Fanfic: UM ESTRANHO EM MINHA VIDA - AyA ( adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso
— Talvez a srta. Merrit gostaria de uma xícara de chá, Stevens — Alfonso sugeriu depois que todos já tinham terminado de comer.
Chá! Annie nem mesmo se lembrava havia quanto tempo não tomava um chá descente. O chá francês era diferente e Santiago detestava a bebida. Ele só tomava vinho ou café.
— A senhorita gostaria? — Stevens indagou.
— Eu adoraria, obrigada.
Emoções surgiram do nada e Anahí conteve as lágrimas que inundavam seus olhos. Vinha agüentando firme até então e não seria agora que iria permitir que suas emoções explodissem; sobretudo na frente de estranhos.
Alfonso Herrera a observava. Ela era um mistério para ele. Jovem, bem-nascida e, apesar da frágil constituição, tinha escapado de três brutamontes e agora ainda lutava para conter suas emoções.
Não que Poncho nunca tivesse conhecido mulheres de caráter. Pelo contrário, a mãe se encarregara de apresentá-lo aos melhores partidos, e, durante a guerra, ele havia conhecido as filhas de excelentes famílias. Mas mesmo assim a srta. Portilla superava a todas.
O que ou quem a tinha arrastado para aquela situação?
Annie estava determinado a desvendar o mistério que envolvia a srta. Portilla. Assim, logo que ela terminou de tomar o chá, ele fez um sinal para que seus homens os deixassem a sós.
— Agora, srta. Portilla, acho que é hora de conversarmos um pouco.
— Desculpe, já é tarde e eu já deveria ter ido embora. — Annie se levantou. — Sempre lhe serei grata por ter me salvado a vida, sr. Herrera. E, por favor, transmita meus agradecimentos ao sr. Stevens pelo delicioso jantar.
— Vou acompanhá-la. — Poncho se levantou.
— Não é preciso, obrigada. Minha casa não fica muito longe daqui e já me sinto mais segura. Tenho certeza de que aqueles homens já se foram.
— Acho que esse orgulho não tem ajudado muito a senhorita, não é?
Após um longo silêncio, ela respondeu:
— O senhor também está sem recursos. Senão, por que estaria dormindo na praia, também?
Poncho fechou os olhos por um momento. Deus, ela também estava dormindo na praia!
— Estou fazendo isso por escolha própria.
— Então o senhor não foi obrigado.
Ele sorriu.
— De certa forma, fui, pois no exército fazia parte da rotina dormir sob as estrelas, e acho que no fim me acostumei a isso.
Mas tudo que ele sabia era que precisava fazer aquilo, pois permanecer na Inglaterra, vendo os sonhos de sua mãe morrerem novamente, o mataria.
— Então o senhor não vai me deixar voltar para o meu canto junto com meu orgulho arruinado?
— Não, apesar de seu orgulho não estar nada desgastado, srta. Portilla. Depois, a senhorita há de concordar que o meu canto é bem mais seguro do que o seu.
Annie hesitou. Ela desejava imensamente saber o que se passava na mente dele, mas isso era quase impossível.
— Não tenho intenção de deixá-la partir desprotegida, portanto a senhorita aceitará a minha companhia. — Uma contração muscular contorceu o rosto de Alfonso.
— O que foi isso?
— Nada. Apenas uma dor de cabeça. — Mas seu semblante ainda estava contorcido e as palavras lhe custavam um enorme esforço para sair.
— O senhor está doente.
Poncho começou a balançar a cabeça, mas logo parou devido à dor que o movimento lhe causava.
— Estou apenas com dor de cabeça. Perdoe minha grosseria, mas... — Ele cambaleou na direção de uma pilha de cobertores próxima à fogueira e se ajeitou sobre um deles. — Por favor, fique conosco... Meus homens cuidarão da senhorita. — Em seguida, seus olhos se fecharam; a dor parecia lancinante.
Annie olhou ao redor em busca de ajuda. McTavish apareceu.
— Qual é o problema dele, sr. McTavish?
Mas este a ignorou e imediatamente apanhou um cobertor e o colocou sobre Alfonso. Stevens também se aproximou e reforçou a fogueira com mais gravetos.
O sr. Herrera abriu os olhos, segurou o pulso do gigante escocês e disse:
— A senhorita fica conosco. — E fechou os olhos de novo.
— Não se preocupe, companheiro. Cuidarei dela. — McTavish se virou para Annie: — A senhorita fica conosco. — Depois ele lhe estendeu um cobertor com um olhar que indicava que ela não deveria ousar desobedecer às ordens do capitão Herrera.
