Fanfic: A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso
Enquanto se preparava para dormir, ela podia ouvir os movimentos na cabine de Poncho. Quando já tinha se acomodado em sua cama, os movimentos pararam e tudo ficou em silêncio. Só se ouvia o barulho da água batendo contra o casco do cargueiro. Annie se acalmou. O balanço do Saratoga era regular e agradável, como se estivesse se embalando em uma cadeira de balanço.
Até aquele dia o navio viajara ao longo da costa, evitando, assim, qualquer variação brusca de tempo. Mas isso ia acabar logo, como Mike Chandris havia dito. O Pacífico era imenso, e eles se dirigiam exatamente para o seu centro. Tudo podia acontecer. Não era exa-tamente por isso que ela estava lá? Não viajava em busca de aventura? E que aventura! Do tipo que a maior parte dos jovens de sua idade daria a vida para ter. Fazer a volta ao mundo com vinte e dois anos! Não era fantástico? Podia não ser muito objetivo, mas e daí? A vida era para ser vivida, não para se poupar.
Alguém a sacudiu gentilmente para que acordasse. Annie abriu os olhos, percebendo que a luz estava acesa e Alfonso Rodriguez estava, curvado sobre ela, tocando com os dedos seu ombro nu.
— Não grite — ele disse em um tom autoritário. — Você estava tendo um pesadelo, falando enquanto dormia... Achei que fosse melhor vir até aqui antes que acordasse todo o navio.
Anahí percebeu que estava molhada de suor e sentiu seu coração bater descompassado. Não sabia se era por causa do pesadelo ou pelo choque de encontrar aquele homem ali em sua cabine. Levantou-se bruscamente, puxou o cobertor e, apoiando-se no cotovelo, disse:
— Eu não me lembro de ter estado sonhando...
— Bem, você estava. E para valer, pela maneira como se debatia. Eu diria que você estava lutando com alguma coisa ou alguém. Talvez esteja se preparando para o futuro. Você se comporta de uma maneira que isso poderia facilmente acontecer.
— O que está insinuando? Não sei o que quer dizer com isso.
— Quero dizer que seu subconsciente deve estar querendo lhe avisar que é melhor você se comportar direito com os homens. Você tem alguma noção do que pode encontrar viajando sozinha? Chan-dris talvez não seja o único a reagir daquele jeito...
— Que jeito?
— Não se faça de desentendida.
Ele foi bem rápido. Um homem da laia dele não perde tempo e nem respeita as mulheres.
— Suponho que você respeitaria. — Vendo que o rosto dele assumia uma expressão dura, ela hesitou, mas já era muito tarde para voltar atrás. — E o que você tem com isso? — continuou, erguendo a cabeça. — Posso lidar com Mike Chandris.
— Pode? Tenho minhas dúvidas. Talvez eu devesse deixar você fazê-lo... para aprender algo com a experiência.
— Ótimo. Obrigada pelo conselho. A porta fica logo ali.
Alfonso não se importou com a reação dela e continuou onde estava, olhos cerrados, lábios crispados.
— Alguém já bateu em você? Para valer?
— Não, desde que eu tinha oito anos. — Ela estava zangada, mas procurava se controlar. — Já passei da idade de apanhar.
— Está certo. Mas disto você não passou da idade?
Com um movimento rápido, Poncho jogou Anahí na cama, empurrando-a com seu corpo contra o travesseiro. Seus lábios se apertaram contra os dela, e Annie não pôde esboçar sequer uma reação. O beijo queimou-a por dentro, e ela se deu conta de que estava correspondendo avidamente. Quando ele finalmente a soltou, ficou claro, pela expressão de seu rosto, que tinha percebido a reação dela.
— É assim que você sabe se defender? Ainda se acha capaz de afastar qualquer aventureiro?
— Eles não iriam tão longe. — Ela odiou-o por tê-la usado daquela maneira só para provar que estava certo. — Daqui para a frente manterei minha porta fechada para todo mundo!
— Esta é a coisa mais inteligente que você disse desde que nos encontramos. Não se afobe. Qualquer dia destes você aprenderá a se defender e até a cuspir nos olhos de um homem.
— Espero que alguém já tenha cuspido nos seus olhos!
— Não tenho dúvida de que espera mesmo. — Ele riu. — Durma bem. Estarei aí ao lado, se precisar de alguma coisa...
Ela ficou imóvel até que a porta se fechasse atrás dele. Aí então levou a mão aos lábios. Até algumas poucas horas atrás ela nem sabia da existência de Alfonso, e agora...
Dizer que o odiava seria simplificar demais. As emoções que ele despertava nela não podiam ser assim tão facilmente definidas. Desde o momento do encontro, alguma coisa tinha acontecido entre eles. Anahí sentiu uma atração por Poncho e percebeu que ele também a desejava. No entanto, ele tinha prazer em agredi-la, e ela em revidar...
Sabia que Alfonso a havia beijado para feri-la, quebrar-lhe o orgulho. Mas tinha a sensação de que ele, na verdade, queria ferir outra pessoa com que ela se parecia. Era muito estranho! Tudo em Poncho, aliás, era estranho. A ironia dele era insuportável, e ele sabia ser cruel como ninguém. Apesar disso, a lembrança de seu beijo continuava a queimá-la por dentro...
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Comentários da Fanfic 4
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fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:41:21
olha, gostei muito do capitulo bem legal a historia viu passa na minha tbm, garanto q vai gosta
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fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:40:56
Veja o oitavo capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631
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any_kelly Postado em 22/04/2012 - 00:07:38
Ola to aqui pra divulgar a web da bf linda "Tarde Demais Pra Esquecer (continuação)" Quem quiser ler o link e esse: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=13702#a Bjss
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any_kelly Postado em 21/04/2012 - 14:13:42
Oie leitora nova Posta maissssssssssssssss