Fanfic: Perfect
“You take a deep breath and you walk through the doors; it’s the morning of your very first day”
(Você respira fundo e atravessa as portas; é a manhã do seu primeiro dia)
Primeiro dia de aula é uma droga. Eu estaria cercada de pessoas que eu não fazia a mínima questão nem de decorar os rostos. Pra que eu precisava de escola? Não dizem que a droga da vida é a maior professora? Mas não, Matthew quis posar de pai-perfeito e me obrigou a ir, sendo assim, minha única forma de resistência em mostrar o meu desgosto foi fazer a maquiagem mais pesada que eu já usara na vida, torcendo para que meu desejo secreto de ser chamada atenção – pra em breve ser suspensa – se realizasse.
As primeiras quatro aulas foram um verdadeiro tormento. Ser aluna nova é assim, é claro. Um bando de pessoas te cercando e querendo saber sobre você. Os garotos não ligaram muitos, mas até aí ótimo – garotos nunca me olhavam, de qualquer forma. – Mas as meninas, essas foram um tormento. Principalmente, eu já deveria ter previsto, as populares e patricinhas, pobres iludidas que esperavam concertar minha aparência ou algo assim, eu não as estava escutando.
No intervalo, novamente não me deixaram em paz, mas com minha nova habilidade em ser grosseira, consegui alguns instantes da preciosa solidão que almejava. Fiquei observando o pátio, sabendo que ninguém ali poderia ser um bom amigo para mim. Meus olhos pararam de esquadrinhar o local ao encontrar um rosto parcialmente familiar. Sozinho, sentado despojadamente, com fone de ouvido, capuz, e os pés e as mãos batendo ao ritmo da música. Levantei e fui até lá, sentando-me ao lado dele e arrancando um de seus fones. Ele abriu os olhos, confuso com a interrupção
– Ora, se não é a vampira. – ele sorriu. – Se ontem você não estava, agora sim parece “péssima”, Alyson.
– Ora, o enxerido andou me espionando para saber meu nome? – respondi no mesmo tom irônico.
– Não. Você é tão egocêntrica que nem percebeu que somos da mesma sala.
– Oh... Desculpe, não noto pessoas sem importância.
– Se eu sou tão enxerido e sem importância, senhorita vampira, o que você está fazendo aqui?
– Por que, estou te incomodando? Vai me expulsar? – arqueei a sobrancelha em tom de desafio, e coloquei o fone que eu arrancara dele.
– Sinta-se à vontade, vampira. – revirou os olhos, irônico.
– Será que se eu fizer um drinque com o seu sangue você para de me chamar de vampira? – bufei e ele riu. – Uau, surpreendente achar algo bom logo de cara. Pelo menos bom gosto musical você tem.
– “As my memory rests, but never forgets what I lost… Wake me up when September ends.” – ele cantarolou em uma voz mas bonita do que eu poderia ter previsto.
– Muda. – falei sentindo que minha dor poderia transbordar, e a última coisa que eu queria era chorar naquele lugar.
– Acabou o intervalo, vampira. – ele avisou um segundo antes do sinal tocar. – Você vai pra aula?
– Você não? – devolvi, e ele apenas deu de ombros. – Então, já que insiste, te farei companhia.
– Nossa, muito obrigado, vampira. Agora minha vida fará até mais sentido.
– Você não se cansa de ser sarcástico?
– Você se cansa? – revidou.
– Touché. – cedi. – Agora muda de música... Er, eu não sei seu nome.
– Chega, me zoa, rouba meu fone, e nem meu nome sabe. Parabéns, vampira.
– Vamos ter que colocar um limite no uso de sarcasmo por hora e dividirmos entre nós, certo? Ah, e também na quantidade de vezes que você me chama de “vampira”.
– Vamos, é? – ele sorriu de canto. – Isso significa que eu não vou me livrar de você?
– Você é a pessoa menos podre na cidade, até agora.
– CARA, QUE ELOGIO! – ele explodiu em risadas. – Nem vou dormir essa noite de tanta emoção.
– Chega, garoto.
– Joshua Martin, para a sua informação.
– Prazer, sou Alyson. Agora muda de música, Joshua.
Foi simples e rápido assim. Finalmente senti a chuva começar a diminuir no meu mundo. Eu estava longe de estar bem, de estar inteira. Mas, de alguma forma, por trás das ironias, Joshua realmente parecia ser a única pessoa que eu poderia aturar naquela cidade. A pergunta era: Poderia ele me aturar?
Quando o sinal tocou anunciando a última aula, Joshua arrancou o fone que estava comigo, me mandando ir para a sala.
– Você vai? – perguntei.
– Não, mas é melhor. Andar comigo é assinar seu atestado de exclusão social e de problemas nessa escola.
– Ótimo. Unirei o útil ao agradável.
– Alyson...
– Cala a boca, Joshua. Eu sei cuidar de mim.
– Não diga que não avisei. – ele deu de ombros.
– Obrigada por se preocupar, mas você é o único a fazer isso. – sorri, e ele me fitou um instante antes de me devolver um dos fones.
Autor(a): akcardoso
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Comentários da Fanfic 5
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kamilla13 Postado em 26/06/2012 - 15:39:07
RS, Aii, Anna. Sabe que nem eu? KKK' Enfim, né... rs Estou gostando mt da web, drama p/ mim é como imã, KKK'. BjoBjo, posta mais , okay ?! Love ya
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kamilla13 Postado em 31/03/2012 - 22:22:39
Sério que fui a primeira? *-* Eu sinceramente gostei dessa fic/web, eu ainda não sei dizer qual que é qual >.<*, vergonha, né?! KK' Enfim.. Que barra essa Alison passa, hein. Coisas da vida! Vai entender.. Quero o segundo capítulo, Anninha *-* Besitos
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kamilla13 Postado em 31/03/2012 - 22:22:25
Sério que fui a primeira? *-* Eu sinceramente gostei dessa fic/web, eu ainda não sei dizer qual que é qual >.<*, vergonha, né?! KK' Enfim.. Que barra essa Alison passa, hein. Coisas da vida! Vai entender.. Quero o segundo capítulo, Anninha *-* Besitos
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kamilla13 Postado em 31/03/2012 - 22:22:12
Sério que fui a primeira? *-* Eu sinceramente gostei dessa fic/web, eu ainda não sei dizer qual que é qual >.<*, vergonha, né?! KK' Enfim.. Que barra essa Alison passa, hein. Coisas da vida! Vai entender.. Quero o segundo capítulo, Anninha *-* Besitos
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kamilla13 Postado em 31/03/2012 - 22:21:42
Sério que fui a primeira? *-* Eu sinceramente gostei dessa fic/web, eu ainda não sei dizer qual que é qual >.<*, vergonha, né?! KK' Enfim.. Que barra essa Alison passa, hein. Coisas da vida! Vai entender.. Quero o segundo capítulo, Anninha *-* Besitos