Fanfic: Venator | Tema: Licans
Ada tem um gênio de cão, mas seu padrinho sabe que logo isso vai mudar
Ada Valvaede, 20 anos, maranhense, uma mulata de 1,60m de altura, pernas bem torneadas, bumbum arrebitado, quadris largos, cintura fina, seios médios e firmes, rosto redondo, lábios carnudos, nariz empinado, olhos castanhos amarelados, cabelos negros lisos no meio das costas com franga que lhe dava um aspecto de índia, era uma linda jovem, acabará de concluir o nível superior de História de UFMA (Universidade Federal do Maranhão), órfã de pai e mãe, ambos morreram em um acidente quando ela tinha 15 anos, morava com suas irmãs Haidê de 26 amos e Iumara de 23, filhas do primeiro casamento de sua mãe, elas eram super parecidas o que as diferenciava era o gênio. Haidê era centrada, controlada e responsável pelas outras duas. Iumara era tímida, doce e frágil e Ada era como ela mesma sabia uma verdadeira pestinha, elas se davam super bem, eram unidas e sempre enfrentavam juntas o que a vida lhe dava, de bom ou de mal, Haidê e Iumara tinha namorados, mas Ada não ela achava que quando a mulher se apaixonava tornava-se uma espécie de zumbir, sempre viviam para satisfazer as vontades deles e Ada não se rebaixaria a isso, ela viu como sua mãe ficava quando seu pai um médico da cidade arrumava uma namorada e agora via sua irmã Iumara passar por algo bem parecido com o namorado dela, por isso Ada tomou uma decisão radical.
-Não quero mais saber de homem Papi. – Ada falava com determinação.
-Só estar falando isso por que ainda não achou o seu príncipe encantado. – Respondeu malicioso um senhor de 87 anos, seu nome era Alberto Quimbó ele era um africano bem humorado, sorridente e irônico de mais ou menos 1,80cm, cabelos curtos e brancos como algodão, pele enrugada pelo tempo, olhos grades amarelo e brilhantes por trás de um óculo fundo de garrafa, ele vivia no maranhão muito tempo, era padrinho de Ada, muito ajudou aquela família e agora sorria à custa do gênio da afilhada. – Assim que ele passar pela porta você vai ficar mansinha, mansinha. – Sorriu da cara dela.
-Nunca Padrinho. Essa historia de príncipe encantado não existe mais nem em contos de fadas. Todos viraram sapos.
-Filha por que você tem tanta raiva dos homens?
-Eu não tenho raiva de homem o que me dar nos nervos é essa sociedade machista que coloca o homem como o centro de universo feminino. – O homem sorriu. – É verdade Papi! E o pior que depois de toda a evolução a maioria das mulheres ainda tem isso como regra básica e ficam girando em volta deles como planetas se nexo. – Agora Papi gargalhava ao vê-la girando em torno de si mesma imitando um planeta. – Isso é patético!
-Existem ainda muitos homens bons por ai.
-Onde? – Ela colocou a mão sobre os olhos como se procurasse algo. Papi sorriu disso.
-Vejamos. Tem o Orlando Filho, Carlos Eduardo o Toninho, o Aurélio... – Papi começou a listar sobre o olhar inquisidor da afilhada.
-Vejamos. Orlando Filho! O que engravidou a filha da emprega, uma menina de 15 anos, e a mãe deu dez mil, pra ela aborta e sair da cidade? Carlos Eduardo! O que fica rolando pelas madrugadas fumando quilos e quilos de maconha, que ele comprar com o dinheiro da aposentadoria dos pais, em quanto esse chegam a passar fome? – Quando Papi abriu a boca pra falar algo Ada o cortou. – Toninho! Toninho! Toninho! Há! Sim o Toninho filho de D. Beth, um vagamundo que ficar o dia inteiro na praça jogando carteado, em quanto a mãe se acaba em uma maquina de costura, pra sustentar um filho que ele teve com um jovem de passado um tanto duvidoso. – Papi a olhou espantado.
-Ada! Eu não sabia que você era tão fofoqueira assim! – Ele viu o rosto dela se fechar em uma careta.
-Eu não sou fofoqueira Papi. – Ada se defendeu. – Eu apenas sei o que todo mundo na cidade sabe, eu só não sou hipócrita de fingir ignorância pra não magoar ou outros. – Ada falou seria.
-Você lembra-se da cobra que eu criava? Comparada a você ele era uma minhoca! – Papi falou sorrindo, mas Ada não se ofendeu apenas deu nos ombros. – Mas faltou um! – Papi adorava provocar a língua da afilhada. – O Aurélio. – Ele cantarolou o nome, sabia que era um bom rapaz e que Ada não teria nada sobre ele.
-É na verdade Aurélio é um cara legal, é estudioso, cuida bem dos pais, trabalhou muito para se manter na faculdade. – Ada falou pensativa.
