Fanfic: Elementares | Tema: Harry Potter
-Teve uma grande conseqüência. Eu ...fiquei...grávido. – Severus olhou para Remus e esse parecia ter recebido um feitiço estupore. – Foi desesperador! Eu estava com os comensais quando descobrir, fiquei com medo que o Lord descobrisse, é lógico que ele iria querer prender a criança a ele pelo que ela poderia se tornar, afinal ter o poder de um Elementar sobre seu controle é o sonho de todo louco egocêntrico. Em tão foi procurar ajuda da única pessoa que eu sabia que o Lord temia. Dumbledore! E ele teve uma idéia mirabolante, falei a Mestre que gostaria de me preparar melhor para servi-lo, que seria muito mais proveitoso para ele ter um mestre de poções no grupo e ele concordou plenamente, fiquei aqui em Hogwarts, escondido em um quarto aqui nas masmorras sobre o cuidado da Srª Flamel ate a criança nascer. – Remus continuava calado, mas Severus viu um dor enorme em seu olhar e lagrimas que desciam livres.
-Era um menino, nasceu com 55 cm, e 3 kg! – Severus sorriu ao lembrar. – Quando ele tinha um ano o Potterzinho enfrentou o Lord, mas nem eu nem o diretor acreditamos que ele estava morto e por isso Albus colocou-o sobre tanta proteção que nem pensamentos maldosos se aproximavam dele, ele foi um bebê calmo, mas quando aprendeu a andar tudo mudou. Ele quase levou o elfo que cuidava dele a loucura. Era uma pestinha quando criança. – Severus ouviu os soluços de Remus. – A magia elementar já se manifestava nele mesmo na infância, ele às vezes sorria muito e fazia objetos se quebrarem ou levitarem pela casa, era muito inteligente, aprendeu vários feitiços só me vendo usá-los.
Remus continuava calado, mas sentia um dor enorme em seu peito, fleches de acontecimentos passados voltaram a sua cabeça.
-Quando ele descobriu que eu era hermafrodita sorriu displicente e falou. “Que bom isso me vai ecomonizar espaço e tempo, quando eu quiser pedir algo aos meus pais não vou ter que ficar correndo de um lado para o outro da casa”. Ele não se aborrecia com quase nada. – Remus se lembrou de um garoto de olhar sedutor e sorriso marcante. – Quando recebeu a carta de Hogwarts quase me deixou louco de tanto festejar. Eu jurava que ele iria para Grifinória, ate hoje não entendo como ele foi parar na Sonserina. Ele era alegre, sorridente, debochado.
Remus se lembrou do rapaz fardado beijando Severus.
-Céus! Ele...resolveu tomar pra se a função de me defender.
“Estou defendendo o que é meu”
-Ás vezes exagerava nessa proteção.
“Você é um idiota! Ele é um hermafrodita, apavorado com o que é, mas você o fez pensar que ele era importante”
-Ele não abria mão de mim por nada.
“O laço que me uni a Severus é indissolúvel”
-McCloskey. – A voz de Remus saio em um sussurro, Severus lhe olhou, seu rosto estava molhado de lagrimas. – Meu Deus! Severus! Ele era o nosso filho. –Remus soluçava.
-E você achando que eu tinha um caso com ele! – Severus olhou bem para o lobo. – Você me conhece muito pouco Remus, achando que eu iria me envolver emocionalmente com um fedelho que mal saio dos cueiros.
-Mas ele disse que... – Remus chorava.
-Ele nunca lhe disse que éramos namorados. – Severus o cortou. – Foi você quem deduziu isso sozinho!
-Mas a maneira que ele falava de vocês... – Remus não sabia o que falar ou pensar.
-Ele te tirou para o bobo da vez. Você o provocou uma vez e ele resolveu ir à forra. –Remus lhe olhou assustado. – Como eu falei antes ele deveria ter ido para Grifinória.
-Ele sabia que eu era o seu outro pai?
-Descobriu sozinho! Ele tinha um raciocínio rápido, também descobriu que você era um lobisomem, na verdade ele sempre me ajudava a preparar suas poções.
-Severus! Meu filho...morreu. – Remus parecia que ia ter um troço, Severus resolveu falar logo tudo.
