Fanfic: Ao sabor dos teus caprichos - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Hesitante,Kuno continuou, depois de uma pausa:

— Como você vai vender a casa, nem um teto restará para o garoto.

— Isso é crueldade! Cuidei de Sam desde que ele nasceu. Sou a única mãe que ele conheceu. Tia Emily nunca lhe deu atenção. Por que ela se interessou pelo sobrinho tão de repente?

— Imagino que ela queira o controle sobre o fundo que cabe a Sam e que seu pai nunca pôde usar. Você é a única pessoa em condições de disputar com ela, mas está em desvantagem.

— Não me convence, Kuno! Ninguém pode tocar nesse dinheiro antes que Sam atinja a maioridade.

— No entanto, alguém precisa controlar esse fundo. E é aí que sua tia entra na história.

Pensativa, Anahí foi até a janela. As verdes colinas da fazenda de Illinois estendiam-se à sua frente, perdendo-se na linha do horizonte.

Por alguns anos. Cassie conseguira sustentar a casa com seus quadros. Não fora fácil, embora muitas vezes tivesse tirado o pai de vários apertos. Agora a situação mudara por completo. Não havia saída para o impasse surgido com as dívidas inesperadas.

Aproximando-se da amiga, Kuno colocou as mãos sobre os seus ombros, tentando confortá-la.

— Se eu e Dulce tivéssemos esse dinheiro, nós ajudaríamos você, Annie. Mas não sei onde conseguir tal quantia. Não adianta pensar num empréstimo porque os bancos consideram sua situação insustentável.

— Claro! Eles só emprestam dinheiro a quem não precisa.

— Bem, preciso voltar ao escritório. Se quiser falar comigo, basta telefonar. Lembre-se de que sou seu amigo.

— Eu sei, Kuno. Isso para mim é um consolo.

— Enquanto eu e Annie tivermos uma casa, você tem onde ficar. Queremos muito bem a você e a Sam.

— Obrigada. Mande um beijo para Dul. Não a vejo desde o enterro de papai.

Dando-lhe o braço, Anahí conduziu-o até a porta principal, sentindo o coração apertado de tristeza. Era impossível aceitar com indiferença o drama que se abatia sobre ela.

— Olá, mana! — cumprimentou Sam, aparecendo no hall de entrada. — Kuno ainda está aqui?

— Não, querido. Acabou de sair.

— Houve alguma coisa errada? — perguntou o garoto, percebendo a expressão preocupada da irmã.

Mais do que depressa, Annie tratou de sorrir, fingindo alegria. Ser órfão de pai e mãe antes dos oito anos já era uma grande infelicidade. Por isso ela pouparia o caçula de outros problemas.

— Seu rosto diz que você está triste.

— De jeito nenhum. Eu estava só pensando.

— Sobre o quê?

— Hum... Sobre dar um passeio a cavalo. Quer vir comigo?

O garoto ainda hesitou por um momento, mas logo o belo sorriso da irmã convenceu-o de que tudo estava bem.

— Não quero andar a cavalo, Annie. Prefiro comer uns docinhos. Posso?

— Pode. Só dois.

— Ah...três?

— Um!

— Está bem. Dois, então.

Anahí pôs a mão sobre sua cabeça, despenteando-lhe os cabelos.

— Eu te adoro, Sam! Você pode ficar sozinho aqui por uma hora mais ou menos?

— Claro! Já tenho quase oito anos.

Afastando-se, ela respondeu por cima do ombro:

— Uma grande idade! Não vou demorar. Até logo!

Atravessando o gramado bem cuidado, Cassandra deixou a bela mansão de pedra para trás e se dirigiu aos estábulos.

Seu cavalo favorito, um garanhão negro chamado Faraó, reconheceu-a logo e bateu as patas contra o chão. Embora estivesse de saia, ela não hesitou em montar, depois de jogar os sapatos para longe.

Como se conhecesse o trajeto que a dona queria seguir, o animal disparou pelos campos num galope veloz. Annie de imediato sentiu-se melhor. Enquanto seus longos cabelos negros esvoaçavam ao vento, esqueceu por completo os problemas que a atormentavam.

Capitulo dedicado a Eharumi e a Pink.

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