Fanfics Brasil - 1 : O começo de um fim Laços&Abraços

Fanfic: Laços&Abraços | Tema: Nenhum.


Capítulo: 1 : O começo de um fim

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Hey, aqui, vem cá.


 


Pensamento : eu, aqui estou !


 


Olhei para os lados, quem ouvi? Tinha uma multidão na minha frente, mas ao mesmo tempo, só havia uma pessoa, eu só a enxergava, exatamente o mesmo que falou comigo, a multidão começou a desaparecer, andei em direção a pessoa, mas não conseguia chegar perto dela, ela olhava para mim, como se tivesse me esperando, eu tentei correr, não consegui, comecei a me desesperar, eu precisava dela, como nunca precisei de alguém antes, tinha que ir até ela, mas não conseguia, ela olhava fixamente para mim, de uma forma séria, não mudava a expressão, estava imóvel, em pé, na minha direção, quanto mais tempo passava, mais desesperada ficava, eu tinha que ir até a pessoa, quando percebi que não iria conseguir, gritei:


 


-AAAAAAHHHHHHHHHHHH


 


Acordei, eufórica, dei um pulo na cama, minha respiração estava bem forte, meu coração parecia que iria sair do meu corpo a qualquer momento por conta da força do bombeamento, pensamentos explodiam na minha cabeça, até que me acalmei mais um pouco quando percebi que era apenas um sonho. Precisava saber o horário, pego meu celular do lado da cama e olho o horário : 6:02


Me espreguicei bem, estava morrendo de sono e precisava acordar, tinha que fazer uma prova hoje importante, olhei para a janela, tirei a cortina, minha visão doeu um pouco, mas logo acostumei, fui até o banheiro e fiz minha higiene, ao sair de lá, peguei a primeira roupa que vi ( calça jeans e blusa branca básica), coloquei um all star, desci as escadas e tomei um café da manhã rápido, não me despedi direito da minha mãe, tava com pressa, não queria chegar atrasada, peguei o capacete e as chaves da moto e sai.


 


Durante o trajeto, tentei ficar pensando em outra coisa que não fosse na prova, para me descontrair, mas a única coisa que conseguia pensar era no clima, o céu estava bem claro, tinha algumas nuvens, mas todas claras, aparentava que não iria chover, o sol estava forte, o dia perfeito para praia, talvez depois da prova eu vá…


 


- Está perto, Sophia, venha.


 


Oque? Eu ouvi isso?


 


- Está perto, Sophia, venha.


 


Senti meu corpo gelar, eu fiquei com um pouco de medo, minha visão dilatou, não, não, aquilo só poderia ser meus pensamentos, achei isso até reparar alguma coisa do meu lado, sim, tinha algo, eu estava em movimento, mas mesmo assim percebi a presença de alguma coisa…Olhei para o lado, nada, para frente, árvore, virei a moto para o lado, fazendo eu e a moto cair no chão.


- Precisa falar comigo, Sophia.


Sim…Levanto a cabeça, olho em volta, mexo o corpo para ver se tinha algum ferimento, nenhum, levanto somente o meu tronco e percebo a presença de várias árvores em volta de mim, me levanto, pego minha moto e levanto ela, deixo ela parada lá.


 


- Sophia.


 


De novo, essa voz, a mesma do sonho e de segundos antes da minha batida...Eu não consegui localizar pelo som onde ele estava, mas eu sabia que estava na direção nordeste, então comecei a andar até ele, me esbarrei em alguma coisa pequena, mas continuei andando em frente, sem me distrair, olhava fixamente para o local onde ele estava, as árvores eram bem grandes, fazendo com que o sol não ilumine muito o local, mas dava para perceber que era manhã, os pequenos raios de sol que atingiam a terra, deixavam um brilho no local, continuei andando, até chegar a árvore que ele estava, fiquei de costas para árvore e encostei meu tronco nela, olhei para cima, vi um pedaço do sol, olhei para baixo, terra molhada…


 


- Outro lado.


