Fanfic: Prince Of Thieves | Tema: Crepúsculo

POV Nessie:

Ele saiu pelos os fundos e foi como se o meu coração tivesse sido despedaçado, ou melhor, como se algo dentro de mim tivesse morrido. Corri até o meu quarto peguei o meu notebook e fiz uma copia da confissão e mandei para o meu email e deixei outra copia no meu computador. Desci as escadas e esperei o que eu sabia que teria que enfrentar.

Alguns minutos depois da partida do Jake Sam entrou no meu apartamento chutando a porta e empunhando uma arma.

– NO CHÃO BLACK! – ele ainda gritou antes de deixar os olhos correrem pela a sala e constatar que ali só estava a minha figura. – Cadê ele? – os dentes estavam cerrados e os em forma de fenda.

– Fugiu. – respondi ficando de pé e colocando o celular que ele havia me dado em cima da mesa.

– Conseguiu pelo o menos a gravação?

– Antes de qualquer coisa quero que você repita mesmo o que combinamos quando resolvi lhe ajudar. – ele bufou e guardou a arma.

– Quem não é de palavra aqui é você. Você prometeu pegar a confissão e de quebra segurá-lo aqui, você não fez nenhum dos dois. – eu dei play no gravador e a voz do Jake soou na sala. Sam abriu um sorriso imenso e um brilho intenso passou em seus olhos e ele deu dois passos em minha direção.

– Fica parado! – ele se assustou, mas ficou parado. – Repete qual foi o combinado Sam. – ele sorriu como se já estivesse ganho a batalha.

– Você me entregava à confissão do Black eu não lhe acusaria de cúmplice e você não seria presa. Agora anda e me dá logo a gravação.

– E o que mais Uley, você me prometeu outra coisa.

– Que eu não machucaria o Black e que ele seria julgado justamente.

– Você vai cumprir agente Uley? – ele sorriu.

– Sabe o que é mais impressionante? O que as pessoas aceitam fazer por um punhado de mentiras. Foi assim com o Black quando ele era mais novo e foi assim como você também. Eu não estou nem ligando para o que vai acontecer ao seu precioso criminoso na cadeia, o que importa é que eu vou pegá-lo depois de tanto tempo, e o final dele será igual ou pior do que o do pai dele.

– Então você não é um homem de palavra?

– Sem rodeios Cullen a gravação. – dei play e a voz do Jake voltou a soar no ambiente. Justo na parte em que ele falava da promessa do Sam quando ele era menor. O moreno em minha frente parecia não acreditando que estava ouvindo. - O que é isso? – indagou.

– Sua gravação. – falei rindo. – Espera que tem mais. – adiantei um pouco e coloquei no ponto em que ele fala sobre a promessa que me fez, deixando rolar até o ponto em que ele praticamente afirmou que jogava sujo para conseguir o que queria.

– Sua cachorra. – ela andou em minha direção de novo.

– Pode até pegar o gravador, só quero que você saiba que eu tenho a copia e que se você tentar usar essa confissão contra o Jake você também perde, acho que até mais do que ele. Como será que os seus superiores ficaram em saber que o pupilo deles chega ser pior do que um bandido? E que isso vem de muito tempo atrás. O que você acha que vai acontecer com você?

– Você é uma desgraçada mesmo não é?

– Não Sam. – sorri sentando no sofá. – Acontece que o meu precioso criminoso, como você mesmo disse, me ensinou algumas coisas, e umas delas é não confiar nas pessoas. – ele andou até a porta e gritou uns dos agentes dele.

– Fica com ela aqui. – ele ordenou. Ficou de joelhos na minha frente e segurou o meu queixo com força. – Você ainda não ganhou isso, porque eu sei onde o seu homem está, e ele está indo roubar. – meu corpo ficou rígido e ele riu. – Isso mesmo, o seu grande amor foi roubar um banco. – ele aproximou-se de mim e colou os lábios ao pé do meu ouvido. – E ele só sai de lá morto! – um aperto pegou o meu coração com força com aquelas palavras. Ele saiu gargalhando de dentro da minha casa.

