Fanfics Brasil - CAPÍTULO V Ao sabor dos teus caprichos - AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: Ao sabor dos teus caprichos - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: CAPÍTULO V

921 visualizações Denunciar


CAPÍTULO V


 


Uma semana mais tarde,ANNIE tentava alegrar um pouco a atmosfera da villa — que se encontrava melancólica com a ausência de Poncho —, colhendo flores do jardim e arranjando-as nos vasos.


No momento em que Sam apareceu vestido em seu novo uniforme, ela sentiu um aperto no coração. O garoto ia partir, mas ela não o beijou e abraçou como costumava, porque ele ficara muito independente na Itália e não gostava de ser tratado como uma criança. Era duro aceitar aquilo, porém precisava deixar o irmão crescer...


— Sam, você tem certeza de que não quer que eu vá junto? É seu primeiro dia na escola!


— Não, Annie, não precisa. Vou com Gino e Tony. Se você me acompanhar, os outros rapazes vão rir de mim.


— Está bem!


Naquele instante. Christian surgiu na porta, avisando:


— Todas as coisas já estão no carro. Está na hora de irmos.


— Boa viagem, meu bem! A gente se vê no final da semana.


— Tchau, mana! Vou sentir muito sua falta — acrescentou o menino, saindo às carreiras.


Coincidindo com a saída de Sam, Christopher chegou trazendo um pacote embalado com papel de presente, que colocou sobre a mesa.


— Não fique triste, Annie. O garoto logo estará de volta. Venha cá ver uma coisa. Creio que vai deixá-la mais alegre. É um presente de casamento. E bem pesado, para ser sincero.


— Ora, Christopher, você não precisava se incomodar com isso!


— É aí que você se engana! Não fui eu quem comprou. Aliás, não sei quem foi. Simplesmente deixaram o pacote lá em casa.


— Se você não sabe quem me mandou isso, imagine eu!


— Veja se tem algum cartão dentro.


Intrigada, Annie desfez o pacote e, ao levantar a tampa da caixa, surgiu diante de seus olhos um enorme porta-retrato confeccionado em ouro.


Christopher soltou um assobio de admiração.


— Minha nossa! Isso deve valer uma fortuna. O remetente não fez economia.


— É uma peça linda, de muito bom gosto — acrescentou Anniea, tocando o objeto.


Enquanto isso, Christopher remexia na caixa e achava um cartão. Depois de olhá-lo dos dois lados ele leu em voz alta:


— "Sra. Rodriguez, que seu casamento seja longo e feliz. Assinado, Alessandro Forli." Puxa, estou impressionado, Anahí!


— E eu, surpresa. Por que ele me enviou um presente de casamento se nunca nos encontramos pessoalmente?


— Talvez ele costume mandar lembranças a todos os promotores recém-casados...


— Pois essa história não me convence. Deve existir alguma outra explicação.


Com um gesto amplo, Ucker apontou o pacote.


— O que você pretende fazer com isso?


— Vou devolvê-lo imediatamente. Não posso aceitar presentes dele ou de quem quer que seja por um falso casamento.


— É uma pena! Daria para alguém viver um ano em Nova York com o dinheiro que esse objeto custou.


Dizendo isso, ele fechou a caixa e depois virou-se para beijar Anahí no rosto.


— Tenho um encontro importantíssimo hoje. Preciso ir. Vim só para lhe trazer o presente. Talvez a gente se veja mais tarde.


Sem lhe dar tempo a outros comentários, Ucker retirou-se da sala, seguindo rumo ao hall de saída da mansão.


A governanta apareceu instantes depois, carregando uma bandeja com copos e uma jarra de limonada. Enquanto se servia da bebida, Annie perguntou:


— Maria, há algum carro por aqui que eu possa usar?


— Claro! É só ir até a garagem e escolher um.


— Você me providencia as chaves, por favor?


— Sim, senhora.


Em seguida Anahí dirigiu-se à biblioteca, de onde ligou para a telefonista pedindo o número de Alessandro Forli. Minutos mais tarde o velho atendia o telefone.


Mesmo consciente de que Poncho ficaria extremamente irritado se soubesse o que ela estava a ponto de fazer, Annie não foi capaz de reprimir sua curiosidade.


— Sr. Forli? Aqui é a sra. Rodriguez — ela anunciou com voz firme.


Do outro lado da linha fez-se um breve silêncio. Depois o velho respondeu:


— Estou às suas ordens. O que posso fazer pela senhora? — indagou o homem, num inglês perfeito.


— Em primeiro lugar quero lhe agradecer pelo presente que me enviou...


— Certo...


— Mas não posso aceitá-lo. Infelizmente.


— Está bem, eu entendo.


— O senhor pode me dar seu endereço?


