Fanfics Brasil - 3 UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada)

Fanfic: UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 3

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— Fique calma. Está tudo bem. Venha, vamos nos sentar perto da fogueira. A senhorita consegue andar?


— Sim, é claro. — Annie virou-se na direção da fogueira, mas suas pernas fraquejaram. Quando se deu conta, estava sendo carregada.


Poncho percebeu a surpresa nos olhos dela.


— Por que não me disse logo que o seu pé está machucado?


Anahí não estava acostumada, pois Santiago nunca a carregara em seus braços.


O vestido verde que ela usava estava esfarrapado e expunha algumas curvas femininas. O tecido de seda muito delicada indicava que a roupa fora bela um dia. Seu casaco, por outro lado, era grosso, rústico e pesado, de lã caseira. Uma estranha combinação.


O cheiro de Anahí era agradável, e o corpo de Alfonso reagiu da mesma maneira como havia reagido quando ela o derrubara no chão. Com excitação. Intensa e imediata.


Ainda bem que estava escuro. Annie se esforçou para desviar seus pensamentos. Mulher tola! O que, afinal, estava fazendo naquela região da França? Um desencontro amoroso? Ele duvidava. Apesar de suas roupas estranhas, ela não parecia ser do tipo.


A moça devia ter berço. Sua pronúncia era pura, aristocrática, sem marcas de regionalismos.


Poncho a colocou sobre um cobertor perto do fogo e a observou por um tempo. Com as mãos ainda trêmulas, Annie tentava ajeitar suas roupas e os cabelos. Muito magra, seu rosto estava sujo, arranhado e com manchas roxas.


Um resquício de beleza pairava naqueles grandes olhos assustados, emoldurados por cílios longos e negros. Olhos azuis e claros como água cristalina eram um convite para qualquer homem se afogar. Mas Alfonso não tinha intenção alguma de se afogar nos olhos de nenhuma mulher.


E havia a boca. Ele mal podia olhar para aqueles lábios macios e vulneráveis, os mais convidativos que já vira.


— Obrigada. Desculpe, eu não tinha a intenção de... — A voz dela estremeceu e Poncho se preparou para ouvir um ataque histérico.


Annie, porém, o surpreendeu ao respirar fundo e retomar o controle.


— Sinto muito por havê-lo envolvido nessa confusão, mas eu não tinha a quem recorrer. O senhor foi tão corajoso ao se arriscar daquela maneira por mim! Muito obrigada...


— Bobagem! — Ele a interrompeu bruscamente. — Eu sou, ou melhor, eu fui um soldado. Não me importo de lutar, e aqueles porcos não foram páreo o suficiente.


O lábio inferior de Anahí ainda tremia. Alfonso tirou um frasco de dentro de seu casaco.


— Tome um gole. Isto vai acalmá-la.


— Oh, mas eu...


— Até mesmo os soldados mais valentes podem ficar trêmulos depois de uma batalha. Não discuta. Beba.


Annie o olhou desconfiada.


— Não estou planejando embebedá-la. Tome logo uns dois goles. Vai lhe fazer bem. A bebida acalma e espanta o frio.


— Não estou com frio — Annie respondeu, mas apanhou o frasco mesmo assim.


Poncho se agachou e alcançou a saia dela.


 — Pare com isso! O que está fazendo?— Annie gritou, tentando bater na mão dele.


Alfonso segurou-lhe as mãos.


— Não seja boba! Como poderei examinar o seu tornozelo se não erguer a sua saia?


— Mas por que o senhor quer examinar o meu tornozelo?


— Porque ele está machucado, é claro!


— Na verdade, está doendo muito — ela admitiu.


Poncho apanhou o frasco que Anahí havia deixado cair e insistiu:


— Vamos, beba um pouco. Vai ajudá-la a suportar a dor.


Ela abriu a tampa e levou o frasco aos lábios. O líquido ardente desceu queimando por sua garganta, fazendo-a tossir e engasgar.


