Fanfics Brasil - Pele de Areia. Night Loved

Fanfic: Night Loved | Tema: vampiro


Capítulo: Pele de Areia.

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Pele de Areia.


                    _Cap.8


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Lutar é o que preciso para crescer.


 Persistência é a minha virtude, e garra é a minha carta na manga.


Tenho que batalhar pelos meus ideais e conquistar tudo aquilo que eu QUERO!


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Brilha mais ainda aquela luz incomensurável azulada até possuí-los tomando os dois por completo. Em seguida some em uma fina linha no horizonte até tornar o ambiente escuro como antes.                              Agora eles viajam no espaço tempo.


Como tudo aquilo esquisito era novo para Chinzo, ele tentava observar e absorver cada detalhe, Mas após a luz azulada cegante ele não entendia o porquê o aperto no peito.


A sensação de ser teleportado por aquela insignificante bilha negra é tremendamente sufocante e claustrofóbica como andar de elevador, arrepiante como uma queda na montanha russa, nauseante como um passeio longo de navio, medonho que nem um salto no alto de um trampolim. Era tão rápido com um raio, ao redor de seu corpo apenas negro intenso, não se via nada dava até dor de cabeça tentar abrir os olhos.


Não havia chão, nada obsoleto apenas um enorme buraco mental inacabado, eles caíam e rodavam no ar como papel. Terrível era tal sensação de cair eternamente sem saber como terminar e onde pisar pés inquietos a procura de algo. Como seu corpo perdera sentido de rigidez e proporção sentia-se esticado puxado amassado, seu corpo estava amolecendo, virando um enorme chiclete de Chinzo.


No fim do buraco, surge à feliz e bendita luz no fim do túnel, um pequeno brilho que se aproximava ferozmente engolindo os dois até serem expelidos das trevas.


Uma porta se abre em um vasto campo ermo montado de areia por toda a parte, e dessa porta de luz Savius e Chinzo são cuspidos para foca com tudo na areia, com o baque seguido de uma cortina de poeira que some no ar e se dissipa no local.


Chinzo chegou, mas seu corpo inteiro rodava por dentro, seu estomago embrulhava, era uma cólica massacrante seus órgãos desorganizados chacoalhavam por dentro. Então o ruivinho lança uma breve golfada marrom tentando segurar seu lanche anterior... Mas sem sucesso ele não resiste o sufocante enjôo e vomita cinco vezes seguida. O pavor tomava seu consciente, infelizmente tudo apenas estava começando.


Ele se sentia muito mole, se sentia cansado, moído, abatido. Os dois estavam incapazes de ficar de pé, tão era realmente isso, seu corpo estava derretendo? Ele já não sentia seus ossos pareciam ter sumido de seu corpo. Ao levantar a cabeça para tentar levantar de novo, sem dor nenhuma ela derrete para trás tocando suas costas sobre a mochila jeans. Seu braço que pingava e derretia entorta por completo, para finalizas de pânico ele grita e recojita novamente.


_O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?


Agora é a vez de seu rosto começar a desmanchar, seu queixo pequeno despenca e seu olho esquerdo toca a bochecha, sua boca quase some. Os dois pareciam bonecos de cera expostos a uma temperatura absurda. Pelo menos Chinzo ainda tinha um ‘quase rosto imperfeito’ meio abstrato, mas tinha e seu olho esquerdo terminara de cair em pingos. Já Savius nem isso tinha mais, Sua cabeça pesada e abaixada estava colada ao peito, e ao levantar não havia mais nada, sua cara inteira tinha derretido aos pingos. Aquilo que parecia ser sua boca, surgindo estranhamente em seu ombro curioso pergunta:


_Você está bem Chinzo? É que eu não estou te vendo!


_É claro você esta sem roO0... Oosto!      


 (voz derretendo)              


_Minha cara está caindo, meu rosto está sem orelha e olho, estou deformado!        Grita Chinzo com a voz querendo amolecer.


_Que bom! 


_Que bom uma ova, isso é assustador!  Estou com um enjôo que não passa, pensei que fosse morrer!