-Solom estar vivo. – O olhar de lobo agora era quase de desespero. – Ele entrou na fase de hibernação passa boa parte do tempo dormindo e em pouco mais de um ano vai se transformar em um Elementar. Ele estar no mesmo quarto em que fiquei quando estava grávido. – Severus se levantou e estendeu a mão para Remus. – É melhor vestir algo, não seria muito ponderado apresentasse para o seu filho desnudo desta maneira.
Remus se vestiu rapidamente e se aproximou de Severus, seu olhar tinha uma avalanche de emoções, medo, remorso, dor e esperança e eles foram para os fundos do aposento, uma porta mágica se materializou em sua frente, Severus a abriu e passou por ela, Remus o seguiu, mas parou a ver do outro lado do aposento Solomon de costas para eles colocando algo dentro de um prato.
-Como estar filho? –Severus se aproximou dele e lhe beijou a cabeça.
-Com fome. – O rapaz respondeu se virando para o pai, mas olhou para a porta e viu um Remus Lupin totalmente atônico lhe olhando.
-Contei tudo a ele. – Severus falou baixo, Solom não falou nada só olhava de maneira indecifrável para Remus.
-Solom! Eu...– Remus estava se voz, sem ação ele queria dizer varias coisas, mas o olhar do rapaz lhe deixou sem chão.
-Sim. – Solom largou o prato sobre a mesa e foi ate ele, parou bem em sua frente.
-Eu...queria...Céus! – O lobo ficou mais pálido e tremulo, Severus se aproximou temendo que ele tivesse um enfarte. – Filho...Eu... – Solom levantou uma sobrancelha ao ouvir a palavra filho. Remus não conseguiu falar nada, abaixou a cabeça e chorou.
-Eu não quero ouvir nada de você agora Remus. – A voz de Solom era fria, Severus ficou em duvida se ele estava tirando uma com o outro pai ou se estava realmente zangado. – A única coisa que eu quero é... Um abraço Pai! – Remus lhe olhou e o rapaz sorria amigavelmente com os braços estendidos. Ele se atirou nos braços do filho soluçando e chorando como criança, Severus olhou aquela cena emocionado, afinal ali estavam seus dois amores abraçados. Depois que Remus se acalmou os três se sentaram para comer e Severus contava ao lobo as peripécias que o filho aprontava, Remus se dividia entre risos e quase choro ao ouvir aquilo tudo, mas Solom não entendia o por que já que ele não via nada de mal em sua “aventuras”, Severus saiu um pouco para deixá-los conversar sozinhos, Remus se sentou ao lado do filho e sorria como bobo.
-Meu Deus! Eu não consigo acreditar que sou pai! – Remus parecia querer explodir, acariciou os cabelos do filho.
-É, mas algum tempo atrás queria se esfolar vivo!
-Eu estava enciumado filho, a idéia de perder Severus me deixa louco.
-Isso seria impossível. Severus te ama, ele nunca te esqueceu ou quis outra pessoa. –Solom parecia triste. – Pena que você não quis esse amor.
-Não é verdade Solom, eu amo Severus, sempre o amei.
-Mas mesmo assim o deixou.
-Eu era um tolo covarde naquela época.
-Era mesmo. –Solom não ia facilita para ele.– Eu o vi chorar algumas vezes, ele nem sabe disso, ele sempre dizia “Maldito Lobo”, eu pensava que era algo com o Patrono dele. Você sabia que o Patrono dele era um lobo?
-Eu achei que era um morcego.
-E era, mas depois se transformou em um lobo. Depois que eu te conhece, foi que comecei a entender. – Ele olhou para o nada e Remus pode perceber a tristeza no rosto do rapaz. – Ele abriu mão de tudo por mim, mas também por que eu sou um pedaço seu.
-Sabe Solom, nem quando me transformo em lobisomem me sentir tão monstruoso como me sentir quando ele me contou que eu o deixei grávido, eu queria ter voltado.
-Por que não voltou?
-Muita coisa aconteceu. – Remus passou a mão pelo cabelo. – Severus também não uma pessoa muito fácil de lidar.
-Mas com você é diferente, ele sempre agiu com carinho quando o assunto era você, com as suas poções ele era particularmente caprichoso e quando ele te denunciou no ano passado, ficou arrasado achando que você nunca iria perdoá-lo.