— O que é isto? — Annie perguntou ao recuperar o fôlego.


— Conhaque. Não é exatamente uma bebida feminina, mas lhe fará bem depois do susto que levou.


Havia algo de especial na maneira como ele falava; algo de atraente. Dissera que havia sido um soldado. Um oficial, ela concluiu, por causa do tom de comando na voz de Alfonso.


Agora que a queimação do primeiro gole já tinha passado, um calor crescia dentro de Anahí. Seus músculos estavam relaxando e seu sangue se aquecendo.


— Obrigada. — Ao devolver o frasco, percebeu que ele ferira a mão durante a luta. — Sua mão...


— Não foi nada. — Poncho levou o frasco à boca e tomou um gole prolongado. — Qual é o seu nome?


Ela hesitou.


— Anahí... Portilla — declarou. Não seria prudente revelar seu verdadeiro sobrenome. Já era ruim o suficiente que tivesse se desgraçado. Não seria justo manchar a reputação de suas irmãs também.


— Então srta... Portilla — A pausa deliberada demonstrou que ele estava desconfiado —, posso ver o seu tornozelo agora?


Annie teve um sobressalto quando as mãos de Poncho deslizaram sob a saia e tocaram a pele macia atrás de seu joelho.


— O que o senhor pensa que está fazendo?


— Tentando desamarrar a sua liga para tirar as meias.


Ela abaixou a cabeça, humilhada. Nenhuma mulher de respeito andava sem meias.


— Minhas meias estavam cheias de buracos.


— Entendo. — Ele ergueu-lhe a saia até a altura dos joelhos. Sentindo-se envergonhada e exposta, Annie tentou abaixá-la um pouco, mas Alfonso a deteve apenas com um olhar.


A luz da fogueira refletia nas pernas dela enquanto ele desamarrava as botas. Anahí sabia o que ele devia estar pensando. Nenhuma dama de verdade usaria botas tão surradas e rústicas.


— Meus sapatos eram muito delicados. Eu os troquei por estas botas — ela murmurou.


Gentilmente, ele retirou as botas. Annie gemeu e Poncho recuou.


— Como a senhorita chegou a esta situação?


Ela desviou o olhar, sem responder.


— Quem cuida da senhorita?


— Eu mesma.


Ele resmungou algo e tirou suas próprias botas e o casaco. E quando Annie, assustada, se indagava o que mais Alfonso tiraria, ele se aproximou e a pegou em seus braços.



joanacarolina, gracias , que bom que está gostando.


gracias a todas pelos comentários.



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  — O quê? — Calma, vou levá-la para o mar. A água salgada vai arder como fogo, mas limpará seus pés e pernas. Será a única maneira de avaliar seus ferimentos. — Tive de erguer a saia quando estava correndo. O tecido acabou se enroscando em alguns galhos, por isso fiquei neste estado. — Ah, sim! ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:49

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:32

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:14

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:06:55

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:46

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:26

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:14

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:01

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:45

    Veja mais um capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631

  • fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:19

    Flor, uma jovem humilde que trabalha na cafeteria "Gusto Bien" da patricinha Beatriz que está noiva á nove anos com Leandro Vilarde. Sonhadora, a moça deseja um dia encontrar seu príncipe encantado com quem irá se apaixonar eternamente. Divide a casa com Talita, amiga de infância que sonha em se tornar uma atriz famosa, mas acaba sempre fracassando em suas tentativas até o dia em que conhece o famoso e detestável diretor de TV Rex Lex. Flor e Leandro acabam se encontrando e se apaixonando perdidamente um pelo outro, mas o romance não será duradouro, Beatriz fará de tudo para ter o noivo ao seu lado para garantir uma vida de fartura, usando até a morte do pai como pretexto. O casal não contava que Diego, ex-namorado de Flor que estava preso havia sido solto e voltara a fim de reconquistar novamente a moça custe o que custar. Nesse turbilhão todo, Flor acabará ficando dividida entre Diego e Leandro. Quem ela irá escolhar?


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