_Sei!   Diz a boca de Savius super tranqüila colada no ombro.


_Savius, quando é que isso vai para... AaAr?


(derretendo de novo)                                                   


_Daqui a pouco, e o enjôo só daqui a meia hora.  Responde o que restava de Savius.


_O enjôo é que tinha que acabar primeiro.  Reclama Chinzo vomitando mais uma vez.


   Meia hora depois, os corpos líquidos gelatinosos finalmente voltam ao normal, aos poucos seus rostos nascem assim como saíram, olhos boca nariz e orelhas brotam na face lisa. Jogados na areia os dois esperam com o tempo retornarem a ser como eram. Normais.            


O dia começava a brotar como rostos nascentes, caminhavam lentamente subindo o pico das montanhas de areia cor de caramelo, com o céu avermelhado queimado pelo crepúsculo fitado no horizonte, os dois dialogavam calmamente:


 _... Quantas vezes você já viajou nessa coisa assustadora?               Pergunta Chinzo de olhos fechados no chão.


_Acho que umas trinta, meio que perdi a conta!     Responde o vampiro.


_Foi você que inventou isso, esse tal de Globus?


_Sim. Foram longos anos de estudos.


_ Você é um cientista ou algo assim?


_Fui um cientista renomado na minha época... Eu fazia experiências arriscadas em minha mocidade que outros tinham medo, acho que pelo risco... Mas na ciência não pode haver medo, senão nada surge. Bem eu queria trazer para o DNA humano o poder da imortalidade. Então pesquisei e estudei absolutamente tudo sobre o poder do vampirismo, todavia, somente com eles essa experiência daria certa. Somente eles eu podem ser você sabe... Imortal.                        


_Bem agora você é!     Disse Chinzo olhando para o lado.


_Sim foi o preço que paguei por caçá-los um a um e estudar seu organismo. Uma noite durante uma operação, um deles soltou-se das correntes e... é hoje estou aqui!


_Que péssimo deve ter sido pra você!


_no começo quando ocorreu comigo eu não aceitava, tentei me suicidar várias vezes, mas eu não morria de jeito algum. Mas agora, eu agradeço aquele vampiro por isso, se realmente era o que eu queria, por que eu me rejeitava...  Aceitei a nova vida de bom grado.


_Chinzo tem uma coisa que eu queria lhe mostra daqui a uns segundos.  Diz Savius se levantando sereno como sempre.


Chinzo se senta rapidamente e aflito lembra o companheiro:


_Sa-Savius... O sol está nascendo é melhor nos escondermos de pressa senão...


E o sol surge bem mais próximo das dunas correndo pelo chão engolindo a noite que persistia. Até que a clara luz toca os dois. Chinzo só conseguia olhar pasmo para Savius que não demonstrava reação alguma.


_Era isso que queria lhe mostrar meu menino... Chinzo sou o único vampiro que vive a luz do dia!  Grita Savius de braços abertos.


_Vo-você... Impossível, mas como?       Pergunta Chinzo sem pregar os olhões.


_Que houve não crê em seus próprios olhos? _Hein?                                     O veterano ergue os braços como se agradecesse aos céus por isso.


_Isso mesmo sou o único! _Tudo por causa disto...


Em seguida ele abre seu sobretudo desabotoando seu colete mostrando seu segredo, um grande crucifixo e aço parafusado ao peito.


_É por isso que eu sou um “DAY WALKER” (aquele que caminha de dia) _Ela tem um enorme poder oculto é por isso que um dos tesouros mais cobiçados pelos noturnos, se descobrirem que a tenho, minha cabeça estará a premio. Por causa disto, por causa de uma das “vinte Relíquias de La vita”.


_ Relíquias de La vita?


_Um dos presentes enviados e feitos por ele, o temido pelos vampiros.    


O ânimo do garoto se esvai ao relembrar: _Você acha que foi ele que seqüestrou o meu pai?


_Talvez sim, talvez não... Quem sabe?


_Se for ele, eu quero ficar bem forte e o encontrarei nem que leve o ultimo dia se minha vida!


_Não se preocupe você não o achará, ele achará você!


