Fanfic: Atividade Sombria | Tema: Terror, Suspense. (Contem Cenas De Sexo)

Capítulo 7 – Almas Trancadas

1971 – Sanatório de Distúrbios Mentais Rosa Cruz

A manhã no Sanatório de Distúrbios Mentais Rosa Cruz havia começado agitada, pois pela porta de entrada do local adentraram Celso contendo um garoto loiro, olhos verdes, aparentando ter 18 anos, medindo 1,73 de altura juntamente com o pai do mesmo que aparentava estar em um surto psicológico, em seguida adentraram no saguão as freias Carmen, Macriz e Paulina que acompanhavam uma mulher chorosa, aparentava ser a mãe do garoto surtado.

– Temos que agir rápido! Macriz vá ao escritório do padre Flávio e o convoque imediatamente, pois vamos realizar uma sessão de exorcismo! – ordena Paulina.

– Sim. – diz Macriz assentindo com a cabeça.

– Cadê o Alba?! Era para ele estar me ajudando a fazer a contenção do paciente! – diz Celso com dificuldade, isso devido estar contendo um paciente supostamente possuído.

– Pergunte à Carmen, ela e Alba são bem ligados. – diz Macriz indo em direção as escadas e começando a subi-las.

– Vadia. – sussurra Carmen.

– Carmen vá encontrar Alba e o mande para a sala de exorcismo! – ordena Paulina.

– Certo. – diz Carmen assentindo com a cabeça e em seguida começara a subir as escadas rapidamente.

– A senhora pode esperar aqui. Tudo dará certo. – diz Paulina à mãe do garoto possivelmente possuído e em seguida começa a acompanhar o trajeto até a sala de exorcismo juntamente com Celso e o pai do garoto contendo o mesmo.

31/07/2013 – 02:30 AM – Câmera Móvel 3

Os jovens estavam inquietos no saguão do sanatório, alguns andando de um lado ao outro do cômodo, outros tentando encontrar sinal no celular para poder acessar as redes sociais, um examinando o lustre caído e Sandy já saíra do estado de choque em que se encontrava em estado de choque devido o susto que tomou com a queda do lustre há uns minutos atrás. Então um barulho de correntes de ferro se arrastando pelos corredores do sanatório comearam a serem ouvidos, quase que imediatamente todos se recolheram para perto da porta de entrada do saguão.

– Que barulho é esse? – pergunta Sandy assustada.

– Não sei... – responde Rafael em um tom de voz baixo.

– Eu acho melhor a gente sair daqui. – diz Milla amedrontada e abraçada em Adam.

– Cara, na moral, eu também acho, depois do que nós vimos... – desabafa Adam.

– Vamos embora daqui! – diz Sandy.

– Calma gente. – diz Rafael.

– Calma? Você quer que nós fiquemos calmos? Querido, não foi você que foi perseguido pela garotinha do demônio lá em cima e teve que se trancar em um banheiro fedido por horas! – diz Milla alterada.

– Pois é! E também não foi você que levou o maior susto quando essa merda de lustre caiu! – complementa Erika.

– Acalmem-se meninas, esse lustre é velho e deve ter caído porque estava enferrujado e não se aguentou mais. – explica Rafael.

– Ok, agora explique a garota que nós vimos lá em cima! – diz Milla fazendo Rafael ficar sem palavras.

– Vamos sair daqui logo. – diz Juliana.

– Eu não fico mais aqui! Adam me dê à chave pra eu abrir essa porcaria de porta! – exige Milla a Adam que começou a procurar a chave em si mesmo.

– Amor eu num to achando minha chave, acho que deve ter caído lá em cima quando estávamos correndo. – diz Adam.

– Gustavo me dá sua chave! – exige Milla.

– Cara! Eu também perdi minha chave! – diz Gustavo após uns segundos procurando pela sua chave que havia sumido.

– A minha também sumiu! – diz Rafael ao notar que sua chave também havia sumido.

– O que? – pergunta Sandy.

– Não vocês só podem tá de brincadeira com a minha cara! – diz Milla.

1971 – Sanatório de Distúrbios Mentais Rosa Cruz

Carmen ainda não encontrara Alba, esta havia procurado por quase todo o sanatório, mas não no quarto do mesmo, pois seu expediente já havia começado, mas mesmo assim decidiu verificar e lá ela encontrou Alba ainda dormindo em sua cama.

– Alba acorde! Tem uma ocorrência lá em baixo e você ai dormindo! Você quer ser demitido?! – pergunta Carmen acordando Alba no susto.

– Acalme-se Carmen, tudo já foi resolvido. – responde Alba.

– Como assim? – pergunta Carmen.