 


É, eu sabia que você estava do outro lado, fechei a mão como um punho, olhei para o meu tênis, não sabia porque estava fazendo aquilo, de quem era a voz que me parecia tão familiar ou porque me atraia tanto...Me virei de frente para a árvore e abri as mãos colocando-as no tronco da árvore, dei dois passos para a direita, me encostei na árvore novamente, aos poucos fiquei aproximando a cabeça para o lado direito, tentando enxergar um brecha do que tinha desse lado da árvore, comecei a ver uma pessoa de costas, estava com uma roupa escura, continuei aproximando somente a cabeça, a pessoa estava de cabeça baixa, o que ela queria? Não sabia que eu estava aqui?Ela não olhou para mim, olhou para o lado esquerdo e andou para esse lado, fiquei imóvel, até que senti mãos na minha cintura, continuei parada, senti lábios tocarem de leve no meu ombro, me arrepiei, um sorriso me subiu no canto da boca.


 


- Sophia, sophia, eu estava te esperando.


 


Olhei para o lado direito, tentando enxergar um pouco da pessoa que estava atrás de mim, sem sucesso, só consegui sentir o seu cabelo, liso, não era muito grande, nem muito curto, era médio… O cabelo dele caia suavemente no meu ombro, me fazendo arrepiar as vezes, ele retirou as mãos da minha cintura, olhei para trás, ele estava se afastando, peguei na mão dele, ela parecia começar a se afastar de mim, então eu apertei, mas ele já havia sumido, junto com tudo a minha volta, tudo ficou branco, depois preto…


 


- Eu senti algo, ela apertou minha mão! É sério, ela apertou!  


 


De quem era essa voz? Parece-me familiar… Eu estava tão cansada que não consegui abri os olhos, adormeci novamente…


 


Acordo, tento abrir os olhos, vejo uma mulher, minha mãe, ela estava sentada, olhando para cima, deveria estar conversando com alguém que estava em pé, de repente a atenção se volta para mim, ela começa a me encarar :


 


- Ela acordou ! Olhe, os olhos dela abriram!


 


Tentei falar algo, mas não consegui, meus lábios pareciam estar colados um no outro, fechei os olhos novamente, tentei abrir, consegui abrir um pouco, mas logo são fechados novamente…


 


Abro os olhos, com uma certa dificuldade, dessa vez ninguém estava no meu campo de visão, movimento um pouco o braço e analiso o ambiente, eu estava em um hospital, viro um pouco a cabeça para o lado esquerdo, o que me faz perceber a presença de uma pessoa... Meu pai.


 


-Filha? Acordou? - Encarou-me preocupado


 


-To hospital? - Olhava para ele ainda tentando abrir os olhos, estava meio grogue, me sentia estrnaha


 


- Sim… Você estava em coma…


 


- Há quanto tempo...? - Meus olhos abriram completamente ao ouvir a palavra "coma", como isso aconteceu?


 


-Ficou 23 dias em coma


 


Nossa, eu estava meio tonta ainda, não conseguia falar direito, começo a me lembrar do que ocorreu, a moto, a árvore, a voz…Aquela voz está me perseguindo desde a manhã da prova e eu não tenho certeza de quem é, na verdade, não faço a mínima idéia de quem poderia possuir aquela voz, mas de uma coisa eu sei: ela é inconfundível.


 


Nisso acabei dormindo de novo. Acordo novamente. Dessa vez, abro os olhos sem esforço, mexo meu braço devagar, depois minha perna, então começo a me espreguiçar.


 


-Acordou novamente. - falou enquanto lia jornal tomando café, no mesmo lugar que eu havia visto ele antes


 


-Pai, dormi muito tempo? - pergunto, olhando o hospital ao redor, nunca havia parado ali antes


 


- Mais três dias. - falou com desdém, sem tirar os olhos do jornal


 


-SÉRIO?


 


-Não... - pausou e olhou para cima pensando- Foram cinco dias. - voltou a ler o jornal


 


-CINCO?!