_Chinzo, agora finalmente poderemos começar; Seja bem-vindo á Pele de areia em São Luiz do Maranhão. Uma das dunas e terras mais bonitas do Brasil!


_Para que me trouxe até aqui. O que esse lugar tem de tão especial?


_Bem dizem que sua terra é sagrada, e possuem poderes ocultos ilimitados. E esse lugar será nosso campo de batalha durante toda a semana.


Savius caminha numa lerdeza imperceptível se aproximando de Chinzo e diz: _Para isso precisamos ser purificados com sua terra.


Ele abaixa e recolhe um bocado de areia em seus dedos longos e magricela jogando sobre a cabeça do novato que diz:


_Ta maluco cara, jogando areia em cima de mim... Droga entrou areia no meu olho! Pô qual foi?


_Pronto você já foi batizado e acolhido pela areia, agora preciso me banhar também.   E repete o mesmo feito com a areia quente.


_Pra quê essa palhaçada toda?   Reclama Chinzo avoado.


_Agora vou te mostrar o meu MUNDO!


Aquilo parecia um truque, uma armadilha... Ou apenas um blefe. Savius em que ele tanto confiava ergue o braço, e de dentro da terra fofa, surge sua foice, longa e afiada. Sua lamina era composta por pedaços encaixados de várias outras foices remendados e parafusados formado uma só.


Por que parecia tudo ser um truque, uma armadilha, pois de surpresa surgindo àquela arma mortal, Savius usa a mesma com tudo em Chinzo o partindo ao meio com apenas um golpe que começava no ombro terminando no estomago. De olhos arregalados o ruivo cai com tudo, sem entender o que houve naquele instante, ele apenas pensava enquanto sua visão embaçada se fechava:


“_Será que ele me enganou esse tempo todo?                                                                                     Ele me traiu... Eu devia ter notado isso antes.                                           Será que é assim que eu devo morrer... Assim que é morrer?                        Eu não sinto meu corpo braços ou pernas... Nada. Eu apenas fico feliz de não sinto dor alguma.”  


                                                                                       “Minha visão está embaçada... Só senti um estalo no ombro, quando percebi estava partido ao meio.                                                                                                        Agora acaba de sumir a luz dos meus olhos  - - -  estou cego!                                           Acho que é o meu fim!                                                                           Papai sinto muito, eu não consegui!”


Em um imenso silêncio, seu corpo estala ao tocar no chão, e seus olhos brancos e sem vida se fecham. Aquele único golpe de misericórdia não retirou uma única gota sequer de sangue.                                                   Seu corpo parecia seco com o deserto que o abrigara, apenas fora rasgado como papel.


  Depois de meia hora, o garoto recobre os sentidos meio abatidos, e tenta abrir as pálpebras que pesavam toneladas, para poder ver onde estava. Sua visão embaçada rodava como na viagem. Ao esgueirar-se para o céu que retornara a ser lindo e claro como antes. 


Então ele percebe Savius na calmaria de sempre, sentado sobre um tecido quadriculado e fumando sua antiga piteira esbanjando elegância. O garoto de cabelo de fogo lembra-se de sua ‘quase-morte’ e no susto impulsivo levanta e grita tocando o corpo:


_Eu to vivo?! Mas como impossível!


Ao olhar a ferida, ele percebe que estava enfaixado sentado sobre o mesmo tecido de Savius e no local não havia sequer uma gotícula de sangue, nem na tala e nem no lençol. Simplesmente não havia sangue algum.                 


Chinzo apenas sente um forte dor no ombro e vomita uma água amarelada. Do seu lado soa uma voz familiar dizendo:


_Ah... Já acordou, nem percebi! E então como é Pós-morte, é bom morrer?  Sorri Savius assoprando a fumaça tragada.


A reação de alívio do menino se torna ira. Então o dono da mecha branca retira sua faca-serra de sempre e aponta rente a garganta do professor ameaçando-o:


_O que você fez comigo? _Como ainda estou vivo! _Diga!


_Aproveitei que estava semi-morto e verifiquei se tens alguma anomalia ou doença. Isso mesmo, eu abri a sua barriga sarada!


