Fanfic: Atividade Sombria | Tema: Terror, Suspense. (Contem Cenas De Sexo)

Capítulo 2 – Antes Que Aconteça

30/07/2013 – 05:15 PM – Câmera de Gustavo

A câmera acabava de ser ligada e estava indo em direção a uma porta escrita “Quarto 21” que estava encostada, porém logo foi virada para quem filmava, era Gustavo.

– Agora vamos ver sobre o que as garotas estão falando. – sussurra Gustavo abrindo um pouco a porta e colocando a lente da câmera no vão que estava entre a porta e seu batente.

A câmera então começou a gravar tudo o que se passava naquele cômodo. As garotas se encontravam espalhadas entre a cama de casal e os pufes de couro.

– Aham, vai me dizer que nunca rolou nada? – pergunta Erika à Sandy debochando da mesma.

– Rolou o que? – pergunta Sandy fingindo a ingênua.

– Você sabe muito bem. – responde Juliana arqueando os lábios.

– Ai gente, não rolou nada! – diz Sandy rapidamente.

– Ainda né... – complementa Milla sorrindo maliciosamente fazendo Sandy corar.

– Ele é muito tímido. – diz Juliana.

– Ah, mas ele é bonitinho, chega nele Sandy! – diz Milla.

– Chega nele você! – responde Sandy aparentando irritação.

– Ele num faz muito o meu tipo, e, aliás, tenho namorado. – retruca Milla.

– E o Adam, Milla? – pergunta Erika sorrindo maliciosamente.

– Meu, essa Erika tá com um fogo nela. – diz Juliana rindo.

– Erikinha ardente. – diz Sandy em tom de zoação tentando disfarçar seu nervosismo.

– Prazer, essa sou eu. – diz Erika fazendo todas rirem. – Vai Milla, responde! – diz Erika ainda rindo.

– Olha... O negócio é bom! – responde Milla fazendo Erika e Juliana rirem juntamente consigo mesma.

– Vai Sandy, por que você está tão nervosa? – pergunta Erika.

– E-eu? Nervosa? – pergunta Sandy nervosa.

– Não! Sou eu que estou gaguejando! Fala logo! – responde Erika.

– O porquê eu estou nervosa? Por quê? Porque eu vou ter que passar uma noite inteira em um sanatório abandonado! E tudo por culpa de quem? Da Milla que num sabe ficar quieta! – diz Sandy se levantando.

– Filha, eu estava bêbada e todo mundo sabe que quando estou bêbada não controlo os meus atos. – diz Milla indiferentemente.

– Então antes de incluir todos em uma grande merda você pense antes de falar asneiras! – diz Sandy alterada.

– Eu também não queria ir e acho que muito menos a Ju e a Erika, mas não é da minha conduta furar uma aposta. – rebate Milla.

– Se você não quiser não vá então Sandy. – diz Juliana.

– Pois é, mas fique sabendo que você vai deixar de fazer algo bem legal e totalmente diferente por causa de um medinho estúpido de algo que não existe. – provoca Milla.

– Milla, menos. – rebate Erika.

– Não, a Milla tá certa. Eu vou ir naquela porcaria só pra esfregar na cara dela que eu não tenho medo. – diz Sandy.

– É disso que eu to falando garota! – vibra Milla ao ouvir as palavras de Sandy.

1971 – Sanatório de Distúrbios Mentais Rosa Cruz

Carmen andava apressadamente pelos corredores de Rosa Cruz, estava procurando alguém ou alguma coisa, porém parecia não encontrar quem ou o que ela estava procurando, até que viu quem ela procurava entrando no banheiro masculino, era o homem de branco que estava conversando com ela no salão de recreação, então ela avistou o corredor e viu que não havia ninguém por perto e entrou no banheiro.

O homem de branco saiu de um dos Box do banheiro, já havia terminado suas necessidades e passava pela frente dos outros para chegar até a pia, mas duas mãos o agarraram e o levaram para dentro de um dos boxes.

– Carmen! O que você está fazendo aqui?! – pergunta o homem em um tom bem alto até ela colocar as mãos sobre a boca dele.

– Alba nós temos que conversar! Aquela garota vai estragar tudo! – diz Carmen com seriedade.

