Fanfic: ♫Ligados pelo destino ♪ {A&A} | Tema: Rebelde

Pov Alfonso

Entrei no Box, comecei a tirar a roupa que usava, na hora de tirar a camisa doeu muito minhas costelas e gemi de dor. E quando foi a calça sofri ainda mais, pois na hora de tirar ela encostava toda hora em minha panturrilha machucada.

Entrei debaixo do chuveiro e água suja de sangue desceu pelo ralo. Lavei com muito cuidado os ferimentos, para que não infeccione como Anahí disse a mim.

Ela era o anjo que eu tanto pedi a adeus e eu não podia decepcioná-la de modo algum. Eu não havia notado daquela manhã que ela era tão linda... Até porque eu estava por efeito da química. Só lembrava-me de seu cabelo cor de ouro.

Depois que terminei sai do banheiro enrolado na toalha que ela me deixara e comecei a vesti as roupas do irmão dela. Que era: Uma bermuda bege, camisa branca e um chinelo de dedo.

Caminhei com um pouco de dificuldades até a sala onde ela se encontrava sentada. Quando ela sentiu minha presença exclamou: - Eu lhe disse que era para me chamar, pois não pode fazer muito esforço! - ela me advertiu enquanto me ajudava a me sentar no sofá.

- Foi mal! - foi a única coisa que pensei para me desculpar.

Então Anahí começou a pegar os acessórios, pelo visto ela sabia o que estava fazendo. Ela então pegou uma facha.

- Vou colocar isso em volta de seu tórax, amanhã de manhã você vai estar bem melhor! - exclamou abrindo a faixa e em seguida foi tirando minha camiseta com delicadeza.

- E também vou lhe dar um remédio que ajuda bastante nesses casos! - completou.

- Como sabe tudo isso? - quis saber.

Ela deu de ombros. - Fiz durante um bom tempo curso de medicina, mas larguei no meio do caminho, já que meu irmão estava precisando de ajuda na empresa! - respondeu ela se levantando para poder colocar a faixa em mim.

- Então quase se tornou uma Dr. Portilla? - brinquei.

Anahí me despertava um Alfonso que ficou no passado, um Alfonso extrovertido, alegre e que sabia aproveitar a vida. Pelo menos com ela eu era o antigo Alfonso, nem com meus amigos eu sou assim.

- Quase sim! - concordou ela rindo.

Ela começou a enrolar a faixa em meu peito, costas e barriga, colocou bastante apertado me fazendo gemer de dor.

- Me desculpe. - disse ela terminando seu serviço.

- Não, tudo bem! - exclamei sorrindo.

- O que quer dizer essa tatuagem? - ela perguntou de repente.

A tatuagem que ela estava perguntando, era a do meu braço, até porque eu não tinha nenhuma mais. Fiz ela em homenagem a minha mãe.

- É como se fosse uma flor, mas não é nem um pouco delicada! - expliquei a ela com um sorriso travesso.

- Muito bonita! - disse ela fascinada enquanto arrumava os equipamentos para cuidar de meus ferimentos. - Fez em homenagem a alguém?

- Sim! - sorri, pois estava feliz em poder conversar com alguém que realmente me queira bem. - A minha Mãe, ela morreu a um ano!

- Sinto muito! - disse ela a mim, e em seus olhos havia tristeza agora. Por minha causa. Aquilo me encheu o coração de uma maneira. - Eu e meu irmão perdemos nossos pais em um acidente quando eu tinha apenas 14 anos e ele, bom ele já era moçinho, mas mesmo assim é muito dolorido. - lamentou ela.

- Eu também sinto muito! - disse a ela com muita ternura, que até me espantou, nuca havia feito isso a ninguém.

Depois ela começou a passar os remédios em meu rosto. Aquele toque estava me fazendo sentir coisas estranhas.

Ele colocou os curativos em todos os ferimentos e depois foi a vez do tiro.

- Você tomou sorte que a bala não ficou alojada! - disse ela passando uma pomada.

- Por que diz isso? - perguntei.

- Porque se não você iria perder muito mais sangue e também iria ser mais complicado de cuidar! - explicou Anahí colocando o curativo. - Bom agora com certeza vai melhorar bastante! - disse se pondo de pé. - Agora mesmo estou de volta, ok?

Eu assenti e ela se retirou.