Pov Jake:

Como em qualquer assalto que fazemos sempre colocamos a nossas mascarás, com a diferença que essas eram de freiras. Esperamos o carro forte parar em frente do banco e a Embry entrou empurrando o cara como refém.

Imobilizamos os seguranças e mandamos funcionários deitarem no cão juntamente com as pessoas que se encontravam no interior do banco. Pedimos os celulares, relógios, e os colocamos em um canto.

– Pega o dinheiro Quil. – Paul ordenou e mesmo não gostando nenhum pouco da ordem ele acatou. Pegou a bolsa e começou a pegar o dinheiro dos caixas.

– Vou obedecer só dessa... – ele não terminou de falar. Ouvi um barulho oco e quando virei Quil estava caído no chão com um tiro que havia atingido o seu lado esquerdo do corpo. Cada respirava que ele dava era uma golfada de sangue que saia. Mais tiros foram proferidos de vários lugares e senti quando um atingiu o meu braço de raspão.

– PORRA!. – joguei o corpo ao chão.

– Jake. – Paul estava vindo em mina direção quando Quil o chamou.

– Vai vê-lo Paul. – pedi fazendo pressão em meu braço.

– Pa .. Paul. – ele chamou pelo o nome do Paul e esse saiu arrastando-se pelo o chão e chegou até ele. Colocou as mãos sobre o peito dele e fez pressão.

– Aguenta Quil. Aguenta cara, vamos sair dessa.

– Vo .. Você .. Nem gosta de mim. – Quil disse rindo e o Paul começou a rir também.

– Isso é verdade, mas não quero que você morra. – Quil sorriu e logo o sorriso e o brilho dos olhos dele sumiram.

– PORRA! – Paul gritou dando um soco no chão ao lado do corpo do Quil.

Pensei em andar até eles, mas logo bombas de fumaça foram jogadas por todo o banco e impossibilitavam a nossa visão.

– Jake. – escutei o Seth me chamar.

– Seth fica abaixado.

– Eu não estou conseguindo respirar. – ele puxava ar dos seus pulmões com força.

– Fica no chão Seth. – segurei em seu braço com força. Porem o seu ar começou a ficar escasso e em um ato de desespero ele levantou. – SETH. – ainda gritei, mas foi tarde o tiro atingiu em cheio no meio de sua testa fazendo sangue voar para todos os lados. – Seth .. Seth .. – rastejei até o seu corpo totalmente sem vida. Seus olhos abertos. O sangue escorria pelo o chão do banco. – SETH! – sacudi o seu corpo. Ele era tão novo não merecia isso.

– Jake. – as mãos do Paul fecharam-se em meu braço. – Ele se foi Brow.

– NÃO! Seth. – voltei a sacudi-lo.

– JACOB! – Paul segurou minha face nas mãos. O Sangue de Quil ainda estavam em suas mãos e molhou o meu rosto. – Larga ele. – só aí percebi que eu estava abraçado ao corpo do Seth. Paul tirou de minhas mãos devagar e o depositou no chão levando a mão em seus olhos e os fechando. – Descanse em paz amigo. – ele sussurrou. – Precisamos sair daqui Embry.

– Vamos sair como se o banco está cercado? – Embry perguntou tirando a arma da mão do Seth e conferindo quanto de munição tinha. Paul respirou fundo e voltou a me encarar.

– Embry pega as outras armas. – Embry andou agachado até a minha arma que eu havia largado no chão e a arma do Quil. Depositou-as no chão junto com a do Seth. – Embry você fica com duas. Jake fica com uma e eu fico com duas. – Ele colocou a arma em minha mão, eu ainda encarava o corpo do Seth e não tinha força para sair do chão. – Jake. – Paul chamou a minha atenção de novo. – Eu preciso que você se concentre está bem? Eu imagino como você está se sentindo, mas nada disso é culpa sua, e sim minha. Embry. – ele dirigiu-se ao Embry que estava ao meu lado com as armas empunhadas nas mãos. – Cara você é louco. – Paul começou a falar e a sorrir. – Eu juro que quando você juntou-se ao grupo foi quando tudo ficou perfeito. Com os seus truques aprendidos no exercito.

