Fanfics Brasil - 29 UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada)

Fanfic: UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 29

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Num canto do quarto, havia uma pequena lareira, e Ammoe ficou feliz por ter com que se ocupar acendendo-a.


Serviria para distrair seus pensamentos a respeito da cama. Era covardia, ela sabia, mas no momento não tinha outra saída.


Eles permaneceram sentados por alguns momentos, apenas ouvindo o barulho da tempestade.


— Você gostaria de jogar xadrez? — Poncho perguntou.


Annie sorriu, recordando-se da agonia que eram as aulas de xadrez que seu avô ministrava a ela e a suas irmãs. Consistiam em horas a fio confinadas numa sala sendo forçadas a aprender o jogo apenas para o divertimento dele.


— Eu jogo um pouco, mas não sou muito boa. Mas, se o senhor quiser...


— Não se incomode. — Ele se levantou e caminhou pelo quarto.


Sua presença preenchia todo o pequeno cômodo. Lá fora, a tempestade, e ali dentro, o silêncio absoluto. Num esforço de tornar a situação mais agradável, Anahí disse a primeira coisa que lhe veio à mente:


— Stevens me contou que seu pai o obrigou a ir para o exército.


Poncho ficou imóvel e depois estremeceu.


— Eu era muito jovem. Meu pai achou que seria bom para mim. Mais tarde, descobri que a minha natureza estava mais de acordo com o exército do que eu imaginava.


As palavras de aparente aceitação dele foram ditas com amargor e num tom de rancor.


— Como foi que tudo aconteceu?


Poncho foi em direção à porta.


— Se você não se importar, vou verificar se está tudo bem com Wulf e os cavalos. O cachorro fica louco com os trovões.


— Não me importo.


— Voltarei às sete para descermos para o jantar.


Era bobagem se incomodar com aquilo. Casados ou não, eles ainda eram estranhos. Não era problema dela o que Poncho pensava do próprio pai. Afinal, também Annie tinha seus segredos.


Ela sentou-se junto à mesinha e se preparou para escrever as cartas para a sua família. Primeiro para a irmã gêmea, Giovanna, depois para Prudence, e, em seguida, para tio Oswald e tia Gussie.


 


Verificar o cachorro fora apenas uma desculpa. Alfonso tinha de sair daquele pequeno quarto com aquela única cama; com a chuva caindo lá fora, e lá dentro aquela voz doce.


Mas ele dera a palavra de que seria um casamento apenas de fachada, e era um ponto de honra não tocar em Anahí. Mesmo que aquela voz macia e delicada lhe despertasse instintos havia muito adormecidos.


Assim que aquela maldita tempestade terminasse, Poncho poderia mandá-la para a Inglaterra. Depois continuaria sua viagem para o sul da Espanha, e toda essa história de casamento viraria passado.


Poncho só retornou para o quarto um pouco antes do jantar e, como bom cavalheiro, bateu na porta antes de entrar.


— O jantar será servido em quinze minutos. Você prefere que o seu jantar seja trazido aqui numa bandeja ou quer descer?


Annie abriu a porta para atender o marido.


— Prefiro descer.


A sala de jantar estava lotada de hospedes, mas o local tinha sido dividido em duas áreas, uma para a classe alta e outra para as pessoas comuns. Os populares se serviam sozinhos; os outros eram servidos e pagavam um extra pelo privilégio. Quando Poncho e sua esposa se dirigiam à área reservada à classe alta, viram que Stevens tinha sido recrutado para ajudar no serviço. Ele parecia afobado, mas estava feliz.


Poncho meneou a cabeça, pensativo, enquanto puxava a cadeira para Annie.


— Ele é incorrigível. Não suporta ficar desocupado. Stevens gosta de se sentir útil.


Anahí sorriu. Todos gostam de se sentir útil, ela pensou.


Lady Brinckat e sua filha já estavam sentadas. Alguém tinha cedido um quarto para as duas.


Quando Stevens passou por elas, Anahí ouviu a garota dizer:


— Oh, mamãe, olhe para o rosto dele! Como é horrível!