— Não prefere que eu mande um motorista para apanhar o pacote?


Aquela realmente seria a melhor maneira de conduzir as coisas. No entanto, Annie não queria perder a oportunidade de conhecer de perto um personagem tão cheio de mistérios...


— Se não for inconveniente, gostaria de devolvê-lo pessoalmente, sr. Forli.


— Combinado. Será um prazer recebê-la em minha villa.


Depois de copiar num pedaço de papel as indicações que ele lhe ditou, Annie despediu-se:


— Muito obrigada. Daqui a pouco estarei aí.


Entrando na biblioteca, a governanta entregou-lhe um molho de chaves.


— Aqui estão. Pode pegar o Fiat vermelho. — Embora hesitante, Maria sugeriu: — A senhora não acha melhor esperar que Chris volte? Seu marido deixou ordens para que ele a acompanhasse a toda parte.


— Agora não acho necessário, Maria. Estarei a poucos quilômetros daqui e tenho certeza de que não correrei perigo.


Quinze minutos depois, a caminho da villa do sr. Forli, Annie experimentava a sensação de realizar uma grande aventura.


Quando parou diante da mansão, viu um segurança uniformizado sair da guarita e vir ao seu encontro.


— Bom dia, senhora!


— Bom dia. Meu nome é Anahí Rodriguez. Gostaria de falar com o sr. Forli.


Sem nada dizer, o homem voltou à guarita e, após falar ao telefone, abriu os portões de ferro que davam acesso aos jardins da casa.


A villa, grande, luxuosa e moderna, tinha uma atmosfera aconchegante, que contrastava com a fama de seu proprietário.


Um criado de meia-idade conduziu Annie até a biblioteca. Assim que a viu entrar, o sr. Forli levantou-se da poltrona atrás da escrivaninha.


— É um prazer conhecê-la, sra. Rodriguez. Só lamento que não tenha podido receber meu presente.


— Creio que o senhor entenderá os motivos... De qualquer forma, achei muito bonito o porta-retrato. Obrigada pela atenção.


— A bem da verdade, eu temia que a senhora não o aceitasse. Posso lhe oferecer uma bebida?


— Se tiver café, eu agradeço.


— Claro que tem... Deixe-me pegar a garrafa. — Enquanto servia duas xícaras, o velho perguntou: — É verdade que a senhora está há pouco tempo na Itália?


— Sim, faz apenas dez dias que chegue! A propósito, pode me chamar de Annie — acrescentou, sentindo seu nervosismo desaparecer.


— Qual é o seu nome de solteira? — o anfitrião quis saber.


— Portilla.


— Esse era o nome de seu pai, não? E o de sua mãe, que era italiana?


— Ela se chamava Elena Puente. Porém morreu antes do meu pai.


Alessandro Forli caminhou devagarinho até a janela, e ficou contemplando os jardins por um longo tempo. Depois, perguntou:


— Quando sua mãe morreu?


— Há sete anos.


O velho assumiu uma expressão pensativa, enquanto voltava a encará-la com muita atenção.


Annie, por sua vez, ficava a cada minuto mais intrigada, perguntando a si mesma por que os gestos daquele homem lhe pareciam tão familiares. Sem perceber, pôs-se a observá-lo com curiosidade e por fim indagou:  


— O senhor ficou um bocado surpreso ao me ver no Panteon na semana passada. Qual foi o motivo disso?


Se ela esperava embaraçá-lo, desapontou-se, pois o velho apenas deu de ombros.


— Simplesmente você me lembrou alguém que conheci há algum tempo. Por um instante cheguei a imaginar o impossível: que você fosse ela.


— É... isso às vezes acontece.


— Ouvi dizer que você desenha — comentou Forli, num tom interrogativo.


— Pelo jeito você sabe muitas coisas sobre mim — retrucou Annie, sorridente.


— Agora é a minha vez de dizer que às vezes isso acontece... De qualquer modo, há muitos anos tenho vontade de ser retratado por um bom artista. Você é competente?


— Creio que sim. Diria que sou ótima!


— Uma mulher que confia em si mesma já é algo admirável. Eu gostaria que você me retratasse.


Repentinamente consciente de que Alfonso jamais concordaria com aquela idéia, Anahí procurou uma evasiva.


— Meu trabalho custa caro.


— Quando se quer alguma coisa, paga-se o que for preciso.


Sem dúvida, Alessandro Forli possuía um rosto simpático, agradável de se pintar. Apesar da idade avançada, tinha um porte vigoroso, uma figura impressionante. Isso levou Annie a ponderar melhor a proposta de retratá-lo. Além do mais, fazendo aquele trabalho poderia, com habilidade, obter informações para seu marido.


