Fanfics Brasil - 1 A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada)

Fanfic: A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 1

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A Ilha das Ilusões


Kay Thorpe


“Storm Passage”



 


 


 


                                           CAPITULO I


O cargueiro Saratoga cortava lentamente as águas do Pacífico. Era uma embarcação grande e desa­jeitada, com a pintura destruída pelo tempo e um certo ar de de­salinho. De dois em dois meses ele fazia a travessia entre a Venezuela e o Tahiti, sempre parando nas pequenas ilhas do caminho para desembarcar mercadoria e algum passageiro audacioso que se aventurava a viajar no navio, apesar de suas precárias condições.


O capitão Dan Anders já não se admirava quando levava um des­ses passageiros excêntricos. Mas, nessa viagem, ele se surpreendeu ao perceber uma jovem alta e loira, elegantemente vestida, subindo a bordo. Era a primeira vez que uma mulher embarcava sozinha na Saratoga. Quem seria ela? Para onde estaria viajando?


Consultando a lista de passageiros, ele viu que se chamava Sara Smith, era solteira e tinha comprado passagem até as ilhas Society. Mas isso era muito pouco para saciar a curiosidade do capitão. E ele resolveu perguntar a Alfonso Herrera, seu velho amigo, que tam­bém viajava como passageiro, se tinha mais informações a respeito da desconhecida,


— Não sei quem é nem quero saber — disse Poncho, com a cara amarrada. — Deve ser uma dessas inglesas imprudentes, que saem pelo mundo em busca de aventura. Todas elas pensam que sabem de tudo e, quando percebem que se meteram em uma enrascada, voltam correndo para a casa da mamãe. Pode ter certeza, Dan, você ainda vai se ver em apuros por causa dela.


— Deixe de ser ranzinza, Poncho. Ela pode não ser nada disso que está pensando. Olhando de longe me pareceu uma moça direita. Deve ter lá seus motivos para viajar em um cargueiro como este.


Anahí Portilla caminhava pelo tombadilho, sem saber que era alvo de tantos comentários. Seus olhos azuis se arregalaram, ad­mirados com tudo o que via no navio. Ela sempre tinha sonhado em viajar em um cargueiro, e agora mal podia acreditar que esti­vesse ali. Lembrando a mudança fantástica que havia ocorrido com ela, desde que recebera uma herança. Sara deu um sorriso e er­gueu, involuntariamente, a cabeça. Era uma jovem decidida e co­rajosa, disposta a aproveitar a vida e a não se deixar deter pelos perigos que surgissem em seu caminho. Até o momento ela tivera muita sorte, nada de mau lhe tinha acontecido. Mas, mesmo que acontecesse, sentia-se preparada para enfrentar qualquer parada.


As ondas no mar batendo no navio provocavam um arrepio de felicidade em Annie, que estava pessimamente instalada no Saratoga, mas isso não tinha importância. O importante é que ia co­nhecer muita gente nessa viagem. Pela primeira vez estaria dire-tamente em contato com a tripulação de um navio e com os habi­tantes das ilhas do Pacífico que ficavam nas praias à espera das mercadorias. Seria maravilhoso conversar com eles e saber como viviam naquelas exóticas ilhas. Sara não via a hora de fazer a primeira escala. Mas, antes que isso acontecesse, sabia que ainda teria muitos dias de viagem pela frente.


E era bom aproveitar esses dias para fazer amizade com a tri­pulação do navio. O salão de jantar, para onde se encaminhava agora, era um ótimo lugar para isso. Ela entrou nele com passos decididos e sentou-se à mesa dos oficiais. Logo estava no meio de uma conversa animada.


— Você é muito corajosa — disse o capitão. — Poucas mulheres ousariam fazer uma viagem destas sozinha. Admiro seu espírito de aventura.


— Aventura? — exclamou Poncho. — Ou ousadia?


Sara olhou para ele e deu de cara com dois olhos verdes, sarcásticos, fitando-a do outro lado da mesa de jantar.