O comentário se referia às cicatrizes do rosto de Stevens, Annie percebeu, horrorizada.


Lady Brinckat falou em voz alta:


— Desvie o olhar, minha querida. Se o patrão dele tivesse o mínimo bom senso, não permitiria que um sujeito deformado como ele ficasse à vista de todos. Principalmente de damas sensíveis.


A mulher estava usando Stevens para atingir Alfonso. Mas Anahí não permitiria que ninguém ofendesse Stevens daquela maneira. Ela se levantou e caminhou na direção da mesa de mãe e filha.


— Como ousa se referir dessa forma a um homem simples e gentil? — Annie acusou. — E ainda tem a coragem de se considerar uma dama! Deveria se envergonhar da sua falta de sensibilidade!


As duas mulheres a encaravam, abobalhadas. Anahí as encarava de volta; dentro dela, pura emoção, e seus olhos brilhavam devido às lágrimas.


— Se fizer outra observação como essa sobre Stevens, prometo que darei uma surra nas duas! — Annie desejava ter dito algo pior, mas sua ira era tamanha que ela mal conseguia raciocinar e as palavras lhe escapavam.


Lady Brinckat e sua filha estavam pálidas e chocadas demais para responder algo. O silêncio foi quebrado pelo barulho de palmas. Todos olhavam para elas, e Alfonso se levantou, aplaudindo sua esposa.


A porta da cozinha se abriu e uma senhora vestida de branco saiu de lá. Era a renomada chef da cozinha de quem o bom Stevens já tinha caído nas graças. Com as mãos nos quadris, ela perguntou em francês para o irmão, o dono da estalagem, o que estava acontecendo.


Ao ouvir a história, a mulher ficou enfurecida e marchou para a mesa de lady Brinckat. No caminho, ela parou, deu um abraço em Annie e beijou-a no rosto. Todos os presentes se levantaram e começaram a bater palmas de novo. Anahí corou, embaraçada.


A francesa então encarou as duas inglesas.


— Sua velha vagabunda e filhinha! Eu não vou alimentar duas porcas como vocês! Fora daqui as duas, antes que eu as chute.


Chocadas pelas palavras chulas e pela ameaça, lady Brinckat e sua filha se levantaram no mesmo instante e se retiraram da sala, indignadas e com medo, pois perceberam que a francesa não estava fazendo uma ameaça vazia.


— Já vão tarde! — a chef declarou. — Agora, ma petite, meu irmão vai lhe servir nosso melhor champanhe. — Ela olhou para Alfonso, que ainda estava em pé. — Os amigos de Stevens são bem-vindos aqui.


Stevens disse algo no ouvido dela, que sorriu.


— Uma noiva? Por que você não me disse antes? — A mulher se virou e anunciou para todos: — Este belo casal contraiu núpcias esta manhã. Isso pede uma celebração.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:49

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:32

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:14

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:06:55

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:46

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:26

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:14

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:01

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:45

    Veja mais um capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631

  • fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:19

    Flor, uma jovem humilde que trabalha na cafeteria "Gusto Bien" da patricinha Beatriz que está noiva á nove anos com Leandro Vilarde. Sonhadora, a moça deseja um dia encontrar seu príncipe encantado com quem irá se apaixonar eternamente. Divide a casa com Talita, amiga de infância que sonha em se tornar uma atriz famosa, mas acaba sempre fracassando em suas tentativas até o dia em que conhece o famoso e detestável diretor de TV Rex Lex. Flor e Leandro acabam se encontrando e se apaixonando perdidamente um pelo outro, mas o romance não será duradouro, Beatriz fará de tudo para ter o noivo ao seu lado para garantir uma vida de fartura, usando até a morte do pai como pretexto. O casal não contava que Diego, ex-namorado de Flor que estava preso havia sido solto e voltara a fim de reconquistar novamente a moça custe o que custar. Nesse turbilhão todo, Flor acabará ficando dividida entre Diego e Leandro. Quem ela irá escolhar?


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