Fanfic: UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso

Eles ficaram deitados lado a lado, separados por um travesseiro, ouvindo a tempestade e as vozes que ecoavam lá embaixo. A maioria dos homens dormia pouco em sua noite de núpcias, Alfonso refletiu ironicamente, mas não pela mesma razão que ele...

O sono finalmente os apanhou, porém Poncho foi despertado durante a madrugada ao sentir um corpo macio se aconchegando ao dele.

— Mudou de idéia? — Poncho murmurou e se virou para acomodá-la em seus braços. Mas um relâmpago iluminou o rosto de Annie, e ele percebeu que sua esposa ainda dormia.

Mais trovões e relâmpagos se seguiram e ela se aninhou nos braços do marido. Alfonso então descobriu que Anahí estava com medo, e não tentando seduzi-lo. A promessa dele ainda teria de ser mantida, ainda que seu corpo pedisse o contrário.

Mas uma promessa era uma promessa. Somente uma noite e Poncho estaria livre. Menos de uma noite e Anahí estaria longe, e a vida dele voltaria a ser como antes.

Anahí despertou na manhã seguinte sentindo uma maravilhosa sensação de conforto e proteção. Permaneceu na mesma posição Por um tempo, simplesmente para desfrutá-la. O mundo parecia calmo e quieto, e levou um tempo para que ela percebesse que a tempestade havia passado. Annie não tinha vontade de se mover, até que a consciência a trouxe de volta à realidade. Ela estava casada com um homem chamado Alfonso Rodriguez. E hoje regressaria à Inglaterra, para suas irmãs e tio. O melhor a fazer era se apressar, pois estava pronta para voltar para casa e encarar as conseqüências de seus atos. Ainda de olhos fechados, Annie se espreguiçou.

Mas congelou ao esbarrar num corpo masculino, forte, quente, deitado ao seu lado.

Ela não tinha apenas se casado com um homem chamado Alfonso, encontrava-se na cama com ele!

O peso do braço de Poncho fazia pressão sob suas costas, prendendo-a contra o corpo dele. Para completar, algo pressionava sua coxa, e certamente não era o travesseiro...

— O que o senhor pensa que está fazendo?

Poncho resmungou e se esticou um pouco.

— Para com isso! O senhor prometeu!

Ele abriu os olhos assustado.

— Acho que finalmente consegui dormir — Poncho murmurou.

Annie tentou se esquivar do abraço, mas ele a segurou com mais força.

— O que o senhor está fazendo?

— Bom dia, sra. Rodriguez.

— Bom dia — ela respondeu enquanto tentava se desvencilhar de Poncho.

— Espero que você tenha dormido bem.

— Dormi, obrigada. Agora, o senhor poderia... — Annie o empurrou com as mãos contra o peito dele.

— A tempestade não a incomodou?

Anahí negou com a cabeça, visivelmente perturbada pela intimidade que a posição provocava.

— Você não tem medo de tempestades?

— Não. Eu tinha quando era criança — ela respondeu, firme.

— Os trovões não a assustam, então?

— Não sou mais uma criança para me assustar com tais coisas.

— Certo, você não é mais uma criança, e sim uma mulher casada.

— Sim. Mas, por favor, agora eu gostaria de me levantar.

— Ainda não. Há uma pequena questão que diz respeito às suas obrigações de esposa.

— Obrigações de esposa? Mas o senhor prometeu...

— Toda esposa tem uma obrigação matinal a cumprir com o marido. Tenho certeza de que você sabe do que se trata.

Anahí saiba muito bem do que se tratava. Tinha algo a ver com a parte do corpo dele que instintivamente exercia pressão contra a sua coxa. Os braços de Poncho continuavam ao redor da sua cintura.

— O senhor não está querendo insinuar...

— Claro que estou. — O brilho nos olhos dele se intensificou.

Ela tentava se esquivar, mas, com gentileza, uma mão de Poncho amparou-lhe a cabeça de volta, e os lábios dele se aproximaram dos da esposa.

Os lábios de Alfonso eram quentes e firmes, e seu gosto se espalhou por todo o corpo de Anahí.

E, de repente, ela se viu livre.

— Bom dia, sra. Rodriguez — ele disse se afastando.

Um beijo. Era a isso que Poncho se referia como uma obrigação matinal de esposa. Somente um beijo. Annie sorriu aliviada. Porém, apesar do alívio, uma estranha sensação de desapontamento surgiu. A de ser dispensada.