_O quê!


_Mas não se preocupe seu corpo é perfeito... Hi, hi.


_Você me fez o que... Me operou?    Responde Chinzo examinando a barriga. _Mentira sua! Não sinto nenhum corte no meu corpo.


_Não agora.    Sorri sínico o vampiro.


_Me diga exatamente o que me fez... Senão...  Grita Chinzo aproximando mais ainda a faca na garganta do outro. 


_Senão o que, vai me matar? _Vai, faça!   Diz Savius com brilho nos olhos. Chinzo recua a retira o canivete fechando os olhos de raiva, perdido em pensamentos.


_Eu sabia. Você não tem coragem, não passa de um cova...


Desistindo de seguir por seus pensamentos perturbados. Sem pensar Chinzo passa a navalha no pescoço do moço de um lado a outro, deixando-o arregalado com seu feito.


_Nunca duvide de mim!     Disse ele furioso.


De imediato Savius coloca a mão no pescoço rasgado para estancar o sangue que não jorrou, apenas descia entre seus dedos água.


_Nunca esperava isso de você, posso dizer que fiquei surpreso. Parabéns, agora considere-se um assassino!       Grita Savius batendo palmas.


_Por que não está sangrando, eu cortei a sua garganta bem fundo.


_Por causa disto. O homem de cabelos bagunçados puxa a faquinha de sua mão desferindo um golpe em sua própria testa.


_Como assim você também é um vampiro imortal?


_Claro que não seu idiota, apenas incompreendido.  E retira a faca da testa pálida como cera que não escorre uma gota sequer, as feridas e golpes voltam ao normal nem sem nenhuma cicatriz.


_Você já está curado há muito tempo. Retire as faixas do corpo.   Depois de desenfaixado ele fica surpreso e sem ainda entender nada, cadê aquele corte gigante de seu corpo? Realmente nem cicatriz havia mais. Será um sonho?


_Mas... Como?


_Eu já te disse antes, nos fomos batizados pela areia sagrada. Diz o adulto com aparência serena recolhendo mais um bocado de areia que escorregam entrededos. E Chinzo finalmente entende.


_Prece loucura mais durante quatro dias estaremos imortais como essa areia. Não adianta o qual forte seja o golpe não iremos morrer... Nunca!


Depois desse cativante papo confuso, o professor se levanta com cautela retirando os farelos de areia sobre a roupa e segue adiante respirando a ultima tragada da piteira e guardando seu utensílio primordial.


_Pronto. Agora que já descansamos bastante lhe mostrarei minha moradia temporária.    Diz o senhor com aparência distraída contando passos em direção contraria do sol e fixando-se em um ponto incomum.


_É aqui!    Diz ele com convicção. _Templo de Isis!


Segurando em sua mão esquerda ele ergue sua foice remendada passando por uma secreta e oculta fechadura, ele destranca o selo que ocultava dentro da mesma, abrindo e quebrando uma barreira oval como vidro se espedaçando.


Dentro de todo esse esquema, surge debaixo da terra a ponta de um telhado colonial soterrado sobre o local. Foi preciso apenas um passo adiante que o chão rugiu e tremeu como um leve terremoto. Elevando-se cada vez mais o pequeno telhado que crescia e subia, surgindo uma humilde cabana de madeira. O rapaz de olhos cor de mel fica maravilhado com as mágicas seguidas de Savius e questiona:


_Uau, demais! Mas como você... Ah esquece, prefiro ficar sem saber.


_Que bom. Você aprende rápido!


Eles seguem adiante e adentram na varandinha de madeira ainda repleta de terra para todo lado. Savius chama seu discípulo para sentar-se ao seu lado, logo após limpar o chão com a mão e sentar a vontade.


_E então filho, que arma trouxe para batalhar com a minha filha? Comenta Savius colocando sua foice no colo.


Chinzo retira sua mochila, a colocando também sobre o colo e timidamente retira aos poucos sua clássica adaga-curva de estimação dizendo:


_Co-com isso... He, he....