Assim, disposta a um lance de ousadia, recusou-se a refletir mais profundamente no assunto e declarou:


— Sim, concordo em fazer seu retrato, sr. Forli.


— Ótimo. Quando começamos?


— Para mim, tanto faz. Só não estou disponível nos finais de semana.


— Claro, sábados e domingos têm de ser reservados para a família. Como preciso fazer uma rápida viagem, que tal a próxima segunda-feira?


— Está combinado. Agora devo ir embora. Prometi em casa não demorar.


O velho fez questão de acompanhá-la até a porta. Depois de se despedir, ele disse:


— Pelo menos meu presente serviu para que nos conhecêssemos. Fiquei muito contente com isso.


— Comigo acontece o mesmo, sr. Forli. Até segunda!


De imediato o velho retornou à biblioteca, onde se postou à janela para observar a saída de Annie. Logo apareceu no salão um senhor que aparentava a mesma idade dele. O recém-chegado foi logo perguntando:


— Essa era a moça de quem você falou, Alessandro?


— Sim... O nome de minha neta é Anahí.


— Ela é muito parecida com Elena.


— Mais do que isso. É idêntica!


— Ela lhe contou onde está Elena?


Houve um longo silêncio, durante o qual ficou evidente que Forli travava no íntimo uma batalha de emoções.


— Minha filha morreu — ele declarou depois de algum tempo. — Ela mudou de nome. Passou a chamar-se Puente. Foi por isso que nunca a localizamos. Você já pensou que coisa terrível, ter tanta vergonha do pai que preferiu trocar de nome?


Solidário com a tristeza de Forli, o amigo pôs a mão em seu ombro, tentando confortá-lo.


— O que está feito, está feito, Alessandro. Não se pode mudar o passado. De qualquer forma. Elena não tinha razão para se envergonhar de você. Durante todos esses anos você apenas fez o que precisava para sobreviver.


— Mas como explicar isso a uma adolescente idealista? Eu não sabia como, e Elena nunca me perdoou.


— Bem, agora você encontrou sua neta e tem uma nova chance.


— Não! Anahí não deve jamais descobrir quem eu sou. Minha única chance é conhecê-la melhor, e ela a mim, mas nunca como seu avô.


Com uma expressão irônica, o velho perguntou:


— Você sabe quem é o marido dela?


— Não.


— Alfonso HERRERA!


Os olhos do amigo se estreitaram diante daquela revelação. Ele conhecia muito bem o nome Alfonso e o seu significado...


— Quer dizer que sua neta é casada com o promotor público... Você não podia ter planejado melhor as coisas.


— Espere um pouco! De forma alguma permitirei que Anahí seja envolvida em minha guerra com o marido dela.


— Tudo bem. Mas, se tornar-se público que Alfonso Herrera é casado com sua neta, a credibilidade e a carreira dele ficarão arruinadas.


Irritado, Alessandro golpeou o punho com força sobre a mesa, fazendo estremecer os objetos que ali se encontravam.


— Escute bem: ninguém deverá saber do meu parentesco com Anahí Rodriguez. E, se alguém descobrir, desde já saberei quem é o culpado. Entendeu?


— Perfeito!


— Então estamos combinados. Não quero pôr em risco a felicidade da minha neta, nem pretendo perdê-la, como perdi Elena. Sinto como se o destino me desse uma nova oportunidade de fazer Elena feliz, através de sua filha. Desta vez, não cometerei erros.


— Compreendo seus sentimentos, Forli. Mas e se o sr. Rodriguez proibi-la de ver você?


— Pensarei na solução para esse problema quando ele aparecer.


O amigo de Forli não respondeu, embora estivesse pessimista quanto aos acontecimentos vindouros.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

    CAPÍTULO VI   À primeira hora da manhã seguinte, Annie bateu à porta da biblioteca. — Entre! — disse Poncho no mesmo instante. Ele estava sentado à escrivaninha, escrevendo num papel timbrado. Assim que a viu entrar, largou a caneta e sorriu-lhe ternamente. — O que traz você aqui tã ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • eharumi Postado em 18/04/2012 - 15:13:18

    aah que pena que acabou :( AMEI a web, muito boa mesmo!! Espero mais adaptadas!! beijos

  • eharumi Postado em 17/04/2012 - 17:38:43

    Estou AMANDO a web!!!!!!!!! Posta mais!!!

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:59

    Posta mais, por favor! *-*

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:40

    Posta mais, por favor! *-*

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:39

    Posta mais, por favor! *-*

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:38

    Posta mais, por favor! *-*

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:38

    Posta mais, por favor! *-*

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:37

    Posta mais, por favor! *-*

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:36

    Posta mais, por favor! *-*

  • pink Postado em 17/04/2012 - 12:01:35

    Posta mais, por favor! *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais