Fanfics Brasil - 4 UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada)

Fanfic: UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 4

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— O quê?


— Calma, vou levá-la para o mar. A água salgada vai arder como fogo, mas limpará seus pés e pernas. Será a única maneira de avaliar seus ferimentos.


— Tive de erguer a saia quando estava correndo. O tecido acabou se enroscando em alguns galhos, por isso fiquei neste estado.


— Ah, sim! Protegeu um vestido velho em vez de pensar nas próprias pernas. Muito sensato.


— Não foi isso — Annie explicou com dignidade. — Minha saia estava se enroscando na vegetação, atrapalhando a minha fuga.


— E os pés? Eles estão cheios de bolhas.


— Percorri um longo caminho — ela ia continuar sua explicação, mas então parou. Não devia satisfações a ninguém, exceto à sua família.


Eles percorreram calados o caminho até a praia.


— Segure-se bem, pois vai arder muito — Poncho avisou.


Anahí ofegou quando a água salgada e fria atingiu seus vários arranhões e ferimentos. Mas ela não iria gritar de maneira alguma. Todas as mulheres da família Puente eram capazes de suportar a dor sem chorar. Era um legado do severo avô.


— Melhorou? — Poncho perguntou.


Ainda sem poder falar, Annie concordou com um gesto de cabeça.


— Vou colocá-la sentada naquelas pedras e ver a situação dos seus pés. — Ele a fez sentar em cima de umas pedras à beira-mar. — Mantenha-os na água. Sei que está gelada, mas vai ajudar a diminuir o inchaço.


Com extremo cuidado, Alfonso examinou-lhe os pés muito machucados. A situação não era nada boa, por isso os ferimentos ardiam tanto.


— Mantenha os pés dentro da água o máximo que agüentar. Depois a senhorita se aquecerá ao lado da fogueira. Sei que está doendo, mas o sal cura. Não saia daqui que eu já volto.


Poncho deixou Anahí sentada nas pedras como uma sereia.


— Está melhor? — Poncho perguntou a Annie.


— Sim, obrigada. O senhor estava certo. A água do mar ajudou muito.


— Acho que a senhorita está com frio agora. Vamos para junto da fogueira?


Alfonso a levou de novo em seus braços. Era a primeira vez que um homem a carregava. Aquilo era... muito bom.


Ao se aproximarem do fogo, Annie sentiu um aroma maravilhoso. Seu estômago vazio roncou alto e ela olhou sem jeito para o sr. Herrera.


— Meus amigos voltarão logo.


— Seus amigos?


— Não tem o que temer — ele disse. — Stevens, meu cavalariço, e Mac, meu antigo sargento. — Delicadamente, Poncho a colocou sobre um cobertor. — A senhorita jantará conosco, é claro.


Annie estava tão faminta que não tinha condições de recusar, ainda que fosse por uma questão de educação.


— Obrigada.


— Ótimo. Agora, deixe-me ver o seu tornozelo.


Sem cerimônia, ele ergueu-lhe a barra da saia e examinou os ferimentos. Ela sentiu-se menos embaraçada dessa vez ao expor tornozelos e panturrilhas, mas a sensação de ter os pés e as pernas desnudas ainda era estranha. Poncho abaixou a cabeça para olhar mais de perto e seus fartos cabelos negros ficaram a alguns centímetros dos seios de Annie.


— Ótimo. A água salgada cumpriu seu papel. Agora, só um pouquinho de ungüento. — Ele percebeu-a desconfiada. — Não se preocupe, é ungüento para cavalos, mas faz bem para humanos também.


Alfonso mergulhou os dedos num pote que estava ao lado e, com muito cuidado, espalhou o medicamento no tornozelo de Anahí. O ungüento era frio e seu cheiro fez com que os olhos dela ficassem marejados. À medida, porém, que ele a massageava, o calor ia aumentando, e a dor, desaparecendo.


As mãos de Poncho eram grandes e calejadas, mas nem por isso eram desajeitadas ou pesadas. Annie olhou para o tornozelo ferido e lembrou-se do som brutal que ouvira quando havia tropeçado numa pedra.


As mãos de Santiago eram longas e elegantes, mas também fortes e calejadas pelo violino. No entanto, elas nunca tocaram em Annie daquela maneira. Porém não valia a pena revirar o passado. Ela era a única culpada pelo engano que cometera. E tudo por causa de um sonho. O sonho... ainda tinha um gosto amargo em sua boca.


Anos antes, quando Anahí e suas irmãs viviam sob a terrível guarda de seu avô, ela e sua irmã gêmea tiveram o mesmo sonho. Acordaram ao mesmo tempo, no meio da noite, e compartilharam seus sonhos, que eram muito semelhantes em todos os aspectos, mas com apenas uma diferença: no sonho de Hope, seu homem valsava no mesmo ritmo do coração dela; no de Annie, em vez de valsar, seu homem tocava um instrumento. Em comum, as duas tinham a certeza de que ambos os sonhos haviam sido enviados por sua falecida mãe, que, em seu leito de morte, prometera que todas as suas filhas encontrariam o amor verdadeiro e teriam dias de muita felicidade.


Algum tempo depois, elas fugiram do avô e foram para Londres. Hope encontrara o homem de seu sonho, o querido Sebastian, e estava casada com ele havia três meses. Na mesma semana, Annie ouvira Santiago tocando e, ao escutar seus gloriosos acordes, havia achado que ele era o homem de seu sonho. Mas o sonho se tornara um pesadelo...


O estômago de Annie roncou novamente, chamando-a de volta ao presente.


— Acho que o cozido vai queimar. O senhor não deveria dar uma olhada?


Poncho terminou de lhe enfaixar o tornozelo e olhou para suas próprias mãos sujas de ungüento.


— Que tal a senhorita dar uma olhada enquanto eu lavo as mãos? Coloque o pé no chão devagar e veja como está o curativo.


Anahí se levantou e já se sentia muito melhor. O cheiro do cozido era ótimo e convidativo, e ela já nem se lembrava há quantos dias não fazia uma refeição decente.


Enquanto aguardavam a chegada dos outros dois, Alfonso apanhou seu violão e começou a dedilhar alguns acordes. Suas mãos se moviam suavemente sobre as cordas e seu olhar estava perdido nas chamas da fogueira.



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Comentários da Fanfic 34



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  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:49

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:32

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:14

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:06:55

    Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:46

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:26

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:14

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:01

    Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos

  • fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:45

    Veja mais um capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631

  • fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:19

    Flor, uma jovem humilde que trabalha na cafeteria "Gusto Bien" da patricinha Beatriz que está noiva á nove anos com Leandro Vilarde. Sonhadora, a moça deseja um dia encontrar seu príncipe encantado com quem irá se apaixonar eternamente. Divide a casa com Talita, amiga de infância que sonha em se tornar uma atriz famosa, mas acaba sempre fracassando em suas tentativas até o dia em que conhece o famoso e detestável diretor de TV Rex Lex. Flor e Leandro acabam se encontrando e se apaixonando perdidamente um pelo outro, mas o romance não será duradouro, Beatriz fará de tudo para ter o noivo ao seu lado para garantir uma vida de fartura, usando até a morte do pai como pretexto. O casal não contava que Diego, ex-namorado de Flor que estava preso havia sido solto e voltara a fim de reconquistar novamente a moça custe o que custar. Nesse turbilhão todo, Flor acabará ficando dividida entre Diego e Leandro. Quem ela irá escolhar?


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