Fanfic: Ao sabor dos teus caprichos - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Pouco depois, ela retornava à casa, dirigindo o Fiat vermelho. Absorta em pensamentos, não percebeu que estava sendo seguida por um outro veículo, que sempre a acompanhava à distância em suas idas à villa de Alessandro Forli.

A governanta a esperava na varanda da mansão. Assim que a viu, foi logo avisando:

— Annie, seu marido não pára de telefonar à sua procura. Ligue para ele imediatamente.

Surpresa com a notícia, ela procurou disfarçar a emoção. Desde a noite de tempestade no chalé, tinha a impressão de que o marido a evitava, pois raramente ele aparecia em casa, e, quando o fazia, chegava tarde da noite e saía muito cedo.

— O sr. Alfonso disse que é muito importante — insistiu Maria. — Anotei o número. Está em cima da escrivaninha.

Dirigindo-se à biblioteca, Annie fez a ligação.

— Alô, Alfonso? Sou eu, Annie. Maria me disse que você precisava falar comigo. O que aconteceu?

— Ah, sim! Entrei em contato com o juiz americano que está cuidando do caso da custódia de Sam e ele me garantiu que você vai ganhar o processo.

— Graças a Deus! Que boa notícia!

Mal acabou de pronunciar essas palavras, lembrou-se do que elas significavam para os dois.

— E o nosso casamento, Poncho, como fica?

— Podemos assinar os papéis da anulação assim que chegar a notificação oficial dos Estados Unidos... Se for isso mesmo o que você quiser.

— Entendo — ela murmurou, tentando fingir indiferença.

Depois de um longo silêncio, Poncho declarou:

— Precisamos conversar, Annie. É uma decisão importante; seria bom discutir isso pessoalmente.

— Eu estou sempre disponível. Você é que nunca aparece.

— Ver você é uma tentação, minha querida. Tenho medo de não resistir.

— Você vem para casa à noite?

— Hoje não posso. Tenho um jantar com um cliente e depois vou para o apartamento.

— Que pena! — exclamou Annie, desapontada.

— Não fique tr1ste, Annie. Amanhã estarei de folga e passaremos o dia juntos.

Como ela não respondesse. Poncho perguntou:

— Você ainda está aí?

— Sim, claro...

— Eu te amo. E gostaria que as coisas fossem menos complicadas para nós.

— Eu também amo você, Poncho...

— Até amanhã, meu amor.

— Até!

Colocando o fone no gancho, ela ficou um longo tempo sentada, os olhos fixos em um ponto qualquer da sala.

— Céus, que cara estranha! Por que você está tão triste e feliz ao mesmo tempo? — perguntou Ucker, aparecendo na porta.

— Por causa do seu irmão!

— Hum! Já entendi. Que tal jantar comigo para esquecer os problemas?

— Ótima idéia. Para onde vamos?

— Você gosta de dançar? Sei de um lugar na cidade que é excelente!

— Está combinado. Que roupa devo usar?

— Coloque um vestido ousado, moderno. Vamos sair lá pelas oito, está bem?

Animada diante daquela oportunidade de divertir-se e fugir um pouco de suas preocupações, ANNIE levantou-se e beijou CHRISTOPHER no rosto.

— Espero que meu irmão mantenha você aqui por bastante tempo, Annie.

Ela subiu para o quarto cantarolando. Dirigiu-se ao armário e pegou um vestido sem alças, de tecido esvoaçante e com um leve brilho: próprio para a noite e principalmente para dançar. Ao menor passo, a saia flutuava, fazendo-a sentir-se como uma verdadeira bailarina.

Maquilando-se com cuidado, Annie realçou todos os seus traços delicados, de modo que, quando se olhou no espelho, sorriu com satisfação. Embora não fosse convencida nem vaidosa, gostaria de ser irresistivelmente bela, para que Alfonso a amasse.

Ao pensar no marido seu sorriso se apagou.

"Oh, Deus! Se fosse ele quem me estivesse esperando lá embaixo, como estaria feliz! A noite seria perfeita!"

Suspirou, resignada, e foi ao encontro de Christopher. Enquanto a conduzia em direção ao carro, ele comentou:

— Você andou sumida. Onde esteve a tarde toda?

— Estive pintando.

— Alguma coisa em especial?

— Especialíssima!