– Ser demitido será a última coisa que vai acontecer comigo aqui. – diz Alba se trocando.

– Não estou entendendo. Você diz isso, pois o seu “plano” que você não quis me contar funcionou? – pergunta Carmen.

– Ainda não, mas logo dará resultado. – diz Alba indo em direção da porta e abrindo-a para que Carmen saísse do cômodo e em seguida ele fez o mesmo.

O padre Flávio estava arrumando seu novo escritório com alguns objetos pessoais quando foi interrompido devido a batidas à porta.

– Pode entrar. – avisa Flávio.

– Desculpe o incômodo padre Flávio, mas a irmã Paulina está lhe convocando para uma sessão de exorcismo urgentemente. – diz Macriz.

– Uma... Sessão... De... Exorcismo? – pergunta Flávio.

– Isso. – responde Macriz.

– Certo... A sessão já foi autorizada pelo Vaticano? – pergunta Flávio em um tom de voz baixo, ele aparentava estar nervoso.

– Padre, nós não temos todo esse tempo até que o telegrama chegue lá. Por favor, me acompanhe. – diz Macriz.

– Certo... Vou pegar meu material, espere ai fora da sala. – diz o padre aparentando um nervosismo.

– Como desejar. – diz Macriz se retirando do cômodo.

– Exorcismo... Exorcismo... Ai meu Deus, eu realmente precisarei fazer um exorcismo... – diz Flávio a si mesmo enquanto pegava uma bíblia, um crucifixo e um recipiente com água benta, em seguida este começou a rezar.

Passaram-se alguns minutos e Macriz já estava impaciente à espera do padre, até que finalmente este saiu de seu escritório.

– Estou pronto. – diz Flávio.

02:45 AM – Câmera Móvel 3

Todos os jovens estavam sentados nos colchonetes com exceção de Milla que chutava a porta do saguão com força e com esperanças de arrombá-la.

– EU! – diz Milla chutando a porta. – TENHO! – diz Milla chutando a porta. – QUE! – diz Milla chutando a porta. – SAIR! – diz Milla chutando a porta. – DAQUI! – diz Milla chutando a porta. – ARGH! – diz Milla chutando a porta.

– Milla olha o tamanho da corrente desse cadeado, você não vai por essa porta abaixo nunca. – diz Erika, mas a garota não parava o ato de chutar.

– Milla para de chutar a porta, você vai acabar se machucando chutando a porta com esse tênis de salto. – diz Adam se levantando e indo em direção à Milla.

– Sneaker. – corrige Juliana.

– Tanto faz. – responde Adam.

– Chega! Vocês não ficam cansados de não fazer nada pra sairmos daqui?! – pergunta Milla irritada. – Adam pega aquela câmera ali no chão! – diz Milla.

– Pra que? – pergunta Adam.

– Pra me ajudar a achar as chaves, elas devem estar no segundo andar em algum lugar! E quem quiser vir comigo venha! – diz Milla dando um ultimato.

1971 – Sanatório de Distúrbios Mentais Rosa Cruz

Na sala de exorcismo o paciente já havia sido contido e estava preso à maca, todos se encontravam ali, menos Alba e Carmen. O paciente não parava de se debater e se contorcer.

– Terceira dose de anestesia administrada, mas parece que fará efeito assim como as anteriores. – diz Celso.

– Isso não funciona comigo! HEHEHEHEHE! – diz o paciente com uma voz distorcida.

– Padre já está pronto para o exorcismo? – pergunta Paulina.

– Quase. – responde Flávio.

– EXORCISMO?! HAHAHAHAHA! VOCÊ ACHA QUE VAI FUNCIONAR SUA PROSTITUTA?! – diz o paciente provocando Paulina.

– Acho que isso eu concordo com o “possuído”. – diz Celso fazendo aspas com os dedos quando se referiu ao paciente.

– Calado Dr. Celso, pois a sua função aqui é apenas administrar a medicação no paciente. – responde Paulina.

A porta da sala foi aberta e por ela adentraram Alba e Carmen.

– Desculpem o atraso. – diz Alba olhando para o chão.

– OLÁ ALBA! – diz o paciente.

Alba ao ver o paciente que receberia o exorcismo parecia que ficou petrificado, pois este não se mexia, seu corpo ficou estático, ele ficou boquiaberto, parecia que ele desacreditava no que via.

– Não... Você? Não pode ser? Não! – grita Alba até sair correndo da sala como uma criança com medo do escuro.

– Alba! – grita Carmen.

– Carmen, feche a porta, pois eu preciso de você aqui! – diz Paulina.

– Mas e o Alba? – pergunta Carmen.

– Depois eu tratarei desse assunto, mas temos coisas mais importantes agora. – responde Paulina.