– Acalme-se! Como assim? – pergunta Alba.

– Como assim? Ela está no mesmo quarto que eu! – responde Carmen alterada.

– Fale baixo. Alguém pode entrar aqui a qualquer momento. – diz Alba calmamente.

– Eu realmente não te entendo, todo o nosso lance pode estar arruinado por causa da nova irmãzinha e você fica ai todo calmo? – pergunta Carmen.

– Relaxa, podemos fazer no meu quarto. – responde Alba abrindo a porta do box e saindo do mesmo.

– É verdade, havia me esquecido disso. – diz Carmen fazendo o mesmo que Alba.

– Você tem que parar de ser histérica. – diz Alba saindo do banheiro masculino e deixando Carmen sozinha lá.

Celso se encontrava em seu escritório e com uma vestimenta de médico até que se ouviram batidas à porta.

– Entre! – avisa Celso a quem batia.

– Aqui está o garoto. – diz Alba entrando no escritório com Henrique.

– Ótimo, ponha o na maca na minha sala. – ordena Celso.

Alba entra na sala de cirurgia de Celso com Henrique e o coloca na maca não se esquecendo de prender os braços, as penas e os pescoços do paciente com fivelas de couro presas à maca para que o paciente não se mexesse nas intervenções cirúrgicas.

– O que vocês vão fazer comigo? – pergunta Henrique assustado à Alba.

– Relaxe garoto. – diz Alba saindo da sala que dava diretamente no escritório de Celso.

Alguns minutos depois os dois médicos voltam à sala com uma prancheta.

– Celso. – chama Alba.

– Diga. – diz Celso.

– Já tem algum prognóstico? – pergunta Alba.

– Sim, mas não gosto muito dos prognósticos, eles são incertos, e incertezas não podem ocorrer na medicina. – responde Celso.

– Como queira. – diz Alba indiferente.

– O que vocês vão fazer comigo? – pergunta Henrique novamente.

– Fique calmo, apenas farei alguns exames básicos. – responde Celso.

Macriz e Carmen aguardavam Paulina sentadas nas cadeiras em frente à mesa da mais velha, até que a mesma entra, vai até a mesa e se senta.

– Que ótimo que já estão aqui, preciso que vocês vão ajudar em dois locais.

– Quais seriam os locais? – pergunta Carmen.

– Uma na cozinha e a outra na enfermaria. – responde Paulina.

– Certo, eu fico com a cozinha. – responde Carmen já se levantando aparentando pressa.

– Errado, você ficará na enfermaria irmã Carmen. Quem ficará na cozinha é a irmã Macriz. – rebate Paulina.

– Mas, por quê? – pergunta Carmen.

– Pois você já tem experiências com o tratamento de doentes e Macriz ainda não possui as mesmas, pois ela mesma trabalhava na cozinha quando estava em sua antiga instituição.

– Perfeito irmã. – diz Macriz.

– Podem se retirar. – ordena Paulina fazendo com que as duas freiras saíssem de sua sala.

Após saírem da sala Macriz tentou seguir seu caminho, porém a mão de Carmen segurou sua batina fazendo a loira virar.

– Por favor, troca de turno comigo. – pede Carmen.

– Sinto muito, mas ordens são ordens. – responde Macriz se soltando e indo para a cozinha.

Celso e Alba saiam da sala de cirurgia e se sentaram no sofá tirando suas luvas e mascaras.

– Então doutor, qual o diagnóstico? - pergunta Alba a Celso.

– Os sintomas se encaixam no diagnóstico de esquizofrenia. – responde Celso.

– Esquizofrenia? – pergunta Alba.

– Sim, no prognóstico diz que ele tem visões inexplicáveis e paranoia. – responde Celso.

– Mas como essa doença se desenvolveu nele? Qual foi a causa? – pergunta Alba a fim de obter conhecimento sobre a doença.

– Não existe uma causa única para o desencadear deste transtorno. Assim como o prognóstico é incerto para muitos quadros, principalmente da esquizofrenia, é incerta. Admitamos que hoje que várias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico; o ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de substâncias psicoativas poderem ser responsáveis pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos. – explica Celso.

– Espere. A família dele tem o histórico deste tipo de doenças? – pergunta Alba.

– Nem sequer uma pessoa. – responde Celso.

– Ele utilizou substâncias psicoativas? – pergunta Alba.

– Não. – responde Celso com um pouco de perplexidade.

– E o ambiente em que ele vivia?

– A família dele é riquíssima, ele tinha uma ótima vida antes destes transtornos começarem. – responde Celso mais perplexo.

– Então por que ele está tendo essa doença? – pergunta Alba perplexo.

– Eu realmente mão sei, mas os sintomas batem perfeitamente com o do diagnóstico.

– Estranho. – comenta Alba.

– Alba, por favor, pode levar o senhor Henrique para a sala de recreação. – diz Celso.

Então Alba retira Henrique da maca e leva-o para fora da sala deixando Celso consigo mesmo.

– Este quadro está realmente muito esquisito. – diz Celso se levantando e retirando seu Iguana do aquário.

Lizzie adentra na enfermaria com um urso de pelúcia, mas mãos e encontra Carmen sentada em uma cadeira perto da porta lixando suas unhas e vigiando os pacientes.

– Irmã Carmen, posso ver a Aninha? – pergunta Lizze.

– Vai lá, ela continua onde estava ontem já que está em coma. – responde Carmen com indiferença sem ao menos olhar na cara de Lizzie.

Então Lizzie vai até o leito de Aninha e coloca o urso de pelúcia em seus braços como se a garota abraçasse o mesmo.

– Fique bem logo pequena... – sussurra Lizzie no ouvido de Aninha e logo em seguida indo em direção à porta da enfermaria.

Na cozinha do sanatório Macriz estava sovando uma grande massa de pão quando Alba entra no cômodo.

– Cheguei. E ansiosíssimo para isto. – insinua Alba com uma voz grave.

– O que? – pergunta Macriz virando sua cabeça sem entender a insinuação do homem.

– Ah! Pensei que era a Carmen que estava aqui. – diz Alba sem graça.

– E por que a procurava aqui? – pergunta Macriz voltando a sovar a massa.

– Pois ela havia me chamado para vir aqui para tratar de um assunto importante. – responde Alba.

– Entendo. – comenta Macriz.

– Você a viu? – pergunta Alba.

– Não. – responde Macriz.

– Se a vir diga para ela me procurar. – diz Alba indo em direção à porta da cozinha.

– Claro. – diz Macriz.

No escritório de Paulina a mesma falava ao telefone com alguém.

– Mas é claro que temos vagas aqui no Rosa Cruz! – diz Paulina ao telefone em um tom animado.

– Seria uma honra ajudar essa jovem a se livrar do poder do mal. – diz novamente Paulina ao telefone.

– Ótimo, a esperamos ainda esta semana. Passar bem e que Deus à abençoe. – diz Paulina ao telefone até desligá-lo.

31/07/2013 – 00:07 AM –  Câmera Móvel 1

A câmera havia sido ligada e captou os seis jovens caminhando e Gustavo que filmava por uma trilha até uma grande construção abandonada.

– Estão prontas garotas? – pergunta Gustavo ao chegarem na porta da edificação.

– Lá vem o Gustavo com esse inferno de câmera. – reclama Milla.

– Ué, mas nós três vamos filmar essa bagaça toda. – explica Gustvo.

– Mas você não podia só começar a filmar lá dentro? – pergunta Milla.

– Gente, esse é mesmo o lugar certo? – pergunta Sandy aflita.

– Por quê? Tá com medo? – pergunta Gustavo.

– Mano, deixa ela. – responde Rafael.

– Protegendo a namoradinha? – pergunta Gustavo em tom de deboche.

– O local é esse mesmo, Sanatório de Distúrbios Mentais Rosa Cruz. – afirma Adam.

– Abre logo essa maldita porta antes que eu desista! – manda Erika.

– Não dá, tem uma corrente bem grossa e um cadeado. – responde Rafael.

– Ai que pena, já que não podemos entrar vamos voltar para o hotel. – diz Sandy falsificando o sentimento de lástima.

– Relaxa Sandy, esse alicate industrial corta de tudo. – diz Gustavo sobre o grande alicate nas mãos de Adam que cortou a grossa corrente facilmente e abrindo a porta do sanatório.