Savius incrédulo com o que acaba de ver, escancara-se em uma medonha risada sarcástica do mal, por fim comenta enquanto enxuga as lagrimas no canto d’olho:


_Quer me matar... Com isso? _Só se for de rir!


Em um golpe certeiro, corta fora o baço do vampiro o menino ruivo tomado por uma ira súbita.


_Eu sabia que ainda funcionaria... Sinceramente você pediu por isso.


_Chinzo, Chinzo... A ganância te rodeia.                                            Reclamava Savius colocando o braço cortado que segurava a foice no lugar.


_não se lembra mais o que sua amiga disse antes de partirmos?  Concluía ele pressionando os dedos que voltavam à ganha o tato.


_Sim... Não abuse dos poderes da areia.


_Exato, você não está a obedecendo. Além da sua faquinha, que mais trouxe consigo?


_Trouxe uma caixa com coisas que preciso ler.


_Era nesse ponto que queria chegar. Quero que você a examine com vontade em detalhes tudo que estiver dentro dela. Com certeza terá algo de muito valor, de valor interior.


_Esta bem.       Diz Chinzo abrindo o zíper da mochila enquanto Savius se levanta e termina:


_Enquanto isso tenho que acordá-lo. Não entre de forma alguma na barraca... Apenas se eu lhe chamar.


_Acordar?  Acordar quem?


_...      Olhares sérios e fixos... Momentos de tensão silenciam Savius que finalmente responde: _Curiosidade hum... Dois pontos negativos.


Chinzo se joga para trás com a resposta fútil e sem finalidade. De olhos fechados, pensamento longe o moleque via cenas em sua cabeça e finalmente ele coloca a mão dentro da mochila retirando e abrindo a caixa de madeira cujo traçará seu destino incerto. De principio um forte brilho ofuscado pela luz do sol rebate diretamente em seus olhos deixando-o tonto. O brilho vinha de um bracelete dourado com uma pedra redonda vermelho magenta, parecia ser egípcio, muito bonita e muito caro por sinal.


Assim ele foi de cara à carta de envelope vermelho selado com cera, esperando noticias de seu pai, e na carta dizia:


    Olá Chinzo Mizuki,                                                                                                                                        Não te conheço, mas você me conhece. Você é um garoto astuto e premiado pelo destino, e terá a honra de conhecer alguém muito especial que mudou a sua vida de uma vez por todas. Mas não falarei de mim, falarei sobre seu pai adotivo, Padre Kalvin.         


O homem que te acalantou na noite em que você mais precisou de alguém, há quatorze anos. O homem que te ama incondicional.                                                                                                                                       Ele está sob o meu poder agora bem guardadinho e limpinho não se preocupe, Cuidaremos bem dele. Só espero que você cumpra a data marcada.                                                                                                                 Serei franco com você, se passar do prazo dado... Ele morre.  


E a mim infelizmente, não fará falta alguma.  


Espero que tenha gostado dos meus queridos mascotes, os Malkavians. Se prepare bastante, pois eles são apenas do segundo período, e depois deles tem muito mais para conhecer.


Quero ver se você realmente é bom, meu mestiço. Conto muito com isso.


Seu primeiro local de confronto será na Floresta da Tijuca do dia 15 às 2 horas da manhã, terá alguém te esperando lá daqui a uma semana. Lá você lutará com de três á cinco vampiros, somente o “Magister” sabe o próximo lugar cujo você deverá confrontar com outra classe.


É simples não morra.  Só assim você seguirá adiante chegando ate á mim e seu “pai”.


Desde já aguardando atenciosamente                                                                     O temido pelos vampiros, Príncipe da noite.


                                               Lesthat.


Chinzo se pudesse tocaria fogo com os olhos no pedaço de papel com a linda caligrafia. Ele estava com tanta raiva que não conteve as lágrimas que escorreram dos olhos vermelhos, os dentes trincados de aflição.