– Alguém pode me dizer o que foi isso? – pergunta Macriz.

A conversa foi cortada por um grito nem um pouco humano que o paciente havia produzido.

– Estou pronto para começar. – diz Flávio.

– HAHAHA! ENTÃO AS ESCÓRIAS TENTARÃO FAZER UM EXORCISMO? – pergunta o paciente.

Tudo estava pronto para que a sessão começasse, Celso havia dado mais uma dose para o paciente que não parava de se debater e se contorcer na maca, Macriz, Carmen e Paulina seguravam seu crucifixos à frente do paciente e Flávio estava com a bíblia nas mãos para começar o exorcismo.

– Em nome de nosso Deus todo poderoso se revele espírito imundo! – ordena Paulina.

– ASTAROTH! – diz o demônio deixando seu receptáculo com os olhos totalmente negros.

– Regna terrae, cantate deo, psallite dominio… - diz Flávio começando o exorcismo.

– ISSO NÃO VAI FUNCIONAR SUAS MERETRIZES! EU VOU ESTRAÇALHAR VOCÊS MÚSCULO POR MÚSCULO, OSSOS POR OSSO, ORGÃO POR ORGÃO ATÉ AS TRIPAS DE VOCÊS ARDEREM EM CHAMAS! – ameaça Astaroth.

– Tribuite virtutem deo. – recita Flávio fazendo com que Astaroth uivasse e com apenas o olhar quebrou os crucifixos das mãos das freiras em fragmentos.

– Ai meu Deus! – grita Macriz assustada.

– Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incuriso infernalis adversarii, omnis legio, omnis congredatio et secta diabólica... – recita Flávio.

– MACRIZ... DUAS... ÁGUA... IMAGINE-SE EM UM LAGO... – diz Astaroth fazendo com que Macriz ficasse estática.

– Não! Ele está colocando ela em um transe! – alerta Paulina.

– E A ÁGUA DESSE LADO COMEÇA A SUBIR... E SUBIR... E SUBIR... – diz Astaroth fazendo com que Macriz comece a ficar desesperada olhando para todos os lados, a freira estava completamente sendo ludibriada por ele.

– Ergo... – recita Flávio.

– E MAIS! – diz Astaroth fazendo com que Macriz gritasse achando que estava se afogando até que a freira desmaiou.

Celso então pegou o corpo de Macriz e a colocou recostada à parede.

– Perditionis venenum propinare. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciae. Hostis humanae salutis. Humiliare sub potenti manu dei. – recita Flávio atacando um pouco de água benta em Astaroth fazendo-o se contorcer de dor.

– VEREMOS... QUEM SERÁ O PRÓXIMO? QUE TAL VOCÊ PADRE FLÁVIO? – diz Astaroth fazendo o padre parar de recitar o ritual de exorcismo.

– Não o ouça padre, prossiga! – ordena Paulina.

– Contremisce et effuge. Invocato a nobis sancto et terribile nomine. Quem inferi tremunt… - recita Flávio.

– ISSO TUDO É MEDO PADRE? MEDO? MEDO DE MIM? – pergunta Astaroth.

As mãos de Flávio começaram a tremer.

– Ab insidis diaboli, libera nos, domine. Ut ecclesiam tuam secura tibi facias, libertate servire, te rogamus, audi nos. – recita Flávio.

– SINTA O MEDO! SINTA O MEDO CRESCENDO EM VOCÊ! SINTA O MEDO TE CONSUMIR POR INTEIRO! – diz Astaroth.

Agora o corpo de Flávio tremia por inteiro.

– Ut inimicos sanctae ecclesiae humiliare digneris, to rogamus audi… - recita Flávio.

– SINTA! – grita Astaroth fazendo com que o padre fosse arremessado à parede e consequentemente ficando inconsciente, mas Astaroth por sua vez também se aquietou.

– Deixe-me terminar isso. – diz Paulina pegando a bíblia no chão. – Dominicos sanctae ecclesiae, terogamus audi nos, terribilis deus do sanctuario suo deus israhel. Lpse tribuite virtutem et fortitudinem plebi suae, benedictus deus, gloria patri… - recita Paulina completando o exorcismo fazendo com que o receptáculo de Astaroth desse um suspiro de fumaça negra.

– E agora? – pergunta Carmen amedrontada.

– Celso cheque o pulso! – diz Paulina.

– Sem pulso... – diz Celso.

– ARGH! Que dor! Conseguimos? – pergunta Flávio acordando do desmaio.

– Sim, eu terminei o exorcismo. – responde Paulina.

– Você está bem padre? – pergunta Macriz.

– Melhor do que nunca minha filha... Melhor do que nunca... – diz Flávio com um sorriso no rosto.