Fanfic: Ao sabor dos teus caprichos - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

CAPÍTULO II

Na manhã seguinte, Annie acordou bastante preocupada. Sempre encarara seus problemas de frente, mas daquela vez o inusitado da situação lhe tirava qualquer iniciativa.

Procurando fazer algo para se distrair, levantou-se rapidamente, vestiu jeans e camiseta, amarrou os cabelos num rabo-de-cavalo e começou uma faxina na casa.

Depois de duas horas, todos os cômodos estavam limpos e arrumados. Anahí sentia-se cansada, mas mesmo assim dirigiu-se ao jardim para cuidar de alguns canteiros. Fazia um belo dia de sol, e ela transpirava, recurvada sobre as flores.

De repente, uma voz masculina a cumprimentou:

— Bom dia, Anahí!

Sobressaltada, ela se voltou tão rapidamente que quase perdeu o equilíbrio.

— Desculpe-me, não queria assustá-la. Você está bem? — perguntou Poncho, aproximando-se mais.

— Puxa, levei um susto! Não esperava ninguém por aqui.

Apoiada na mão que ele lhe oferecia, Anahí levantou-se. Então Alfonso tirou um lenço do bolso e limpou-lhe o rosto banhado de suor. Mais uma vez ela se surpreendeu com a perturbação que o toque daqueles dedos lhe causava.

— O dia está lindo, não? — comentou, ansiosa para disfarçar o embaraço.

— Você não acha dispensável esse tipo de observação? — Poncho retrucou, mostrando que percebia seu estado de espírito.

— Tem razão. Foi bom você dizer isso, senão eu começaria a falar sobre o tempo até me cansar.

Alfonso examinou seu rosto enrubescido, antes de informar:

— Anahí, consegui que um juiz viesse até aqui para realizar a cerimônia do nosso casamento. Ele deve chegar dentro de uma hora.

De imediato, ela sentiu o coração bater assustado dentro do peito. No entanto, procurou aparentar calma.

— Tão rápido assim, Alfonso? Ainda não tive chance de falar com Sam a esse respeito.

— Precisa ser hoje, Anahí, porque logo em seguida viajarei para Roma.

Annie permaneceu em silêncio por algum tempo, sem saber o que dizer. Por fim, perguntou:

— Devo viajar com você também? A venda desta casa está me deixando maluca. Há tanta coisa para resolver! Além disso, ainda preciso me desfazer dos móveis...

— Não se preocupe, Anahí. Use o tempo que achar necessário. Você não precisa me acompanhar agora. Fique aqui até resolver tudo.

Mal ele acabava de falar, Sam apareceu no jardim, vindo dos fundos da casa.

— Ah, annie, ainda bem que você está aqui. Procurei você por toda parte.

Com um sorriso nos lábios. Anahí abraçou o irmão pequeno.

— E então, você se divertiu?

— Foi ótimo! Meu time ganhou. Depois nós fizemos churrasco e dormimos em sleeps bags. — O garoto deu-se conta da presença de Poncho e cumprimentou-o educadamente: — Como vai, sr. Alfonso?

— Estou bem, e você?

Depois de hesitar um instante, Annie disse:

— Sam, preciso conversar com você.

Antes que o menino respondesse, Poncho se adiantou, colocando o braço sobre os ombros dela.

— Acho que seria melhor conversarmos nós três juntos.

— Sobre o quê? — indagou Sam, parecendo apreensivo.

Annie fez um leve movimento com a cabeça, convidando Alfonso a explicar o que se passava.

Então ele pressionou a mão em seus ombros, comunicando-lhe silenciosamente que cuidaria do caso. Foi um gesto surpreendente e confortador que a fez perceber que aquele homem, tão bruscamente unido à sua vida, possuía uma personalidade compreensiva.

— Sam, sua irmã e eu resolvemos nos casar!

O garoto arregalou os olhos, atônito.

— Casar? Então o senhor vai ficar morando conosco?

— Não, não será bem assim. Vocês é que vão morar comigo na Itália. Mas não agora. Só daqui a alguns meses.

— Itália? Oba! Vou adorar ir para longe. Bom, agora vou comer alguma coisa.

Anahí mal podia acreditar na naturalidade com que o irmão recebera a notícia que era um verdadeiro terremoto na vida dela. Sem esconder seu espanto, comentou com Alfonso:

— Ele não parece nem um pouco chocado com a novidade!

— Ao contrário da irmã, não é verdade?

— Seria falso dizer que estou chocada. Assustada, sim. E não é para menos. Nós dois não nos conhecemos e dentro de uma hora seremos marido e mulher!

Poncho preferiu não responder, embora seu olhar intenso traduzisse calor e emoção.

— Acho que está na hora de me aprontar para a cerimônia, Alfonso... Ontem à noite não lhe agradeci, mas quero que você saiba que me sinto muito grata pelo que está fazendo por mim e por meu irmão.

Dito isso, dirigiu-se para a porta, sabendo que ele a examinava atentamente.