Fanfic: Prince Of Thieves | Tema: Crepúsculo

Pov Jake:

Eu andei por quase uma semana de carro pelas as rodovias da cidade. Dormindo em hotéis baratos de beira de estradas tentando ser o máximo possível invisível.

Sam estava ainda atrás de mim junto com a sua equipe e eu não me assustaria se a minha foto já não estivesse rondando os jornais.

A bala do meu braço eu mesmo tirei em um quarto de hotel na primeira noite que parei para dormi. Graças a minha inteligência, o dinheiro do assalto do banco da Nessie eu tinha guardado em minha conta.

Duas noites depois dessa eu finalmente fiz algo que estava me incomodando e muito, liguei para Claire.

– Alô. – a voz dela estava rouca e parecia triste

– Claire.

– Jake? Jake é você? – agora ela parecia chorar. – Você está bem? Eu pensei que você tivesse morrido.

– Claire me desculpe. – falei derrotado. – Eu tentei, eu juro que tentei, mas ele não me ouviu, eu quis segurá-lo.

– Hei, hei .. Fica calmo, não precisa se explicar, eu fiquei sabendo o que aconteceu. Mas você está bem não é?

– Sim. Ele já foi enterrado?

– Sim. – ela suspirou. – Junto com o Seth, Quil e Embry.

– O Que? Embry? Ele estava vivo Claire, ele me colocou no carro e estava bem.

– Ele não conseguiu fugir Jake. Os policias estavam o esperando quando ele voltou para pegar um carro. E o destino dele não foi diferente. Como você sumiu, eu pensei que você também estava morto.

Embry também estava morto, a minha equipe, a minha segunda família, os meus amigos haviam sidos todos dizimados como animais. Abatidos sem pena e remorso, eu estava sozinho no mundo definitivamente.

– Você vai voltar? – ela perguntou meio temerosa.

– Não. Meu lugar não é mais aí.

– Jake.

– Claire, eu só liguei para avisar que depositei dinheiro em sua conta. Sabe que sempre que precisar pode entrar em contato. Agora eu não vou deixar nenhum número para você, mas quando eu estiver estabelecido eu entro em contato. Está bem? Mande um beijo para a Tess.

– Eu te amo Jake.

– Eu também te amo Claire.

oOo

Quatro semanas. Faz trinta dias que a minha vida resuma-se a estar em um quarto de um hotel olhando para o teto me embriagando como um bom covarde que sou. Não morri no dia do assalto com os meus amigos. Carrego a morte do pai do meu amigo nas costas e agora carrego a morte dele para o resto da minha vida em meus pensamentos.

Fazia dias que eu pensava nela. Liguei, mandei mensagem e até carta com o endereço do hotel em que estou residindo mandei, contudo não recebi nenhuma resposta. Ela me salvou a um mês de ser preso e amargar na cadeia como o meu pai, mas isso seria o máximo que ela poderia e conseguiu fazer por mim, eu bem sabia que quando deixei aquela cidade era o nosso fim também.

– Serviço de quarto. – escutei a voz da camareira do outro lado da porta. Levantei resmungando e rumei até a mesma abrir a porta e dei de cara com a Nessie com a carta suspensa no ar. – Acho que se você me mandou isso aqui significava que você queria que eu aparecesse não é? – a voz tinha sumido, eu fiquei parado em sua frente sem saber o que falar. – Posso entrar? – afastei o corpo e ela entrou no quarto indo sentar direto no sofá e ficou me olhando. – Você vai ficar com a porta aberta só me olhando ou vai sentar também? – fiz tudo no automático, essa era a verdade eu não estava acreditando que ela estava em minha frente. – Você está bem? – maneei a cabeça. – Se eu vim aqui para ficar conversando sozinha eu vou embora. – ela ameaçou a levantar e eu segurei o braço dela ficando de joelhos no meio de suas pernas.

– Desculpe. – consegui falar finalmente. – Fiquei surpreso com sua aparição, achei que você não fosse aparecer e ..

– Eu pensei muito em tudo que aconteceu. E continuei pensando depois de receber a sua carta, mas como eu tinha sido indiciada eu não podia deixar a cidade.

– O que?

– Eu fui acusada de ser cúmplice de vocês, ou você acha que o meu pequeno ato de pedir para você procurar a sua paz passou despercebido pelo o Sam?

– Ele fez alguma coisa com você? Foi preso morto?

– Não. – ela sorriu. – eu tinha uma carta na manga contra ele, e ele teve que ficar quieto. – eu sorri agora. – E você acha mesmo que ele seria preso? Ou morto? Ele viveu esse tempo todo aprontando e tenho para mim que todo mundo sabe o que ele faz.

– Isso quer dizer que ele ..

– Está livre e vivo isso mesmo. – ela terminou o raciocínio.

– Você está linda. – sussurrei passando a mão pelo o seu rosto. – Você está bem?

– Não. – ela respondeu com sinceridade.

– Não? – indaguei preocupado.

– Não estou nada bem.

– Por quê?

– Um filho da puta que invadiu o meu banco me fez de refém, me meteu em uma enrascada do caralho e depois foi embora. – eu fiquei lhe encarando sério. – Sabe o porquê não estou bem? – balancei a cabeça em negativa. – Porque esse bandido. – ela segurou a minha boca com a mão e colocou força. – Não invadiu só o meu banco, ele invadiu a minha casa, o meu corpo e o meu coração. – eu não estava acreditando que ela estava falando aquelas palavras. – E agora eu não sei mais viver sem ele. – seus olhos miravam os meus como se estivessem pegando fogo.

– Por quê? – tirei a sua mão do meu rosto e segurei em minhas mãos. – Por que você não sabe viver sem ele? – ela sorriu lindamente.

– Porque eu o amo. – não esperei que ela falasse mais nada depois daquilo.

Prensei os meus lábios nos dela deitando o corpo dela sobre o sofá deixando a minha língua invadir aquele espaço que a tanto tempo me fazia falta, enquanto as minhas mãos passeavam pelo aquele corpo que e tive o prazer de provar e ter em meus braços.

– Eu também te amo. – sussurrei sobre os lábios dela.

– Você vai ter eu me prometer que roubo nunca mais, se eu descobrir que você pegou uma bala sem permissão eu mesmo mato você.

– Vou roubar somente o seu coração. – brinquei.

– Você não precisa fazer isso, pois ele já é seu. Acho que foi a primeira coisa que você roubou aquele dia que entrou no meu banco e tocou em minha mão. Eu já era sua ali e não sabia.

Cobri de novo aqueles lábios sobre os meus com todo o amor que eu sentia pela a mulher que estava em baixo de mim. Assim como ela mesmo falou nossos corações já pertenciam um ao outro desde o primeiro toque e primeira troca de olhar. E eu já tinha roubado aquela mulher para mim. Afinal, eu sou o príncipe dos ladrões e o meu trabalho é roubar!