Fanfics Brasil - 5 A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada)

Fanfic: A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 5

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— Não é uma manhã das melhores, não? — Gerald Regan, o mais velho dos irmãos, juntou-se a ela na amurada. — Acho que vai piorar ainda mais. Estamos indo de encontro a uma tempestade.


— Nós não estamos tentando evitá-la?


— De maneira alguma. O navio precisa chegar ao Tahiti dentro de uma semana para pegar carga. Um dia de atraso custaria uma fortuna à companhia. Mas tenho certeza de que não há nada para se preocupar. O Saratoga é um ótimo navio. O capitão Anders me disse que ele sobreviveu a um furacão no Caribe há uns dois anos, saiu apenas com uma das pranchas arrebentadas e pequenos danos na estrutura superior. A previsão da meteorologia ontem à noite era de tempo moderado ou ruim para toda a área, mas, seja como for, não se preocupe porque nós sobreviveremos.


— E a previsão desta manhã?


— Não sei bem. Eles estão com problemas no rádio. Parece que não é nada que não possa ser consertado rapidamente. Mas procure relaxar e aproveitar a viagem. Sentimos sua falta no café. O ter-ceiro-oficial queria que alguém fosse até a sua cabine, mas Poncho disse que você talvez preferisse ficar sozinha. Está se sentindo um pouco mal, não?


— De maneira alguma. — Annie estava quase desmaiando, mas não queria demonstrar fraqueza. — Raramente tomo café da ma­nhã. Em geral bebo só uma xícara de chá e, quando tenho tempo, como uma torrada.


— Comer só isso faz mal. Você se arrependerá mais tarde. Mas, veja só — riu ele —, já estou querendo controlar sua vida. E típico dos mais velhos passar sermões nos jovens, não é?


Annie também riu, observando aquele rosto emoldurado pelos cabelos grisalhos.


— Você não é velho! Tem o espírito de um jovem. Poucas pessoas teriam coragem de começar uma nova vida com a sua idade.


  Eu podia ser seu avô, Anahí. Quer saber de uma coisa? Na realidade minha aposentadoria foi voluntária, Nós desfizemos nos­so escritório para arriscar a sorte em outro lugar. Esta é uma das vantagens de não se ter uma família para cuidar.


O tom da voz de Regan era triste, apesar de suas palavras ale­gres. Sara percebeu isso e disse, impulsivamente:


— Você nunca teve vontade de se casar, ter uma família?


— Nunca tive tempo. — Dessa vez a voz soou claramente cha­teada. — A gente vai deixando de lado as coisas e um dia, quando se dá conta, já é tarde demais.


— Mas não para viajar, senão não estaria aqui agora.


— Nao, não para viajar. — Regan se recompôs, pigarreou e con­tinuou em um tom diferente: — Olhe, eu sei que você vai achar que sou um velho intrometido, mas o que Bryant disse ontem à noite esta certo. Você é jovem, muito atraente e totalmente des­protegida. Como o capitão, admiro seu espírito aventureiro, mas ao contrário dele enxergo os perigos. Até agora você teve sorte. Aliás, estará a salvo enquanto estiver no Saratoga. Mas e o resto de sua viagem? Estes vapores podem ser baratos, mas estão longe de ter uma boa frequência. Eles carregam tipos muitos perigosos!


De novo!, Annie pensou, resignada. Por que será que todos os homens querem tomar conta da minha vida? Mas, em voz alta, disse:


  É simpático de sua parte preocupar-se comigo, sr. Regan, mas, honestamente, eu pensei em tudo isso. Em primeiro lugar, se não estivesse preparada para correr alguns riscos, não teria vindo neste navio. Tomar cuidado é tudo o que eu posso fazer.


