Em seguida senti um punho chocarse com o meu rosto, pra ser mais preciso, com a minha boca e parte do meu nariz, o garoto estava me dando um soco dentro da minha própria casa. Virei pra ele furioso e tentei dar um soco na sua barriga, mas Manuella defendeu ele, o empurrando para o sofá. Débora ficou apavorada e começou a gritar com o cara. Manuella o atirou no sofá e ficou parada na sua frente falando algumas coisas que eu não conseguia ouvir, ela inclinou o corpo para baixo e deixou a bundinha empinada em minha direção. Aquilo bastou para minha raiva virar excitação.
Débora estava preocupada e veio para minha frente ver meu rosto.
-Tu tá sangrando Biel.
-Me deixa Débora, só leva teu irmão embora.
-Mas tu tá maxucado.
-ME DEIXA. - Falei indo para o banheiro
Me olhei no espelho e vi o estado do meu rosto, não podia acreditar que tinha apanhado daquele imbecil, minha boca estava sangrando, inchada, passei a lingua sobre o corte e pude sentir o gosto do sangue. Eu quase chorava de raiva, dei um soco na parede atrás de mim, e quase quebrei os ossinhos da mão. Alguem bateu na porta do banheiro e tentou abri-la em seguida, será que eles ainda estavam ali? Abri a porta e continuei na pia limpando minha boca.
-Como tu tá? - Era Manuella.
-Ótimo. - Falei seco.
-Ei deixa eu cuidar disso pra ti. - Falou me virando pra ela e largando algumas coisas sobre o balcão.
-Que que é isso?
-Alcool e algodão, pra passar no teu maxucado. E gelo pra não ficar inchado.- Eu podia sentir o bafo de alcool vindo da sua voz.
-Eles ainda tão ai? - Perguntei enquanto ela mexia em minha boca.
-Não, já foram.
-E porque você não foi junto?
-Porque eu não podia ti deixar sozinho e maxucado. Já que a tua namorada não quis fazer isso.
-Devia ter ido atrás do teu namoradinho.
-Preferi ficar contigo. - Falou parando de mexer na minha boca e olhando dentro dos meus olhos.
Não sei se pela raiva que eu estava dele, ou se pelo perfume que vinha dos cabelos dela, mas instintivamenteo eu a abracei e beijei sua boca, escorando seu corpo na parede em seguida. Ela largou o algodão e não apresentou nenhuma resistencia. Sua boca tinha gosto de Absolut, e o seu corpo estava completamente envolvido pelo meu. Nem a dor em minha boca atrapalhava o que estava acontecendo, eu estava sobrio mas coberto de sentimento destintos e beijando alguem que eu não poderia beijar.
Para minha surpresa ela começou a levantar a minha camiseta, enquanto me beijava, me escorou contra a pia arranhando meu abdomen. Ela tirou minha blusa por completo e atirou no chão do banheiro. Ela não olhava pro meu rosto, só beija meu corpo e o arranhava, eu estava sem reação, não sabia se fazia isso com ela bebada, se me entregava, se me aproveitava dela, ou então se pedia para parar. Eu não conseguiria parar o que estava acontecendo, era o que eu mais queria desde que cheguei a Porto Alegre.
Empurrei ela para a parede de novo, tomando as rédeas da situação, beijei mais uma vez a sua boca, dessa vez um beijo quente, cheio de excitação, ela já não usava mais a jaqueta e eu tirei sua blusa com facilidade. Ela olhou para mim pela primeira vez e sorriu.
-Tem certeza? - Perguntei me referindo ao que a gente faria.
Ela não falou nada, apenas balançou a cabeça em sinal afirmativo.