Fanfic: Elementares | Tema: Harry Potter
Os dias foram passando quase normalmente, Sirius Black era visto em todos os cantos, qualquer sombra que se movia era o próprio braço direito do Você-sabe-quem, se esquivando, tentando agarra todos. O único que não estava nem ai para isso era Solom, ele tinha problemas de mais para se ligar a um louco fugitivo, cada dia tinha mais sono, já estava começando a atrapalhar seus estudos. Um dia após uma aula ele resolveu ir conversa com o pai e ouviu uma pequena discussão dele com Lupin.
-Severus, você não esta sendo justo. – Lupin parecia ofendido, pensou Solom.
-Você fala como se eu me importasse com o que pensa Lupin.
“Boa pai!”
-Eu nunca o trair, você é e sempre foi importante pra mim.
-Percebe!
“Dá nele coroa!”
-Confesso que tive medo naquela época, mas agora eu seria capaz de qualquer coisa por você. – Solom sorriu aliviado ao ouvir isso.
-Essa é a diferença entre nós Lupin, você um Gryffindor com a coragem de um leão se escondeu em baixo da cama feito um gatinho covarde, mas eu não tive essa opção. Eu tive que enfrentar sozinho tudo o que a vida me jogou, com um Slytherin que sou.
“Oh, oh!”
-Não estou entendendo! – Lupin se levantou e chegou mais perto dele.
-Esse é o seu maior problema Lupin. – Severus estava de pé e muito tenso. – Você não entende que eu tenho outras prioridades em minha vida.
“Nossa! Essa vai fica roxa!”
-E por um acaso, uma dessas novas prioridades seria o jovem McCloskey.
“Na mosca”
-Isso não lhe interessa Lobo.
“Ui!”
-Você me chama do mesmo jeito que ele. Você o ama Severus? – Lupin ficou preocupado com a resposta.
-Isso não é da sua conta. Você nunca se importou antes com o que sinto ou passei, por que isso agora?
-Severus você fala como se o que aconteceu entre nós tivesse tido conseqüências mais serias! Aconteceu algo mais Severus? – Lupin falou e Solom pode ver seu pai tentando fugir, ele falou de mais, estava sem resposta. – Me responda Severus o que aconteceu?
-Sim lobo! Eu! – Solom entrou pela porta para socorrer o pai. Severus ficou totalmente sem cor achando que Solom fosse falar de mais. – Aconteceu que eu entrei na vida dele e agora Lobo ele não precisa mais de você.
-O que pensa que faz aqui Sr. McCloskey? – Lupin queria matar aquele garoto.
-Estou defendendo o que é meu. O que esta pensando Lupin? Que você pode entrar na vida dele, revira-la do avesso e depois sair a seu bel prazer? Estar equivocado. – Solom falava se aproximando de Lupin. – Severus não é mais o adolescente que você e seus amiguinhos infernizavam a vida, ele agora tem quem o defenda. Eu estou aqui pra isso LOBO
Severus estava atônico vendo a postura de filho, olhou para Lupin e viu ódio no olhar dele, mas Solom também tinha o olhar assustador, Severus teve a impressão de ver a si mesmo quando estava furioso. A mão de Lupin foi para dentro do casaco, a de Solom também.
“Céus! Eles vão se enfrentar! Isso não pode acontecer”.
-Não admito este tipo de atitude em minha sala. – Severus teve que tomar uma postura mais energética para evitar o pior. – Lupin retire, por favor.
-O que você esta me expulsando? – Lupin estava incrédulo.
-Eu preciso fala com o Sr. McCloskey.
-Eu não acredito Severus! Você quer ficar com ele?
-Parabéns! Lobo, você não é tão lesado quanto parece. – Solom não resistiu.
-Ora seu...
-Profº Lupin, Sr. McCloskey, parem imediatamente com isso. Lupin saia agora. – Severus ficou entre os dois de frente para Lupin, que lhe olhou atordoado.
-Severus eu te amo! – Os olhos de Lupin ficaram molhados, Severus estremeceu ao ouvir isso e Solom sorriu de lado, ele realmente acreditava nos sentimentos dele.
-Fora Lupin. – Aquilo doeu em Severus. Lupin olhou para o garoto e saiu derrotado.
-Ele falou a verdade, quando disse que te ama. – Solom falou baixo se sentando em uma poltrona.
Severus ainda olhava para a porta por onde Lupin havia saído.
