Fanfic: Ao sabor dos teus caprichos - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Ele puxou-a de encontro ao peito, alisando-lhe os longos cabelos negros. Após um momento de silêncio, ela perguntou:

— Quantos filhos você quer?

Poncho sorriu, divertido.

— Uns nove ou dez.

— Isso é fugir da resposta!

— Bem, eu gostaria de ter a casa cheia de crianças, mas ao mesmo tempo não quero dividir você com ninguém. Não sei o que escolher.

— Podemos discutir isso depois...

— Meu amor, o dia está quase amanhecendo. Que tal dormir nos meus braços?

Exausta, ela não demorou a pegar no sono, porém Poncho continuou acordado. As mudanças que experimentara nos últimos tempos deixavam-no agitado, insone. A luz do dia já se anunciava quando ele se levantou. Encostado à janela, ficou contemplando a mulher que amava. Como ela era bela!

De repente ouviu-se um assobio longo e a seguir o estrondo de vidro estilhaçado. Uma rajada de balas percorreu o quarto, enchendo tudo de poeira, pólvora e coisas quebradas.

Numa fração de segundo Alfonso jogou-se na cama e cobriu o corpo de Annie com o seu. O tiroteio durou ainda alguns minutos, que para eles pareceu uma eternidade. Depois fez-se um silêncio profundo.

Os dois permaneceram imóveis sobre a cama, envolvidos pela fumaça. Ao longe começaram a se ouvir sons de sirene, provavelmente da polícia, que vinha em socorro.

— Você está ferida, Annie?

Ainda muda de terror, ela apenas sacudiu a cabeça. Poncho levantou-se e correu para o telefone. Instantes depois, de volta ao quarto, abraçou-a fortemente contra o peito.

— Meu amor, Chris está a caminho e vai levá-la para a villa. Lá você estará segura.

— Por que fizeram isso, Poncho?

— Discutiremos esse assunto em outra ocasião. Vá se vestir, Annie.

Devagar, ela apanhou uma a uma as peças de roupas espalhadas pelo chão.

— Annie, não sei quando vamos nos ver outra vez. É preciso dar tempo ao tempo. Quanto mais longe ficar de mim, mais segura você estará.

— Mas...

Alfonso a silenciou com um beijo apaixonado.

— Não sei o que seria de minha vida se algo grave tivesse lhe acontecido.

— Por favor, não me abandone por receios como esse.

Poncho ficou em silêncio.

— Querido, não podemos permitir que nos separem. Pertencemos um ao outro. Nada pode mudar isso, você não vê?

— Só sei que você podia estar morta por minha causa...

Beijou-a novamente, ansioso por encerrar o assunto, e depois conduziu-a até o carro onde Christian a esperava.

De volta ao apartamento, encontrou o local repleto de policiais. Só então sentiu em toda sua plenitude a dimensão do atentado que sofrera junto com Anahí. Trêmulo de ódio, saiu do local disposto a encontrar a pessoa que julgava ser o responsável por aquele ato brutal.