— Talvez um pouco de cada — respondeu friamente. — É preciso ter ousadia para sair de casa e correr o mundo. Claro que eu vol­tarei praticamente sem um tostão, mas, ao menos, terei do que me lembrar nos próximos anos, enquanto estiver trabalhando para so­breviver. A não ser que alguém me deixe outra herança. Aí poderei ver os lugares que não conhecerei desta vez.


— Você tem muitos parentes velhos e ricos?


— Não, não tenho parentes. Recebi uma herança do meu padrinho. — Mal acabou de falar isso. Sara já se arrependia por contar sua vida assim, sem mais nem menos. Mas o capitão Anders a tinha tratado tão gentilmente, e parecia tão ansioso em saber por que ela viajava em um cargueiro, em vez de estar em um navio luxuoso, que ela não pudera resistir. Sara não se envergonhava do que havia dito, só ficava sem jeito porque Alfonso sentia prazer em fazer com que a aventura dela parecesse uma coisa totalmente irresponsável. Ele deve ser o tipo de sujeito presunçoso, pensou com raiva. Sem dúvida é daqueles homens que consideram as mulheres inferiores. E o pior é que elas devem gostar dele. Com todo esse ar insolente e machão, ele com certeza provoca paixões!


— Acho que precisa mesmo de coragem para vir tão longe, via­jando dessa maneira — disse um oficial, tirando Annie de seus pen­samentos. — A maioria das mulheres, se tivesse escolha, preferiria uma linha normal e confortável.


  Mas eu não tinha escolha. Se viajasse em outro navio, só poderia fazer metade do passeio. Confesso que fiquei um pouco apreensiva no começo, mas a companhia de navegação arrumou tudo de maneira perfeita. Eu aconselharia qualquer pessoa que quisesse dar a volta ao mundo gastando pouco a fazer o que fiz. Muitos não aceitariam a sugestão, é claro. A maioria dos meus amigos achou que eu estava louca por viajar assim.


  É o tipo de loucura que eles provavelmente gostariam de fazer — disse o capitão. — Por quanto tempo ainda pretende viajar?


— Dez semanas, mais ou menos. Faz duas que estou viajando. De Londres a Barbados, fui de avião. Ia pegar o navio em La Gua­rita, mas tive de esperar três dias porque uma das caldeiras explo­diu e eles precisaram substituí-la. De qualquer maneira, tive opor­tunidade de conhecer mais a Venezuela.


  E gostou mais do que previa também — Poncho provocou-a novamente. — Mais alguns contratempos como este e você acabará sozinha e desamparada do outro lado do mundo.


  Se isso acontecer, não me considerarei desamparada, sr. Herrera. Procurarei um emprego e arranjarei dinheiro para voltar para casa.


— Assim tão facilmente? Da maneira como fala até parece pos­sível! Por que não admite que não pensou nos imprevistos? Nin­guém vai condená-la por isso.


— Digamos que eu não ponho o carro na frente dos bois — Annie rebateu, já louca de raiva. — Minha passagem está paga até as ilhas Society. Depois, quero passar por Tonga, e de lá vou à Aus­trália, onde ficarei na casa de uns amigos.


— Vai perder a Nova Zelândia? Mas que pena!


— Passarei lá da próxima vez. — Poncho estava começando a per­turbá-la, mas Anahí não queria dar o braço a torcer, Certamente ele se divertiria muito se ela perdesse o controle. Mas esse gostinho ele não teria. Ela podia responder à altura, ora se podia!



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Para desviar a atenção de Poncho, Annie se voltou para os outros dois passageiros do navio. — Vocês também vão descer em Tahiti, não? —  Meu irmão e eu pretendemos nos estabelecer nas ilhas — respondeu o mais velho. — Somos advogados aposentados e vamos tentar mudar de vida. Ao contrário de ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:41:21

    olha, gostei muito do capitulo bem legal a historia viu passa na minha tbm, garanto q vai gosta

  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:40:56

    Veja o oitavo capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631

  • any_kelly Postado em 22/04/2012 - 00:07:38

    Ola to aqui pra divulgar a web da bf linda "Tarde Demais Pra Esquecer (continuação)" Quem quiser ler o link e esse: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=13702#a Bjss

  • any_kelly Postado em 21/04/2012 - 14:13:42

    Oie leitora nova Posta maissssssssssssssss


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