– Paul. – segurei o seu braço, eu sabia o que aquilo significava. – PAUL! – gritei e ele me encarou. – Não. – falei com a voz firme. – ele virou e voltou a encarar o Embry.

– Tira ele daqui para mim? – Embry apenas balançou a cabeça em resposta. – Obrigado Brow! – ele abraçou o Embry e virou em minha direção. – Nada disse é culpa sua. – segurou a minha mão com força. – Ajuda a minha irmã e a minha sobrinha, por favor, não precisa ficar perto, só as ajude.

– Não faz isso.

– Jake, você é meu irmão e eu deveria ter lhe escutado. Olha onde as minhas loucuras nos levaram. Quil está morto, Seth também e se eu não fizer isso você e o Embry irão morrer também, e eu não quero isso.

– Paul..

– Jake Brow, eu te amo, nunca se esqueça disso. Vai embora dessa cidade parceiro, vai atrás da sua mulher e a faça feliz e saia dessa vida. Não quero vingança vocês ouviram? Quero que vocês sumam e vão ser felizes em algum lugar. – ele tirou a mão dele da minha e agachado foi até a ponta do balcão de onde dava para olhar a porta de entrada do banco. – Embry, quando eu levantar daqui você já sabe o que fazer. – ele olhou em minha direção e uma lágrima soltaria caiu dos seus olhos. – Me perdoa Jake.

– PAUL NÃO! – eu ainda tentei o segurar, mas o Embry jogou o corpo dele sobre o meu e como eu estava com o meu braço baleado eu não pude fazer muita coisa.

– SAM SEU FILHO DA PUTA! – Paul gritou andando até a porta deferindo tiro para todos os lados. – VOCÊ VAI PAGAR POR TER MATADO O MEU PAI E AGORA OS MEUS AMIGOS – ele estava alucinado, somente como ele sabia ser – EU VOU TE MATAR! – foi à última coisa que ele gritou antes de ser alvejado por mais de quinze tiros e cair sobre os olhos e logo depois o seu corpo caiu sem vida no chão.

– Vem Jake. – Embry me puxou e como eu estava atordoado ele conseguiu me carregar para a porta dos fundos do banco. – Entra Jake. - ele me empurrou para o assento do motorista. – Vai embora Jake, faz o que o Paul pediu.

– E você? – consegui perguntar.

– Se ficarmos juntos morreremos. Não faça que esse sacrifício que o Paul vez de novo por você em vão. – ele não me deixou responder saiu correndo por um beco que tinha na rua.

Rodei a chave na ignição e dei partida no carro. Senti algo caindo pelo o meu rosto enquanto dirigia pela a rua tentando não ser visto. Passei a mãe e constatei que era uma lágrima.

– Qual é o seu nome? – perguntei ao menino que parecia ser um pouco mais velho do que eu.

– Paul e o seu? – ele tinha uma confiança que crianças da nossa idade não tinham.

– Jacob. O seu pai é amigo do meu.

– Eu sei. – ele respondeu com indiferença. – Quantos anos você tem?

– Dez e você?

– Dez também.

– Você quer brincar comigo?

– Eu tenho cara de criança para brincar? O pirralho aqui é você

– E o que você quer fazer?

– Você tem computador?

– Tenho.

– Vamos ver uns vídeos pornôs então. – ele me puxou pelo os braços correndo em direção do meu quarto.

oOo

– Corre Jake. – ele me puxou enquanto eu beijava uma menina.

– O que você fez Paul? – o acompanhei na correria, o conhecendo como eu o conhecia boa coisa ele não tinha feito.

– Eu bati em um filho da puta que ficou me encarando.

– Paul você é doido? – ele gargalhou enquanto corríamos pela a rua.

