Fanfic: A vilã morre no final

Pus minha camisa azul marinho que a minha mãe me deu no Natal,pus minha melhor calça jeans e um tênis all star preto. Botei aquele perfume que a minha mãe me deu no meu aniversário. 19:30 h eu já estava pronto, então fui ajeitar o cabelo pela terceira vez em 5 minutos. Escovei os dentes mais uma vez, só para garantir.

19:57 p.m - Lá estava eu na frente da porta da Luiza caprichosamente esperando o relógio marcar 20:00 p.m em ponto. Ela mesmo abriu a porta.Loira, cabelos cachados, vestido rosa com um mini casaquinho...como é que as mulheres chamam isso mesmo? Bolero...Claro que eu perguntei ao Google quando cheguei em casa, eu que não sabia que casaquinho tinha nome, enfim, ela tinha olhos castanhos, 1,73, ,mais o salto ficava com1,76 aproximadamente.

– Pontual

– E você está muito bonita- Ah....Eu sou um galanteador...mentira, sou um fracasso com seres do sexo feminino, só arranjo namoradas estranhas,Luiza por favor não tenha mais de 5 pirciengs - Vamos?

Pegamos um ônibus e fomos para o tal bar.

– Então, como você está lá no exército?

– Bem, mas não é fácil sabe? Tem cada figura - Ela estava sentada e eu em pé ao lado

– Sua mãe disse que você venceu uma luta de boxe

–Ela disse? Ai essa minha mãe , mas eu ganhei sim, na verdade já foram 2 - Isso, mostre suas qualidades

Chegamos ao bar do Bili, cada pessoa que entrava recebia uma papelzinho amarelo com um número expresso em azul, haveria um sorteio(Senhores e Senhoras é minha impressão ou estava numa maré de sorte?).Eu peguei 73, ela 74. Sentamos numa mesinha para dois, ela pediu uma caipirinha, eu pedi uma cerveja.

– Você namorou aquela menina meio gótica , não é?

–É....Amor de escola....sabe como é - Por favor não vamos falar da mina ex, por favor não vamos falar da minha ex - E você, ex-namorados legais? - Que pergunta idiota é essa?

– O último era um idiota.

Acenei com a cabeça. Que comentário eu poderia fazer?. Ficamos conversando por um bom tempo, ela pediu mais uma caipirinha, e eu ainda na mesma cerveja - eu não sou de beber, minha bebida mais irada é água depois de chupar bala de hortelã, pense.... Falando sério, ela era uma mulher muito legal. E finalmente chegou a hora do sorteio.

– Número 03 - O homem no microfone falou - E número 73- Ele repetiu os números.

– Tomás o seu número não era73?

– O meu? - Busquei no bolso da calça, chaves, bala, moedas – Achei! Número...73

– Tomás você ganhou!

– Ganhei?

– ELE GANHOU! – Certo ela levantou e puxou meu braço, como quando um lutador vence a luta.

– Eu?

Fui caminhando até o centro da pista, lá estava um homem robusto de paletó azul.

–TEMOS AQUI O GANHADOR - Ele disse no microfone e depois falou para que só eu pudesse ouvir - Bilhete por favor?

Entreguei o papelzinho amarelo amassado com o número 73

– GANHADOR CONFERIDO! - As pessoas que não me conheciam bateram palmas, eu fiquei meio sem jeito - ONDE ESTÁ O NÚMERO 3?

E lá veio o número 3, 1,75 mais o salto 1,79 aproximadamente, vestido verde escuro, ela não andava, era qualquer coisa diferente disso, ela flutuava numa camada de ar só dela, não olhou para mim, ela apenas entregou o bilhete ao homem.

– GANHADORA CONFERIDA! - Lá vinham as palmas – AGORA VAMOS AO NOSSO ACORDO... – O homem começou a falar mas eu não estava ouvindo, sabe aquela sensação quando você lê uma página inteira e simplesmente não prestou atenção em nada apesar de ter passado pelas palavras? Eu estava nesse estado de descaso, eu tentei examiná-la do outro lado do paletó azul ela olhava para frente, fiz o mesmo imediatamente – NOSSOS SORTEADOS PODEM GANHAR UM PRÊMIO...- Certo, eu não conseguia não olhar, virei a cabeça só um pouquinho e espiei pelo canto do olho, ela se virou e mirou 2 revólveres Rossi calibre 38 na minha direção, o estranho é que dessa vez eles não estavam carregados, ela só estava brincando em aproximar uma arma da minha cabeça, malditos olhos verdes. Você sabe porque leões não têm olhos verdes? Eles já são muito bons para matar, não precisam de mais um atrativo, parece que a natureza esqueceu disso quando fez essa mulher. Enquanto eu delirava imaginando um carrasco atirando na minha cabeça com armas verdes, o aceno de cabeça dela me trouxe de volta à realidade – MAS PARA FICAR COM O PRÊMIO PRECISAM PAGAR UMA PRENDA!

– Prenda? – Eu murmurei baixinho

– SIM, UMA PRENDA! – Ele falou de novo naquele microfone que já estava me irritando – QUEM GOSTARIA DE SUGERIR A PRENDA QUE NOSSOS GANHADORES DEVEM PAGAR?

Por favor que seja imitar um galo, por favor que seja imitar a droga do galo, eu sou ótimo nisso, mas lá veio uma mulher de meia idade com um cabelo que variava entre o preto e o loiro, ela sugeriu que nós dançássemos, por favor, qual o problema com o galo? Ei motorista eu quero descer.

– MUITO BEM ENTÃO NOSSO CASAL DE SORTEADOS PARA GANHAR OS PRÊMIOS DEVE DANÇAR UM TANGO! – Pessoas aplaudiram.

Tango? Eu mal sei andar imagine dançar, agora imagine dançar tango, e como se não fosse o bastante, tente imaginar agora dançar com ela. Bem, foi ela mesmo que quebrou minha linha de pensamento.

– Dispenso o prêmio, senhores- Dizendo isso ela andou saindo do lado do homem de paletó azul e mirando a saída.

Não passou nem um minuto e ela parou de súbito a poucos metros de onde eu e o homem grande e de paletó azul estávamos, deu meia volta e veio andando em nossa direção com passos rápidos e decididos.

– Um tango não é tão ruim assim.

***Notas finais: Oi , oi , oi , comentar é permitido :p E vai melhorar, é sei que estou falando isso a um tempo, mas é verdade. Bjs