Mas Annie não tinha a menor intenção de partir e deixá-lo agora, quando ele parecia muito doente, pois sua face estava pálida e sua expressão de dor não cedia. Ajoelhou-se ao lado de Alfonso. Será que ele havia se ferido durante a briga e agora estava naquela situação por culpa dela?
Annie percebeu que ele suava frio. Apanhou seu lenço, ainda encharcado de água salgada, e enxugou a testa de Poncho. De olhos fechados, ele parecia mais jovem do que ela havia imaginado. Talvez tivesse menos de trinta anos.
Anahí percebeu que McTavish a observava com suspeita.
— Espero que a senhorita não se importe de dormir sob as estrelas — Stevens disse gentilmente enquanto terminava de rearranjar a fogueira.
— Qual é o problema do sr. Herrera? — ela indagou, preocupada.
Stevens abriu a boca para explicar, mas foi interrompido por McTavish;
— Cale-se, tagarela! Se ele quiser que ela saiba, vai lhe contar amanhã cedo!
— Ele estará bem amanhã, então?
— Sim, estará melhor — o escocês grandalhão respondeu.
— A dor de cabeça irá passar senhorita. Não se preocupe — Stevens completou. — Durma aqui, perto do fogo.
— Obrigada, sr. Stevens.
— Stevens apenas, se a senhorita não se importar. Sou o cavalariço do sr. Alfonso.
— Se prefere assim, está bem, então.
— Sim, eu prefiro. Bem, se a senhorita já tem tudo de que precisa, vou me acomodar. Boa noite.
Annie desejou boa-noite para os dois e procurou se acomodar no cobertor. Antes, porém, ainda deu uma última olhada em Alfonso.
Ele estava mais calmo, talvez a dor tivesse dado uma trégua. Seu perfil másculo era iluminado pela luz do fogo. Parecia ser uma pessoa gentil enquanto dormia, menos carrancudo.
Beowulf rodeou seu dono umas três vezes antes de se deitar ao lado dele e fechar os olhos após um grande bocejo.
— Cachorro fiel — Annie disse.
O cão abriu os olhos e a encarou, mostrando os dentes, como se a avisasse de que era melhor manter distância.
— Bravo como o dono — ela acrescentou num murmúrio.
Anahí se acomodou sob o cobertor e permaneceu de olhos abertos observando as estrelas. Pouco à frente, as ondas do mar iam e voltavam num ritmo constante, e logo ela também adormeceu.
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Um barulho a despertou no meio da noite. Com cuidado, Annie ergueu a cabeça e olhou em volta. Não dava para ver nada. Beowulf estava sentado de orelhas em pé, observando seu dono. A enorme criatura se levantou e andou ao redor de Poncho. Anahí se aproximou para ver qual era o problema. O cachorro rosnou, mas ela não lhe deu aten&cc ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 34
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carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:49
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
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carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:32
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
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carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:07:14
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
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carol_17 Postado em 02/05/2012 - 23:06:55
Continua *-* Any na Inglaterra Como Assim *o* ??? Ela tem que ficar com Poncho... K Foi nessa Web que vc Disse que tem uma Parte de Magia???? Ou e na Outra Adaptada Sua....
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eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:46
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
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eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:26
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
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eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:14
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
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eharumi Postado em 02/05/2012 - 15:30:01
Obrigada pela dedicatória *-* Coitada da Annie, ela vai mesmo pra Inglaterra? Ela tem que ficar com Poncho!! Posta mais!! Beijos
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fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:45
Veja mais um capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631
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fpproducoes Postado em 02/05/2012 - 14:25:19
Flor, uma jovem humilde que trabalha na cafeteria "Gusto Bien" da patricinha Beatriz que está noiva á nove anos com Leandro Vilarde. Sonhadora, a moça deseja um dia encontrar seu príncipe encantado com quem irá se apaixonar eternamente. Divide a casa com Talita, amiga de infância que sonha em se tornar uma atriz famosa, mas acaba sempre fracassando em suas tentativas até o dia em que conhece o famoso e detestável diretor de TV Rex Lex. Flor e Leandro acabam se encontrando e se apaixonando perdidamente um pelo outro, mas o romance não será duradouro, Beatriz fará de tudo para ter o noivo ao seu lado para garantir uma vida de fartura, usando até a morte do pai como pretexto. O casal não contava que Diego, ex-namorado de Flor que estava preso havia sido solto e voltara a fim de reconquistar novamente a moça custe o que custar. Nesse turbilhão todo, Flor acabará ficando dividida entre Diego e Leandro. Quem ela irá escolhar?