógio... Eu ...
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