-Seu garoto estúpido. – Severus se virou furioso para o filho. – Sabe que pode ser expulso por essa sua atitude.
Solom apenas deu os ombros.
-Se Lupin levar isso a Dumbledore ele não vai poder simplesmente relevar, você desacatou um professor de Hogwarts, será punido.
-Eu apenas defender o meu pai. – Solom foi se levantar, mas perdeu o equilíbrio e Severus o amparou.
-Solom! Que esta acontecendo? – Severus o ajudou a sentar-se, toda a raiva que sentia se transformou em preocupação.
-Eu... Droga pai! Achou que já começou. – Solom estava triste. – Perde a primeira aula de hoje, dormir de mais. Certo que se eu tivesse ido a aula provavelmente teria dormido também. Era Historia da Magia.
-Solom! – Severus sentiu uma dor no peito, ele não queria perder o filho.
-Pai eu sei a resposta, mas tem somo inverter o processo? – Severus negou com a cabeça. – Certo. Pai eu gostaria de lhe pedir uma coisa.
-Qualquer coisa filho. – Severus faria qualquer coisa por ele.
-Gostaria que o Sr. contasse pra ele. Antes que eu me transforme. – Solom olhou para o pai que parecia engolir uma melancia. – Pai eu não vou esquecer você, mais também quero lembrar dele.
-Vou tentar filho, vou tentar. – Severus sabia que a vida se Solom seria difícil e não seria justo priva-lo do outro pai nessa fase.
Os dias não foram mais fáceis, Severus agradeceu aos céus que Lupin não ter levado o incidente ao diretor, mas Solom estava cada dia mais sonolento, alguns professores se queixavam da “preguiça” do rapaz. Severus tinha que se controlar para não esganar um, o diretor apenas pedia paciência a todos, Lupin não tentou mais falar com Severus que ficou intimamente triste com isso.
Um dia Solom ao perceber a tristeza do pai resolveu intervir. Quando Lupin terminou uma aula, Solom ficou esperando para lhe falar.
-O que deseja Sr.McCloskey? – Lupin falou serio.
-Apenas ter uma palavra com o Sr. É possível? – Solom sabia que essa conversa não seria fácil.
-Estou ocupado agora. O Sr. poderia vim outra hora? – Lupin não queria falar com ele era doloroso saber que aquele moleque havia lhe roubado o amor de Severus.
-Não professor. O que tenho para lhe falar é rápido.
-Tudo bem Sr. McCloskey. Seja breve.
-O Sr. Disse que ama Severus...
-Isso não lhe diz respeito Sr. McC...
-Estar enganado Profº. – Solom também o interrompeu. – Todo que se refere a ele diz respeito, Severus é muito importante pra mim.
-Escolte aqui garoto, você se aproveitou da franqueza dele, tenho certeza que sabe da situação dele e se aproveitou disso. – Lupin ficou de frente pra ele. – Tudo bem rapaz fique com ele, ele deixou bem claro pra mim que prefere você.
-Você é um idiota! Ele é um hermafrodita, apavorado com o que é, mas você o fez pensar que ele era importante, o fez se sentir feliz e normal, mas quando ele mais precisou de você, do seu apoio e o que você fez? O abandonou como um covarde que você é por isso que o perdeu.– Lupin veio pra cima dele e o agarrou pelo colarinho, Solom se desequilibrou como o avanço dele e sentiu uma certa vertigem e segurou a ele para não cair, Lupin percebeu.
-McCloskey? – Ele ficou realmente preocupado, o rapaz estava muito pálido.
-Ele te ama. – Solom falou a queima roupa. – Ele sofreu muito quando você o deixou.
-McC...
-Por favor, me deixe terminar. – Solom respirou fundo. – Ele vai precisar de você muito em breve.
-Do que esta falando? – Lupin percebeu que ele estava frio e tremulo. – É melhor leva-lo a enfermaria.
-Se o fizer sofrer novamente. – Solom se desviou dele e completou. – Eu juro que vou fazê-lo se arrepender muito Lobisomem. – Solom saiu rápido da sala, Lupin ficou sem entender o que havia acontecido.