-ALELUIA! – Papi levantou as mãos para o céu.
-Pena que é gay! – Ela falou triste.
-Ada!? – Papi se espantou ainda com as mãos para cima.
-O namorado dele estudava em minha sala na faculdade! – Os dois se olharam por um tempo, mas logo começaram a gargalhar.
-Bem que eu imagine. Sempre ache ele muito delicadinho. É filha lamento em lhe informar que vai morrer encalhada. – Papi falou sorrindo.
- Deus te ousa! Não tem jeito Papi. O único homem descente nesta cidade é você, se não fosse meu padrinho e tivesse uns cinqüenta anos a menos, eu me casaria com você.
-É, mas quando eu tinha uns cinqüenta a menos, eu não era tão descente assim. – Papi falou malicioso.
-Mas tenho certeza que era bem melhor que esses borás-bota de hoje em dia. – Ele gargalhou dela. – O papo tava ótimo Papi, mas eu tenho que ir pra casa. Acho que o Romeus já terminaram de cortejar suas Julietas. – Ada se levantou e Papi saiu de trás do balcão para acompanhá-la ate a porta. Ela lhe deu um beijo estalado na bochecha e saiu da mercearia.
Papi ficou lhe olhando ir para casa, amava aquela pestinha de gênio ruim, amava suas irmãs também, lembrou saudoso dos pais dela, Dr° Marcos e Verônica Valverde, ele era um jovem médico que foi morar na cidade assim que se formou, namorador e alegre e Verônica uma jovem mão que chegou na cidade com duais filhas pequenas, fugida de um marido cruel, lembrava como foi o envolvimento dos dois, na verdade ele Papi deu uma forçinha pro casamento acontecer, quando Verônica ficou grávida de Ada, ficou com medo que marcos desprezasse suas filhas, por serem somente dela, mas o Dr° Marcos era um homem descente, nunca tratou as meninas diferentes, dizia que tinha três filhas, uma de sangue e duas de coração, lembrou com tristeza quando eles morreram em um acidente que ele sabia que não foi tão acidental assim, mas como os Valverdes não tinham inimigos, a história foi arquivada, viu as meninas se unirem mais, quando cada famílias da cidade queriam uma delas, mas elas ficaram juntas, não se separaram por nada e assim são ate hoje. Papi sabia que esse repudia que Ada pelos homens era fruto de algumas coisas que ela viu na infância, seu pai que embora fosse um bom homem, também era apenas um homem e muitas vezes se deixava levar pelos apelos da carne e traia Verônica, que aceitava calada, pois achava que era o mínimo que devia fazer depois de trazer pra ele criar duais filhas de outro relacionamento. Agora estavam a três lindas e bem criadas, Haidê era professora em uma escola do município, Iumara, (sua princesinha de olhos tristes, o ponto franco de Papi) era secretaria no gabinete do prefeito, embora tivesse se formado em administração gostava de trabalhar na prefeitura e Ada que terminará de se formar e procurava um emprego, mas Papi sabia que o destino de sua querida afilhada era muito maior, ela era especial, não só por ser sua afilhada de sangue quente e língua felina, mas por ela ser uma...
Um arrepio correu a espinha do velho homem, ele olhou para a floresta atrás da cidade, havia alguém lá, apurou sua virão, quando o avistou. Próximo de um grande arvore na orla, uma figura encapuzada, e sombria fazia parada, o corpo de Papi tremeu ao vê-lo e a figura estendeu a mão e um comprimento mudo, Papi levantou a sua, retribuindo o comprimento, a figura adentrou a floresta devagar.
-Eu sabia que viria velho amigo! – Papi sorriu vendo-o sumir na floresta. – Os tempos de paz acabaram!
Ada chegou a casa, entrou e subiu rápido, não queria atrapalha as irmãs, mas quando estava no meio da escava...
-Ada tem sorvete de bacuri na geladeira! – Haidê gritou da sala, Ada deu a volta na escada e foi direto para a cozinha.
-Não seu porque vocês aturam essa garota aqui? – Comentou Beto namorado de Iumara, que lhe olhou triste.
-Ela é nossa irmã! – Iumara falou baixo.
-E o que tem isso a ver? Ela é um pé no saco.
-Você também é nem por isso nós te colocamos pra fora da casa. – Haidê pulou em defesa da irmã.
-Calma! Ai. – Iumara tentou amenizar a situação.
-Estou Calma Iu, só não admito que ninguém fale mal de minhas irmãs perto de mim.
-Ei! Ta bom! – Beto tomou uma postura de vitima. – Eu só acho que já era hora dela vazar, já ta formada, pode arrumar um emprego pra ela, não quero ninguém se aproveitando de minha gata. – Ele beijou uma Iumara vermelha como um pimentão.