Sua mão ainda segurava o bracelete dourado, então Chinzo tentava se distrair da carta admirando o objeto. Aquela arredondada esfera encontrava uma luz interna que parecia hipnotizá-lo, chamar seu nome. Com todo o cuidado possível, por mais que todo aquele ouro fosse pesado, parecia ser uma coisinha delicada e sensível que se desmancha com toque. Ele a examinava em detalhes como se a paquerasse, foi então que ele percebeu pequenas dobradiças nos cantos, a vontade de colocá-la era incomensurável, então ele o fez já trancando o feixe que faz um estalo inesperado.


Automaticamente o estranho bracelete parecia ter vida própria, após um brilho incandescente, ele aperta o punho cada vez mais. Já se sentindo incomodado, Chinzo tenta retirar o objeto com toda força e de todo o jeito, porem sem sucesso algum.


Suas juntas já queimavam e a pedra vermelha acordava brilhando em um tom amarelo-ouro, nesse momento ele tentava arrancá-la com a boca forçando os dentes, tentativa também invalida.


_Mas o que esta acontecendo, Urgh!   Gemia o menino de dores já com desespero que sondava em seu olhar. Sua mão já vermelha perdia os movimentos e a força, dedos vermelhos agora se contrariam, seu pulso já estava roxo e inchado e grossas veias esverdeadas ressaltam em seu antebraço esquerdo. O mesmo não havia mais controle sobre ele, que começou a erguer-se sozinho lentamente. A pequena luz amarela já tomava sua mão. Como se o bracelete estivesse carregado, num instante ele cresce tomando seu antebraço, virando uma linda e brilhosa luva dourada de cavaleiro medieval.


Aquele punho de ouro que comia seu braço deixando somente a ponta dos dedos amostra parecia criar vida. Ter luz própria, dando alegria e esperança para seu coração cansado e abatido.


_Legal, nossa que irado!


Depois de um breve momento alegre, um susto, todavia o forte brilho amarelo que ofuscava seu braço crescia cada vez mais. Sem motivos aparente o intenso brilho cessa por completo e some reaparecendo na palma da mesma mão em forma esférica que também começa a come-lo sem parar.


Com o braço desobediente levantado Chinzo observa a esfera de cor indeterminada com cautela, até que ela dispara um feixe de luz muito intenso que por milímetros não esfola seu rosto curioso, mas explode o telhado de madeira da varandela. Aquele raio laser não se dissipara era inacabado e consumia tudo que tocava, tocava fogo nas arvores secas do deserto, explodiam as rochas e esburacavam as dunas.


O dono desgovernado não sabia como conter a intensidade de tal poder, ele estava assustado, não havia motivos para essa força grandiosa ser sua, só devia ser daquela ‘coisa’ esquisita presa em seu punho, então sem poder ir contra ele pede arrego gritando:


_Savius, me ajuda!!!      


Barulhos de passos acelerados no piso de madeira velha aproximavam-se, quando o questionado salvador se apresenta porta a fora leva um baque, ele não entendia de onde vinha essa força brusca saindo das mãos de Chinzo. Passavam segundos apenas e sua visão já embasava, duplicava, ele já arfava de cansaço.


_O que aconteceu aqui, Chinzo?


_Eu só fiz o que o senhor me pediu, pesquisei o que havia na caixa... Urgh. E nela tinha um bracelete. Quando o coloquei ele ficou louco!


_Então faça parar idiota, estás destruindo tudo!


_EU NÃO CONSIGO, ele não me obedece... Ai me ajuda, ela esta apertando meu muito!


_Será que?


_Urgh... Está quebrando meu braço... AAAHHH Savius!


Savius se ajoelha do seu lado e retira da mochila de Chinzo sai faca-serra, em um lance corta fora o braço cujo causou tantos problemas. Em seguida comenta em um sorriso sonso:


_Estamos quites!


Com o braço no chão todo o poder do bracelete se desfaz e some, nada de veias verdes, dor, ou sangue. Apenas pingava muita água do braço decepado do menino ruivo. Após tudo tranqüilo, ele pega seu braço cortado na varanda e coloca-o no lugar com facilidade, sem nenhuma cicatriz ou dor.


_E então quer almoçar primeiro ou treinar agora?  Pergunta o professor como se nada tivesse ocorrido porta a fora.


_é claro que eu quero treinar!


_Tem certeza?


_Eu vim para isso!