– Eu sou feliz isso sim Jake.

– Você está sagrando. – apontei para supercílio dele que sangrava por conta de um corte.

– Eu quebrei o nariz dele.

– Quem era o cara Paul?

– Eu não sei, eu só sei que eu lhe deixei no chão chamando pela a mãe. – ele parou de correr e eu fiz o mesmo. – Dez dólares que eu acerto a latinha com essa pedra. – ele pegou uma pedra do chão e apontou uma lata que estava um pouco afastada.

– Fechado. – ele gargalhou e jogou a pedra.

oOo

– O meu pai Jake. – ele me abraçou chorando como eu nunca havia presenciado.

– O que aconteceu com ele?

– Mataram o meu pai e o resto da gangue.

– Quem fez isso?

– Aquele agente escroto do FBI. – meu corpo ficou rígido, eu tinha dedurado todo mundo.

– Paul sobre isso .. eu ..

– Você? – ele indagou.

– Eu pensei que ele fosse soltar o meu pai e .. Acabei entregando todo mundo, desculpe. – agora quem chorava era eu. – ele ainda era normal naquela época, e sabia que eu tinha agido por impulso. Mas eu sempre vi um pouco de acusação em seus olhos ao decorrer dos anos.

– Eu entendo, ele lhe enganou. Mas você sabe que isso não pode ficar assim não é?

– Sei. – confirmei deixando algo ruim crescer dentro de mim.

– E o que iremos fazer?

– Tomaremos conta dos negócios e mataremos Sam Uley!

oOo

– Jake. – ele entrou desesperado pela a porta do meu apartamento com as mãos cheias de sangue.

– O que você fez?

– Brendan. – sua respiração estava ofegante.

– O que tem o Brendan? O que ele fez com você?

– Eu descobrir que ele queria matar você para tomar conta de tudo.

– E o que você fez Paul?

– Eu o matei.

– Você fez o que?

– Ele ia matar você Jake.

– O deixava vim Paul, estaríamos preparados, não precisava ter matado ele Paul.

– Agora já é tarde. Eu só vim lhe avisar que a mãe dele viu o que eu fiz e eu vou ser preso, preciso que você suma daqui.

– Eu não vou lhe deixar sozinho Paul.

– Você vai sair daqui sim Jake, e agora. – ele me empurrou para fora do apartamento e trancou a porta. Eu bati, chutei, gritei e no final sai como ele havia pedido.

oOo

Estacionei o carro em uma rua atrás da casa da Nessie, eu precisava falar com ela. Desci do carro apertando o braço e virei na esquina dando de cara com dois carros de policia em frente a casa dela. Voltei para o carro de cabeça baixa e fiz a volta indo para a outra rua. Pulei um muro de uma casa que ficava de frente para a casa da Nessie e arrombei a porta da cozinha e adentrei a residência.

Sam já estava dentro da casa da Nessie, dava para ver pela a Janela. Peguei o telefone da casa e disquei o número dela que já era conhecido.

– Eu preciso lhe ver. – ela andou até a janela e o Sam estava atrás dela.

– É só vim. – aquilo doeu, ela me entregaria para a polícia.

– Você está sozinha?

– Sim. – ela não excitou em responder.

– Posso ir então? Você não vai me chutar como da outra vez?

– Não, eu preciso falar com você também. – respirei fundo.

– Eu te amo. – pela a janela a vi sorri e fechar os olhos. – Eu estou chegando em alguns minutos.

– Jake. – ela me chamou antes que eu desligasse o telefone.

– Oi.

– Você está sentindo?

– O que?

– Paz? – eu sorri. – Jake. – ela me chamou de novo.

– Fala amor.

– Um belo dia não acha?

– Para o que?

– Para ir onde o coração está mandando.

– Eu te amo. – ela desligou o telefone. Fiquei ainda lhe encarando pela a janela e sai pela a porta dos fundos por onde eu tinha entrado dando adeus à cidade e aquela vida que eu tinha levado durante todo aquele tempo ali.

The end ...