No outro dia as coisas ficaram pior, todos estavam sentados almoçando, Lupin olhava para Solom curioso o rapaz não comia nada, estava totalmente apático, ele olhou para Severus que também parecera perceber isso. Solom então se levantou devagar da mesa e veio andando devagar em direção a mesa dos professores, mas no meio do caminho ele parou e caiu de joelhos no chão. Severus viu Solom se levantar e se arrastar ate a mesa, mas caiu antes de chegar, ele se levantou rápido e correu ate ele, seguido por Dumbledore. Isso chamou a atenção de todos que viram Solom e caindo de frente e Severus correndo para ampará-lo. Houve muita algazarra com aquela cena, alguns alunos da Sonserina se levantaram, assim como de outras casas. Solom caído nos braços do pai falou totalmente alheio a situação.
-Começou. – E flechou os olhos acomodando-se no peito do pai.
Severus o carregou para a enfermaria, Dumbledore o acompanhou, chegando lá madame Pomfrey praticamente o expulsou de lá para poder examinar o rapaz. Severus ficou junto com Dumbledore do lado de fora, andando de um lado para o outro.
-Acalme-se Severus. – O Diretor falou. – Ele esta bem.
-Como bem Albus. – Severus parecia que iria ter um enfarte.
-Ele só esta dormindo Severus, pare de agir como...
-Como o que Albus? Como uma mulher entérica? – Severus estava perdendo o controle, mas Albus sabia que era medo de perder o menino.
-Eu ia dizer que como se ele fosse morrer. – Albus se aproximou dele. – Se o quanto esta sendo difícil Severus, mas Solom é forte exatamente como você, não vai perdê-lo assim tão fácil meu amigo.
-E se for outra coisa? – Se ele não acordar mais.
-Severus! Estamos falando de Solomon, acha mesmo que ele vai deixá-lo assim? – Dumbledore sorriu para ele. Madame Pomfrey apareceu na porta e Severus foi o primeiro a falar. – Como ele esta Madame?
-Me desculpe Profº., mas essa informação só competir ao diretor.
-Ora sua...
-Papoula. – Dumbledore intervêm. – O Profº. Snape é parte interessada no assunto.
-Tudo bem! Ele só esta dormindo, mas há uma grande oscilação da energia mágica dele.
-E o que isso quer dizer? – Severus estava ansioso.
-Na verdade, parece que ele estar armazenando magia, para usá-la depois.
-Isso é normal Madame? – Dumbledore perguntou.
-Sim quando um bruxo esta se preparando para evoluir para algo mais. – Severus perdeu o resto de cor que ainda tinha.
-Mas o resto estar normal Madame? Quanto tempo ele irá dormir?– Albus fingiu não ver a reação de Severus.
-Sim Diretor, ele esta bem e deverá dormir por alguns dias. – Severus passou a mão pelos cabelos.
-Eu não lhe falei que ele estava bem. – Albus colocou a mão sobre o ombro de Severus.
-Há um problema Diretor. – Pomfrey fez os dois a olharem. – A enfermaria da escola estar interligada a St. Mungo’s, se um aluno ficar inconsciente por mais de quatro dias eles saberão e mandaram um medibruxo para examiná-lo e se caso precise o paciente será transferido por uma via especial para lá. – Ela explicou a eles.
-Levar Solom daqui? – Severus quis matar um. – Eu não vou deixa levá-lo.
-Tudo bem Severus vamos resolve isso depois. – Dumbledore sorriu dele e perguntou. – Podemos vê-lo Madame?
-Sim, mas ele provavelmente não terá reação alguma.
Os dois entraram ficaram um tempo com ele e depois voaram aos seus afazeres. Quando Severus chegou às masmorras, viu Lupin para lhe aguardando, ele quis passar direto, mas Lupin o segurou pelo braço.
-Severus como ele estar?
-Como se você se importasse. – Severus não queria falar com ele não agora.
-Por favor, Severus só quero saber como ele estar?
-Ele esta bem. – Severus ficou derrotado.
-Ele é tão importante assim pra você?
-Sim.
-Mas do que nós?
“Idiota, ele é um pedaço de nós”.
-Lupin, agora eu preciso me preparar para a próxima aula. – Severus entrou em sua sala sem fala mais nada e fechou a porta deixando Lupin do lado de fora.
Três dias se passaram e Solom continuava dormindo, Severus foi chamado a sala do diretor, Madame Pomfrey estava lá também.
-Severus, você se recorda o que Madame Pomfrey falou. – Severus concordou. – Amanhã uma equipe de St. Mungo’s para ver Solom.
-Sei Diretor. – Severus estava um pouco ansioso.
-É por isso que Solomon McCloskey deve morrer.
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Espero que estejam gostando mandem comentários. Beijos!
Autor(a): Nildes
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