_Você é quem sabe, então vamos lá!


Afastando-se da cabana caminhando os dois pelas areias escaldantes eles conversavam:


_Muito bem Chinzo... Você já brincou de fazer boneco de neve?


_Como, ta maluco, no Brasil não neva!


_Que pena. você não sabe o que está perdendo. Essa será sua primeira etapa do treinamento; você deverá montar um boneco de areia do seu tamanho... Aqui.


_Mas como eu vou montar um boneco com essa areia seca... E do meu tamanho, ta me zoando né?


_Ai, ai Silly boy (garoto idiota), use a cabeça sempre... Improvise.


Chinzo curvou-se na terra escaldante e iniciou sua primeira tentativa, conclusão... Sem sucesso. Um monte oval que não passavam dos joelhos e desmanchava fazendo o construtor de Quiméra esbravejar a cada uma das trinta e sete tentativas frustradas sem nenhum êxito.


O vampiro descabelado veio dar uma olhada, já que se passaram duas horas e meia e nada de boneco, então questiona:


_Então, temos algum progresso?


_Ah que ódio... Sem água não vai sair disto. Essa areia é muito seca e não tem como dar liga.


_Isso não está óbvio só de olha para ela?


_Eu sei mas...


_você precisou tentar montar um monte de nada trinta e sete vezes para notar isso?        Reclama Savius.


_Se você me der um balde d’água eu consigo fazer esse boneco infernal!


_Bem... Se você achar água no lugar mais próximo daqui será a oito quilômetros caminhando, pode ir até lá!


Oito quilômetros!


_O único jeito é improvisar água, como eu disse.


_Você não quer que eu... Urine na areia?!   Pergunta Chinzo.


_A outra opção é você cuspir, mas para criar o boneco serão mais ou menos oito mil e novecentas cusparadas. Vá em frente, amanhã ele estará pronto e você morto de desidratação.


_He, he, he... Urinar não é uma má idéia né!      Diz Chinzo mudando de assunto.


_Depois de perder o meado do dia esperando Chinzo fazer aquele desengonçado boneco com cheiro forte de urina, ele finalmente acaba. A criatura fedia como suas mãos, era baixinha, sem articulações, era cartesiana. Novamente Savius volta para examinar de perto o desastre de nariz tapados:


_Vejamos, Chinzo eu não disse que o boneco tinha que ter o seu tamanho?


_É, eu sei é que...      Responde Chinzo cheirando o ombro de leve.


_Olhando por alto vemos que você deve ter um metro e setenta, e essa coisa deve ter no máximo um metro de altura... Ora, ora Silly boy, é difícil!


_Eu ainda não...


_Menos um ponto em estatura.  Começa Savius com suas críticas estranhas.


_Mas como eu iria fazer um boneco tão alto e...


_Calado! Só os fracassados é que se desculpam!        Rebate Savius interrompendo de novo. _Outra coisa, por que seu clone não tem braços, como ele iria lutar com você?


_Lutar?


_Ou você também quer ficar sem os seus, se quiser eu providencio isso.


_N-não... Não senhor!  Responde Chinzo assustado com os braços pra trás.


_Enfim, movimentação e articulação, menos um ponto.


E Chinzo se desanima e pergunta: _Ah caramba eu não acertei em nada, não é?       


O alto vampiro se enfurece e dispara a falar:


_é claro que não seu tremendo retardado, eu disse uma “replica perfeita” de você! _Olha só, sem braços, com uma perna só sem divisão no meio, sem pescoço... Nem rosto tem o seu boneco, SEM NADA!!


_Ah é... Deixa que o rosto eu faço.   O menino empolgado aproxima-se e ao tentar desenhar uma face no rosto do boneco, a cabeça inteira cai e se desfarela no chão. Savius entra em surto:


_AAAAHHHH!!!... Seu completo retardado, o que você fez?


_Foi mal!        Responde Chinzo quase sem voz. Savius furioso destrói com vários chutes o boneco inteiro gritando: _Seu maldito boneco de xixí!! _Savius se acalme ele é apenas um idiota, só isso.  


