Ela se foi e eu subi pro meu quarto para tomar banho. Fiquei um bom tempo no banho, descarregando toda a tensão que havia sido criada por aquela cena e em seguida fui durmir.
-Gabi, a comida tá na mesa, vem jantar. - Era minha mãe me acordando.
Levantei ainda sonolento e sai do quarto, olhei para a porta de Bruna e vi que permanecia fechada, ela não podia se esconder pro resto da vida...
Na mesa do jantar o assunto era a ausencia de Bruna, minha mãe estava preocupada e meu pai furioso por que ela não respondia qndo falavamos com ela. Eu me fazia de sonso e não comentava nada sobre o que tinha acontecido. Caso minha mãe fosse conversar com Bruna, provavelmente ela não revelaria nada sobre o que tinha visto, ela ficaria com vergonha e não ia querer nossos pais brabos comigo, mas por via das dúvidas comi rápido para tentar falar com ela de novo.
-Mana, abre, trouxe um prato de comida pra você. Abre por favor... - Falei batendo na sua porta.
Ouvi a chave girando, sem que a porta fosse aberta, girei a maçaneta e a porta enfim se abriu.
-Trouxe o jantar, é canelone, tu adora. - Falei entragando o prato a ela.
-Não precisa, to sem fome... - Falou deitando novamente na cama.
Somos uma família liberal e sempre nos vimos de cueca e as meninas de calcinha e sutiã. E Bruna, como estava deitada, vestia apenas uma calcinha preta, larga, estilo cueca, mas bem colada no seu corpo, deixando toda sua bundinha bem marcada, alem de uma blusinha azul marinho de alça fina, sem sutiã por baixo. Ela estava muito gostosa, nunca tinha olhado para ela dessa maneira. Sua bundinha chegava a estar arrebitada, ela era linda...
-Desculpa...- Falei largando o prato sobre a sua escrivaninha.
-Não precisa pedir desculpas.
-Preciso sim, você não precisava ter visto aquilo.... - Falei sentando ao seu lado na cama.
-Eu entendo mano, vocês estavam sozinhos, o clima esquentou... - Falou ela se virando pra mim.
-Mas eu tinha que ter entendido que aquilo não era hora, nem lugar pra fazer o que a gente tava fazendo... - Falei deitando ao lado dela.
-Não esquenta Biel...
-Não tem como não esquentar Bru, olha o jeito que você saiu de lá...
-Queria que eu fizesse o que mano? Acha que é legal ver o meu irmão de pa.u de fora quase comendo minha melhor amiga que tá pelada na piscina aonde eu ia nadar com eles... - Me olhava braba, voltando a chorar.
-Desculpa. - Falei abraçando-a e alisando seus cabelos.
-Já passou mano... - Falou ela pondo a cabeça sobre meu peito e chorando ainda mais.
-Se já passou porque você tá chorando?
-Ah mano, são outras coisas...
-O que foi? Me conta!
-Ah Bi, eu nem ia pra piscina hoje sabe... Peguei o Tiago de papo com um piriguete ai, ele negou e tudo mais, mas tenho sexto sentido, sei que todo garoto é podre, assim que nem você - Ela riu pela primeira vez. - e ele não é diferente, só que eu sou mano, eu sou diferente, eu não vou dar pra qualquer imbecil que coma todas as meninas que ele pega em festa. E tinha que ver mano, conversando todo meigo com a garota no facebook, vontade de esganar ele! - Falou com muita raiva.
-Não fica assim maninha tu tem a mim não tem? Então, conta comigo pra tudo.
Abracei ela bem forte e nos tampei com o lençol, ficamos calados por algum tempo, eu fazia carinho na sua cabeça e ela ia se acalmando aos poucos, já não chorava mais. Pela primeira vez senti ciúmes dela, não sei se era ciúme mesmo, mas tive raiva do garoto, tive vontade de esganar ele, imaginando o que ele podia ter feito com ela, pensando que podia ter tirado a inocencia da menina que eu mais amo no mundo, apertei ela forte contra o meu corpo e ela se
acomodou melhor sobre meu peito, com os olhos ainda fechados. Fechei os olhos e acabei nem vendo o tempo passar. Dormimos.