-Em primeiro lugar Beto, esta casa é de Ada, foi herança deixada pelo pai dela, somos nós que devemos vazar, em segundo lugar, Ada não precisa do dinheiro de ninguém, ela tem uma ótima economia e alem do mais é afilhada de um dos homens mais bem sucedidos da cidade, Papi, se você não sabe, ele é o dono de todo o quarteirão da mercearia dele, exclusive dois prédios alugados para a prefeitura, tenho certeza que se ela precisa de alguma ajuda financeira pode contar com ele e com suas irmãs também.
Na cozinha Ada ouviu parte da conversa na sala, ela tinha uma aversão mostra pelo namorado de Iu, mas prometeu que nunca falaria ou faria nada para magoá-la, Marcelo Lopes o namorado de Ai era diferente, não era nenhum santo, mas era trabalhador, filho de pescador, estudou turismo e quando se formou resolveu arrumar o barco do pai para torná-lo um banco para turista, paquerava as turista que lhe davam bola, mas Ada sabia que ele amava a irmã, mas o de Iu Roberto Munhoz... era asqueroso, filho de um ex deputado, que vivia as custa de uma aposentadoria faraônica, mas que não aceitava sustentar um vagabundo da laia de Beto, Ada sabia que o único motivo dele estar com Iu era porque ela se sujeitava a pagar algumas contas dele, ela rezada que Ai não descobrisse sobre isso, caso contrario o “bicho ia pegar!”
Minutos depois Ai e Iu já haviam se despedido dos seus namorados e se juntaram a Ada na cozinha colocando sorvete na mesa e comendo no pote mesmo, conversaram sobre varias coisa, sorriram muito das loucuras que Ada falava, adoravam isso, ficarem juntas jogando conversa fora, dividindo os seu sonhos, era bom ter irmãs assim amigas e capazes de tudo para se defenderem, mas a noite já dava seu ar sobre a cidade, já era hora de descansa, a sexta feira foi dura e o sábado não seria diferente, Ai e Iu se retiraram e Ada resolveu que iria tomar um banho no quintal antes de dormir. Ela pegou a toalha que estava no varal e jogou sobre a meia parede, tirou a sua roupe ficando de calcinha e sutiã, amarrou os cabelos em um coque para não molhar e começou a se jogar água do tanque, estava gelada e deliciosa, se banhou por alguns minutos, se enrolou na toalha e entrou em casa, trancou a porta e subiu para o seu quarto, chegando lá, abriu a janela que tinha uma grade de ferro e uma tela contra mosquito, tirou as peças molhadas, passou hidratante no corpo inteiro, colocou apenas o short curto e folgado e se deitou para dormir.
Na floresta alguém apreciava um espetáculo único, uma figura encapuzada, olhava com muito interesse, uma jovem saindo para o quintal, seu coração quase parar ao vê-la tira a roupa, amarar os cabelos e se banhar tranquilamente, aquilo era uma tortura, o corpo moreno brilhado, a água escorrendo de forma provocante, ele não sabia como conseguia se controlar. Ela terminou o banho se enrolou na toalha e entrou em casa, ele teve que mudar de posição para vê-la melhor. Ela entrou no quarto, abril a janela, um olho negro se concentrava no corpo moreno quando retirava as peças molhadas, ele teve que segurar forte no troco da arvore, para não descer correndo e tomá-la pra si, agora esse mesmo corpo que o enlouquecia era massageado por mãos delicadas, ela passava algo sobre a pele, se ela soubesse que o seu cheiro natural era mais inebriante que qualquer hidratante criado pelo homem, ela jogaria aquela coisa fora, agora ela vestiu uma perca pequena e se deitou, mesmo naquela distância, ele viu o exato momento em que ela caiu no sono, desceu a trilha que dava acesso a cidade, andou rápido e silencioso, chegou a casa que desejava, olhou para os lados, não queria ser pego ali, abriu as calças e começou a expelir jatos de urina em varias partes do jardim, olhou para cima. Estava tão perto! Ele sentiu uma presença, sabia que não esta só. Eles a encontraram.
-Se chegarem perto dela. – A voz parecia mais um rosnado, mas ele continuava olhando para a janela. – Vou matá-los com minhas próprias mãos. – Um vulto saiu de trás de uma arvore e se afastou o mais rápido que pode, não era um blefe. Ele esperou que a sombra estivesse longe e se afastou da casa, esperando que sua pequena dormisse com os anjos, subiu para floresta e foi para sua cabana.
Autor(a): Nildes
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Ada acordou, se espreguiçou e sentiu um, na verdade dois cheiros fortes e marcantes, um era o café delicioso que uma de suas irmãs havia passado e o outro era... diferente, almiscarado, mas ao mesmo tempo agradável ao olfato de Ada e fazia seu corpo se arrepiar, ela se levantou, se cobriu com o lençol e foi ate a janela, aspir ...
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