Após respirar fundo e tentar manter o controle novamente ele diz:


_Chinzo, o primeiro teste não foi o da força, foi o da inteligência.


_Ta dizendo na minha cara que eu sou burro?    Diz Chinzo levantando fechando o cenho.


_Não, apenas dez vezes seguidas... preste atenção.


O professor se ajoelha em alguns minutos constrói um boneco perfeito deitado no chão, com todas as partes do corpo. Após feito o clone ele deitou-se do lado e imitou a pose primitiva da criatura para mostrar que os dois tinham o mesmo tamanho, ainda deitado disse:


_Viu tem todos os membros, braços, pernas, pescoço... CA-BE-ÇA, e o principal, a mesma altura que a minha.                                                 Levantando e retirando a areia da roupa ele termina:


_Eu disse para fazer um boneco igual a você e do seu tamanho, eu só não disse que ele era para ser feito de pé... Ou deitado, idiota!


_Mas você disse que... Ah é, vacilei. Puts!


_Ãh... Como os humanos dizem mesmo. Dãããh!


Então o professor se ajoelha pegando de dentro do bolso da calça uma bilha de cor diferente, colocando dentro da boca da coisa de areia que cria vida lentamente e se levanta junto com Savius que termina:


_Fase um inteligência, completa. E você não passou. _Agora fase dois, força e resistência... Comecem os dois.



n� /:2�� ��-height:normal`>_Chegaremos lá com isso que inventei. –diz Savius mostrando uma bilha cintilante negra que cabia na palma da mão. _seu nome é Globus!            Do Latim, Globo, esfera.   _Só preciso de um único ingrediente, vocês tem dióxido de carbono?        Conclui Savius perguntando aos dois.


 


_traduz aê, sou péssimo em química!


_Seu idiota, é sal!


_Exato! Um ponto para a menina vampira que presta atenção nas aulas.


_Pronto. Aqui o sal grosso.   Diz Chinzo depois de um tempo procurando.


_faça um circulo grande em volta de nós, em seguida eu jogarei a esfera e “PUF”!    _Estaremos lá antes do por do sol. Ensina Savius apontando.


_Serio, tipo tele portador?   Pergunta Chinzo com os olhos brilhando.


_Exato. Só que existem alguns pequenos efeitos colaterais, partiremos sólidos... E chegaremos ao local líquido. _E também surte um pouco de náuseas após a passagem algumas deformidades instantâneas.


_mas depois de ficarmos líquidos voltaremos a ser sólidos?


_Sim, mas você ouviu tudo que eu acabei de te falar?


_Isso nos levara até a tal “Pele de terra”?   Pergunta Chinzo sem dar interesse nas entrelinhas.


_Mas só se realmente quiser!   Conclui o professor.


_Não tenho tempo a perder... Vamos!      Chinzo já estava convicto.


_Quer falar algo com ele. Se despedir?


_Chinzo tome muito cuidado, e não abuse dos poderes da areia. Não se esqueça, volte daqui a seis dias, estarei te esperando! _tudo ficará bem, tenho certeza que tudo voltará ao normal.        Kirsten com um sorriso nada animado.


_acho que nada, nada mais será como antes, por que agora tenho você!


_Obrigada!         Ela o abraça e beija seu rosto.


_Chi sua mochila. E a caixa está dentro dela! Boa sorte!Y Comenta a vampira se despedindo.


_vamos Chinzo, é a hora!     Avisa o alto vampiro com pinta de bonitão.


O circulo de sal possuiu um brilho incandescente fazendo a sala acender ventando bastante. O ruivinho coloca sua mochila respirando fundo pé-ante-pé dentro do local com Savius.


_Permaneça com as mãos e pés para dentro do circulo o tempo todo, senão eles ficaram aqui. Entendido?   Grita o vampiro de cabelo violeta esvoaçante.


_Sim!    Grita Chinzo tremendo de medo apertando a mochila e com a franja subindo e descendo sem parar.


_Muito bem... Todos prontos! _Destino: Pele de areia!   Grita Savius arremessando o Globus no chão e... “PUF”.


 



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Autor(a): Wallace Lopes

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