Fanfic: UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso
UM ESTRANHO EM MINHA VIDA (The Perfect Stranger) Anne Gracie
Capítulo I
Calais, França, Setembro de 1818
Vozes de vários homens ecoavam na escuridão. Anahí se levantou. Uma luz se aproximava do local onde ela se escondia.
— Onde você está, minha pombinha? — O homem parecia embriagado.
— Você tem certeza de que ela está aqui? — Um segundo homem indagou. Eles conversam em francês.
— Eu a vi entrando e sei que não saiu. Está esquentando o nosso ninho. — O sujeito que respondeu soltou uma risada rouca. Mais dois riram também. Talvez três ou mais; não dava para ter certeza.
Annie vestiu seu casaco de lã, calçou as botas e resolveu que não esperaria mais nenhum minuto.
Logo adiante, a cidade repousava. Mas ela não tinha intenção de voltar para lá. A cidade estava cheia de homens como aqueles. Homens cruéis que queriam se aproveitar dela.
Sua única alternativa era fugir para a direção da praia.
— Lá embaixo! — Eles a avistaram e começaram a perseguição.
Não adiantava mais se preocupar com o barulho. Anahí correu o mais rápido que podia, passando por arbustos e gramados. Sua saia se enrascava em galhos e espinhos, dos quais ela ia se livrando em cego desespero, sem perceber os arranhões em suas pernas. Atrás dela, seus perseguidores.
Annie tropeçou numa raiz e foi ao chão. Caída, ela buscava pelo ar, que parecia fugir. Finalmente, recuperou o fôlego e no mesmo instante se levantou e retomou sua fuga desesperada. Nesse momento, o silêncio da noite foi rompido por uma melodia suave e não muito distante.
Onde havia música havia pessoas. Pessoas que poderiam ajudá-la. Não havia outra opção.
A música, que já tinha sido seu refúgio, ultimamente era sua ruína.
Arriscando tudo, Annie tomou o caminho da praia. Pedaços de troncos e pedras castigavam seus pés a cada passo. Não muito distante, seus perseguidores. Ela correu para salvar sua vida, correu na direção da música.
Era um pequeno acampamento com uma fogueira acesa no centro.
Uma figura solitária, sentada próxima ao fogo, tocava a música suave; o som de cordas espanholas ecoava na noite. Um enorme cachorro se ergueu das sombras. Faith ficou paralisada, temendo o animal.
— Lá embaixo! — As vozes de seus perseguidores se aproximavam cada vez mais e nada seria pior daquilo que planejavam fazer com ela.
— Ajude-me! — Annie suplicava, desesperada. — Ajude-me... eu lhe imploro!
A música parou. Os olhos do imenso cachorro refletiram na noite e ele rosnou.
— Quieto, Wulf!
O cão se calou imediatamente.
— Ajude-me! — Annie insistia, quase sem fôlego.
Milagrosamente, o homem conseguiu entendê-la e estendeu-lhe a mão.
— Venha, pequena — foi tudo o que ele disse.
Sua voz era calma, serena e inspirava segurança. Apesar de não ser possível visualizar-lhe o rosto com clareza, Anahí segurou a mão estendida com todas as suas forças. Ele era alto e sólido, e aquela voz, ela pensou, transmitia força e proteção.
O terreno irregular a fez tropeçar e cair nos braços do desconhecido. Ele a segurou com firmeza contra o peito, mas o impacto o derrubou de costas no chão e, por um momento, os dois ficaram deitados, o corpo de Annie sobre o do homem. Seus braços fortes e musculosos ao redor dela. Seu cheiro era bom, um aroma natural de limpeza.
O cão latiu novamente, mas agora sua ameaça foi para a escuridão da noite. Os perseguidores estavam por perto.
Enquanto procurava se recompor, Anahí tentava buscar as palavras em francês para explicar sua situação. Mas elas lhe fugiam devido ao nervosismo. Ela se ajoelhou na areia ao lado do homem e ergueu as mãos no ar como numa posição de prece.
A enorme silhueta se ergueu na sombra da fogueira.
— Mademoiselle? — A voz dele era grave e profunda.
— Desculpe, desculpe — Annie murmurou. — As palavras me escapam. Oh, Deus! — Não podia ver o rosto dele, mas o dela estava iluminado com a luz do fogo.
— A senhorita é inglesa?
— Sim, eu sou. O senhor também? — Pelo sotaque, Anahí percebeu que ele também era inglês, e isso ou algo mais, misteriosamente, a fez sentir-se segura.
O cão latia, desesperado.
— Aqueles homens... estão se aproximando.
Ele apenas olhou para os lados e estendeu a mão para ela.
— A senhorita consegue se levantar? — As palavras e o gesto eram de um cavalheiro.
Annie assentiu, apesar de suas pernas estarem trêmulas. Ele a ajudou com mãos firmes e gentis. O cachorro continuava latindo sem parar.
— Chega, Wulf! — O cão se calou e o silêncio prevaleceu. Na praia três silhuetas corriam.
— Eles estão atrás de mim.
— Foi o que pensei. Mas por que a estão perseguindo? A senhorita roubou algo?
— Não! — Annie respondeu, indignada. — Eles querem... Eu acho que... Acho...
— Já entendi. Sente-se aqui perto do fogo. Eu cuidarei deles.
— Mas são três ou mais!
O sorriso dele era selvagem.
— Ótimo!
Ótimo? Annie encarava a face nas sombras, tentando ver melhor. O que ele quisera dizer com ótimo?
Autor(a):
Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Uma voz bradou: — Ei, meu caro! A mulher é nossa! — Oui, devolva-a para nós e não haverá problema — outro gritou. — A mulher é minha. O cachorro latiu em seguida, como para reforçar as palavras de seu dono. Annie estremeceu. Será que agora ela teria de fugir de mais ...
Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 34
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:49
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
-
carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:32
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
-
carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:14
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
-
carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:06:55
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
-
eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:46
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
-
eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:26
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
-
eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:14
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
-
eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:01
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
-
fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:45
Veja mais um capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631
-
fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:19
Flor, uma jovem humilde que trabalha na cafeteria "Gusto Bien" da patricinha Beatriz que está noiva á nove anos com Leandro Vilarde. Sonhadora, a moça deseja um dia encontrar seu príncipe encantado com quem irá se apaixonar eternamente. Divide a casa com Talita, amiga de infância que sonha em se tornar uma atriz famosa, mas acaba sempre fracassando em suas tentativas até o dia em que conhece o famoso e detestável diretor de TV Rex Lex. Flor e Leandro acabam se encontrando e se apaixonando perdidamente um pelo outro, mas o romance não será duradouro, Beatriz fará de tudo para ter o noivo ao seu lado para garantir uma vida de fartura, usando até a morte do pai como pretexto. O casal não contava que Diego, ex-namorado de Flor que estava preso havia sido solto e voltara a fim de reconquistar novamente a moça custe o que custar. Nesse turbilhão todo, Flor acabará ficando dividida entre Diego e Leandro. Quem ela irá escolhar?