Fanfic: Ao sabor dos teus caprichos - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Um carro seguiu em alta velocidade pela estrada que conduzia à mansão dos Portilla. A propriedade que a circundava era impressionante, não só pela beleza, mas pela sensação de aconchego e de vida que dali emanava.

Quando o veículo estacionou diante da porta principal, um garoto com a boca suja de doce franziu a testa, intrigado.

Descendo do carro, o motorista cumprimentou:

— Olá, mocinho!

Um sorriso apareceu nos lábios do menino.

— Olá. Quem é você?

— Meu nome é Alfonso Herrera. E o seu?

— Sam Portilla. — O garoto ergueu a cabeça para melhor examinar o recém-chegado. — Você veio para ver minha irmã?

— Se o nome dela for Anahí, a resposta é sim.

— Annie não está no momento. Foi cavalgar. Quer esperá-la?

— Quero, sim. Obrigado.

Naquele momento, o telefone tocou no interior da casa e Sam pediu licença para atendê-lo.

Sozinho na varanda, Poncho resolveu caminhar um pouco pela frente da mansão, a fim de apreciar os campos. Na linha do horizonte, avistou um vulto, nada mais que um pequeno ponto. Aos poucos, porém, a mancha escura ia se aproximando e tomando forma.

Por fim, apareceu diante de seus olhos uma cena inusitada: um cavalo negro e reluzente, montado por uma verdadeira amazona de cabelos soltos, tão escuros quanto o animal. A saia da moça, levantada pelo vento, revelava suas pernas bem torneadas.

Ao ver o desconhecido, Annie freou a montaria. O instinto lhe dizia que estava diante de uma visita inamistosa.

Nervosa, deslizou com suavidade da sela e aproximou-se do homem, encarando-o com seus olhos azuis.

Poncho examinou-lhe o rosto bonito, procurando uma imperfeição, mas não encontrou. Aquela era uma das mais belas mulheres que já vira em toda sua vida. E o curioso era ela, apesar disso, não parecer uma convencida.

— Bom dia, senhorita. Meu nome é Alfonso Herrera.

Annie  estendeu-lhe a mão para o cumprimentar, sem que nenhuma mudança ocorresse em seu rosto.

— Eu já imaginava — disse ela, num italiano correto. — Sou Anahí Portilla.

— Você fala italiano bem.

— Obrigada. Felizmente tenho um certo dom para línguas.

— Onde você aprendeu italiano?

— Minha mãe era de Milão. Aliás você deve saber disso.

Como ele nada respondesse, Annie perguntou:

— Você possui algum parentesco com Alma Herrera?

— Sou neto dela.

— Meu advogado contou-me sobre um levantamento que você estaria fazendo com os credores de meu pai.

— Hum, devo confessar que seu advogado está bem informado.

Outra vez fez-se silêncio entre os dois e novamente foi Annie quem falou:

— Preciso levar Faraó de volta ao estábulo. Não se incomoda de me acompanhar? Vou montada, porque estou descalça.

Enquanto seguia em direção às baias. Franco não tirava os olhos da silhueta esbelta de Annie.

— Você sempre cavalga de saia e sem sapatos?

Ela riu, deixando Poncho fascinado pelas covinhas que se formaram nos cantos de seus lábios.

— Não tenho regras quanto a isso. Minha mãe dizia que eu devia ser metade cigana.  

Chegando ao estábulo, ele a surpreendeu por completo, agarrando-a pela cintura para ajudá-la a desmontar. Com o toque das mãos dele, um arrepio percorreu Annie dos pés à cabeça, sobressaltando-a.  

Naquele momento embaraçoso, Sam apareceu esbaforido, dirigindo-se à irmã.

— Jason me convidou para ir a um jogo de beisebol com o pai dele e depois dormir lá. Posso ir. Annie?

— Creio que sim. Mas, se você tiver um tempinho antes, passe uma escova em Faraó, está bem?

Em seguida, virando-se para o visitante, ela completou:

— Você ainda não conhece meu irmão, não é verdade? Este é Sam.

Poncho piscou o olho para o garoto antes de responder:

— Já nos conhecemos. Conversei com ele assim que cheguei.

Deixando o menino ocupado com Faraó, Anahí tocou de leve o braço de Alfonso, convidando-o para acompanhá-la até a casa. O tecido fino da camisa dele permitiu-lhe sentir a musculatura firme.