-Eu não tenho o que perdoá-lo, muito pelo contrário, vou passar o resto de minha vida pedindo o perdão dele e o seu.
-Eu não tenho nada contra você pai. – Os olhos de Remus encheram-se d’água ao ouvir a palavra pai. – Eu só quero que ele seja feliz, ele merece isso e a única pessoa que pode fazer isso é o Sr.
-E eu o farei Solom. – Remus segurou a mão do filho. – Eu vou fazê-lo feliz.
-Palavra de lobisomem? – Solom levantou o dedo mindinho para o pai.
-Palavra de lobisomem. – Remus levantou o seu dedo mindinho e o cruzou com o do filho os dois sorriram daquilo. Severus entrou nessa hora e viu a cena que ele intimamente achou fofa, mas não disse nada.
-Trouxe outras poções que a Madame pediu para você tomar. – Severus se sentou do outro lado cama.
-Acho que ainda vou ter uma overdose. – Remus sorriu e olhou para Severus.
-Nosso menino é lindo Severus.
-Sim é!
-Isso quer dizer que vocês reataram? – Solom perguntou olhando de um para o outro. Severus ficou calado, mas Remus respondeu sem titubear.
-Sim! – Severus olhou serio para Remus. – Não adianta fazer essa cara Severus, eu nunca mais vou largar de vocês. –Solom sorriu e Severus levantou uma sobrancelha olhando para Remus.
-Isso é ótimo! – Quem falou foi o diretor Dumbledore sorridente que acabará de entrar pela lareira. – Famílias têm que ficar unidas.
-Padrinho! – Solom se levantou e foi abraçá-lo, Remus sorriu do jeito carinhoso do filho. – Pensei que o Sr. Não estivesse na escola, ainda não tinha vindo me ver. – O rapaz fez beicinho e depois sorriu.
-Muito trabalho meu jovem, mas nunca deixaria de vim ver meu garoto preferido. – Solom e o padrinho começaram a conversar sobre os olhares dos pais. – E agora que os seus pais em fim se acertaram tudo vai ficar melhor.
-Diretor! Eu gostaria de lhe agradecer por ajudar a cuidar do meu menino. –Remus se aproximou do filho e o beijou na cabeça que se se encostou a ele como um gato manhoso. Severus sorriu disso. – Quando eu olho pra ele assim tão grande, forte e bonito, fico pesando no tempo que perdi.
-Ele é realmente um menino de ouro Remus. – Dumbledore acariciou seus cabelos. – Nunca em toda minha vida vir um filho tão dedicado ao pai como Solom.
-OK! Ok! Vocês querem me deixar encabulado, mas como sei que tudo que estão falando é verdade, tudo bem. – Solom falou com a cara mais limpa do mundo, fazendo os adultos sorrirem.
-Vocês vão dar bola pra ele, agora agüentem. – Severus falou bufando. Os quatro homens conversaram por um tempo sobre varias coisas, Solom soube que Harry estava no Torneio Tri-Bruxo e ficou com pulga atrás da orelha, ele tinha certeza que tinha dedo do Lord nisso, mas preferiu ficar na dele, meia hora depois ele já bocejava avisando que logo voltaria a dormir, Dumbledore se retirou para dar mais privacidade para eles, Remus ficou angustiado ao vê-lo se recolhendo, ele queria ficar mais um tempo com o filho.
-Quando acordar os Srºs. estarão aqui? – Solom fez beicinho olhando para os pais.
-Faremos tudo para estar filho. – Severus respondeu.
-Não importa onde eu estiver, virei correndo. – Remus tinha lagrimas nos olhos. Solom logo adormeceu. Remus não saiu do lado dele acariciando os seus cabelos. – Meu filho. – Olhou para Severus. – Meu Marido. – Um delicioso sentimento de posse inflamou em seu peito. Severus sorriu de lado ao ouvir isso.
-Não sabia que os lobos eram tão possessivos assim. – Severus debochou.
-Só com os nossos parceiros e nossas crias. – Remus se levantou, puxou Severus pra ele em um beijo rude e dominador que Severus aceitou de bom grado. – Vocês agora são meus e não vou deixá-los nunca mais. – Os dois voltaram para o quarto e tiveram uma linda noite de amor.
Autor(a): Nildes
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