Fanfic: ♫Ligados pelo destino ♪ {A&A} | Tema: Rebelde

Guadalajara era uma cidade confortável e boa de estar. Era muito bonita e o ambiente fresco. Peguei um taxi e mostrei o endereço para o taxista e claro, ela sabia onde era. Eu estava quase morrendo de ansiedade para esse momento que eu tanto esperava em toda a minha vida. Logo chegamos ao destino, paguei o cara do taxi e olhei o numero da casa que logo achei a tal. Bate na porta e quem atendeu foi um homem.

- Sim, o que deseja?

- Meu nome é Alfonso e desejo falar com Fernando Herrera. – falei educadamente.

- Está certo, pode entrar. – ele deu passagem.

- Você é o que dele? – perguntei curioso.

- Sou enfermeiro particular. – disse ele.

- Enfermeiro? – indaguei confuso. – O Senhor Fernando está doente?

- Sim, está em seu leito de morte rapaz. – o homem respondeu-me e aquilo me chocou, eu não esperava encontrava-lo assim. – Não tem ninguém, foi abandonado pelos filhos e mulher.

- Filhos e... Mulher?

- Sim, ele tinha uma mulher chamada Laura e dois filhos chamados Nick e Clara. – confirmou ele.

- Entendi... Mas enfim, posso vê-lo?

- Sim. Acompanhe-me. – ele subiu as escadas e logo abriu a porta de um quarto. – Aqui está ele, pode ficar a vontade. – ele deu passagem para mim e quando vi meu Pai numa cama pálido e magro fiquei perplexo.

- O que ele tem? – perguntei ao enfermeiro.

- Câncer no pulmão, fumou muito. – respondeu ele.

Assenti.

- Bom, vou deixa-los a sós. – disse e saiu fechando a porta logo em seguida.

Aproximei da cama, agora vendo seu estado não tinha nem cara para vingar minha mãe, na verdade mexeu muito comigo tudo isso. Sentei-me a cadeira ao lado da cama e fiquei o olhando longo tempo. E a cena partia meu coração... Afundei meu rosto em minhas mãos e comecei a chorar que nem uma criança.

- Filho? – escutei ele me chamar com a voz falha.

Levantei a cabeça e o fitei.

- Como conseguiu me encontrar? – ele perguntou a mim com dificuldades.

- Uns contatos meus... – falei apenas enquanto limpava as lagrimas.

- Eu sei muito bem pra que veio... – disse ele triste. – Para vingar sua mãe.

- Pai, o senhor acha que eu sou o que? Vendo o seu estado, ainda pensava que iria vinga-lo? – deixei cair uma lagrimas.

Ele ficou calado.

Suspirei. – Claro que não, o senhor é meu pai afinal de contas.

- Que bom que veio. – pausou ele. – Constitui uma família a escondidas, eu traia sua mãe... E nenhum deles se preocupou comigo, mas o mundo é irônico e o filho que eu mais maltratei está aqui agora, chorando por mim.

Abaixei o olhar e não falei nada.

- Antes que morrer tenho que lhe pedir uma coisa. – ele disse e eu o fitei. – Quero que me perdoe... – quase implorou pelo seu olhar.

- tudo bem Pai, eu te perdoo. – sorri e segurei sua mão.

Ele sorriu e como se só faltasse isso para que ele se fosse seu pulso parou e seus olhos se fecharam...