 


-Uma semana, e se continuar falando assim vou aumentar para um mês - falou, dessa vez não conseguiu disfarçar o sorriso da mentira


 


-Ah, você ta zuando com minha cara - falo irritada


 


-AUEHAUEHA, foram só algumas horas. - riu enquanto fechava o jornal e colocava a xícara em cima da mesa


 


-Porque eu to aqui?


 


-Não se lembra do acidente?


 


-Eu tive um acidente?


 


-Você bateu em uma árvore.


 


Aquela árvore que tinha me batido durante o trajeto, eu não tinha levantado depois da batida com a árvore , tudo foi um sonho…


 


- Vai ficar alguma cicatriz?


 


-Não.


 


- Então tá tudo bem.


 


- Fala isso porque não é você que paga as conta, né?


 


- Exato ;AUEHAU, vou ficar mais quanto tempo aqui?


 


-Só médico para informar, sua mãe vai entrar agora, se cuide – me deixou um beijo na testa.


 


Logo que meu pai saiu da sala, minha mãe entrou.


 


-Como está se sentindo?


Depois de conversar com minha mãe, soube que teria q ficar mais quatro dias em repouso no hospital, além de receber a ótima notícia que tive amnésia...Nesses quatro infelizes dias fiquei assistindo a Globo,comendo e dormindo.No meu último dia no hospital, meu pai foi me buscar O9:OO , as 1O:OO o médico me deu alta, troquei de roupa, coloquei a roupa que meu pai me trouxe, um vestido e sandálias, ele não queria que eu tivesse trabalho para me vestir, eles devem tá achando que virei papel.


 


Quando chegamos no carro, fiquei olhando pela janela as ruas se passando.


 


-Está tudo bem?


-Sim, pai...


 


Voltei a observar as ruas, o resto do trajeto passou em silêncio, quando chegamos em casa, meu pai pegou a minha mochila para que eu não carregasse nada, ele abriu a porta, assim que eu entro, minha mãe me abraça, eu retribuo o abraço, olho para mesa e vejo a chave da moto, resolvo perguntar:


 


-A moto, quebrou alguma coisa?


 


-Ah, só teve um problemas na parte da frente, mas já foi consertada, vou vendê-la.


 


-OQUE? Não vai vender nada!


 


-Siim, olha o acidente que teve , imagine se você não acordasse?


 


-E vai colocar a culpa na moto se o erro foi meu? NÃO, a moto é minha, eu que paguei com ela com meu dinheiro, não vai vender ela nada.


 


-Ah, você que sabe Sophia Beckman.


 


-Sim, por isso ela vai ficar aqui, entendeu?


 


Eu estava levantando demais meu tom de voz, mas não queria perder minha moto por nada, ela era a única coisa que me fazia sentir um pouco de liberdade , não queria perdê-la…


 


Resolvi sair, o clima em casa tava meio pesado, tomei banho, coloquei um calça jeans, uma blusa preta básica, all star e desci as escadas fazendo o menor barulho possível, para meus pais não ouvirem, não queria que eles soubessem que eu estava saindo, se bem que uma hora eles iriam notar.


 


Ainda estava de manhã, dava para ir para muitos lugares, várias opções, mas não fazia a mínima idéia de onde ir, resolvi ir para uma praça, 5 minutos de moto da minha casa até lá, subi na moto e fui, durante o caminho fiquei pensando no que ocorreu naquele dia, não me lembro de ter batido na árvore, não senti dor nem nada, cheguei na praça, estacionei a moto e olhei em volta, o chafariz, estava lindo, talvez um dia perfeito para passar com alguém ao lado, a manhã estava se passando bem devagar, talvez para o casal que estava no banco a minha frente não, mas para mim estava, não achei uma coisa ruim, pelo contrário, queria que se passasse o mais devagar possível, não queria saber de coisas ruins, como o acidente, queria passar o dia zen, sabe?