— Mas não é tudo o que eu posso fazer. — Ele prosseguiu ra­pidamente, antes que ela pudesse interrompê-lo: — Gostaria que você me permitisse colocá-la em um avião para ir direto do Tahiti até a Austrália, Você não visitaria Tonga, mas, também, é só uma ilha, e não estaria perdendo muito! Você me deixa fazer isso, ao menos para ficar tranquilo?


Ela demorou para responder, consciente da sinceridade dele e com medo de fazer algo que pudesse magoá-lo.


  Você é muito gentil — falou finalmente, — Por favor, não pense que não aprecio a sua oferta, mas é que prefiro resolver as coisas da minha maneira e com o meu dinheiro.


— Deixe de ser orgulhosa, Anahí.


— Pode pensar o que quiser de mim. Mas me diga, sinceramen­te: você aceitaria dinheiro de um estranho?


— Não é dinheiro, é só uma passagem de avião.


— £ a mesma coisa, você sabe disso. Será que ninguém acredita que tenho juízo suficiente para tomar conta de mim? Os homens levam esse negócio de proteção longe demais! — Ela viu que ele estava envergonhado e corrigiu-se, rapidamente: — Sinto muito, eu não queria ser grosseira. Como disse, sou grata pela sua oferta. Mas percebe que é impossível para mim aceitá-la, embora ela tenha sido bem-intencionada? Mesmo que eu pudesse pagar depois de voltar, não aceitaria.


— Entendo perfeitamente. — Ele suspirou. — Mas isso não vai impedir de me preocupar com você depois que partir do Tahiti.


Para acabar com o mal-estar criado com o oferecimento de Re­gan, Annie resolveu mudar de assunto:


— Seu irmão é tão bom marinheiro quanto você?


— Wesley? Aah, ele se vira. Está lá embaixo mexendo em sua coleção de selos. Nada neste mundo o convenceria a deixá-la para trás. — Ele pareceu ver alguém atrás de Annie e comentou. — Que clima tropical, hein?


Anahí se encolheu instintivamente, sabendo que era Poncho quem estava atrás dela. Logo ele se aproximou e ficou perigosamente perto.


— Não é uma boa época do ano, mas sobreviveremos — respon­deu, enquanto observava atentamente Annie. — Sente-se melhor?


— Eu não estava doente. Sentia-me apenas um pouco cansada. Dormi mal.


— Todos nós dormimos mal. O navio balançou muito. Acho que o Saratoga terá de fazer força para aguentar o temporal que vem por aí.


  O senhor já viajou no Saratoga antes? — perguntou com interesse o sr. Regan.


— Muitas vezes. Quando faz esta rota, ele é o principal navio de fornecimento para Mataleta.


— Quer dizer que só pode ir é vir da ilha com os navios de carga?


  Não é bem assim. Muitos barcos fazem a ligação de uma ilha para outra. Mas quando faço viagens mais longas prefiro o Saratoga.


  O senhor esteve muito tempo fora?


  Dois meses — Poncho respondeu em um tom que, de alguma forma, desencorajava a conversa. — Vamos tomar café enquanto ainda está quente. O capitão provavelmente virá também, se não estiver em serviço.


 



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Annie o seguiu porque era mais fácil ir do que recusar. Além do mais, queria beber alguma coisa para ver se melhorava. O mar estava cada vez mais revolto. Gerald Regan segurou-lhe a porta para que passasse, mas ela quase caiu quando o navio se inclinou de repente, e foi amparada por uma mão firme que a segurou pelo cotovelo. Soltando-se da mão qu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:41:21

    olha, gostei muito do capitulo bem legal a historia viu passa na minha tbm, garanto q vai gosta

  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:40:56

    Veja o oitavo capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631

  • any_kelly Postado em 22/04/2012 - 00:07:38

    Ola to aqui pra divulgar a web da bf linda "Tarde Demais Pra Esquecer (continuação)" Quem quiser ler o link e esse: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=13702#a Bjss

  • any_kelly Postado em 21/04/2012 - 14:13:42

    Oie leitora nova Posta maissssssssssssssss


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