 


            Poucos minutos depois, algo aconteceu, uma coisa que nunca havia visto, eu fiquei fascinada pelo céu, ele estava começando a se escurecer de repente, o dia começou a virar noite, eclipse lunar, pela primeira vez na vida estava vivenciando um, ou pelo o que eu me lembro, né. Achei esse fenômeno incrível, em poucos minutos o dia vira noite, quando a lua toma conta do sol completamente e o céu fica bem escuro, as nuvens começam a se precipitar, mesmo assim continuei ali parada, fiquei olhando por uns instantes, recebendo suaves gotas de chuva e pensando no eclipse que acabara de acontecer e ver se acontecia mais alguma coisa.


 


            Quando reparei que seria só aquilo, me levantei, mas não estava a fim de ir para casa, não. Ainda dava para ver com a iluminação da praça, olhei para as árvores que tinham na floresta, estava perto da praça, me aproximo da floresta, no momento em que pisei meu tênis na terra molhada, sinto um arrepio, estava muito frio e escuro, as luzes clareavam bem o local, mas mesmo assim, a escuridão ainda parecia dominar, olhei para a lua, era lua cheia, em volta dela tinha várias nuvens…Resolvi começar a andar em direção a moto, estava com medo, talvez deve ter sido porque era noite, mas mesmo assim eu sentia algo estranho, como se tivesse a possibilidade de alguém estar me seguindo,medo, era oque eu mais sentia, olhei para trás, para ter certeza que não teria ninguém atrás de mim, nada suspeito, me sinto tão medrosa, então resolvo continuar andando, tentando ignorar essa sensação, mas não deixando de perder a cautela, talvez eu tivesse um pouco apreensiva,mas, por obra do acaso, resolvo olhar para o lado, havia uma coisa que eu não tinha reparado, era escuro como a noite, assustador, em um relance pensei que era uma assombração, adrenalina no sangue, fiquei eufórica e com a visão dilatada, imaginei que estava certa sobre minha sensação, realmente tinha algo errado, mas logo percebi que a falsa assombração era apenas um carro preto, soltei um suspiro de alívio, meio automático, senti a adrenalina acabar no mesmo instante.


 


Aquela estranha sensação parecia sumir um pouco, ainda estava com medo, quando eu era criança morria de medo do escuro, ainda tenho um pouco desse medo, mas depois da cena com o carro preto, não sabia mais se deveria ter motivo para medo, por isso me senti aliviada, não havia do que ter medo, acabei perdendo a cautela sem querer, comecei a andar despreocupada, talvez tenha sido um erro meu… Ou seria melhor dizer um acerto? Não sei…Mas quando chego na moto comecei a ouvir um barulho, meu medo começa a subir de novo, não poderia definir o tipo do barulho, o medo não me deixava prestar atenção, apenas sabia que existia um barulho e que ele vinha do meu lado, ele parecia ser crescente, quanto mais ele aumentava mais meu medo subia, nesse instante outro carro se aproximou, novamente não havia percebido a chegada dele, ou ele teria vindo do nada? Não, não posso começar com isso, olhei para trás, enquanto me virava, percebi a presença de alguém, estava perto de mim, ela coloca a mão na minha boca e passa a outra mão pela minha cintura :


 


            -Shh, calma, Sophia, calma…


 


            Eu sabia, eu tinha certeza que se ouvisse aquela voz de novo eu iria reconhecer, e eu realmente reconheci, a voz dos meus sonhos, mas ainda não sabia de quem pertencia, tentei virar a cabeça para ver a sua face, saber a quem pertencia a voz que me seguia tanto, mas não consegui ver o seu rosto, comecei a me debater e tentar chuta-lo, inútil.


 


            Ele me levou até a floresta, quando cheguei lá ele me largou no chão, colocou a mão na minha barriga, comecei a gritar, fiquei chutando o ar e tentei puxar o cabelo dele, ou qualquer coisa, não conseguia me levantar, a mão dele tava fazendo pressão na minha barriga para eu continuar no chão. Não consegui ver direito, mas acho que com a outra mão dele, ele colocou duas agulhas bem grossas no meu braço e injetou alguma coisa, dor, muita dor, a dor ficou tão insulportável, meus olhos reviraram.


 


            Apaguei.



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Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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